quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Cerca de 15 mil participam de protesto contra a corrupção em Brasília

A Polícia Militar estima que cerca de 15 mil pessoas participam nesta quarta-feira, em Brasília, de protestos contra a corrupção. Organizado por meio das redes sociais, o protesto ganhou adeptos ao logo da caminhada na Esplanada dos Ministérios.

Os manifestantes levaram faixas, cartazes e fizeram muito barulho, mas não puderam chegar perto da pista onde ocorria o desfile de 7 de setembro com a presença da presidente Dilma Rousseff e outras autoridades. Muitos usam camisetas pretas com diversos dizeres contra a corrupção e impunidade e nariz de palhaço. Participam do protesto pessoas de todas as idades, inclusive crianças.

O movimento teve apoio de entidades como aConferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que cedeu o trio elétrico. Eles saíram da catedral em direção ao Congresso Nacional.

Entre os principais alvos do movimento estão a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), que escapou recentemente da cassação, e os "mensaleiros" dos governos petista, tucano e do DEM no Distrito Federal.

Em dezembro, os organizadores pretendem realizar uma corrida contra a corrupção, em Brasília. Também estão nos planos ações para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a manter a Lei da Ficha Limpa. Os ministros vão julgar ainda a constitucionalidade das regras. "Vamos dar o grito de um basta à corrupção. Lugar de político corrupto é na cadeia! Vamos fazer barulho para eles nos ouvirem. Aquela corja (de políticos) não nos representa. Não temos ligação com partido nenhum", disse um dos organizadores, em um carro de som.

Nos cartazes, a maioria escritos à mão, eles pedem: "Supremo condene os mensaleiros", "Pelo fim do voto obrigatório" e " Corrupto safado pede para sair".

O movimento está reforçado com um pequeno grupo de servidores da Universidade de Brasília (UnB) que estão em greve. Cerca de 50 policiais militares acompanham de longe.

Formados principalmente no Facebook, os grupos no Brasil pretendem repetir uma tendência internacional, como no Chile e na Espanha, quando jovens foram às ruas este ano por diferentes motivos depois da convocação na internet.

Presidente da OAB diz que "país precisa é de vergonha na cara"

O presidente da OAB, Ophir Cavalvante, fez na manhã desta quarta-feira um discurso de militante no protesto contra a corrupção. Ophir defendeu que os brasileiros se engajem em ações contra a corrupção e a impunidade e usou um bordão do presidente do Senado, José Sarney. "Brasileiros e brasileiras, sem querer parodiar qualquer político, o que esse país precisa é de vergonha na cara. O povo não tolera mais a corrupção e nem os políticos que fazem da vida pública uma extensão dos seus interesses privados. A indignação é geral em todo país. O povo tem que ir para as ruas. Hoje é o dia de dar o grito da independência: chega de corrupção", disse Ophir, em discurso no carro de som na concentração da Marcha Contra a Corrupção.

Ele afirmou ainda que o dinheiro público está indo para o ralo da corrupção, e, por essa razão, a "miséria descampa" no país. "O povo tem que ir para a rua como foi nas Diretas Já, no impeachment de (Fernando) Collor. Temos que ser protagonistas e não coadjuvantes. Ladrão tem que ir para cadeia", afirmou o presidente da OAB.

Integrantes do "Grito dos Excluídos" fazem caminhada em Aparecida (SP)

Trabalhadores fizeram neste feriado de 7 de setembro na cidade de Aparecida, a 163 quilômetros de São Paulo, uma caminhada em direção à Basílica, onde participaram de um ato como parte doGrito dos Excluídos, protesto que há 17 anos pede por melhores condições de moradia, saúde e emprego.

Segundo os organizadores, cerca de três mil pessoas saíram da localidade de Porto Itaguaçu e caminharam pela BR-488 em direção ao santuário. Eles estão com carro de som pedindo a reforma agrária e urbana. A caminhada dos trabalhadores foi organizada pela Pastoral do Migrante e pela Pastoral Operária. Os manifestantes também carregavam imagens de Nossa Senhora Aparecida. A Polícia Rodoviária Federal e a Guarda Municipal não informaram o número de participantes. Não foram registrados tumultos. (G1)

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