segunda-feira, 27 de junho de 2011

Politicamente isolado por causa dos consecutivos escândalos Barbosa Neto confirmou que não disputará a eleição de 2012


Barbosa Neto (PDT), atual prefeito de Londrina, cuja gestão a cada dia se afoga mais em um mar de novos escândalos, confirmou hoje de manhã o que já era esperado, durante uma coletiva jogou a toalha dizendo que não irá concorrer à reeleição.

Segundo ele, que até a poucos meses era candidatíssimo a reeleição, agora diz que "ser reeleito não faz parte de sua filosofia. Barbosa Neto foi deputado estadual e federal antes de ser eleito prefeito de Londrina".

Com as denúncias de corrupção pipocando por todos os lados, inclusive envolvendo o nome da primeira dama, sendo que estas começaram no processo fraudulento na saúde envolvendo o CIAP, que depois também na área da saúde acabaram por envolver o Gálatas eo Atlântico, somados aos outros escândalos que levaram às CEIs da Centronic e da Guarda Municipal, sob suspeição popular, já que o povo de Londrina não merece e não suporta mais conviver com tantas denúncias de corrupção ele, certo da derrota, ou até esperando o impedimento legal, não restava ao Barbosa outro caminho a não ser desistir.

Os escândalos que hoje envolvem o atual prefeito não são os primeiros. Em 2008 o irmão do famoso Janene mensalão, que sempre bancou as campanhas do Barbosa, o Assad Janini, ex-vice-prefeito de Londrina e ex-assessor de gabinete do deputado Barbosa Neto na Assembléia Legislativa, confirmou em depoimento as denuncias feitas por Luciano Ribeiro Lopes, outro ex-assessor de Barbosa Neto.

As denúncias de Janini eram sobre os desvios dos salários de assessores e o uso de recursos da fraudulenta ONG CIAP de Londrina para a compra da Rádio Brasil Sul e para o pagamento de funcionários da emissora.

Segundo Assad denunciou na época, apesar do valor registrado da compra da rádio no contrato ser de R$ 200 mil, o valor repassado no negócio foi de R$ 1 milhão. Motivo pelo qual o MPE de Londrina em 2008 pediu o cancelamento do registro da candidatura de Barbosa Neto à Prefeitura da cidade.


Graziano diz que preços altos dos alimentos devem durar anos

O novo diretor-geral da agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, afirmou nesta segunda-feira que os preços dos alimentos devem permanecer elevados por vários anos e causar problemas para países importadores.

"Este não é um desequilíbrio temporário [...] Até não alcançarmos uma situação financeira mundial mais estável, os preços das commodities vão refletir isso", disse ele a jornalistas.

Graziano quer que a FAO se envolva mais ajudando países importadores a lidar com a volatilidade dos preços de alimentos, que classificou como o "pior aumento" que ocorre nos mercados financeiros.

No primeiro discurso à frente da organização, Graziano afirmou que "a questão dos preços [dos alimentos] é uma das mais urgentes" à qual "devemos ter uma atenção particular", e disse, em referência aos funcionários da agência da ONU, que acabar com a fome não é um problema relativo apenas a suas famílias.

"A instabilidade das commodities é ainda o pior aumento que ocorre. [...] É preciso chegar a uma estabilização dos mercados financeiros internacionais, caso contrário haverá reflexos sobre as cotações das matérias-primas", disse.

O brasileiro condenou ainda o monopólio das multinacionais sobre as sementes, "que são um bem da humanidade", mas opinou que "a biotecnologia é uma ciência importante e não pode ser descartada a priori".

BIOCOMBUSTÍVEL

Ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva e coordenador do Programa Fome Zero, o brasileiro citou o ex-presidente ao lembrar que ele comparava os biocombustíveis ao colesterol, pois em ambos "há os que são bons e os ruins".

"A cana de açúcar produzida, por exemplo, no Brasil para o etanol não entra em competição com a produção de grãos e não tem impactos ambientais", afirmou, argumentando que as plantações de cana no país estariam tão longe da floresta amazônica no Brasil como "o Vaticano do Kremlin".

VOTO

A escolha de Graziano foi decidida ontem na 37ª sessão da FAO, ocorrida em Roma, onde é sediada a agência.

Ele foi eleito com 92 votos dos 180 países-membro, no segundo turno da votação, quando enfrentou o ex-chanceler da Espanha Minguel Angel Moratinos, que recebeu 88 votos.

