segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Vida longa ao Bloco Garibaldis e Sacis

O Caetano que perdoe à plagiada, mas atrás do Garibaldis e Sacis “só não vai quem já morreu”!!!

Na nossa nada fria Curitiba, embora tenha os que curtem polka, o que é um direito, o carnaval de rua ou de clube sempre fez parte da vida das pessoas, embora muitos daqui prefiram descer para o carnaval no litoral, sendo que Antonina, Caiobá, Matinhos e Guaratuba recebem dezenas de milhares de foliões, e grande parte deles são oriundos da capital. Então o papo de que o curitibano não gosta de carnaval é uma mentira deslavada. Quem tem mais de 40 com certeza lembra da Banda Polaca, do Afoxé do Glauco, do Bloco do Bife Sujo, etc.? Quantos milhares todos os anos se envolvem com o desfile das Escolas? E neste embalo carnavalesco a treze anos surgiu o Garibaldis e Sacis , e este veio suprir uma necessidade sócio cultural, que é o que demonstra as milhares de pessoas, número que aumenta todos os anos, que aguardam todos os anos a saída do Bloco.

O que no início era saudável uma diversão para algumas centenas hoje, naturalmente para milhares, se fez parte do roteiro turístico de Curitiba. Ele se tornou o nosso “Bloco Vai Como Pode”, onde a única regra é se divertir!

Dificilmente passo o carnaval em Curitiba, mas atrás do Garibaldis e Sacis cantando as suas marchinhas eu já fui algumas vezes, mas ele cresceu e se agigantou porque é bom, e isto deve levar a sua direção a redimensionar o evento, já que hoje a saída do Bloco em nada perde para o carnaval de rua de qualquer lugar.

Com o gigantismo, que é positivo, surgem várias novas necessidades inclusive no ano que vem pensar melhor os critérios de segurança, que a meu ver, e o que foi demonstrado na prática, não deve ficar nas mãos do estado. A Polícia, treinada para o combate armado contra a criminalidade, não é preparada para gerenciar a segurança de um evento como este.

Outro ponto importante é a atual composição social dos que acompanham o Bloco, que não é a mesma de alguns anos atrás e nisto o espírito de confraternização do que foi uma tribo acabou se perdendo um pouco, já que o que era um coletivo hoje é um lugar comum para vários agrupamentos sociais, e estas nem sempre compartilham dos mesmos princípios de paz e harmonia dos que com muito esforço pessoal a treze anos organizam o Bloco.

Os cretinos que jogaram garrafas contra a viatura e cantaram funk fazendo apologia as drogas, assim desafiando a Polícia, com certeza não sabem as letras das já tradicionais marchinhas e com a história do Garibaldis e Sacis não possuem nenhum compromisso, mas isto não justifica a exagerada violência na resposta policial. O que era uma agressão por parte de poucos se tornou a repressão contra todos, e estes, a maioria absoluta, não desafiaram as autoridades, não agrediram ninguém, mas por tabela acabaram alvo não das serpentinas e confetes e sim de gás pimenta e balas de borracha.

Para deixar a coisa ainda mais fora de foco, pois este era somente a diversão popular, alguns tentam faturar politicamente com a tragédia, o que no mínimo é nojento!

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