sexta-feira, 14 de junho de 2013

A NOSSA DEMOCRADURA DE CADA DIA CHEIRA, NÃO A POVO, MAS SIM A GÁS LACRIMOGÊNIO E PÓLVORA


Acompanhando com ansiedade o desenrolar dos legítimos protestos que ocorrem por todo o país, e não só em São Paulo, embora está capital para a mídia seja a vitrine, fiquei muito triste ao ver a forma exagerada e violenta com que as polícias nos mais diversos estados estão tratando o Movimento Social quando este democraticamente vai as ruas em busca de direitos.

Tem alguns excessos sendo cometidos por uma pequena minoria que deste participa? Tem, mas isto não justifica o grau de violência que está sendo usado pelos governos estaduais ao reprimirem os conjuntos de manifestantes, cuja maioria pacificamente tenta se expressar.

 Até mais de uma dezena de jornalistas, a serviço da grande mídia, que até então tratava os manifestantes como se fossem "baderneiros", foram vitimados pela ação da repressão, sendo que dois deles foram baleados nas vistas com balas de borracha, e um deles vai ficar cego de uma vista. A jornalista que também teve uma das vistas baleada, mas com menor gravidade,  afirmou que estava em cima da calçada quando um veículo da Rota passou e um dos policiais a baleou sem que houvesse uma razão para isto. Se a imprensa foi tratada assim imaginem o que ocorreu com o resto dos populares que ousaram ir as ruas questionarem o injusto aumento nos custos das passagens?

A grande mídia, que depois de ter sido também alvo dos disparos e agressões, mudou um pouco o tom do discurso, e pela primeira vez mostrou de onde de fato começa a violência. Já não foi mais o discurso contra os "militantes baderneiros", e afirmou que as agressões teria partido de um grupo de 20 policiais do Batalhão de Choque, e que sem que houvesse tido qualquer tipo de violência contra a polícia ou ato de baderna começou a jogar bombas e a disparar contra a multidão. Um fotógrafo que estava  a trabalho se indignou e foi questionar o ato praticado pela polícia, e acabou sendo espancado e arrastado pelos cabelos. Isto foi em São Paulo, mas a repressão também ocorreu em outras cidades importantes, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Natal, Santos, etc..

É muito questionado por todos o fato dos jovens de hoje "não se envolverem" com as questões maiores da sociedade da mesma form com que fazem nas torcidas de futebol e em festas, mas quando estes resolvem sair do imobilismo o Estado, que deveria refletir os anseios da maioria, os recebe com cassetetes, choques, spray de pimenta, bombas de gás e tiros.  

A juventude foi as ruas, e não para torcer por um time de futebol ou fazer uma festa funk, mas sim para lutar por direitos, e é este "o respeito e  consideração" que ela merece?

Em tempos de Comissão da Verdade operando na tentativa de se fazer um histórico dos atos repressivos da ditadura militar, ver atos desmedidos de violência repressiva sendo praticados nos dias de hoje contra os nossos jovens faz nós pensarmos se vivemos em uma democracia ou em uma Democradura!!!

Pela não criminalização do Movimento Social!!!

Abaixo a repressão!!!


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