terça-feira, 10 de janeiro de 2012

OSX, de Eike Batista, o bilionĂ¡rio fruto da era petista, recebe US$ 227,9 milhões do BNDES


A OSX, empresa de estaleiros do grupo EBX, do empresĂ¡rio brasileiro Eike Batista, anunciou nesta terça-feira (10) que recebeu US$ 227,9 milhões referentes ao emprĂ©stimo-ponte concedido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (BNDES).


O emprĂ©stimo se destina Ă  construĂ§Ă£o da Unidade de ConstruĂ§Ă£o Naval do Açu (UCN Açu), no Complexo Industrial do Açu, em SĂ£o JoĂ£o da Barra (RJ). Os trabalhos começaram em julho de 2011.

"As obras da implantaĂ§Ă£o da UCN Açu estĂ£o em curso, visando iniciarmos no primeiro trimestre de 2013 as atividades de corte de chapas destinadas Ă  frota de plataformas de produĂ§Ă£o de petrĂ³leo e gĂ¡s da OSX", afirmou a companhia em comunicado ao mercado.

O desembolso antecipa parte do financiamento de longo prazo do Fundo da Marinha Mercante (FMM) de R$ 2,7 bilhões, que serĂ£o destinados Ă  UCN Açu. O emprĂ©stimo tem prazo de 18 meses e taxa de aproximadamente 5,4% ao ano. (Reuters)

PolĂ­ticas de radiodifusĂ£o: omissĂ£o do Congresso, desprezo dos concessionĂ¡rios


A advertĂªncia feita pela deputada Luiza Erundina sobre a omissĂ£o e o desinteresse dos parlamentares no debate sobre a regulamentaĂ§Ă£o da comunicaĂ§Ă£o se materializou, na forma de uma prova irrefutĂ¡vel, na audiĂªncia pĂºblica realizada dia 15 de dezembro na CĂ¢mara dos Deputados.


(*) Artigo publicado originalmente no ObservatĂ³rio da Imprensa.

Em debate sobre a regulaĂ§Ă£o da mĂ­dia realizado na AssociaĂ§Ă£o dos JuĂ­zes do Rio Grande do Sul (Ajuris), em Porto Alegre, em 3 de novembro Ăºltimo, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) advertiu:

“NĂ£o esperem que os partidos polĂ­ticos façam algo para enfrentar o atual esquema de poder da mĂ­dia. HĂ¡ muita omissĂ£o no Congresso Nacional sobre esse tema. Sou uma voz isolada na ComissĂ£o de CiĂªncia e Tecnologia, ComunicaĂ§Ă£o e InformĂ¡tica. Tento apenas incomodar um pouco” (ver aqui).

Se houvesse alguma dĂºvida sobre a veracidade dessas afirmações – e do quanto elas alcançam para alĂ©m do Congresso Nacional – a audiĂªncia pĂºblica da CCTCI realizada na manhĂ£ de quinta feira (15/12), constitui uma prova irrefutĂ¡vel. Convocada por Requerimento da prĂ³pria deputada Erundina para debater "a prĂ¡tica de subconcessĂ£o, arrendamento ou alienaĂ§Ă£o a terceiros promovida por concessionĂ¡rios de serviços pĂºblicos de radiodifusĂ£o sonora e de sons e imagens sem a autorizaĂ§Ă£o competente", a audiĂªncia pĂºblica foi simplesmente ignorada por deputados e concessionĂ¡rios de radiodifusĂ£o.

Dos oitenta deputados titulares e suplentes da CCTCI (ver abaixo relaĂ§Ă£o completa dos seus integrantes), apenas quatro, incluĂ­da a autora do requerimento, compareceram, ou seja, 5% do total – Luiza Erundina (PSB-SP); Bruno AraĂºjo (PSDB-PE); Paulo Foletto (PSB-ES) e Sandro Alexis (PPS-PR); o representante do MinistĂ©rio PĂºblico nĂ£o compareceu; e dos sete representantes dos concessionĂ¡rios convidados – AssociaĂ§Ă£o Brasileira de Emissoras de RĂ¡dio e TelevisĂ£o (Abert), AssociaĂ§Ă£o Brasileira de Radiodifusores (Abra), Grupo Silvio Santos, Rede Record, Organizações Globo, Grupo Bandeirantes e MIX e Mega TVs – nem sequer um Ăºnico compareceu.

