Ratos que aprenderam a libertar seus companheiros da prisão.
Ou, ao menos, de gaiolinhas de acrílico onde tinham sido colocados, num experimento do Departamento de Psicologia, coordenado pela pesquisadora israelense Inbal Ben-Ami Bartal.
A pesquisa foi descrita na revista "Science" desta semana. O espírito libertador dos ratinhos surpreende porque, para os cientistas, ele pressupõe uma forma de empatia --a capacidade de se colocar na posição de outro indivíduo e tentar ajudá-lo.
Os cientistas usaram cerca de 30 bichos no experimento. Cada par de "participantes" era colocado no mesmo recinto durante duas semanas. Depois, um dos bichos era colocado na gaiolinha, enquanto o outro podia interagir com a "cela".
Após cerca de uma semana, quase todos os bichos aprendiam que dava para abrir a portinhola e permitir que o parceiro escapasse.
Ao que tudo indica, eles não fuçavam na gaiola por pura curiosidade, já que jaulas vazias ou com brinquedos dentro não despertavam o mesmo interesse nos bichos.
O mais surpreendente veio quando a comparação entre uma gaiola com o companheiro e outra com uma barra de chocolate.
Nesse segundo caso, os roedores não só abriam ambas as gaiolas com igual rapidez como também comiam só parte da guloseima, deixando o resto para o ratinho recém-libertado.
Os pesquisadores também verificaram que o rato prisioneiro "pedia socorro", usando chamados ultrassônicos de alerta que são típicos da comunicação da espécie. (Uol)
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