quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mais uma herança do desgoverno Requião/Pessuti: Concurso pela metade atrasará admissão de PMs

Por causa da desorganização no concurso realizado pelo governo Requião/Pessuti, que não foi finalizado, está cena, tão necessária que aconteça o mais rápido possível, irá demorar mais um pouco até se tornar realidade

O governador Beto Richa autorizou ontem a contratação imediata de 2 mil policiais militares, 500 bombeiros e 695 policiais civis como parte do programa Paraná Seguro, anunciado no mês passado. Mas, no caso de PMs e bombeiros, a intenção de efetivar rapidamente os candidatos aprovados no concurso público realizado em 2009 esbarra em um problema. A Universidade Estadual de Londrina (UEL), contratada sem licitação para aplicar o teste seletivo, não terminou a correção de todas as provas discursivas. Apesar de ter recebido R$ 1,1 milhão na época, a UEL pediu agora mais R$ 204 mil ao governo do estado para terminar as correções e outras etapas do processo. O pedido ainda está em análise na Casa Civil, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Ao todo, 68.310 candidatos se inscreveram. Cerca de R$ 3,6 milhões foram arrecadados com o pagamento das inscrições.

Os detalhes desse novo gasto com o concurso já vencido e renovado em abril deste ano pelo governador foram explicados pelo comando-geral da Polícia Militar em ofício enviado no último dia 25 ao secretário de Segurança, Reinaldo de Almeida César. O documento solicita a liberação dos R$ 204 mil para que a UEL conclua o processo. O ofício da PM relata que será necessário convocar todos os candidatos suplentes (275 PMs e 51 bombeiros) e corrigir as provas discursivas de mais 10.233 candidatos que foram deixadas de lado na época do concurso para preencher as outras vagas (1.725 PMs e 449 bombeiros).

Segundo documento enviado à PM, a UEL informa que o dinheiro será gasto ainda no envio de correspondências de convocação para os concorrentes e para fazer exames psicológicos nos primeiros 3 mil candidatos aprovados no exame físico.

Edital

O edital do concurso de 2009 previa que seriam corrigidas as provas discursivas de candidatos que tiveram pelo menos 24 pontos na prova objetiva, dentro do limite de quatro vezes o número de vagas. No caso dos soldados da PM, isso equivale a 4.400. Segundo a PM, de 2009 para cá ingressaram na corporação 2 mil policiais conforme a primeira e a segunda abertura de vagas e mais 100, que entraram por força judicial. Neste caso, em tese, 2.300 provas discursivas corrigidas deveriam ter sobrado.

Procurada pela reportagem, a Sesp informou que não conseguiu confirmar se essas provas foram devidamente corrigidas. Já a UEL informou que não se pronunciaria até a PM responder sobre a solicitação de mais verba.

695 policiais civis serão convocados

No caso dos 695 policiais civis, aparentemente não haverá problemas na contratação. Os aprovados no último concurso público serão convocados pelo governo. Esse contingente representa 20% do efetivo atual da Polícia Civil no Paraná. Se­­gundo o governo, as contratações possibilitarão a transferência para o setor de investigação de 700 policiais hoje lotados em serviços administrativos nas delegacias.

Eles serão substituídos pelos novos contratados, que atuarão na área administrativa até que todos possam entrar para o curso de formação da escola de polícia. Entre os policiais que serão convocados, 667 são investigadores, 25 escrivães e 7 papiloscopistas. (GP)

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