quinta-feira, 17 de março de 2011

DINOSSAUROS ENCONTRADOS NO BRASIL

WikiLeaks: Segurança nuclear no Japão já era alvo de preocupação em 2008

Telegramas diplomáticos vazados pelo WikiLeaks indicam que a segurança das usinas nucleares do Japão já era motivo de preocupação há cerca de dois anos e meio. Em uma mensagem datada de outubro de 2008, o parlamentar japonês Taro Kono disse que empresas de eletricidade no Japão estariam ocultando problemas de segurança nuclear e que o governo estaria facilitando as coisas para elas em relação à adesão à energia renovável.

Nos telegramas, Kono, defensor da energia renovável que em 2009 se candidatou sem sucesso à liderança de seu partido, o Liberal Democrático (PLD), disse também que o Japão não tinha solução para a questão do armazenamento de lixo nuclear e perguntou se existia algum lugar apropriado para isso, em vista do fato de o Japão ser "um país de vulcões".

AIEA criticada

A ação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também foi criticada por diplomatas norte-americanos, de acordo com outros documentos vazados pelo WikiLeaks. O então chefe de segurança da agência de fiscalização nuclear da ONU, Tomihiro Taniguchi, foi um dos alvos dos telegramas.

"Nos últimos dez anos o Departamento tem sido tremendamente prejudicado pela falta de habilidades do (vice-diretor geral) Taniguchi em termos de gestão e liderança", diz um telegrama de 1o de dezembro de 2009.

"Taniguchi vem sendo um administrador e defensor fraco, particularmente com relação ao questionamento das práticas de segurança do Japão, e ele decepciona os Estados Unidos especialmente pelo tratamento de enteado não amado que dá ao Escritório de Segurança Nuclear", diz outro telegrama, este enviado em 7 de julho de 2009. A AIEA não comenta o teor de telegramas vazados.

Empresa relapsa

As evidências de preocupação com o diretor japonês vieram à tona no momento em que seu país luta para evitar que radiação letal se espalhe a partir de reatores nucleares ao norte de Tóquio que foram danificados no terremoto da sexta-feira passada.

A crise do Japão provocou o escrutínio de suas autoridades nucleares, em especial da operadora dos reatores danificados, A Tokyo Electric Power Company (Tepco), que tem um histórico de falsificação de informações em suas usinas.

Cinco executivos da Tepco pediram demissão em 2002 em função da suspeita falsificação de registros de segurança em usinas nucleares, e cinco reatores foram obrigados a cessar suas operações.

Em 2006, o governo ordenou que a Tepco checasse seus dados passados, depois de ter sido relatada a falsificação de temperaturas de água de resfriamento no complexo de Fukushima em 1985 e 1988 e de os dados falsificados terem sido usados em inspeções obrigatórias da usina concluídas em outubro de 2005.

Usina japonesa falsificou dados de segurança, diz jornal

A Tepco (Tokyo Electric Power Company), operadora da usina japonesa de Fukushima Daiichi, que está ao centro de uma grave crise nuclear, falsificou dados de segurança e "desonestamente" tentou esconder problemas na área.

A informação está no documento "Lições aprendidas com o Escândalo da Usina Nuclear da Tepco", divulgado pela própria empresa e ao qual o jornal britânico "The Times" teve acesso.

No documento, a Tepco culpa o que chama de "má conduta" do escândalo de 2002 à superconfiança de seus engenheiros sobre seu conhecimento nuclear. Sua "mentalidade conservadora" os levou a não relatar problemas na área de segurança, o que levou então, ainda seguindo a própria Tepco, a "uma cultura inadequada de segurança".

Neste ano, cinco executivos da Tepco pediram demissão em função da suspeita de falsificação de registros de segurança em usinas nucleares, e cinco reatores foram obrigados a cessar suas operações.

Quatro anos depois, a Tepco voltou a enfrentar problemas. O governo ordenou que a empresa checasse seus dados passados depois de ter sido relatada a falsificação de temperaturas de água de resfriamento na usina Fukushima Daiichi em 1985 e 1988, e de os dados falsificados terem sido usados em inspeções obrigatórias da usina concluídas em outubro de 2005.