Poderia haver atestado maior da veracidade das afirmações da deputada Luiza Erundina do que este?

Breve histĂ³ria da audiĂªncia

Em sua intervenĂ§Ă£o, a deputada Erundina esclareceu que, na verdade, aquela era a terceira tentativa de se colocar a prĂ¡tica ilegal de arrendamento do serviço pĂºblico de radiodifusĂ£o em discussĂ£o na CCTCI. A primeira tentativa ocorreu em 2009, quando a OAB Nacional encaminhou Ă  CCTCI parecer sobre a matĂ©ria, elaborado pelo jurista FĂ¡bio Konder Comparato, solicitando ao seu presidente que o distribuĂ­sse aos membros (ver abaixo a Ă­ntegra do parecer).

O entĂ£o presidente da CCTCI, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), nĂ£o distribuiu o parecer nem colocou o assunto em discussĂ£o. Em 2011 a deputada Erundina apresentou requerimento solicitando a realizaĂ§Ă£o da audiĂªncia pĂºblica que chegou a ser marcada para novembro, mas acabou adiada sine die exatamente porque nĂ£o se obteve confirmaĂ§Ă£o de presença dos concessionĂ¡rios. Finalmente, ao apagar das luzes do ano legislativo, a audiĂªncia pĂºblica foi “realizada” no dia 15 de dezembro. O que estĂ¡ em jogo? Dados de arrendamento de concessões de trĂªs redes de televisĂ£o, somente no estado de SĂ£o Paulo, revelam: (1) TV Gazeta: arrendamento de 37 horas e 5 minutos por semana, assim distribuĂ­dos:

2a a 6ª feiras 6h - 8h - Igreja Universal do Reino de Deus 20h - 22h - Igreja Universal do Reino de Deus 1h - 2h - Polishop SĂ¡bado 6h - 8h - Igreja Universal do Reino de Deus 20h - 22h - Igreja Universal do Reino de Deus 23h - 2h - Polishop Domingo 6h - 8h - Igreja Universal do Reino de Deus 8h - 8h30 - Encontro com Cristo 14h - 20h - Polishop 0h - 2h – Polishop

(2) Rede TV!:

arrendamento de 30 horas e 25 minutos por semana (tempo estimado), assim distribuĂ­dos:

Domingo 6h - 8h - Programa Ultrafarma 8h - 10h - Igreja Mundial do Poder de Deus 10h - 11h - Ultrafarma MĂ©dicos de Corpos e Alma 16h45 - 17h - Programa Parceria5 3h - Igreja da Graça no Seu Lar 2a e 3ª feiras 12h - 14h - Igreja Mundial do Poder de Deus 14h - 15h - Programa Parceria 5 17h10 - 18h10 - Igreja da Graça - Nosso Programa 1h55 - 3h - Programa NestlĂ© 3h - Igreja da Graça no Seu Lar

4a feira 12h - 14h - Igreja Mundial do Poder de Deus 14h - 15h - Programa Parceria 5 17h10 - 18h10 - Igreja da Graça - Nosso Programa 3h - Igreja da Graça no Seu Lar 5a e 6ª feiras 12h - 14h - Igreja Mundial do Poder de Deus 17h10 - 18h10 - Igreja da Graça - Nosso Programa 3h - Igreja da Graça no Seu Lar SĂ¡bado 7h15 - 7h45 - Igreja Mundial do Poder de Deus 7h45 - 8h - Tempo de Avivamento 8h - 8h15 - Apeoesp - SĂ£o Paulo 8h15 - 8h45 - Igreja Presbiteriana Verdade e Vida 8h45 - 10h30 - VitĂ³ria em Cristo 10h30 - 11h - Igreja Pentecostal 11h - 11h15 - VitĂ³ria em Cristo 2 12h - 12h30 - AssemblĂ©ia de Deus do Brasileiro 12h30 - 13h30 - Programa Ultrafama 2h - 2h30 - Programa Igreja Bola de Neve 3h - Igreja da Graça no Seu Lar

(3) Rede Bandeirantes: arrendamento de 24 horas e 35 minutos por semana (tempo estimado), assim distribuĂ­dos:

2a a 6a feira 5h45 - 6h45 (Religioso I) 20h55 - 21h20 (Show da FĂ©) 2h35 (Religioso II) SĂ¡bado e domingo 5h45 - 7h (Religioso III) 4h (Religioso IV)

No parecer que elaborou para a OAB em 2009, o professor Comparato concluiu pela completa ilegalidade da pratica afirmando que “o direito de prestar serviço pĂºblico em virtude de concessĂ£o administrativa nĂ£o Ă© um bem patrimonial suscetĂ­vel de negociaĂ§Ă£o pelo concessionĂ¡rio no mercado.

