sexta-feira, 8 de junho de 2012

A ex-Indochina, termo criado pelo imperialismo, e os resquícios da guerra, ou, por que o Kim é assim?



 


Eu era menino quando vi estas imagens na revista O Cruzeiro ou na Realidade, a memória falha. Fiquei curioso com o que tinha feito o meu pai surtar de indignação. Como criança/adoslescente me senti no lugar das outras. Foi a primeira vez que li sobre o napalm. O meu pai e o meu tio falavam de que tinha sido usado também na Coréia.


 Em Tupã/SP tinha uma família amiga nossa que um parente tinha ido participar da Guerra da Coréia. Ele morava no Paraná, e era casado com uma das filhas deste casal tupaense. O cara era todo neurótico, e ex-ferido em guerra, a qualquer barulho mais forte ele tinha um sobressalto. Quando tinha 17 anos uma vez presenciei ele contando as histórias para o meu pai. Ele falou sobre a destruição causada pela Força Aérea dos EUA, que jogou bombas até mesmo sobre os que estavam a seu serviço. Ele disse que a Coréia do Norte tinha virado uma fogueira. Ele recebia uma pensão do governo norte americano. Mais velho depois fui pesquisar, e vi que era pior do que ele havia dito.


 Embora não seja nenhum fã do Kim III e do regime que cheira a claustrofobia, consigo entender o por que daquele país viver eternamente fechado e em estado de sítio. As lembranças do que ocorreu com o ataque imperialista ainda estão muito vivas. Como estão no Vietnam e em toda região que o imperialismo um dia denominou de Indochina. Lá, países com a população ainda doente pelos efeitos da contaminação da guerra química, os campos minados e crateras que lembram a superfície da Lua, como vasos de flores feitos com cartuchos de canhão, ainda se fazem presentes. Só no Vietnam 80 milhões de litros do chamado “agente laranja”, à base da letal dioxina, foram aspergidos como parte da Operação Ranch Hand



A desfolhante dioxina foi derramada na floresta e em mais de 20 mil vilas rurais. Acabou com a fauna e eliminou 40% da flora. Morreram búfalos, rinocerontes e ursos pandas. Mais de 4 milhões de vietnamitas suportaram os efeitos dessa guerra química.

Numa economia em que os filhos representam força de trabalho e de auxílio à sobrevivência, sustentar crianças com deformações físicas e doenças crônicos torna-se um drama inimaginável.

A quantidade de bombas lançadas sobre o Vietnã supera em três vezes o montante de explosivos utilizados na 2ª Guerra Mundial.

O mais conhecido recurso utilizado pelas tropas norte-americanas contra seus oponentes vietcongues foi uma bomba incendiária, arma química, conhecida como Napalm. Era uma mistura de gasolina, misturado com outros reagentes químicos, que tinha o formato de um gel grudento que ficava retido na pele daqueles que fossem atingidos pelo mesmo, assim prolongando o efeito de duração da queimadura e a sua temperatura.

Entre os produtos químicos que faziam parte da composição do Napalm estava o phosphorus branco que provocava a reação de queimaduras terríveis. Os efeitos eram prolongados e há relatos de que mais da metade das vítimas atingidas por essa poderosa combinação destrutiva tinham queimaduras de 5º grau (que atingiam os músculos e até mesmo os ossos). As dores e a intensidade da corrosão causada ao organismo pelo Napalm provocava muitas mortes.

Outro armamento despejado dos aviões norte-americanos eram as bombas ‘abacaxi’. Consistiam em um pequeno invólucro metálico que tinha ao seu redor cerca de 250 pinos ou grânulos. Em cada ataque eram jogados alguns milhares de ‘abacaxis’ sobre áreas inimigas para atingir tudo aquilo que estivesse nas proximidades onde caíssem essas armas. Uma vez atingidos os alvos, essa massa metálica com pinos ou grânulos se alojava nos corpos dos inimigos e os lesionava de forma definitiva ou acabava matando muitos deles.


Os especialistas nesse conflito calculam que para cada habitante do Vietnam foram lançados no território do país o equivalente a 300 toneladas de material explosivo, levando-se em conta as populações civis, que não participavam diretamente da guerra, inclusive mulheres, idosos e as crianças). Um verdadeiro massacre!

   


2 comentários :

BOSCO ARTE e MANHAS disse...

HORROR...É UM UMA PALAVRA HUMANA E PEQUENA DEMAIS PARA CABER TANTAS ATROCIDADES QUE O CAPITAL, PRINCIPALMENTE O AMERICANO CAUSOU COVARDEMENTE AOS POVOS POBRES DO MUNDO! MINHA INDIGNAÇÃO RENOVADA...ESPERO QUE ESTEJA SEMPRE RENOVADA, ENQUANTO HOUVER CAPITALISMO! OBRIGADO!

Unknown disse...

Poste isto lá no meu blog Molina!
Abçus...

Jussara!

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