Em 2007, o governo pressionou novamente a Tepco por não ter informado corretamente sobre defeitos na usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa, danificada após um terremoto de magnitude 6,8. A empresa teria assumido às autoridades, segundo o jornal, que calculou erroneamente a quantidade de vazamento de radiação.

ALERTAS IGNORADOS

Documentos diplomáticos dos Estados Unidos, revelados pelo site WikiLeaks, mostram ainda que o próprio Japão ignorou alertas sobre a capacidade de suas usinas suportarem danos causados por tremores.

Diplomatas norte-americanos criticaram fortemente o japonês Tomihiro Taniguchi, que foi até o ano passado diretor de segurança da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), especialmente em relação ao setor de energia nuclear em seu próprio país.

"Nos últimos dez anos o Departamento tem sido tremendamente prejudicado pela falta de habilidades do (vice-diretor geral) Taniguchi em termos de gestão e liderança", disse um telegrama de 1º de dezembro de 2009, um dos enviados da Embaixada dos EUA em Viena a Washington, obtidos pelo WikiLeaks e vistos pela agência de notícias Reuters.

"Taniguchi vem sendo um administrador e defensor fraco, particularmente com relação ao questionamento das práticas de segurança do Japão, e ele decepciona os Estados Unidos especialmente pelo tratamento de enteado não amado que dá ao Escritório de Segurança Nuclear", diz outro telegrama, enviado em 7 de julho de 2009.

A AIEA não comenta o teor de telegramas vazados.

SEM PODER

As evidências de preocupação com o diretor japonês vieram à tona no momento em que seu país luta para evitar que radiação letal se espalhe a partir de reatores nucleares ao norte de Tóquio que foram danificados no terremoto da sexta-feira passada.

Diplomatas credenciados junto à AIEA disseram que a agência pode exercer um papel muito limitado na segurança nuclear, porque só pode fazer recomendações e fornecer incentivos para que os países adotem melhorias, mas não pode implementar as medidas.

"A agência não é fiscal nesse sentido. Ela encoraja o desenvolvimento e oferece incentivos. Mas a segurança é essencialmente uma questão soberana", disse um diplomata, acrescentando que alguns países membros da AIEA querem que a agência receba mais poderes nesse quesito.

Para jornalista, Fukushima pode ficar inabitável por muito tempo; leia bate-papo

A jornalista Sabine Righetti, 29, repórter do caderno Ciência da Folha, participou de bate-papo nesta quinta-feira (17) sobre os riscos de um grande vazamento atômico no Japão.

O terremoto de magnitude 9 seguido de um tsunami danificou severamente as instalações do complexo nuclear de Fukushima, localizado no norte do país.

Para a jornalista, a região de Fukushima pode ficar inabitável por muito tempo. O césio-137, um dos elementos radioativos presentes na atmosfera da região, tem meia vida de 30 anos, ou seja, demora 30 anos para perder metade da sua radioatividade. Muita gente pode nunca mais voltar para sua casa.

Bem-vindo ao Bate-papo com Convidados do UOL. Converse agora com Sabine Righetti sobre o risco nuclear no Japão. Para enviar sua pergunta, selecione o nome do convidado no menu de participantes. É o primeiro da lista.

(05:01:22) sabine righetti: Boa tarde a todos!

(05:01:47) marcos fala para sabine righetti: Oi sabine! a situação pode ficar pior? Vi que países vizinhos do japão está preocupados, mesmo com a distância da ilha...

(05:02:45) sabine righetti: Olá, Marcos. Obrigada por sua participação. A situação pode piorar, sim, se as autoridades japonesas não conseguirem resfriar os reatores. Mais partículas radioativas podem vazar para atmosfera e, sim, podem atingir países vizinhos.

(05:02:55) carla fala para sabine righetti: vc acha que algumas pessoas podem já ter sido afetadas por algum tipo de radiação e ninguém sabe ainda??