O G77, grupo de países não-alinhados, e a China votaram no brasileiro, enquanto as nações europeias e desenvolvidas votaram majoritariamente no espanhol.

Graziano, porém, disse não ter havido "nenhum 'qui pro quo'" em sua eleição. "Pretendo agir de forma transparente e democrática, recebendo a exigência de várias áreas para tentar conseguir um acordo mínimo para gerir de modo participativo esta organização", declarou.

Ele ressaltou que "depois das eleições, todos estão empenhados em apoiar esta organização, que deve ter um papel importante para enfrentar os novos desafios". "É importante ter a confiança dos países-membros para poder trabalhar bem", destacou.

O brasileiro defendeu ainda que é preciso "dar início a uma nova era para esta organização" e enfrentar "desafios importantes", como "continuar na reforma interna do organismo para superar as diferenças" --como os desacordos sobre a atividade normativa e a assistência técnica.

"É necessário reunir um mínimo de acordo", concluiu. (AN)

Presidente da Cohapar discute parceria com empresários da construção civil

O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Mounir Chaowiche, participou nesta segunda-feira (20) da reunião do conselho setorial da construção civil, onde apresentou as metas do governo Beto Richa e discutiu a participação dos empresários nos novos empreendimentos. “Queremos desenvolver uma parceria para construir o programa habitacional do Paraná a quatro mãos”, destacou Chaowiche.

Ele explicou que o governador Beto Richa não mede esforços para concretizar o sonho da casa própria de tantos paranaenses. “Quando foi prefeito de Curitiba, Richa assumiu com 0,4% do orçamento destinado à habitação e quando saiu deixou 1,6% garantido para investimentos. E agora faremos o mesmo pelo Estado”.

O presidente explicou ainda que a Cohapar está passando por um momento de resgate. “Assumi a Companhia com várias obras atrasadas, iniciadas há mais de três anos e nem com 10% de conclusão. O ritmo era de 1,5% de evolução ao mês e já alcançamos 8% nos últimos meses. Assumimos o compromisso de finalizar estes empreendimentos e vamos cumprir o que prometemos, até mesmo porque somente assim, atuando com seriedade, a Cohapar voltará a ser referência nacional em habitação”.

Outra questão discutida foi o lançamento do programa Morar Bem Paraná, que atenderá 100 mil famílias na área urbana e outras 10 mil no meio rural. “Pela primeira vez temos um programa estruturado no nosso Estado e precisamos levar a indústria da construção civil até os pequenos municípios, como forma de movimentar a economia local e reter os moradores, evitando a migração para os grandes centros”, afirmou Chaowiche.

José Carlos Martins, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, disse que a parceria com a Cohapar é mais do que importante. “Essa união de esforços é estritamente necessária. Se juntarmos a capacidade impulsionadora do Estado com a experiência do setor privado teremos resultados satisfatórios. Só temos que elogiar a atitude do Mounir de abrir este diálogo com o nosso setor”, afirmou.

Adolfo Cochia Júnior, coordenador do conselho setorial da indústria da construção civil, disse que hoje foi a primeira vez, de todo o tempo que trabalha com órgãos públicos, em que teve a oportunidade de reunir-se com o presidente de uma Companhia de Habitação. “O setor da construção civil tem que dar a sua contribuição, mas temos que pensar em ganhos justos, tanto para a sociedade quanto para os empresários”.

Chinesa anuncia produção de tablets no país a partir de agosto


Executivos da chinesa ZTE informaram nesta segunda-feira, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, que os primeiros tablets da marca no Brasil começam a ser produzidos em agosto em parceria com fábricas nacionais.

A expectativa é que em novembro sejam produzidos os primeiros celulares de terceira geração (3G) da companhia, a segunda maior fabricante chinesa de equipamentos de rede.

No encontro, o presidente da ZTE, Hou Weigui, confirmou investimentos de R$ 500 milhões até 2014. Até lá, serão contratados 2.500 trabalhadores para atuar na unidade da empresa em Hortolândia (SP).

O investimento total será para a fábrica --que deve ficar pronta em 2012, centro de pesquisa e logística. Esse será o primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa na América Latina. Além dos tablets e celulares 3G, a ZTE também terá produção de fibra ótica e Wi-Fi.

Dilma conheceu a empresa no início do ano na viagem oficial à China. A empresa chinesa possui operações no Brasil desde 2001, com importação regular de aparelhos de telefonia celular e produção local de modens para acesso a internet por meio da Flextronics, em Sorocaba (SP).

