sábado, 13 de março de 2010

Encontro ou desencontro do PMDB?

O encontro do PMDB ocorrido hoje pela manhã no Jockey Club do Paraná reuniu entre servidores públicos, militantes de base de Curitiba e Região Metropolitana que somados a grande quantidade dos que vieram do interior para fazerem número perto de 1.000 correligionários. Entre eles, pela variedade das camisetas, ficou demonstrado o quanto este amontoado de pessoas é dividido em verdadeiros feudos.

Os mais próximos ao Pessuti apresentavam um modelo diferenciado e estas eram as camisetas mais disputadas pelos que pretendem fazer parte do próximo governo, o que tirou um pouco o brilho das que foram feitas pelo time mais próximo do atual governador ou as vestidas pelo time do Greca, que sonha em ser o vice na próxima disputa.

Nos discursos não ocorreram nenhuma novidade. O Pessuti fez o dele pregando a continuidade do que atualmente tem sido implementado pelo governo Requião, do qual é vice.

O Requião, com a sua versão do arrazoado bolivariano, além de fazer o que considera ser o "resgate histórico" do MDB, partido em que só engressou quando já era PMDB, o que deixa claro o oportunismo em seu discurso, deu claramente a entender que a atual direção nacional partidária está distanciada deste e não representa historicamente o mesmo.

Em relação ao governo Lula, ele embora no começo tenha dito que a eleição do atual presidente tenha tido do ponto de vista nacional e popular uma grande significância, disse que atualmente este representa os setores mais conservadores da sociedade, assim insinuando que o Lula traiu o próprio passado.

No ataque do Requião, fora as insinuações em relação ao Paulo Bernardo e outros que ele descreve como “novos ricos e suas mansões e carrões”, o alvo central do governador foi o Meirelles, ao qual acusou de ser o “representante do grande capital financeiro internacional o principal responsável pela atual situação em que o Brasil se encontra de desindustrialização e de mero fornecedor de commodities". O governador também afirmou que o Pessuti, embora isto contrarie as atuais pesquisas de opinião, “ganha já no primeiro turno”.

Durante o seu discurso o Requião foi pouco aplaudido, só sendo quando citava o nome Pessuti e quando abertamente disse que o partido tinha de radicalizar no combate aos adversários, no que incitou a massa presente a uma atitude raivosa rumo a uma “guerra santa” na defesa da continuidade do que ele considera o “melhor governo que o Paraná já teve”, no caso o seu. Ele afirmou que irá continuar até a convenção nacional com a “sua cruzada” em busca da candidatura a presidência, embora todos saibam que a mesma não tem nenhuma densidade.

Nas rodas que orbitavam o evento a conversa e as preocupações eram outras. Elas iam desde as dos cabos eleitorais trazidos das vilas preocupados com se haveria lanches as especulações sobre quem ocuparia os cargos maiores de governo após a saída do Requião. Como também em relação às incertezas da campanha, hoje dominada pela possibilidade das futuras deserções caso o Pessuti até Junho não atinja a marca dos 15% ou 20%, pois os maiores puxadores de voto, no caso os deputados do partido, estão rebelados.

Na saída o Pessutão teve de suportar um verdadeiro “corredor polonês” composto pelos atuais comissionados que não querem perder a atual posição dentro do governo, inclusive os petistas, e os que almejam tais posições. Entre eles predominava a máxima de que “se a farinha é pouca o meu pirão primeiro”!

É triste a saída do poder, os puxa sacos somem, os empresários não fornecem mais as garrafas para suprir a adega, as carnes exóticas desaparecem dos pratos, os seguranças voltam para o Batalhão de origem, sem helicópteros, sem carros com escolta, sem avião a jato para uso privativo, ninguém mais ri das "piadas", não dá para mandar populares enfiarem a faixa naquele lugar sem também receber uma resposta sem educação, se acabam os olhares melosos das "fãs", etc. etc., .....

Voltando ao Requião, como é triste a saída do poder. De uma hora para outra os "amigos" se afastam indo atrás do "amigão de plantão", que pode ser qualquer um desde que tenha a "caneta pesada".

Lembro de várias destas cenas de "começo e fim de festa", inclusive algumas que me deixaram perplexo. Muitos dos poderosos, que não sei porque possuem baixa alto estima, adoram a figura meiga dos puxa-sacos. No embarque para o poder e durante o mandato estes não questionam ,"adoram" a tudo que o chefe faz, são "poços de elogios". Na saída do "todo poderoso", eles que para manterem os previlégios serviam como capacho e "falavam mau até da própria mãe e davam rasteira no pai", começam a fazer piadas sobre o "nobre patrão", ver defeitos em tudo o que o "rei" faz.

Rei morto, rei posto. Viva o novo rei!

No final só restará um ancião no alto da sua montanha de solidão e pior, como companhia somente os fantasmas do passado!

1 comentários :

Anônimo disse...

O saco de gatos que é o PMDB já era enquanto partido. É um amontoado fisiológico!

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles