segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Rússia alerta contra qualquer ataque militar ao Irã

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou nesta segunda-feira que qualquer ataque militar contra o Irã seria um grave erro com consequências imprevisíveis.

A Rússia, a potência mais próxima do Irã, é profundamente contra qualquer ação militar contra o país, apesar de Moscou ter apoiado as sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã em razão de seu programa nuclear.

A agência nuclear da ONU, a AIEA, deve divulgar nesta semana um relatório detalhado sobre a pesquisa nuclear no Irã, vista como sendo direcionada ao desenvolvimento de bombas atômicas. Mas o Conselho de Segurança não deve impor maiores sanções como resultado desse documento.

A mídia israelense tem especulado que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está trabalhando para conseguir um consenso no gabinete para atacar as instalações nucleares iranianas.

"Isso seria uma erro muito grave repleto de consequências imprevisíveis", disse o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, ao ser perguntado sobre informações de que Israel planejava um ataque militar contra o Irã.

Lavrov disse que não poderia haver uma resolução militar para o problema nuclear iraniano e observou que os conflitos nos vizinhos do país, Iraque e Afeganistão, haviam provocado sofrimento humano e um grande número de vítimas. (Reuters)


Possível ofensiva contra o Irã divide israelenses, diz pesquisa

Uma pesquisa de opinião divulgada nesta quinta-feira revelou que uma possível ofensiva contra instalações nucleares do Irã divide os israelenses, mas o apoio a uma ação é um pouco superior à reprovação e chega a 4 em cada dez cidadãos no país. Apesar de não haver uma posição popular clara, o governo realizou nesta manhã uma simulação de ataque à região central de Israel, para treinar uma reação, reforçando as crescentes especulações de que o país se prepara para uma resposta a um ataque à República Islâmica.

TENSÃO: Israel testa míssil enquanto governo pressionaria por ataque

De acordo com a pesquisa do jornal "Haaretz", em parceria com o instituto Dialog, em Israel 41% são favoráveis a um ataque contra instalações nucleares iranianas, e 39% são contra. Com a margem de erro de 4,6%, a diferença se torna tecnicamente insignificante na pesquisa, que ouviu 495 pessoas. Os outos 20% estão indecisos.

Mas a sondagem, que envolveu tanto judeus quanto árabe-israelenses, também perguntou se os entrevistados confiam no primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e no ministro da Defesa, Ehud Barak, quando o assunto é o Irã. O apoio ao governo nesse quesito é maior: 52% disseram que confiam nos dois, enquanto 37% responderam que não. Apenas 11% não opinaram. (AG)


Ahmadinejad adverte EUA e Israel contra ataque ao Irã

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que Estados Unidos e Israel desejam atacar o Irã para combater sua crescente influência, e advertiu contra qualquer agressão ao país, em uma entrevista ao jornal egípcio "Al-Akhbar".

"O Irã aumentou suas capacidades e continua progredindo, e por esta razão é capaz de rivalizar com o mundo. Agora Israel e o Ocidente, em especial os Estados Unidos, temem as capacidades e o papel do Irã", disse Ahmadinejad.

"Buscam apoio internacional para suprimir a influência (do Irã). Os arrogantes devem saber que o Irã não permitirá esta agressão", completou.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) deve divulgar na terça-feira um relatório sobre o controverso programa nuclear iraniano, em um contexto de ameaça israelense de intervenção militar contra o Irã.

Segundo fontes diplomáticas ocidentais, a AIEA deve publicar um relatório com dados que respaldam as suspeitas sobre o caráter militar do programa nuclear iraniano, apesar dos desmentidos do governo de Teerã, que admite apenas objetivos civis.

A agência também deve criticar mais uma vez a falta de cooperação do Irã e o desrespeito de suas obrigações como país membro da AIEA, em particular com o prosseguimento do enriquecimento de urânio, o que poderia permitir ao país produzir armamento atômico. O enriquecimento prossegue, apesar de a ONU ter determinado seu fim.

Um importante religioso conservador iraniano, o aiatolá Ahmad Khatami, pediu ao diretor-geral da AIEA, o japonês Yukiya Amano, que não atue como um instrumento dos EUA. "Se Amano atuar como um instrumento sem vontade nas mãos dos EUA, publicando mentiras e apresentando-as como documentos, a AIEA perderá a escassa reputação que resta", afirmou.

Após notícias sobre a pressão exercida por Netanyahu e Barak para realizar uma ofensiva, além da revelação de que um teste com um míssil de longo alcance israelense foi bem-sucedido, o governo iraniano respondeu prometendo punir Israel em caso de um ataque.

- Nós iríamos fazê-los se arrependerem deste erro e puniríamos severamente - afirmou o general iraniano Hassan Firouzabadi sobre a resposta a uma possível ofensiva. - Em caso de um ataque do regime sionista, os Estados Unidos também seriam atingidos.


O Reino Unido também estaria se preparando para atacar o Irã, segundo o jornal britânico "Guardian". O plano incluiria entre suas primeiras medidas o deslocamento de navios da Marinha nos próximos meses.

Em uma simulação em Israel, sirenes tocaram às 10h desta quinta-feira na região central do país, onde abrigos foram abertos para receber a população e distribuir máscaras de gás em Holon e Bat Yam. O comando militar local tentou afastar a simulação das especulações sobre um ataque ao Irã, afirmando que tratou-se de parte de um exercício anual planejado há tempos. (FP)




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