quinta-feira, 29 de julho de 2010

Educação está longe de 'cenário satisfatório', diz Dilma


A candidata governista do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, admitiu esta quarta-feira que o Brasil está longe do cenário satisfatório para educação. "O Brasil como um todo está longe do cenário satisfatório para educação. Mas demos passos para educação de qualidade no Brasil", afirmou a petista, que cumpre agenda em Natal. Ela prometeu que, caso seja eleita, construir 1,5 mil creches por ano em todo o país.

"Vamos construir 6 mil creches e ajudar os municípios a manterem essas creches. Não adianta construir, tem que ajudar a manter", disse. A petista afirmou que vai manter em seu programa de governo a prioridade para instalação de escolas técnicas em municípios polos e cidades com mais de 50 mil habitantes. Ela também lembrou a necessidade de universidades no interior.

Vunerabilidade do Brasil

Segundo o relatório do PNUD no Brasil a desigualdade de rendimentos, educação e saúde persiste de uma geração para outra num contexto de baixa mobilidade socioeconômica.

A desigualdade compromete o padrão de desenvolvimento do Brasil em 19% e a disparidade de renda é o fator que mais influencia negativamente nesse resultado. Essas são conclusões do Programa das Nações Unidas em Desenvolvimento (PNUD), que passou a calcular em 2010 o Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à Desigualdade (IDH-D).

O indicador não utiliza médias nacionais, mas considera as desigualdades do País em relação à renda, à educação e à saúde. A nova metodologia estabelece uma espécie de punição que altera resultados para países com mais disparidades.

Com essa forma de cálculo, o indicador para a América Latina e o Caribe cai 19,1%, percentual quase igual ao do Brasil (19%). Em alguns países, os resultados são ainda mais negativos: Nicarágua (-47,3%), Bolívia (-41,9%) e Honduras (-38,4%). A diferença é menor em nações como Uruguai (-3,9%), Argentina (-5,9%) e Chile (-6,5%).

No Brasil, das três dimensões do IDH a que representou maior perda foi a renda (-22,3%), seguida de educação (-19,8%) e saúde (-12,5%). Segundo o membro da equipe do relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud e mestre em Políticas Públicas, Anderson Macedo, esse é o primeiro relatório sobre o tema para América Latina e Caribe.

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