segunda-feira, 23 de maio de 2011

Presidente da Capes manterá cortes de bolsas de alunos


O presidente da CAPES, Jorge Almeida Guimarães, reafirmou a intenção de cortar bolsas de estudantes da pós-graduação que tenham adquirido vínculo empregatício antes de receber benefício da fundação, em entrevista publicada no site da própria instituição. No entanto, a suspensão será feita após estudo detalhado de casos. Em documento emitido em 2 de maio, a CAPES alertava que bolsistas deveriam devolver a quantia recebida até o fim desse mês, o que gerou reação de alunos e entidades da pós-graduação em todo país.

Segundo Guimarães, ele não sabia do ofício antes de sua circulação. Em Portaria emitida pela própria CAPES, em conjunto com o Cnpq, alunos bolsistas da Pós-Graduação poderiam obter complementação financeira por meio de emprego. Diversas entidades ligadas à causa se manifestaram após a divulgação do ofício, incentivando seus alunos a desobedecer nota e não devolver dinheiro. Até o momento, não existe levantamento do número de pessoas prejudicadas pela resolução.

Apesar do adiamento das medidas, alunos que se enquadram no caso descrito pelo documento terão seus benefícios suspensos após a CAPES realizar esclarecimento detalhado de critérios para a adequação posterior das instituições. “O vínculo anterior é o problema, pois é preciso que seja o orientador que autorize. O aluno que está entrando não tem orientador ainda”, afirma Guimarães.

O presidente também alega que pessoas com vínculo na própria instituição estavam sendo estimuladas a fazer mestrado por causa da bolsa, o que contraria o sentido do benefício, baseado no mérito. “A bolsa deve ser cancelada”, diz. Alunos que forem professores da Rede Pública da Educação Básica, no entanto, continuaram a receber a bolsa normalmente.

CAPES e Cnpq farão levantamento das situações junto aos cursos para posterior deliberação conjunta. Elisangela Lizardo, presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos, disse que é importante manter atento a devolução e essa análise caso a caso para não ocorrer nenhuma grande injustiça. “Estamos sem saber o que vai acontecer”, afirma. (CC)

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