NĂ£o se trata de um bem in commercio. O concessionĂ¡rio de serviço pĂºblico nĂ£o pode, de forma alguma, arrendar ou alienar a terceiro sua posiĂ§Ă£o de delegatĂ¡rio do Poder PĂºblico. O que o direito brasileiro admite (Lei nº 8.987, de 13/02/1995, art. 26) Ă© a subconcessĂ£o de serviço pĂºblico, mas desde que prevista no contrato de concessĂ£o e expressamente autorizada pelo poder concedente; sendo certo que a transferĂªncia da concessĂ£o sem prĂ©via anuĂªncia do poder concedente implicarĂ¡ a caducidade da concessĂ£o (mesma lei, art. 27)”.

O que fazer? A omissĂ£o de parlamentares em relaĂ§Ă£o Ă s polĂ­ticas pĂºblicas de comunicações nĂ£o constitui novidade. EstĂ¡ no Supremo Tribunal Federal, desde novembro de 2010, uma AĂ§Ă£o Direta de Inconstitucionalidade por OmissĂ£o (ADO) que pede Ă  Corte que declare “a omissĂ£o inconstitucional do Congresso Nacional em legislar sobre as matĂ©rias constantes dos artigos 5°, inciso V; 220, § 3º, II; 220, § 5°; 211; 222, § 3º, todos da ConstituiĂ§Ă£o Federal, dando ciĂªncia dessa decisĂ£o Ă quele Ă³rgĂ£o do Poder Legislativo, a fim de que seja providenciada, em regime de urgĂªncia, na forma do disposto nos arts. 152 e seguintes da CĂ¢mara dos Deputados e nos arts. 336 e seguintes do Senado Federal, a devida legislaĂ§Ă£o sobre o assunto” (ver aqui).

A recusa sistemĂ¡tica dos empresĂ¡rios de mĂ­dia em discutir democraticamente questões ligadas ao setor tambĂ©m nĂ£o constitui qualquer surpresa. Desprezam e se ausentam da CCTCI exatamente como boicotaram a 1ª ConferĂªncia Nacional de ComunicaĂ§Ă£o realizada em dezembro de 2009.

Diante disso, ao final da audiĂªncia pĂºblica do dia 15/12, a deputada Luiza Erundina anunciou que (1) encaminharia Ă  Mesa Diretora da CĂ¢mara dos Deputados proposta de fiscalizaĂ§Ă£o e controle para que o Tribunal de Contas da UniĂ£o (TCU) realize auditoria nos contratos de permissões e concessões das empresas de radiodifusĂ£o; e (2) ao MinistĂ©rio PĂºblico, representaĂ§Ă£o para que proceda a uma investigaĂ§Ă£o da prĂ¡tica ilegal de subconcessĂ£o, arrendamento ou alienaĂ§Ă£o a terceiros, promovida por concessionĂ¡rios de radiodifusĂ£o.

Perspectivas

Infelizmente a advertĂªncia da deputada Luiza Erundina no debate da Ajuris estĂ¡ correta. NĂ£o se consegue debater ilegalidades como esta na CCTCI da CĂ¢mara dos Deputados, sua comissĂ£o especĂ­fica.

AlĂ©m disso, mais um ano termina sem que se conheça o prometido projeto do governo Dilma Rousseff de marco regulatĂ³rio para as comunicações. Ele necessariamente terĂ¡ que contemplar questões como a tratada aqui. E, por Ă³bvio, terĂ¡ que tramitar na CCTCI do Congresso Nacional.

O(a) eventual leitor(a) concordarĂ¡ que as perspectivas confirmam um longo e difĂ­cil caminho a ser percorrido no rumo da regulaĂ§Ă£o da mĂ­dia para a democratizaĂ§Ă£o das comunicações.

A ver.

