sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Comissão de Ética da Presidência recomenda que Dilma demita Lupi


A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu hoje (30) recomendar à presidenta Dilma Rousseff a exoneração de Carlos Lupi do cargo de Ministro do Trabalho e Emprego. De acordo com o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, as explicações apresentadas pelo ministro sobre as denúncias de irregularidades no ministério não foram convincentes.


A decisão de fazer a recomendação e de aplicar uma advertência ao ministro, mais alta punição que cabe à comissão aplicar, foi tomada, de acordo com Pertence, de forma unânime pelos seis conselheiros que participaram da última reunião do ano. "A decisão já foi encaminhada à presidenta Dilma Rousseff, e ela foi unânime", disse.

De acordo com Sepúlveda Pertence, não houve um fato específico que motivou a decisão da comissão. "A história dos convênio irregulares firmados com pessoas de seu partido e a própria resposta apresentada pelo ministro ao juízo da comissão motivaram a decisão", disse.

Planalto voltou a discutir crise em torno de Carlos Lupi

Depois da notícia de que a Comissão de Ética Pública da Presidência recomendou a exoneração do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a crise que cerca o Ministério do Trabalho volta a pautar nesta as conversas no Palácio do Planalto. A presidenta Dilma Rousseff aguardava o oficio do órgão. A expectativa que circulava no Planalto era a de que Dilma vai aguardar que o próprio Lupi tome a iniciativa de sair do governo.

Lupi é o único ministro que por duas vezes teve sua demissão recomendada pela Comissão de Ética Pública da Presidência. Na primeira ocasião, em 2007, a Comissão entendeu ser incompatível que ele fosse ao mesmo tempo chefe da pasta do Trabalho e presidente do PDT. Para permanecer no cargo, ele se licenciou do comando do partido.

'Não sou propriamente romântica', diz Dilma sobre Lupi

Em visita a Caracas, na Venezuela, a presidenta Dilma Rousseff ironizou a declaração de amor feita há cerca de 20 dias pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, durante uma audiência no Congresso Nacional. Questionada se a fala estava influenciando sua dificuldade em decidir o destino do ministro, a presidenta respondeu: "Eu tenho 63 anos de idade, uma filha com 34 anos, um neto de 1 ano e 2 meses. Eu não sou propriamente uma adolescente e diria, também, uma romântica. Eu acho que a vida ensina a gente e eu acho que a gente tem que respeitar as pessoas, mas eu faço análises muito objetivas".

Dilma disse que tomará decisões sobre o destino do ministro do Trabalho somente a partir da segunda-feira, quando já estiver de volta ao Brasil. Ao ser perguntada sobre a condição do ministro, a presidenta respondeu que esse e qualquer assunto referente ao Brasil será discutido somente a partir de segunda-feira.

"Qualquer situação referente ao Brasil vocês podem ter certeza que eu resolvo a partir de segunda-feira", afirmou. Dilma está em Caracas para participar da III Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América Latina e do Caribe (CALC) e I Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).

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