Em 2010, a receita da empresa atingiu US$ 10,6 bilhões. Em território brasileiro, o dado mais atualizado aponta um faturamento de US$ 300 milhões para o ano de 2009.

A empresa chinesa pretende vender 3 milhões de tablets neste ano, ante 200 mil e 300 mil unidades no ano passado, em um setor no qual companhias como Apple, Samsung e Lenovo têm batalhado por participação no mercado. (AE)

O que o celular faz a suas células

“Cinco bilhões de celulares no mundo é a maior experiência biológica já feita na humanidade”, diz o professor Leif Salford, presidente do departamento de neurocirurgia da Universidade de Lund, na Suécia. Como muitos outros cientistas, ele estuda há décadas os efeitos da radiação eletromagnética no corpo humano e se preocupa com o fato de o mundo usar cada vez mais tecnologias baseadas em ondas eletromagnéticas – rádio,TV, celulares, Wi-Fi – sem saber que efeitos elas podem ter na saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 31 de maio, deu um alerta: pode causar câncer. O anúncio da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês), braço da entidade, classificou a radiação emitida pela antena do telefone celular como “possivelmente cancerígena para humanos”, o mesmo grupo de perigo em que gases emitidos por automóveis, chumbo e clorofórmio estão incluídos.

O estudo que motivou o anúncio relaciona o uso do celular ao aumento de tumores malignos e benignos no cérebro. Segundo a pesquisa, quem usou o aparelho por 30 minutos por dia durante 10 anos, apresentou 40% mais chances de desenvolver gliomas, tumor encefálico maligno e muito perigoso. Mas a divulgação já veio com uma ressalva: os resultados não são definitivos. Ainda não há nenhum caso de câncer comprovadamente causado por celular e faltam estudos epidemiológicos para comprovar a ligação da doença com o uso do aparelho.

Para Adilza Condessa Dode, doutora em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais, a classificação “possivelmente cancerígena” já basta para a adoção do chamado Princípio da Precaução, que diz que, se ainda não há certeza sobre danos que uma tecnologia causa à saúde, é melhor adotar medidas restritivas do que esperar até que aconteça o pior.

Em sua tese de doutorado, defendida no ano passado, Adilza relacionou as mortes por câncer acontecidas em Belo Horizonte entre 1996 e 2006 com a proximidade da residência dos doentes a antenas de telefonia móvel: 93% dos casos das mortes ocorreram a até 500 metros de alguma antena. Foram analisados só casos de câncer que a literatura médica já sabe estarem relacionados à ação do campo elétrico gerado pela radiação, como de mama, pele, próstata, pulmão e fígado.

Com sua pesquisa, Adilza alerta que o problema da radiação do celular na verdade são dois: a alta radiação emitida quando o aparelho é usado para fazer ligações e o longo tempo de exposição a campos eletromagnéticos mais fracos criados pelo sistema de antenas de celulares, radares, rádios e TVs. Para a engenheira, a poluição eletromagnética é o maior problema ambiental do século 21, principalmente porque ainda não se tem certeza dos efeitos que ela pode causar.

No Brasil, quem determina e fiscaliza os níveis de exposição a campos eletromagnéticos é a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ela define tanto a radiação máxima que um celular pode emitir quanto o valor máximo de campo eletromagnético que um conjunto de antenas pode gerar em área habitada.

Os valores adotados pela Anatel, em regulação de 2002, são os mesmos definidos pela Comissão Internacional de Proteção Contra Radiações Não Ionizantes (Icnirp) e ainda indicados pela OMS. Segundo Agostinho Linhares de Souza, gerente especialista em regulação da Agência, todos os pontos de medição do país estão com os níveis de campo elétrico abaixo dos recomendados pela legislação – dificilmente as medições atingem um sétimo do máximo permitido, 28 volts por metro, em locais onde a população está exposta a combinadas frequências.

A questão levantada pela OMS é se esses padrões são de fato seguros. E quanto tempo levará para revê-los antes que saúde pública seja afetada. Países como Suíça, Itália, Rússia e China já adotam parâmetros mais restritivos tanto para a emissão de radiação por aparelhos como celulares e roteadores, como para antenas de telefonia e radiodifusão. A cidade de Porto Alegre, por decreto municipal, também optou pela cautela e adotou padrões 100 vezes mais baixos que os recomendados pela lei federal.