Argentina: antigos centros de repressĂ£o viram lugares da memĂ³ria

Passaram-se mais de 30 anos, mas ainda podem escutar-se as vozes dos prisioneiros. Os centros clandestinos de detenĂ§Ă£o, aquelas instalações secretas empregadas pelas forças armadas e pelos Ă³rgĂ£os policiais para executar o plano sistemĂ¡tico de desaparecimento de pessoas implementado pela ditadura militar argentina, sĂ£o o testemunho material e a prova contundente das prĂ¡ticas aberrantes de extermĂ­nio empregadas pelos repressores e genocidas que atuaram com total impunidade e com o amparo de um Estado terrorista. Na lĂ³gica do “Nunca mais”, o Estado argentino desenhou um plano de memĂ³ria, verdade e justiça que busca recuperar e tornar visĂ­veis as atrocidades cometidas durante a ditadura, por meio da Rede Federal de Lugares da memĂ³ria, a cargo do Arquivo Nacional da MemĂ³ria, o Estado assinalou 26 lugares vinculados com o terrorismo de Estado, 24 dos quais foram centros clandestinos de detenĂ§Ă£o. Segunda dados oficiais, mais de 500 centros clandestinos funcionaram durante a ditadura. O programa de identificaĂ§Ă£o de lugares vinculados ao terrorismo do Estado surgiu em 2003 e se consolidou atravĂ©s de diversas experiĂªncias de recuperaĂ§Ă£o e marcaĂ§Ă£o dos lugares que foram utilizados pelas forças de segurança para deter, torturar e fazer desaparecer os opositores polĂ­ticos. Seus objetivos sĂ£o a reflexĂ£o crĂ­tica e a construĂ§Ă£o de memĂ³rias democrĂ¡ticas para que o terrorismo de Estado “nĂ£o volte a se repetir nunca mais”. Os 26 lugares vinculados com o terrorismo de Estado sĂ£o sinalizados com placas ou com trĂªs pilares de cimento de 7 metros de altura unidos por uma viga horizontal que tem gravado o texto: “Aqui funcionou o centro clandestino de detenĂ§Ă£o conhecido como...durante a ditadura militar que assaltou os poderes do Estado entre 24 de março de 1976 e 10 de dezembro de 1983”. No dia 24 de março de 2004, com a recuperaĂ§Ă£o da Escola de MecĂ¢nica da Armada (ESMA) como espaço para a memĂ³ria, começou a sinalizaĂ§Ă£o destes lugares. Segundo um informe do Arquivo Nacional da MemĂ³ria, a sinalizaĂ§Ă£o formal de centros clandestinos de detenĂ§Ă£o começou em novembro de 2005 e foi “O chalĂ©” no Hospital Posadas, na localidade bonaerense de El Palomar, o primeiro a ganhar uma placa com as palavras MemĂ³ria, Verdade e Justiça. Mas a recuperaĂ§Ă£o histĂ³rica envolve mais tempo. Em 2006 foi sinalizada a Base Aeronaval “Almirante Zar” e, em 2007, o antigo aeroporto de Trelew, em Chubut, lugares relacionados com o Massacre de Trelew, em 1972. Em 2010, foi sinalizada a estĂ¢ncia “A Anita”, no Calafete, Santa Cruz, onde ocorreu a execuĂ§Ă£o de trabalhadores rurais em 1921, na denominada PatagĂ´nia TrĂ¡gica. Na cidade de Buenos Aires foram sinalizadas a SuperintendĂªncia de Segurança Federal (ex-“CoordenaĂ§Ă£o Federal”) da PolĂ­cia Federal Argentina, em abril de 2011; e a Garagem Olimpo (cuja histĂ³ria foi levada ao cinema e funcionou como dependĂªncia da PolĂ­cia Federal) foi marcada em agosto de 2011. Na provĂ­ncia de Buenos Aires, foram sinalizados a GuarniĂ§Ă£o Campo de Maio do ExĂ©rcito (2008), o “Destacamento de Arana” ou “Poço de Arana”, destacamento policial da bonaerense (2009), e o “Poço de Banfield”, Brigada de HomicĂ­dio da polĂ­cia bonaerense (2008), onde se planeja construir um local de memĂ³ria. Em Buenos aires tambĂ©m foram assinaladas “A cova”, na Base AĂ©rea de Mar del Plata, a Base Naval Mar del Plata; “Monte Peloni”, Regimento da Cavalaria de Atiradores Blindados 2, em OlavarrĂ­a, onde se planeja um sĂ­tio de memĂ³rias; e “La Cacha”, ex-unidade penitenciĂ¡ria 8, cĂ¡rcere. O projeto de sinalizaĂ§Ă£o de centros de detenĂ§Ă£o envolve todo o paĂ­s. Na provĂ­ncia de CĂ³rdoba, marcou-se no dia 24 de março de 2007 “La Perla”, um dos maiores centros clandestinos que funcionou no EsquadrĂ£o de Cavalaria Paraquedista 4 do III Corpo do ExĂ©rcito, onde atualmente funciona um Espaço para a MemĂ³ria , PromoĂ§Ă£o e Defesa dos Direitos Humanos. Na provĂ­ncia de TucumĂ¡n foram sinalizados o “BatalhĂ£o de Arsenais 5, Miguel de AzcuĂ©naga”, “A Chefatura”, Chefatura Central da PolĂ­cia de TucumĂ¡n, e a “Escolhinha” – Escola Diego de Rojas, FaimallĂ¡ (2011), onde este ano se inaugurou uma escola pĂºblica. Na provĂ­ncia de Entre RĂ­os sinalizou-se o EsquadrĂ£o de Comunicações 2 do ExĂ©rcito no ParanĂ¡ e a DelegaĂ§Ă£o ConcepciĂ³n do Uruguai, da PolĂ­cia Federal argentina. Na provĂ­ncia de Misiones, em 2011, sinalizou-se “A Casinha de MĂ¡rtires”, em Posadas, e a DelegaĂ§Ă£o Posadas, da PolĂ­cia Federal Argentina. Na provĂ­ncia de Santiago del Estero, em 2010, o BatalhĂ£o de Engenheiros de Combate 141, na capital. E na provĂ­ncia de La Rioja, tambĂ©m em 2011, a Base AĂ©rea Militar de Chamical, atual EsquadrĂ£o de Apoio Operacional. AlĂ©m disso, estĂ¡ previsto para este ano que sejam sinalizados a “Garagem Azopardo”, em Buenos Aires; a Escola de Suboficiais de Infantaria da Marinha, o Farol de Mar del Plata; a Brigada AĂ©rea de El Palomar; a VII Brigada AĂ©rea de MorĂ³n; a Casa do SIN, em Thames e Panamericana, San Isidro; o Comissariado 1 de Escobar; e a “Escolinha”, de BaĂ­a Blanca. Na provĂ­ncia de NeuquĂ©n, estĂ¡ prevista a identificaĂ§Ă£o da “Escolinha” no ex-BatalhĂ£o de Engenheiros de Construções 181, e, em TucumĂ¡n, a sinalizaĂ§Ă£o definitiva de FaimallĂ¡ e da Brigada de Investigações da polĂ­cia provincial.

