domingo, 11 de julho de 2010

A esvaziada e pouco representativa inauguração do Comitê Paraná Social




Rodrigo Rocha Loures, o peemedebista candidato a vice-governador do Estado do Paraná pela coligação encabeçada pelo Osmar, participou neste sábado da inauguração do Comitê Paraná Social. A inauguração se deu sob a direção da batuta torta do Doático. Ela ocorreu em um ambiente com poucas pessoas representativas e tão animado quanto o grau da cizânia interna na Frente, o que o torna diferente do que foi a semana da campanha realizada no interior, onde a companhia do Rodrigo nos trabalhos foram a Gleisi e o Osmar.

Este Comitê tem por fim o objetivo mascarado de encaminhar em separado as candidaturas do Requião/Osmar, já que o PT do Paulo Bernardo tomou o mesmo caminho em relação à candidatura da Gleisi/Osmar.

Para o Rodrigo restou a terrível missão de coordenar a majoritária na região metropolitana de Curitiba, terreno em que ocorrerá a principal disputa em relação a campanha e local onde o Beto Richa possui a hegemonia.

Neste grandioso colégio eleitoral, que é a metropolitana, também ocorrerá a principal disputa em relação ao senado, já que em Curitiba e cidades arredores a Gleisi, o Gustavo e o Requião possuem historicamente as maiores penetrações e consolidações de votos, por aqui terem o seus domicílios eleitorais.

É público e notório o fato de que as relações entre o Requião e a maior parte do comando do PT estão estremecidas, o que não difere do que ocorre entre ele e o agrupamento o qual o Pessuti capitaneia.

O Rodrigo só se tornou candidato a vice pela vontade do Pessuti, do Temer e do Paulo Bernardo, todos desafetos do Requião, o que torna a sua missão em relação à unificação da campanha na metropolitana uma tarefa um tanto espinhosa e quase impossível de se tornar realidade, a não ser que se busque a unidade possível e ela com certeza não passa pela submissão aos caprichos do Requião.

A presença do Rodrigo nesta reunião convocada pelo Doático é uma mostra de boa vontade, mas é apenas um passo pequeno para a sua tarefa se tornar realidade, pois a unificação depende de outros fatores e agentes, já que a discórdia entre os dirigentes partidários é antiga e está enraizada.

O evento contou com a presença de poucas lideranças do PMDB, em sua maioria ligadas ao grupo do Requião, com o agravante da sentida ausência do grupo do Pessuti e dos dirigentes do PT e do PDT.

Na reunião a palavra foi cerceada, o que causou vários protestos em relação à condução da mesa pelo Doático. Um dos que se levantaram contra a atitude foi o Jerry, importante militante histórico do PMDB, que embora tenha sido no passado ligado ao grupo do Requião, pelo qual se sente traído, hoje se encontra alinhado ao grupo do Pessuti.

Outro que teve de se impor para poder usar da palavra foi o grande articulador político Hasiel Pereira, que para poder explanar seu pensamento teve de se impor perguntando se que naquela reunião os negros estavam impedidos de falar.

No final da reunião, em um misto de desabafo e ato de desagravo, o Jerry convidou a todos para se dirigirem a Boca Maldita tomar um café, pois lá, tribuna livre, ninguém teria a palavra cerceada.

Um dos discursos mais consequentes proferidos na reunião foi o do Hasiel Pereira, que vendo a ausência das lideranças mais próximas ao governador, como também a dos representantes dos outros partidos coligados, ressaltou a importância da unidade partidária e da unidade enquanto Frente. Ele também disse que a unificação passava pelo Pessuti enquanto o grande articulador e responsável direto pela chapa de unidade, pois o mesmo tinha tido a grandeza de abrir mão do próprio projeto para que a coligação se tornasse realidade.

O Hasiel também afirmou que hoje o Pessuti enquanto governo e grande liderança partidária é a autoridade máxima e com maior visibilidade dentro do PMDB e assim o grupo reunido deveria procurar o governador imediatamente, pois sem ele o partido não marchará unido.

Outro que antes do termino da reunião saiu desgostoso com a forma com que o Diretório Municipal do PMDB encaminha o processo eleitoral foi o Secretário de Estado Milton Buabssi.

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