quarta-feira, 10 de março de 2010

O controle da mídia dos governos de Getúlio a Lula




A sigla que era internamente usada para dirigir o trabalho junto à imprensa pela Ação Integralista Brasileira tinha o nome de "Secretária Nacional de Imprensa (S.N.I.), a mesma que também foi quem implantou o DIP no governo Getúlio e o dirigiu até 1.938, quando houve o racha pela tentativa de golpe dada pela AIB. Por "coincidência" no golpe de 64 a mesma sigla foi usada pelo Serviço Nacional de Informação (SNI).

O Golbery, que foi um dos principais criadores da Doutrina de Segurança Nacional (DSN) aqui no Brasil. Ele começou a integrar a Comunidade brasileira de Informação na Segunda Guerra de que quando ainda capitão foi para os EUA em 1.944 para participar de cursos relativos a área de segurança e informação.

Neste processo começam a planejar a derrubada do Getúlio e a tomada do poder pelos militares ligados aos EUA, que se deu primeiro com a posse do Dutra, mas que é interrompida com a volta do Getúlio pelo voto, processo nacionalista este que culmina com o "suicídio" do presidente e que retorna a baila enquanto poder total com derrubada do Jango no golpe de 64!

O grupo ligado a Golbery e ao coronel Muricy, os formados pelos EUA, que estavam encastelado na Escola Superior de Guerra, foi o embrião tanto da derrubada do Getúlio em 45, como posteriormente do isolamento do mesmo em 55 e também pela derrubada do Jango em 64.

Neste processo que durou de 44 a 64, mas que se irradia até hoje, foi formatado tanto o modelo de desenvolvimento nacional dependente como a ideologia do "inimigo interno" e do papel dos EUA como o "grande aliado". Este projeto levou a implantação do modelo econômico até hoje vigente, onde a economia continua dependente. Do ponto de vista político e militar os quartéis ainda comemoram 64 e os principais atores políticos no mando do jogo ainda são os mesmos oriundos da velha UDN (Sarney, Delfim, etc.).

Com o Lula e seus aliados no poder pouco muda em relação ao controle da mídia, pois o governo federal chegou a gastar em 2006, ano eleitoral, em propaganda mais de 1,3 bilhão, sendo estes recursos públicos distribuídos para mais de 3.500 meios de comunicação de massa.

Contrariando limites impostos pela legislação eleitoral, o governo Lula prevê o aumento de 20% dos gastos de publicidade no ano da eleição do seu sucessor. Os números estão na lei orçamentária, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionará nesta semana, com autorizações de gastos para 2010.
A Lei Eleitoral determina que, em ano de pleito, as despesas com publicidade dos órgãos públicos não podem ultrapassar a média dos três anos anteriores ou o valor gasto no ano imediatamente anterior.

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