terça-feira, 17 de agosto de 2010

As grandes empresas beneficiadas por empréstimos nas instituições controladas pelo governo estão entre as maiores doadoras para a campanha da Dilma

Fonte: Folha de S. Paulo

As chaves do cofre bilionário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão nas mãos de dois gigantes estatais e um punhado de grupos privados que nos últimos anos se associaram a projetos de interesse do governo.

Levantamento feito pela Folha com base nas operações divulgadas pelo banco revela que a Petrobras, a Eletrobras e dez grupos privados ficaram com 57% dos R$ 168 bilhões destinados a transações contratadas de 2008 até junho deste ano.

Entre os mais favorecidos pela instituição estão as três maiores construtoras do país, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht, que controlam investimentos em diversos outros setores da economia, a mineradora Vale, o grupo Votorantim e o frigorífico JBS.

Além dos repasses que receberam diretamente do banco, alguns grupos foram beneficiados também como sócios de empreendimentos na área de infraestrutura e de companhias de outros grupos que conseguiram empréstimos da instituição.

Na avaliação do BNDES, a elevada concentração de sua carteira reflete o que se vê fora do banco: a taxa de investimentos do país é relativamente baixa e grandes empresas como a Petrobras são responsáveis pelos principais projetos em andamento.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, direciona quase 4% de todos os seus recursos para uma única empresa, a Petrobras. Antes da piora na crise financeira de setembro de 2008, o principal devedor do banco ficava com menos de 1%, mesmo patamar de hoje nos grandes bancos privados.

O Banco do Brasil, mesmo antes da crise, já possuía uma concentração alta de recursos em uma única empresa. Hoje, o maior devedor tem uma dívida de quase R$ 10 bilhões, cerca de 3% da carteira total. Os dez maiores ficam com quase R$ 30 bilhões, quase o dobro dos maiores bancos privados.

Duas estatais e dez grupos privados ficaram com grande parte do crédito do BNDES desde 2008. Segundo o banco, 28% do crédito foi para os dez maiores clientes.

Mas os críticos que se incomodam com o favorecimento de grandes grupos acusam o BNDES de usar seu poderio para fortalecer empresas com amigos em Brasília em detrimento de concorrentes e dos consumidores.

1 comentários :

Trovão disse...

pois é, e eu não consigo nem cobrir meu cheque especial!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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