Cohapar anuncia 545 novas casas em RolĂ¢ndia

A Companhia de HabitaĂ§Ă£o do ParanĂ¡ (Cohapar) assinou contrato com o municĂ­pio de RolĂ¢ndia, Caixa EconĂ´mica Federal, a Construtora Bonora Costa e Construtora Artenge, para construĂ§Ă£o de 545 casas no municĂ­pio, utilizando recursos do Fundo de arrendamento residencial (FAR), do programa do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida.

Os empreendimentos terĂ£o inĂ­cio no prĂ³ximo dia 28 de janeiro, e o investimento total Ă© de R$27.250.000,00. O prazo para conclusĂ£o das obras Ă© de 12 meses. O valor das parcelas varia entre R$50,00 a R$160,00, de acordo com a renda mensal da famĂ­lia. 3% das unidades habitacionais serĂ£o devidamente adaptadas para portadores de necessidades especiais, segundo as novas normas do programa Minha Casa Minha Vida 2.

O presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, explica a movimentaĂ§Ă£o que as obras levam aos municĂ­pios. “NĂ³s instalamos uma indĂºstria em cada cidade. É a indĂºstria da construĂ§Ă£o civil, que movimenta a economia gerando emprego, renda, e mobilizando o comĂ©rcio local”, disse.

