sexta-feira, 18 de junho de 2010

O “ESPERTO” JOGO DO OSMAR DIAS


Usando como tática a somatória do silêncio pessoal mesclado as posições políticas diariamente divergentes implantadas nos blogs, como pela “vitimização" constante em relação aos prováveis aliados, etc., o Osmar Dias ocupa todos os espaços de mídia e assim acha que se impõem a todo o espectro partidário como o que "mesmo tendo perdido direitos é o aliado imprescindível”, o que não é a realidade que almeja. Ele até os dias de hoje não abriu mão de ser candidato a governador, como também não é o "pobre coitado" a ser cristianizado, mas sim é o político matreiro ocupando os espaços possíveis para valorizar o seu poder decisório em ser ou não ser o postulante ao Governo do Estado.

O esperto jogo da vitimização começa com a expressão pública de um desejo pessoal não satisfeito. Esse desejo, que é de cunho estritamente pessoal, é manifesto como “verdade absoluta”, mas na realidade é somente um discurso egocêntrico e maniqueísta.

A vitimização tem origem em um estado de auto-ilusão, em que a pessoa tenta transformar em “verdade inquestionável e coletivamente imprescindível” este seu desejo, que a princípio é um ato totalmente egocêntrico, mas que para o conjunto social é vendido pelo mesmo como uma “necessidade coletiva”.

Em relação à vitimização, o que a princípio pela piedade dos outros atraí sentimentos positivos em relação à vítima, com o tempo e o mau uso podem surgir duas grandes contradições e estas podem arrebentar com o discurso do “vitimado”. A primeira é que, se a pessoa culpa outra pessoa por algo que ela é a responsável, significa que ela, no fundo, tem a crença de que algum ganho sem trabalho é possível, o problema do “Algo por Nada”. A segunda é que esse algo será retirado de alguém que, de forma justa, conquistou esse algo em primeiro lugar.

Se eu desejo um mandato os outros postulantes nada tem a ver com isso. E eu não tenho nada a ver com o que as outras pessoas desejam também, contanto que elas não interfiram na minha liberdade de optar por um caminho.

Quando a “vítima” tenta converter aquela sua “necessidade” em “direito” ela transfere aos outros a responsabilidade de não ter suas necessidades atendidas. É muito mais difícil você convencer alguém que outra pessoa é responsável por satisfazer seus desejos, mas é fácil convencer de que todos são responsáveis por satisfazer necessidades, que embora expressas somente por você, seriam para a construção do “bem comum”.

Assim, a “vítima” converte a possibilidade de outro em ajudá-la em o “direito e a obrigação por parte de todos” em ser ajudada a obter o seu intento e assim surge a grande equação de que para atender aos desejos de alguém, convertidos em “direitos”, os direitos dos outros em pleitear o mesmo objeto d desejo precisam ser violados. A pessoa cujos desejos quer que sejam satisfeitos força alguém a praticar o “algo por nada” a favor dela, e esse algo precisa vir de algum lugar. Portanto, do outro lado do espectro, alguém está praticando o “nada por algo” e tendo, esse sim, seus direitos desrespeitados.

O pior de tudo é que a vitimização, como expressão do “algo por nada”, mata a vontade das pessoas que teriam de abrir mão dos seus próprios desejos em agir para satisfazer os desejos de outrem. A vitimização, portanto, mata o desejo desta ação, já que a “vítima” não estará transformando os desejos pessoais em ações dos outros por causa de seus próprios méritos e este tipo de atitude só levará a mais insaciabilidade para as suas vontades, já que as mesmas não serão na integra atendidas pelo coletivo, que é plural em seus interesses a serem alcançados.

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