sexta-feira, 11 de junho de 2010

Racha e implosão no PMDB


Enquanto o Orlando Pessuti avança na conquista dos delegados do Partido buscando a consolidação da sua candidatura a reeleição ao governo do Estado o ex-governador Roberto Requião fica cada vez mais isolado e perde espaço na sua pretensão de que em vez do Partido lançar a candidatura própria fazer a coligação com o Osmar.

Dificilmente quem detém o poder perde uma Convenção, pois o fisiologismo impera com o avanço das negociações pró candidatura própria e está envolve a troca dos votos dos convencionais pelos cargos no governo.

O Pessuti desde a posse priorizou não a formação de uma equipe competente e coesa para governar e sim a estratégia de ganhar a Convenção partidária. Por este motivo além de ter feito poucas novas substituições, o que lhe causa problemas, já que os adeptos das teses do Requião internamente conspiram e o descredenciam. Estes entram em choque frontal com os que abandonaram a priorização do projeto do ex-governador, aos qual este hoje os chama de traidores. Os poucos requianista que restam, já que a maioria dos ex-áulicos para manterem os cargos abandonaram o Requião, também se atritam com os novos integrantes da equipe, o que faz com que a gestão pública integrada acabe por se tornar um amontoado de grupos em constante atrito, o que por falta de objetivos comuns gera desagregação.

Enquanto dentro da máquina pública, e no Partido por causa desta, o Pessuti detém o mando do ponto de vista do eleitorado quem ainda mantém e capitaliza a muito a popularidade do ponto de vista das ações de governo é o Requião, com seus 52% de preferência do eleitorado na disputa para o senado, mas este se nega a ser o grande eleitor do Pessuti e o desgasta como pode para descredenciá-lo enquanto governador e provável candidato.

Está disputa no “topo da torre” entre o Requião e o Pessuti com certeza trará péssimas consequências para os dois e não só para eles e sim para o conjunto do Partido, o que já reflete profundamente no conjunto dos deputados e na própria base partidária, que sem um rumo começa a se dispersar e a olhar para outra opção extra partidária.

Entre a maioria dos deputados o Pessuti não é visto como a melhor opção para que os dezoito possam se reeleger e muitos deles pregam a coligação com o Beto ou com o Osmar/PT na majoritária e nas proporcionais e só admitem o Pessuti enquanto candidato ao governo caso o PT, que sem o Osmar hoje próximo do Beto começa a acenar para uma provável aliança, venha a se coligar também nas proporcionais.

Tudo indica que o PDT não terá candidato ao governo e que o Osmar saíra candidato ao senado pela mesma coligação encabeçada pelo PSDB, já que nenhuma de suas reivindicações junto à direção nacional petista até agora não foram atendidas, o que indica que ao PT só restará se coligar com o PMDB, mas os deputados deste, por medo de serem engolidos pelo PMDB, não aceitam a coligação nas proporcionais e ameaçam lançar candidatura própria ao governo.

Para tentar sair desta sinuca o Pessuti diz que aceita a não coligação nas proporcionais e a Gleisi como candidata ao senado, o que não é do agradodas principais lideranças pemedebistas. O Pessuti para tentar impor na marra o seu nome não respeitando os currais dos parlamentares avança sobre as bases partidárias e enfrenta os deputados,como dá mesma forma com que não reconhece o comando partidário do Requião o atropela, que irritado perde o controle e atira no "casco do barco" em que todos estão mal e porcamente instalados.

Caso o PMDB não restaure a unidade interna, o que a cada dia fica mais difícil e impossível de acontecer, com certeza o Pessuti será candidato de si mesmo e fará uma péssima votação, como também o Requião corre o risco da não eleição ao senado e a bancada de deputados será reduzida a menos de 50% do número que hoje possui.

No PMDB se correr o Pessuti pega e se ficar o Requião come!

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