sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Promessa de vida nova às pedras da Rua São Francisco



A revitalização da Rua São Francisco, no Centro Histórico de Curitiba, quer deixar no passado temas como prostituição e tráfico de drogas: a ideia é retomar a vocação histórica e gastronômica da rua, uma das mais antigas da cidade e que abriga os tradicionais Restaurante São Francisco e Confeitaria Blumenau, ambos fundados há mais de meio século.
As obras incluem nivelamento da calçada, reforma da iluminação pública e pintura das fachadas, e têm o objetivo de levar mais segurança e criar uma espécie de circuito para os amantes da boa culinária. A prefeitura pretende atrair outros estabelecimentos do gênero, usando como atrativo o caráter “predominantemente pedestre” que a rua passará a ter. O espaço para estacionamento de veículos será extinto, dando lugar a uma faixa de acessibilidade para cadeirantes, de 1,20 metro, anexa à calçada. A reforma é coordenada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
O aspecto histórico da rua é levado em conta pelo Ippuc, já que os paralelepípedos e parte da calçada – o trecho feito de matacão colonial, no lado esquerdo de quem caminha em direção à Rua Barão do Serro Azul, desde a esquina com a Rua Riachuelo – remetem ao século 19. As pedras estão sendo retiradas para nivelamento da rua, mas a promessa do Ippuc é que serão rigorosamente recolocadas em seus devidos lugares. Já o restante da calçada, como não tem tanta tradição, será substituído por faixas vermelhas de concreto, de aspecto semelhante ao atualmente encontrado na Rua Riachuelo, também recentemente reformado.
Ar festivo
A iluminação da rua será ampliada, das atuais quatro luminárias distribuídas em dois quarteirões, para até três arandelas por ponto comercial. “Queremos dar à rua um ar festivo”, diz o arquiteto do Ippuc Mauro Magnabosco, autor do projeto de revitalização. A pintura dos estabelecimentos da rua será viabilizada por meio de uma parceria da prefeitura com o setor privado: uma empresa fornecerá a tinta em troca de os proprietários se comprometerem a arcar com a mão de obra.
Os comerciantes da rua apoiam a revitalização, mas cobram rapidez nas obras para que as vendas do Natal não sejam prejudicadas. “Desde que cumpram o cronograma e entreguem em outubro, tudo bem”, diz a comerciante Suiane Cardoso. (GP)

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