Chaowiche afirma que os trabalhos na Ă¡rea da habitaĂ§Ă£o estĂ£o apenas começando, no ParanĂ¡. “Com a forte parceria que temos com os municĂ­pios e Governo Federal, estamos fazendo uma revoluĂ§Ă£o na habitaĂ§Ă£o do Estado. E para o ano que vem jĂ¡ adianto: lançaremos novos empreendimentos e um projeto de melhorias habitacionais”, reforçou.

O Prefeito de RolĂ¢ndia, Johnny Lehmann, enfatizou o excelente trabalho do Governo do Estado na Ă¡rea da habitaĂ§Ă£o. “O Governo do Estado cravou uma Ă¡rdua batalha para trazer melhorias na Ă¡rea da habitaĂ§Ă£o no ParanĂ¡. A equipe da Cohapar faz milagres e conseguiu finalizar o ano com mais de 25 mil famĂ­lias atendidas no Estado”, afirmou.

Para o Gerente Regional da Caixa EconĂ´mica Federal, Olides Jr., os governos Federal e Estadual trabalham juntos para levar dignidade Ă  populaĂ§Ă£o. “Estamos utilizando os recursos do Governo Federal porque a preocupaĂ§Ă£o tanto da CAIXA, quanto do Governo do Estado Ă© que as famĂ­lias realizem o sonho da casa prĂ³pria e tenham melhor qualidade de vida”, completou.

Empresa acusada de fraudar bombas em postos nĂ£o terĂ¡ alvarĂ¡ renovado pela Prefeitura

O alvarĂ¡ de funcionamento da empresa Power Bombas ManutenĂ§Ă£o e InstalaĂ§Ă£o Ltda., de propriedade de Cleber Salazar, nĂ£o serĂ¡ renovado, segundo a prefeitura de Curitiba. A autorizaĂ§Ă£o de funcionamento da empresa venceria na prĂ³xima sexta-feira (13).

A Secretaria Municipal do Urbanismo encaminhou um pedido Ă  Secretaria da Segurança PĂºblica do ParanĂ¡ (Sesp-PR) solicitando os endereços e as informações de todos os postos com fraude comprovada para iniciar o processo de cassaĂ§Ă£o de alvarĂ¡.

A Prefeitura de Curitiba garantiu que vai cassar o alvarĂ¡ de funcionamento dos postos que realizaram adulteraĂ§Ă£o eletrĂ´nica das bombas de combustĂ­vel. Em nota divulgada pelo site da prefeitura, o prefeito Luciano Ducci (PSB) afirma que “nĂ£o se pode legitimar uma fraude. Os alvarĂ¡s que permitem o funcionamento de estabelecimentos comerciais em Curitiba sĂ£o emitidos dentro dos princĂ­pios da legalidade e da regularidade. Se for comprovada a fraude nos postos de combustĂ­veis, serĂ¡ cassada a licença de funcionamento”.

De acordo com a prefeitura, os estabelecimentos que tiverem fraude identificada pelo Ipem-PR e forem notificados pelo MinistĂ©rio PĂºblico (MP) e pela AgĂªncia Nacional do PetrĂ³leo (ANP) perderĂ£o a licença. A Secretaria Municipal do Urbanismo e a Procuradoria Geral do MunicĂ­pio vĂ£o acompanhar os processos relativos aos postos de combustĂ­veis juntamente com o MP, alĂ©m dos Ă³rgĂ£os de regulaĂ§Ă£o e fiscalizaĂ§Ă£o federais e estaduais.

Redes sociais

Apesar de ter interditado bombas em alguns postos de Curitiba durante fiscalizações realizadas desde a tarde de segunda-feira (9), ainda nĂ£o foram confirmadas fraudes nos postos que passaram pela vistoria. Nas redes sociais, hĂ¡ listas com endereços de diversos postos que estariam cometendo fraudes, mas oficialmente ainda nĂ£o hĂ¡, por parte do Instituto de Pesos e Medidas do ParanĂ¡ (Ipem-PR), comprovaĂ§Ă£o do uso de adulteraĂ§Ă£o eletrĂ´nica das bombas atĂ© esta terça-feira (10).

