segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Programa de Dilma na área da saúde tem licitação sob suspeita. A empresa que "ganhou" é a mesma que forneceu as TVs laranjas para o governo Requião


O programa Rede Cegonha --uma das principais promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff para a saúde-- teve licitação considerada suspeita pela Justiça Federal, que decidiu suspender a assinatura do contrato com a empresa escolhida.

Empresas derrotadas apontaram indícios de conluio entre a vencedora e a segunda colocada no pregão eletrônico feito pelo Ministério da Saúde para adquirir 1 milhão de kits com trocador de fraldas e bolsa para carregar utensílios de bebês.

O ministério e a empresa vencedora negam irregularidades. (Uol)


O caso paranaense envolvendo a Cequitel :

Cequipel lucrou 22% com TVs “laranjas”

Empresa confirma que pagou R$ 15,4 milhões por televisores e vendeu por R$ 18,9 milhões

TVs “laranja”: investigação sobre suspeita de faturamento se arrasta desde o início de 2007 (foto: Levy Ferreira)
Os 22 mil televisores “laranjas”, adquiridos via Secretaria de Estado da Educação (SEED) em dezembro de 2006, custaram ao governo Roberto Requião (PMDB) 22,8% a mais que o valor de fábrica. Com a informação, a empresa Cequipel Indústria de Móveis, que vendeu as TVs multimídias por R$ 18,9 milhões, pretende desmontar as acusações de superfaturamento no negócio, levantadas pela bancada de oposição na Assembleia.
A Cequipel foi a maior doadora individual a campanha de reeleição de Requião em 2006, tendo colaborado R$ 645 mil. De acordo com o presidente do Grupo Cequipel, Ayrton Bohrer Oppitz, os televisores foram fornecidos pela fabricante (CCE) por R$ 700,00 – valor unitário - e comercializados ao governo do Paraná por R$ 860,00. Ou seja, a empresa teve lucro aproximado de R$ 3,5 milhões.
Bohrer rebate as suspeitas de superfaturamento afirmando que a empresa vem comercializando TVs idênticas em outros Estados e que o valor pago pelo governo paranaense é o menor. O presidente da Cequipel usa como exemplo contrato recente firmado com o governo da Bahia, que também adquiriu 22 mil televisores por R$ 1.280,00 cada.
Para demonstrar o suposto superfaturamento, em dezembro de 2007, o então líder da oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), comprou pela internet, por R$ 739,00, uma TV com as mesmas características dos adquiridos pelo governo. Segundo o tucano seu aparelho seria ainda mais completo, pois ainda é equipado com leitor de DVD. Na época, Requião e a empresa fornecedora reagiram garantindo que o televisor de Rossoni não contava com os mesmos recursos.
O parlamentar garantiu ainda que, caso tivesse os 18% de desconto de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) como o governo, o preço do aparelho cairia para R$ 606,00. Ou seja, a economia neste caso seria de R$ 5,6 milhões.
Investigação — O Ministério Público do Paraná (MP/PR), que desde o início de 2007 investiga as denúncias da oposição, confirma que o ex-secretário de Educação, Maurício Requião, diretores da Cequipel e de outras empresas que participaram da licitação, já foram ouvidos e que o processo avança. Bohrer porém garante que seu depoimento aconteceu há mais de um ano e meio.
O MP garante ainda que, há cerca de sete meses, a Justiça acatou pedido de quebra dos sigilos bancários e telefônicos dos agentes públicos e de empresas envolvidas na operação.
Na sessão da última segunda-feira na Assembleia, os deputados aprovaram um requerimento no qual os oposicionistas pedem que a atual secretária de Educação, Yvelise Arco-Verde, forneça cópia do contrato assinado com a Cequipel na época da compra dos televisores. (Bem Paraná)

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