domingo, 1 de agosto de 2010

As estratégias de ataque político na campanha eleitoral no Paraná e as fragilidades dos candidatos


Com o fim da Copa, de onde para a infelicidade de muitos políticos governistas, que não puderam faturar com as imagens, infelizmente não pelos governos, mas sim pelo povo carente do sentimento de brasilidade, saímos derrotados, os poucos a campanha começa a ganhar as ruas tendo como fundo as cenas, áudios e letras impressas das multimídias.

Com a exposição massiva dos candidatos aos poucos o povo começa a tomar partido nesta eleição que tanto a nível estadual como federal começa a ser plebiscitária, já que o pesado jogo do governo federal e seus aliados na frente partidária de apoio impediram que o debate acontecesse de forma mais plena ao cercear a nível federal o direito do Ciro poder expor as suas idéias para o país e ao Pessuti a chance de lutar para poder continuar com a implementação de seu programa de governo para o Estado.

Por parte da Coligação capitaneada pelo Osmar a linha estratégica de ataque contra o Beto passará pela tentativa de descredenciamento da sua carreira política com o uso repetitivo de imagens de vídeo, onde o mesmo diz que iria permanecer no governo municipal até o fim do mandato. Do ponto de vista de Curitiba, que seria o principal alvo desta propaganda, este tipo de mensagem terá pouco efeito, já que as pesquisas apontam que 92% da população da cidade quando consultada pela pesquisa se posicionou favorável a existência da candidatura do Beto ao Governo do Estado. Outro ponto importante que temos de levar em conta é que a transição de poder do Beto para o Luciano, ao contrário do que ocorre em relação ao Governo do Estado, foi tranqüila e harmônica e o atual prefeito da sequência ao programa de governo construído em conjunto com o ex-prefeito ouvindo a sociedade curitibana. Será difícil quebrar o clima da - para todos - benéfica cumplicidade existente entre o Beto e o Luciano e entre este e os eleitores, aos quais os dois servem.

Os osmaristas também tentarão casar a imagem do Beto ao Lerner e as privatizações, o que também acabará recebendo respostas a altura, já que o Beto enquanto poder na prefeitura nada privatizou e hoje enquanto candidato já assumiu em cartório o compromisso de manter pública as estatais. Falando em privatização, o que eu sou contra, o Lula, como o PMDB aqui no Paraná ao privatizar a praça de pedágio da Lapa, atacou tanto as privatizações do FHC e acabou fazendo o que questionou privatizando as rodovias federais, as florestas nacionais, as áreas de exploração de petróleo, etc..

Quanto à relação com o Lerner, muitos dos comissionados no Governo do Estado, como entre os deputados também ligados a atual bancada governista tiveram relevante papel no governo do Jaime.

Não dá para esquecer que o ministro Paulo Bernardo, o Nedson e o André Vargas foram estreitamente ligados ao Janene e ao governo do Belinati na Prefeitura de Londrina, como também fizeram parte da articulação que impôs a Emília Belinati, que era filiada ao PDT, como vice da chapa lernista. O Lerner, na época dirigente do PSB, apoiou o Osmar para o governo em 2006.

Caso não seja bom ser “lernista”, se isto existe, pois após o governo do Lerner os que o apoiaram depois foram apoiar o novo governo do PMDB, quem atualmente mais o é?

O Osmar nos debates deverá tentar montar pegadinhas em relação a questão agrária para tentar desqualificar o Beto, pois este setor social é o seu forte do ponto d vista da formação técnica, mas além de hoje vivermos em um mundo onde a maior parte da população é urbana o Beto, embora não tenha a profundidade do adversário, também está bem preparado e assessorado para tratar desta questão com profundidade.


Do lado da Coligação do Beto, que prefere a discussão propositiva em vez dos ataques, que é a linha central sempre adotada pelo PMDB do Requião, como pelo PT do Paulo Bernardo, da Dilma e do Lula, caso seja necessário, como está claro pela sua atual postura, não fugirá do enfrentamento. A sua estratégia deverá ser baseada nos históricos contraditórios que existem em relação ao Osmar e os seus novos aliados, que até ontem foram seus inimigos ou adversários.

Nos debates o Beto deverá puxar o mesmo para a questão da gestão urbana, onde é um especialista e via este importante tema tentará desqualificar o Osmar, que embora tenha também conhecimento sobre o assunto não possui a mesma qualificação que o Beto.

nesta campanha, que tende a se definir já no primeiro turno, as relações entre os candidatos deverá ser intensa na polarização no debate das idéias, como também o nível de agressividade política será grande.

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