No Facebook, usuĂ¡rios estĂ£o atualizando e compartilhando listas que jĂ¡ contavam com dez nomes e endereços de postos identificados como fraudadores, atĂ© a tarde desta terça-feira. A lista apresenta o nome e o endereço de postos que, supostamente, contavam com o serviço da Power Bombas, de Cleber Salazar, apontado com um dos responsĂ¡veis pelas fraudes. PorĂ©m, o Inmetro nĂ£o revelou detalhes sobre os estabelecimentos que eram atendidos pela empresa.

O fato de contar com os serviços de Salazar tambĂ©m nĂ£o indica, necessariamente, que o posto cometia irregularidades. As investigações devem seguir ao longo dos prĂ³ximos meses, segundo o Ipem-PR. (GP)

Sarney convoca comissĂ£o para ouvir Bezerra na quinta-feira

O presidente do Congresso Nacional, senador JosĂ© Sarney (PMDB-AP), decidiu nesta terça-feira convocar para quinta-feira reuniĂ£o da ComissĂ£o Representativa do Congresso, da qual tambĂ©m Ă© presidente. Segundo a assessoria de imprensa da presidĂªncia do Senado, a reuniĂ£o que acontecerĂ¡ no plenĂ¡rio da Casa vai analisar todos os requerimentos recebidos pelo colegiado.

Diante das denĂºncias de favorecimento polĂ­tico em benefĂ­cio de seu estado, Pernambuco, na distribuiĂ§Ă£o de recursos orçamentĂ¡rios, o ministro da IntegraĂ§Ă£o Nacional, Fernando Bezerra Coelho, solicitou a Sarney que convocasse a comissĂ£o para esclarecer o assunto aos congressistas. ApĂ³s um encontro na segunda-feira com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro disse que telefonou para Sarney e fez a solicitaĂ§Ă£o.

"(A ida ao Congresso) servirĂ¡ para que eu possa tirar qualquer dĂºvida sobre a gestĂ£o da Defesa Civil no meu estado", ressaltou o ministro na segunda-feira.

AlĂ©m disso, na semana passada, o PPS protocolou requerimento cobrando explicações do ministro sobre as denĂºncias. Ele nega as acusações. Nesta terça-feira, o PSBD e o DEM anunciaram que tambĂ©m vĂ£o apresentar requerimento para que Bezerra esclareça o assunto.

A ComissĂ£o Representativa do Congresso - formada por oito senadores e 17 deputados indicados pelas lideranças partidĂ¡rias - estĂ¡ de plantĂ£o desde o dia 23 de dezembro. O plantĂ£o vai atĂ© 1º de fevereiro. As reuniões sĂ£o convocadas pelo presidente. Para que sejam realizadas, Ă© necessĂ¡ria a presença mĂ­nima de trĂªs senadores e seis deputados.

Sarney estĂ¡ em SĂ£o LuĂ­s e a previsĂ£o Ă© que retorne a BrasĂ­lia na tarde desta terça-feira. (AG)

Casa Civil nega boicote a emendas de Alvaro Dias, mas ele afirma que usarĂ¡ da tribuna do Senado para denunciar o fato

A Casa Civil negou no fim da tarde desta terça-feira que tenha havido qualquer ordem para que as emendas ao orçamento apresentadas pelo senador Alvaro Dias (PSDB).

O senador afirma que foi vĂ­tima de discriminaĂ§Ă£o e que a ministra Gleisi Hoffmann (PT), da Casa Civil, teria dado ordem para que suas emendas nĂ£o fossem liberadas.

O ministĂ©rio nega qualquer interferĂªncia no processo. Diz que a Casa Civil nem mesmo Ă© responsĂ¡vel pela liberaĂ§Ă£o do dinheiro, tarefa que cabe Ă  Secretaria de Relações Institucionais da PresidĂªncia, comandada por Ideli Salvatti (PT).

Mesmo assim, a assessoria diz que nĂ£o houve pedido para que as emendas nĂ£o fossem pagas.

Alvaro, que nĂ£o estĂ¡ nem um pouco convencido da histĂ³ria, diz que usarĂ¡ a tribuna no mĂªs que vem para denunciar o fato.

