terça-feira, 2 de novembro de 2010

Analisando sem nenhum preconceito a votação da Dilma no Norte e Nordeste!!!!



Ao estabelecer a crítica a votação obtida pela Dilma no Norte e no Nordeste não estou embuído de nenhum preconceito, porque enquanto um ‘da Silva Molina’ nunca atacaria parte das minhas origens, das quais eu me orgulho, pois venho de antepassados que o que tiveram e com o que viveram sempre foi fruto de muito trabalho!

Na minha família os que se envolveram com a política partidária, uma minoria, sempre estiveram nos campos da esquerda ou do centro esquerda, já que somos nacionalistas trabalhistas, comunistas ou sociais democratas de esquerda. Do lado espanhol os velhos eram anti franquistas.

O que questiono e sempre questionarei é a relação corrupta que a elite do norte e do nordeste impõem ao estado brasileiro a muito tempo conjuntamente com a eleitoralmente estratégica miséria que perpetuam naquelas regiões, onde o compadrio entre os oligarcas e entre estes e o povo perpetuam a máxima do "de quem pode manda e quem não pode obedece". O clientelismo oriundo das relações de compadrio impedem que se consolidem as relações republicanas e assim o privado continua sendo uma continuidade do que deveria ser público.

Os nordestinos, como sempre, continuarão ainda por um bom tempo sendo comandados pelos Sarney, Magalhães, Sá, Renan Calheiros, Collor de Mello, Jereissati, Inocêncio de Oliveira, Gedel, etc.. Estes corruptos controlam não somente os seus mandatos, mas sim as relações das oligarquias micro regionais com o poder central e isto implica em relações políticas e econômicas de poder.

Estes que mandam os filhos estudaram na Europa, mas em seus estados perpetuam o analfabetismo total ou funcional controlam a máquinas dos governos de estado e das prefeituras, os meios de comunicação, as primitivas formas de produção, onde o trabalho semi escravo é a regra, mas para o Lula os "usineiros são heróis" e os grilheiros, desmatadores extrativistas, "não devem serem criminalizados por levarem o desenvolvimento".....

Eles saqueiam o erário no norte e nordeste, mas investem o botim do saque também no sul, no sudeste e no exterior, pois fora as relações agrárias primitivas de produção em seus estado de origem, como também as urbanas, controlam parte das ações de grandes e modernas empresas localizadas no Sudeste e no Sul.

Quando as multinacionais aqui aportaram, principalmente após o golpe de 64, eles é que abriram as portas e a elas se associaram.

Eles, os patrimonialistas, enquanto parte, sempre foram submissos e serviram ao grande capital nacional e internacional!

Estas famílias, muito mais do que quatrocentonas, continuam a controlar o estado brasileiro, mas o “patrão”, como sempre, mora lá fora!

Mesmo a cidade de Tupã foi fundada por um aristocrata nordestino, que também fez muitas coisas que a história oficial, mera estória, não conta!

Ainda estamos contaminados até a alma com os valores oriundos do aristocrático e escravagista estado português e o Nordeste e o Norte muito mais, já que portradiçãosempre foram grandes exportadores de produtos primários.

Hoje ainda mais de 30,0% da população do Norte e do Nordeste é rural e por causa do modelo de produção rural é semi escrava, sendo que a maior parte da população rural da região norte é composta por nordestinos e seus descendentes.

Eles trabalham no cultivo e colheita da cana, na extração de óleos vegetais nobres, nos desmatamentos, na extração do látex, na colheita de castanha de caju e da castanha do Pará, no plantio e colheita do algodão, no plantio e colheita do fumo, etc., sendo que a maioria deles sem registro em carteira de trabalho e sem nenhum tipo de seguridade social.

Todo ano uma quantia monstruosa de brasileiros da região Nordeste por falta de uma melhor opção de vida são obrigados a migrarem, o que para as elites que controlam a região é “muito bom”, pois este fator da migração permanente esvazia os focos de tensão social e assim contribui para a manutenção do poder nas mãos dos coronéis.

O poder de adaptação das elites as mudanças políticas é impressionante, pois ao deterem a maioria dos cargos no parlamento eles, enquanto governabilidade, servem como freio político para que as reformas sociais não se concretizem e o Lula joga com grande parte destas.

Depois da ditadura política, já que a econômica ainda existe fortemente, eles como tática de sobrevivência se dispersaram nos quadros partidários e dentro dos partidos assumem o controle travam qualquer tipo de avanço, pois independentemente d estarem no DEM (ACM Neto), no PMDB (Sarney), no PSB (Ciro), etc. em conjunto continuam a defender os velhos interesses.

As maiores empreiteiras do país estão nas mãos dos oligarcas nordestinos e estas, tais quais os usineiros, os desmatadores, os banqueiros, etc. do nordeste estão muito felizes com o governo Lula:

- Guatama: ligada a família Sarney

- OAS: ligada a família Magalhães

- Odebrecht: entre outros clãs oligárquicos, é ligada a família Magalhães e Sarney

Observem quais são as empreiteiras que mais faturam com as obras do PAC!


Mesmo com todas as propositais dificuldades oriundas das más gestões públicas a nossa sociedade aos poucos avança e o país melhora. Não poderia ser de outra forma, pois vivemos em um país continental e muito rico, o que acaba possibilitando dentro da perspectiva capitalista burguesa que pelo mérito individual ocorra para uma pequena minoria popular mais esclarecida o rompimento das históricas barreiras sociais impostas ao conjunto da sociedade.

Neste país ainda não dá para levar a sério o estado enquanto instrumento da sociedade em sua busca do equilíbrio social, já que os serviços prestados pelo estado em geral são caros e péssimos por causa da má gestão do erário.

Embora seja incorreto debitar na conta do povo, que pouco participa ou quer participar da política, todas as mazelas sociais, também temos nosso grau de responsabilidade pela perpetuação desta triste história.

Enquanto nação em formação, ainda vivemos o estágio extremamente atrasado do individualismo anárquico direitista, pois a lei de Gerson continua sendo o parâmetro de postura nada cidadã para uma ampla maioria e não poderia ser diferente.

Historicamente saímos do escravagismo colonial, passamos pelo escravagista estado importado com a vinda do D. João, caímos na República proclamada por ex-escravocratas e estes impõe aos ex-escravos e aos imigrantes o sistema de barracão.

Com o fim da República Velha caímos na ditadura Vargas, saímos dela para o direitista e repressor governo Dutra. Vivemos um curto período de incipiente democracia do novo governo Getúlio até o Jango, sendo que este foi substituído por outra ditadura.
Saímos desta para um período de transição para a "democracia", cujo principal agente nesta era o "democrata" Sarney, o ex-presidente do PDS, que era o partido da ditadura.

Da ditadura para cá as forças políticas econômicas que intervém no estado são as mesmas que antes controlavam as riquezas do pais durante o regime militar e com este enriqueceram . Estas fazem com que a democracia econômica e social continue sendo um objetivo distante.

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