quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Freixo diz que Paes tem apoio de milícias no Rio

O candidato do PSOL à Prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, disse hoje que o atual prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), tem em sua base de apoio integrantes de milícias.

Segundo ele, parlamentares que compõe a base governista na Câmara Municipal tem ligação com os grupos. Para o candidato do PSOL, a milícia, diferentemente do tráfico de drogas, é o única organização criminosa que reverte o domínio de territórios em ganhos políticos.

"Tem foto publicada em vários lugares do atual prefeito com vários donos de cooperativas de vans, muitos deles indiciados, presos ou mortos. Há vários vereadores da base política do governo integrantes da milícia. É só você ver por quais partidos essas pessoas se elegem", disse Freixo durante sabatina Folha/UOL.

Segundo ele, o transporte alternativo, regulado pelo governo municipal, é basicamente dominado por cooperativas ligadas às milícias. Sua proposta é acabar com as licitações de linhas de vans para cooperativas e passar a fazer individualmente.

"É uma ilusão achar que a segurança é uma questão exclusivamente estadual. O braço econômico fundamental da milícia é o transporte alternativo. Não vamos permitir que as áreas controladas pelas milícias tenham licitações para cooperativas", afirmou. (Uol)


FREIXO E A LUTA CONTRA AS MILÍCIAS:



Integrante da milícia de Deco se apresenta à polícia



Sérgio Ramalho

RIO - Acusada de integrar a milícia do vereador Luis André Ferreira da Silva, o Deco - preso na quarta-feira na Operação Blecaute -, a presidente da Associação de Moradores da Fazenda Chacrinha, em Campinho, Maria Ivonete Madureira, se apresentou na tarde desta quinta-feira na Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas. Ela teve a prisão preventiva decretada. A ação tem a participação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Ministério Público estadual.
Conforme O GLOBO noticiou, Deco usava seu gabinete na Câmara como escritório da milícia que comandava em 13 comunidades de Jacarepaguá. O político tinha um cadastro com nomes e números de títulos de eleitor de moradores. Há ainda documentos que indicam o desconto de parte dos salários de assessores. A partir da descoberta de promotores e policiais, Deco também será investigado por compra de votos e coação de eleitores. Ex-cabo paraquedista do Exército, ele assumiu sua vaga em fevereiro, no lugar de Liliam Sá (PR), eleita deputada federal.
Deco é acusado de chefiar o grupo paramilitar que planejou matar a hoje chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, quando ela era titular da 28 DP (Campinho), responsável pela investigação de crimes do bando. A delegada confirmou que o Disque-Denúncia recebeu três ligações na época informando sobre o plano. Numa delas, a placa de seu carro chegou a ser mencionada corretamente. No entanto, na quarta-feira a chefe de Polícia Civil não relacionou os telefonemas ao grupo.
Policiais prendem, em casa, o vereador Luis André Ferreira da Silva, conhecido como Deco (Foto: Bruno Gonzalez / EXTRA / Agência O Globo)
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que presidiu a CPI das Milícias, uma vereadora e uma promotora, cujos nomes não foram divulgados, também sofreram ameaças. Freixo disse na quarta que sabia do plano para matá-lo e lembrou que Deco era o último político da lista de citados na CPI das Milícias ainda com mandato. Mas afirmou que outros podem ser eleitos caso o poder desses grupos no Legislativo não seja eliminado:
Após um ano de investigação, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitaram à Justiça 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. O grupo de Deco domina comunidades onde vivem cerca de 150 mil pessoas e movimenta mensalmente valores de até R$ 400 mil.
As investigações da Draco revelam que a milícia de Deco cobra de comerciantes taxa mensal de R$ 100. Mototaxistas são obrigados a pagar quinzenalmente R$ 30. Moradores pagam R$ 10 pelo fornecimento de água, que é cortado caso o valor não seja entregue nas associações de moradores ligadas ao esquema. O bando também explora “gatonet” (R$ 30), internet (R$ 30), cobra ágio na venda de gás e um percentual de 20% na venda de imóveis. O grupo também estaria por trás da ocupação e venda de terrenos da prefeitura.
O braço-direito de Deco na quadrilha seria Hélio Albino Filho, o PM Souza. Apesar de não ser policial, ele era visto circulava uniformizado em patrulhas da PM. Na casa de Hélio, que está foragido, os policiais encontraram R$ 60 mil em dinheiro, joias e um cofre. Os demais integrantes do grupo são a presidente da Associação de Moradores da Chacrinha, Maria Ivonete Santana Oliveira; o presidente da Associação de Moradores do Conjunto do Ipase, na Praça Seca, Arilson Barreto das Neves, o Cabeção; Paulo Ferreira Júnior, o Paulinho do Gás; Edilberto Gomes Alves, o Bequinho, e os irmãos Gonçalo e Jorge de Souza Paiva. Ivonete se apresentou à polícia na tarde desta quinta. E, até o fim da tarde de quarta-feira, haviam sido presos Bequinho e Arilson Cabeção. (AG)


TRE fiscaliza áreas de milícia e cidades que recebem royalties

Regiões que terão esquema especial de segurança serão foco de operações surpresa a partir desta semana


O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) inicia esta semana o reforço na segurança durante eleições para prefeito e vereador. O Complexo da Maré, na zona norte, dominado pelo tráfico, e a zona oeste, sob forte domínio de milícias, terão forças federais na segurança, solicitadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Na tarde de sábado, o sargento da Polícia Militar e candidato a vereador Marcelo Rodrigues dos Santos, conhecido como Marcelo Coelho, 40, foi assassinado com três tiros na cabeça, em um bar de sua propriedade, em Magé.
Ao lado de Cabo Frio, Campos, Itaboraí, Macaé, Rio das Ostras e São Gonçalo, o município de Magé também terá reforço na segurança. Alguns foram incluídos por receber royalties de petróleo.
"Em todo local onde entra muito dinheiro há briga. A fiscalização do TRE terá presença ostensiva nas áreas, para coibir abusos", diz o desembargador Luiz Zveiter, o presidente do TRE.
Em 2008, alguns candidatos foram impedidos de entrar em locais controlados por milícias ou traficantes, como a Rocinha, onde somente o já falecido Claudinho da Academia podia fazer campanha.
Ex-presidente da CPI das Milícias, o deputado estadual e candidato a prefeito Marcelo Freixo (Psol) sofreu diversas ameaças.
O ex-vereador Jerominho, a filha dele e vereadora Carminha, o ex-deputado estadual Natalino e Luiz André "Deco" são alguns dos presos acusados de comandar milícias. (Destak)




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