"Quem perde Ă© o ParanĂ¡", afirma. (GP)

RefĂ©m paranaense foi morto por tiro disparado por delegado gaĂºcho

LĂ­rio Persch

O laudo do Instituto Geral de PerĂ­cias (IGP), da Secretaria de Segurança PĂºblica do Rio Grande do Sul, concluiu que o tiro que matou o refĂ©m paranaense foi disparado pelo delegado gaĂºcho Leonel Carivali, da 1ª Delegacia Regional Metropolitana, sediada em GravataĂ­. A informaĂ§Ă£o foi divulgada pelo delegado da Corregedoria da PolĂ­cia Civil, Paulo RogĂ©rio Grillo, responsĂ¡vel pela investigaĂ§Ă£o do caso, nesta terça-feira (10).

O agricultor paranaense LĂ­rio Persch e um segundo refĂ©m estavam em um cativeiro na cidade de GravataĂ­. Os policiais paranaenses do grupo Tigre (TĂ¡tico Integrado Grupo de RepressĂ£o Especial) - a unidade de elite antissequestro da PolĂ­cia Civil do ParanĂ¡ - foram ao RS resgatar as duas vĂ­timas de sequestro sem avisar as autoridades locais. Ao saber dos motivos da investida da polĂ­cia paranaense, dois delegados gaĂºchos estouraram o cativeiro e acabaram matando o agricultor.

O delegado serĂ¡ ouvido nos prĂ³ximos dias pela Corregedoria para que possa apresentar a sua versĂ£o dos fatos. Todas as testemunhas jĂ¡ foram ouvidas e o laudo pericial tambĂ©m jĂ¡ foi feito. O inquĂ©rito policial deve ser concluĂ­do na prĂ³xima semana. “O delegado ainda nĂ£o foi ouvido. Somente depois disso poderemos falar sobre a conclusĂ£o do inquĂ©rito”, afirmou Grillo.

Morte de sargento

Na mesma operaĂ§Ă£o - porĂ©m em circunstĂ¢ncia anterior Ă  morte do refĂ©m -, os policiais paranaenses mataram um sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Outro inquĂ©rito investiga como se deu a morte de Ariel da Silva. Os policiais do ParanĂ¡ seguem presos em Curitiba.

As investigações revelam que houve confronto armado entre os investigadores paranaenses e o sargento gaĂºcho e que isso ocorreu apĂ³s a tentativa de abordagem. Ariel da Silva estava Ă  paisana e em uma moto sem identificaĂ§Ă£o da polĂ­cia. Ele teria tentado interpelar os agentes do Tigre jĂ¡ com arma em punho e sem se identificar como policial. “Em princĂ­pio, ele [o sargento] nĂ£o pediu socorro Ă  Brigada, nĂ£o acionou ninguĂ©m. Ele estava agindo meio solitĂ¡rio”, definiu Grillo.

Apesar da abordagem fora dos padrões policiais (sozinho, Ă  paisana e sem comunicar a corporaĂ§Ă£o), o delegado disse que nĂ£o Ă© possĂ­vel afirmar que Ariel da Silva fazia “bicos” como segurança na regiĂ£o. “Queremos ouvir essas testemunhas atĂ© para esclarecer tudo isso”, acrescentou.

Em depoimento Ă  polĂ­cia gaĂºcha, os investigadores do Grupo Tigre disseram que pensaram que o sargento fazia segurança a bandidos. O equĂ­voco teria gerado o tiroteio.

A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefĂ´nico do sargento, na Ăºltima sexta-feira (6), para que se possa apurar o que o sargento fazia no local onde acabou morto por investigadores do Grupo Tigre.

A reconstituiĂ§Ă£o da morte de Silva deve ocorrer na prĂ³xima terça-feira (17). (GP)

Veja o absurdo que Ă© a carga tributĂ¡ria que incide sobre os materiais escolares:

ProdutosCarga TributĂ¡ria
Agenda escolar43,19%
Borracha escolar43,19%
Caderno UniversitĂ¡rio34,99%
Caneta47,49%
Cola tenaz42,71%
Estojos para lĂ¡pis40,33%
FichĂ¡rio39,38%
Folhas para FichĂ¡rio37,77%
Lancheiras39,74%
LĂ¡pis34,99%
Livro escolar15,52%
Livros15,52%
Mochilas39,62%
Papel Pardo34,99%
Papel Sulfite37,77%
Pastas PlĂ¡sticas40,09%
RĂ©gua44,65%
Tinta Guache36,13%
Tinta PlĂ¡stica36,22%

Fonte: IBPT ( Instituto Brasileiro de Planejamento TributĂ¡rio)

 
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