Segundo Leeann Brown, porta-voz do Environmental Working Group, associação de pesquisadores sem fins lucrativos, a classe científica ainda não consegue determinar quais os padrões seguros de exposição a radiação, mas já é possível afirmar que os parâmetros atuais são altos demais e precisam ser revistos com urgência. Leeann acredita que apenas uma mobilização da população pode acelerar a mudança da legislação em cada país, já que as empresas de telecomunicações já sabem dos perigos, mas evitam falar sobre isso para não assustar os consumidores.

E o que acontece se os padrões forem mudados e as empresas forem obrigadas a diminuir a potência do sistema de telefonia? Em Paris e em Porto Alegre, cidades com legislações mais restritivas, os serviços mantiveram o padrão de qualidade. Agostinho Souza também acredita que quase nenhum impacto seria sentido pelos consumidores, pois os níveis de campo elétrico hoje vistos nos Brasil estão tão abaixo do limite que não seria problema se adequar a uma nova legislação. (AE)

Brasileiros foram os mais barrados nas fronteiras aéreas da UE

Os brasileiros são os estrangeiros que mais tiveram a entrada recusada nos aeroportos da União Europeia em 2010 e o sexto grupo com mais permanências ilegais detectadas.

De acordo com a agência europeia de controle de fronteiras, Frontex, no ano passado 6.072 brasileiros foram barrados pelas autoridades europeias ao tentar entrar no bloco por via aérea, o equivalente a 12% do total de entradas recusadas.

Quase 30% dos casos envolvendo brasileiros ocorreu na Espanha, onde 1.813 pessoas foram enviadas de volta ao Brasil principalmente por não poder justificar o motivo da viagem ou as condições de estadia no país.

Os brasileiros também foram os mais barrados nos aeroportos da França em 2010, com 673 casos.

Queda

O Brasil mantém a primeira posição entre as entradas negadas nos aeroportos europeus desde que a Frontex começou a contabilizar o dado, em 2008, mas a agência destaca que o número de casos caiu 24% no ano passado em relação a 2009.

"A razão está relacionada à crise econômica. Com menos oportunidades de emprego, a UE se tornou um destino menos atrativo para os imigrantes. Por isso houve uma queda significativa no tráfego aéreo para a UE, inclusive a partir do Brasil", explicou à BBC Brasil Izabella Cooper, porta-voz da Frontex.

Em segundo lugar, muito atrás do Brasil, estão os Estados Unidos, com 2.338 cidadãos barrados às portas da UE em 2010, o equivalente a 4,8% do total, seguidos de Nigéria, com 1.717 barrados, e China, com 1.610.

Apenas outros dois países latino-americanos estão entre as dez nacionalidades mais recusadas nas fronteiras aéreas europeias: Paraguai, em sexto lugar, com 1.495 entradas negadas, e Venezuela, em décimo, com 1.183.

De maneira geral, considerando também fronteiras terrestres e marítimas, os brasileiros foram a quarta nacionalidade mais recusada pela UE no ano passado, com 6.178 negativas, o equivalente a 5,7% do total.

Em primeiro lugar ficaram os ucranianos, que responderam por 17% do total, com 18.743 negativas, seguidos de russos, com 9.165 negativas, e sérvios, com 6.990.

Ilegais detectados

No ano passado a Frontex também detectou 13.369 brasileiros vivendo ilegalmente em algum país da EU, a maioria deles em Portugal, Espanha e França.

O número representa 3,8% do total de residentes ilegais identificados no bloco em 2010 e coloca o Brasil na sexta posição da lista, liderada por Marrocos, com 6,3% do total.

Na frente dos brasileiros também ficaram os cidadãos do Afeganistão, Albânia, Sérvia e Argélia.

Nenhum outro país da América Latina figura entre os dez primeiros entre as nacionalidades com mais ilegais detectados. (BBC)

Estudo aponta que endividamento do brasileiro é recorde

O endividamento do brasileiro atingiu nível recorde. A dívida total das famílias no cartão de crédito, cheque especial, financiamento bancário, crédito consignado, crédito para compra de veículos e imóveis, incluindo recursos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), corresponde a 40% da massa anual de rendimentos do trabalho e dos benefícios pagos pela Previdência Social no País, aponta um estudo da LCA Consultores ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso.

