quarta-feira, 28 de julho de 2010

As contas eleitorais não favorecem ao Osmar


Se levarmos em conta os números da eleição de 2006, onde o Osmar embora tenha tido 49,90% dos votos terminou derrotado pelo adversário Roberto Requião ao analisarmos os atuais números chegamos à conclusão de que este com seus atuais 38%, que segundo a margem de erro do Vox Populi podem ser apenas 35,5%, Perdeu um grande espaço eleitoral.

Para entendermos está grande queda de popularidade temos de levar em conta o fato de que na eleição passada (2006) o Osmar, que no primeiro turno obteve 38,60% dos votos, números estes iguais ao de seu patamar atual, teve no segundo turno a sua candidatura alavancada pelos votos do Beto Richa e dos da maior parte dos de seu partido PSDB, o que quase o levou a vitória.

Outro fator que leva o Osmar, embora hoje alavancado por seus ex-inimigos do hoje dividido PMDB e do eleitoralmente insignificante PT, o que é uma profunda contradição difícil de explicar aos seus antigos eleitores do interior, a perder espaço é o fato de que os partidos maiores (DEM, PTB, PPS e PSB) e os pequenos partidos (PMN, PTC, PTN, etc.) que o apoiaram em 2006 hoje estão na coligação encabeçada pelo Beto Richa.

Tal qual aconteceu na eleição passada o Osmar, que de origem é ligado ao campo e neste principalmente ao grande agronegócio, hoje tem profundas dificuldades para conseguir fazer a sua campanha penetrar em Curitiba e região metropolitana, o que não acontece com o Beto em suas bem sucedidas incursões pelo interior, onde praticamente divide os votos com o Osmar, que neste tem pequena dianteira, mas a olhos vistos a cada dia perde mais espaço, pois a maioria destes não possui afinidades com o PT/MST.

Para os eleitores tradicionais do PT, os que possuem vínculo ideológico com a história deste partido, que historicamente defendia a reforma agrária e combatia o grande agronegócio, fica difícil vestir a camisa do ruralista Osmar Dias e com isto a coligação perde o eleitorado militante e este com certeza não é substituído pelo corpo mercenário, em sua maior parte composto por politicamente incultos desempregados, na folha de pagamento da campanha.

Todos sabem que a pelo governo Lula propositalmente desmobilizada estrutura sindical (CUT, Força Sindical, UGT, etc.), como também as pouco representativas FEMOCLAM e FEMOTIBA não conseguem mobilizar ninguém, o que as vésperas da vida do Lula a Curitiba leva os dirigentes da campanha do Osmar a surtarem, pois sem terem uma forte estrutura de mobilização à vinda do presidente e da sua candidata pode em vez de mostrar força ser a mostra do fracasso da candidatura pedetista.

Em vez das então propaladas 50.000 pessoas no comício do Lula pró Osmar o evento poderá reunir somente um número insignificante de pessoas e isto para o Osmar, que reúne todas as suas esperanças no que acredita ser o milagre para salvar a sua campanha, poderá ser o grande balde de água fria a esfriar os seus ânimos, hoje já abalados pela enorme divisão e guerra em seu palanque, pois o Requião quer destruir com o Pessuti e o Paulo Bernardo e estes querem o mesmo destino para o ex-governador candidato ao senado.

Para o Beto o céu é de brigadeiro, sem nuvens e trovoadas, pois hoje depois de ter sido eleito com mais de 77% dos votos na segunda eleição para prefeito da capital Curitiba apresentar perante a pesquisa do Vox Populi 44% das intenções de votos no estado significa uma avanço muito grande perante os 888.796 votos obtidos na disputa estadual eleitoral de 2002, onde por ser ainda desconhecido do eleitorado obteve uma grande votação para governador.

Enquanto o Beto em sua caminhada política eleitoralmente a cada dia avança mais ao Osmar, que está em campanha ao governo desde 2005, só resta estar no mesmo patamar eleitoral obtido no primeiro turno na campanha ao governo em 2006, o que significa que mesmo com o apoio do governo federal e do governo estadual hoje tem somente 38% da preferência do eleitorado, o que é menos do que os 38,60% obtidos no primeiro turno em 2006.

Assim fica difícil para o Osmar e os “seus” acreditarem em um futuro alvissareiro.

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