quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Força tarefa analisa últimos atos de Pessuti

Do Horahnews:

Impressionado com os indícios de descalabro administrativo que marcaram o final do governo de Orlando Pessuti, o governador Beto Richa ordenou a criação de uma força tarefa para esmiuçar os últimos atos do governo do Estado.

A força tarefa, que conta com a participação da Procuradoria Geral do Estado, está descobrindo um show de horrores administrativos levados a cabo no apagar das luzes do governo Pessuti. São mais nomeações irregulares, concessões de aditivos a contratos, pagamentos de precatórios, anistia a servidores públicos, homologação de licitações feitas nos últimos dias do governo.


O clima de salve-se quem puder foi a marca registrada do governo Pessuti (que durou de 1º de abril de 2010 a 31 de dezembro do ano passado), mas as investigações promovidas pela força tarefa nomeada por Richa sugerem que, a medida que o tempo do governo se extinguia, a fúria do ex-governador em busca de decisões lesivas aos interesses públicos e potencialmente lucrativas para o seu grupo político ganhavam um ritmo frenético.

O auge da loucura ocorreu nos três últimos dias de governo quando foram remetidos para o Diário Oficial centenas de atos irregulares, lesivos e ilícitos, talvez na expectativa que na natural confusão que marca o final de um governo e o início de outro pelo menos uma boa parte passasse despercebida.

Não foi o que aconteceu por que Pessuti e sua turma vinham chamando a atenção já fazia tempo pela sofreguidão. Promoviam verdadeiras orgias de nomeações, lançavam licitações e projetos. Enfim, operavam em todas as frentes capazes de gerar despesas e comprometer receitas do Estado.

Entre elas uma suspeitíssima isenção de ICMS. Só o Decreto que fez esse agrado aos produtores de etanol comprometeu R$ 170 milhões por ano até 2012. Levantamento produzido pela equipe de transição de Richa, nomeada logo depois das eleições, estimou que pelo menos R$ 700 milhões do Orçamento deste ano foram comprometidos por ações temerárias ou suspeitas geradas pelo governo Pessuti.

A equipe de transição teve de fazer suas estimativas com dados fornecidos pelo governo Pessuti, que fez o que pode para omitir ou sonegar informações comprometedoras. A força tarefa está operando com acesso a fontes primárias e suas conclusões são que o estrago promovido pelo fim de feira do governo anterior é ainda maior e mais nocivo que se imaginava.

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