Se, do dia para noite, os bancos e as financeiras decidissem cobrar a dívida total das pessoas físicas, isto é, juros e o empréstimo principal, que chegou a R$ 653 bilhões em abril, cada brasileiro teria de entregar o equivalente a 4,8 meses de rendimento para zerar as pendências. Os cálculos levam em conta a estimativa da massa de rendimentos nacional, não apenas nas seis regiões metropolitanas.

Em dezembro de 2009, a dívida das famílias estava em R$ 485 bilhões, subiu para R$ 524 bilhões em abril do ano passado e, em abril deste ano atingiu R$ 653 bilhões. Apesar dos ganhos de renda registrados nesse período, as dívidas abocanharam uma parcela cada vez maior dos rendimentos da população. Quase um ano e meio atrás, a dívida equivalia a 35% da renda anual ou 4,2 meses de rendimento. Em abril deste ano, subiu para 40% da renda ou 4,8 meses de rendimento.

"Houve uma forte aceleração do endividamento", afirma o economista Wermeson França, responsável pelo estudo. Ele observa que uma conjugação favorável de fatores levou à disparada do endividamento do consumidor. O pano de fundo foi o crescimento econômico registrado no ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5%. Além disso, bancos e financeiras abriram as torneiras do crédito, com juros menores e prazos a perder de vista.

Dados de outro estudo intitulado "Radiografia do Endividamento das Famílias nas Capitais Brasileiras", da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), confirmam o avanço do endividamento do consumidor. De janeiro a maio deste ano, 64%, em média, das famílias que vivem nas 27 capitais do País tinham dívidas, ante 61% em igual período de 2010. O valor médio da dívida aumentou quase 18%, de R$ 1.298 mensais, entre janeiro e maio do ano passado, para R$ 1.527 mensais em igual período deste ano. (AE)

Inadimplência das empresas tem a maior alta em 22 meses

Pesquisa da Serasa Experian divulgada hoje mostra que a inadimplência das empresas cresceu 23,6% em maio em relação ao mesmo mês do ano passado, o que representa a maior alta desde julho de 2009. Na comparação com abril, o indicador registrou avanço de 16,2%.
Os economistas da consultoria explicam que "os juros elevados e a desaceleração econômica, decorrentes da política monetária restritiva para controle da inflação, os impactos do aumento dos preços nos custos e o crescimento na inadimplência do consumidor no caixa das empresas já afetam sua capacidade de pagamento".
Segundo a pesquisa, os protestos apresentaram crescimento mensal de 26,3%, superando os cheques devolvidos por falta de fundos (11,2%) e as dívidas com bancos (7,8%).
A Serasa informou também que entre abril e maio a inadimplência das micro e pequenas empresas foi a que menos cresceu (15,6%), enquanto a das médias avançou 28,1% e a das grandes empresas, 20,3%.

DESEMPREGO ATINGE MULHERES NEGRAS, NEGROS E JOVENS

É para se comemorar a taxa de desemprego em 6,4%, a menor para o mês de maio desde 2002, mas quando olhamos com atenção os dados do IBGE chegamos à conclusão de que o mercado de trabalho brasileiro continua bastante desigual, discriminando mulheres, negros e jovens. Os números falam por si.
Enquanto a desocupação está em 6,8% entre as mulheres brancas, por exemplo, acima da média geral e da taxa registrada entre os homens com essa mesma cor de pele (4,2%), ela salta para 9,5% entre as mulheres pretas ou negras, segundo os dados do IBGE divulgados hoje.
Mas esses números podem ser ainda mais cruéis, quando olhamos para o desemprego entre as jovens negras de 18 a 24 anos de idade: subiu para 20% em maio - em abril, estava em 19,6%, mais do que o triplo da taxa média atual. No caso das mulheres brancas com a mesma faixa etária, está em 12,6%. Como se vê, as jovens negras têm bastante dificuldade para encontrar uma vaga de trabalho nesse exigente e contraditório mercado brasileiro.
Olhando as tabelas do IBGE, notamos que o desemprego, como sempre, continua baixo entre os homens (4,9%) e mais alto entre as brasileiras (8%). Mais elevado também entre os que estudaram mais, por incrível que pareça.
E apesar de muitos empresários reclamarem da falta de mão de obra no Brasil, os números que mostram a desocupação entre os jovens indicam que há um exército de desempregados entre 18 a 24 anos, deixado de lado por falta de qualificação ou experiência. Entre eles, o desemprego está em 13,5%, um pouco abaixo da registrada em abril (15%), mas bem acima da média. (G1)

 
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