segunda-feira, 19 de abril de 2010

Frente parlamentar alerta para o perigo da China se tornar economia de mercado


Foi divulgado nesta quinta-feira (15/04), em Brasília, pela Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção Manifesto de Alerta em relação à China pelo perigo que as medidas adotadas pelo País podem causar a esta indústria no Brasil. “É imprescindível que o governo brasileiro não ceda a uma antiga e recorrente reivindicação chinesa, de ser reconhecida como economia de mercado”, afirma o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), coordenador da frente parlamentar. O manifesto, dirigido ao Poder Executivo, foi lançado exatamente no dia em que o presidente Lula se reúne com o presidente chinês, Hu Jintao, além de Rússia e Índia.

A indústria têxtil é o segundo maior empregador da indústria de transformação brasileira, com 1,7 milhão de empregos diretos e cerca de 8 milhões se considerados também os indiretos. “A manipulação chinesa do câmbio e o desejo de atingir status de economia de mercado, tem potencial devastador sobre empregos no Brasil”, afirma Rocha Loures. Tais atitudes têm sido fator de desequilíbrio no comércio mundial e afetam diretamente costureiras, passadeiras, estilistas, designer de moda e toda a cadeia produtiva de confecção no Brasil que luta com dificuldade em relação ao produto chinês.

Conforme o manifesto divulgado hoje: como se não bastasse o câmbio, o Brasil tem que enfrentar produtos chineses com formação de preços que não incorporam os custos de uma legislação avançada como a brasileira nas áreas previdenciária, trabalhista, social e ambiental. “Estes fatores não podem ser aceitos como vantagens competitivas legítimas em prejuízo de uma autêntica economia de mercado como a brasileira”, avaliou o parlamentar.

Entre 2008 e 2009, a China deixou de exportar mais de US$ 18 bilhões em produtos têxteis e confeccionados por conta da redução de compras dos principais mercados consumidores do mundo. Esse enorme montante, que equivale a mais de 5 vezes o total das importações do Brasil de artigos têxteis e confeccionados em 2009. “O impacto para esta indústria e para os trabalhadores brasileiros seria devastador se absorvermos os produtos chineses”, concluiu Rocha Loures.

1 comentários :

Anônimo disse...

Concordo plenamente. Com uma mão de obra semi escrava a China usa preços abaixo do mercado real, pois não existem os direitos e impostos como aqui, portanto é concorrência desleal como o mundo. Hoje temos desemprego nos EUA, Europa e Brasil por causa da China.

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