quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pessuti nega "cruzada" contra requianistas


Roseli Abrão

O governador Orlando Pessuti negou nesta quarta-feira que esteja numa "cruzada" contra os remanescentes do governo de Roberto Requião. Que tenha uma lista de nomes a demitir. Disse que nunca foi nem será vingativo. Que suas ações não são pautadas nem pelo ódio nem pela vingança. No entanto, Pessuti confirmou que pediu o cargo à presidente do Provopar, Lúcia Requião, irmã do ex-governador. Justificou dizendo que tradicionalmente, na política do Paraná, o cargo é ocupado pela primeira-dama do Estado.

Ao passar o cargo de governador ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Carlos Hoffmann, Pessuti disse que por 90 dias esperou que Lúcia Requião entregasse o cargo, mas como ela não o fez, pediu.

Para Pessuti, mesmo que o Provopar seja uma Oscip, portanto, com cargo eletivo, esperava que Lúcia Requião pusesse o cargo à disposição.

O governador negou que tenha feito ameaças, que se Lúcia não deixar o cargo vai "esvaziar" o Provopar.

-- Não faço ameaça, eu executo, disse.

Pessuti confirmou a saída do tenente-coronel Washington Alves da Rocha da chefia da Casa Militar, que passa às mãos do coronel Aurélio Chaves; do presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, que passa o cargo para o economista Neuroci Frizzo, de Toledo (Pessuti nomeou também os novos diretores Técnico, Mauro Fortes Carneiro, e Administrativo Financeiro, José Carlos Mendes).

No que avalia como um remanejamento, Pessuti nomeou José Maria Correia para a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Seu atual ocupante, Nizan pereira, passa a ocupar a Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Questão de sintonia
O governador Orlando Pessuti insistiu que as eventuais demissões não são motivadas pelo revanchismo.

Que o que ele procura são pessoas que estejam em "sintonia" com ele e seu jeito de governar

-- O Pessuti não quer trabalhar com quem não quer trabalhar com o Pessuti, disse.

Não pensou
Questionado se também vai pedir o cargo da ex-primeira-dama, Maristela Requião, que preside o Museu Oscar Niemeyer, Pessuti disse que "ainda não pensou".

-- Vai pedir?

-- Não sei, disse.

Recíproca pode ser verdadeira
Pessuti não disse textualmente, mas deixou no ar que não irá apoiar a candidatura de Roberto Requião ao Senado.

Quando questionado, disse que Requião "nunca quis" apoiar sua candidatura à reeleição. Assim, a recíproca pode ser verdadeira.

Só a Gleisi
Pessuti negou que seu segundo candidato ao Senado seja o tucano Gustavo Fruet.

Por enquanto, disse, só tem uma candidata – a petista Gleisi Hoffmann.

Compromisso com Osmar e Rodrigo
Pessuti disse que dentro do que permite a legislação irá participar da campanha eleitoral.

Ainda mais que tem "compromisso" com as candidaturas de Osmar Dias e Rodrigo Rocha Loures ao governo do Estado.

PT veta Anibelli
O governador Orlando Pessuti havia indicado o deputado Antonio Anibelli, que não vai concorrer à reeleição, como primeiro suplente de Gleisi Hoffmann ao Senado.

Mas o PT vetou, segundo o próprio Anibelli.

-- O PT trocou o Anibelli por Sérgio de Souza que ninguém conhece, disse o deputado.

Sérgio de Souza foi integrante da equipe de Pessuti na vice-governadoria.

Serra visitou Pessuti
Na sua passagem por Curitiba, na terça-feira, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, fez uma visita ao governador Orlando pessuti.

Foi uma visita de caráter pessoal.

Segundo o governador, Serra lamentou que estejam em palanques diferentes, mas nem por isso deixam de ser amigos.

Pessuti lembrou que conheceu Serra muito antes de conhecer Dilma Roussef.

Que lutaram juntos pela redemocratização no MDB velho de guerra.

Hoffmann, governador
Em razão de sua viagem à África do Sul, onde participa de eventos patrocinados pela Fifa com vistas à Copa do Mundo de 2.014, que será no Brasil, o governador Orlando Pessuti passou o cargo de governador para o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Carlos Hoffmann.

Hoffmann será governador interino do Paraná até o dia 13, quando passa a presidência do Poder Judiciário ao desembargador Celso Rottoli de Macedo.

Hoffmann completa 70 anos no dia 14 de julho, caindo na aposentadoria compulsória.

Uma disputa acirrada
A disputa por uma cadeira na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal está acirrada. Para a Assembléia Legislativa são 583 candidatos, o que significa que cada uma das 54 cadeiras está sendo disputada por 10,8 candidatos Não é diferente em relação à Câmara Federal. As 30 cadeiras estão sendo disputadas por 289 candidatos, ou seja, são 9,6 candidatos por vaga.

Dos atuais deputados estaduais sete não disputam a reeleição. Quatro porque desistiram de buscar um novo mandato (Dobrandino Gustavo da Silva, do PMDB; Antonio Anibelli, do PMDB; Jocelito Canto, do PTB; e Pedro Ivo, do PT) e três porque estão na corrida à Câmara Federal (Cida Borghetti, do PP; Luiz Nishimori, do PSDB; e Rosane Ferreira, do PV).

Dos 30 deputados federais, quatro não concorrem à reeleição – Rodrigo Rocha Loures, do PMDB, candidato a vice de Osmar Dias; Gustavo Fruet, do PSDB, candidato ao Senado; Ricardo Barros, do PP, candidato ao Senado; e Alceni Guerra, do DEM, que deixou a disputa.

A cadeira do governador Orlando Pessuti está sendo disputada por sete candidatos, e as duas vagas ao Senado, hoje ocupadas pelos senadores Osmar Dias (PDT) e Flávio Arns (PSDB) estão sendo disputadas por 12 candidatos.

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