(05:04:32) sabine righetti: O governo japonês está mensurando a radiação na população e, por enquanto, não há informações sobre contaminação grave. Mas certamente algumas pessoas já sofreram algum tipo de contaminação, que pode não ser muito nocivas. Talvez centenas ou milhares de pessoas.

(05:04:38) DECK fala para sabine righetti: Qual o risco do Brasil ser contaminado pelo á radiação devido os poblemas causado no Japão

(05:06:15) sabine righetti: A última resposta foi para pergunta da CARLA, ok? Essa resposta vai para DECK: por enquanto, ainda não podemos falar em riscos de contaminação no Brasil porque a distância do Japão é muito grande. É impossível essas partículas radioativas chegarem aqui pela atmosfera com alguma radiação significativa.

(05:08:44) regina fala para sabine righetti: quais são os riscos para a saúde se os níveis de radiação estiverem altos?

(05:10:53) sabine righetti: Regina, a partir de 500 milisieverts, que é a unidade que mede radiação absorvida pelo organismo, já há riscos de mudança nas células sanguíneas. A radiação no Japão está em 400 milisieverts, ou seja, uma pessoa exposta sem proteção durante 1 hora em Fukushima já corre riscos. Em 10 horas, com dose a 4.000 milisieverts, a pessoa já tem risco de morte.

(05:11:01) Camila fala para sabine righetti: Olá Sabine! É possível que o governo japonês esteja escondendo ou minimizando as informações sobre a real situação da usina?

(05:12:05) sabine righetti: Camila, os EUA levantaram a hipótese de que o governo japonês esteja escondendo ou minimizando o que está acontecendo por lá. O que acredito, pelo que tenho conversado com especialistas em energia nuclear, é que as autoridades japoneses estão tomando todas as medidas cabíveis para conter a situação e evitar danos piores.

(05:12:15) maria fala para sabine righetti: pela atmosfera nao, mas e pela a populaçao que vier pra ca?

(05:12:25) Nori fala para sabine righetti: A radioatividade pode contaminar equipamentos e alimentos e chegar até outros paises através da importação/exportação?

(05:13:56) sabine righetti: Maria e Nori: estamos apurando hoje quais serão os procedimentos para as pessoas que estão vindo do Japão para o Brasil. Porém, mesmo quem estivesse perto de Fukushima antes do isolamento não deve ter recebido doses de radiação a ponto da própria pessoa emitir radiação. Também estamos apurando a possibilidade de alimentos e equipamentos eletrônicos trazerem radiação.

(05:14:00) Kojima fala para sabine righetti: BBBlogueiros no Japão criticam produndamente o tom e o clima de pânico da mídia ocidental, o que você acha disso?

(05:15:57) sabine righetti: Kojima, as informações são, por si só, preocupantes e criam, sim, um clima de pânico. O que tentamos fazer na Folha, inclusive com este chat, é informar os leitores sem causar pânico desnecessário para quem está no Brasil.

(05:16:38) Cascavel-PR fala para sabine righetti: Boa tarde. Os riscos de contaminação podem ser comparados com o que ocorreu em Hiroshima e Nagasaki na 2ª Guerra Mundial?

(05:18:04) sabine righetti: Cascavel-PR, os riscos de contaminação podem ser comparados, sim, com as bombas atômicas, apesar do acidente ter uma característica completamente diferente. O que os especialistas dizem é que se o núcleo do reator derreter, a radiação pode ser até 100 vezes maior que em Hiroshima. Porém, vale lembrar que as áreas estão isoladas.

(05:18:10) 123 fala para sabine righetti: Estou planejando uma viagem para Shizuoka-Japão em dezembro, não temos como prever como ficará a situação até lá, vc acredita que eu poderia ter algum problema?

(05:19:01) sabine righetti: 123, é difícil dizer agora como a situação estará em dezembro. Acredito que as próximas semanas serão crucias para definir o cenário. Tudo depende do sucesso do Japão em conter o superaquecimento dos reatores.

(05:19:15) Renato fala para sabine righetti: Na sua opniao, esse acidente pode se tornar uma chernobiu do seculo 21? com as mesmas proporçoes?

(05:21:38) sabine righetti: Desculpem, uma fonte acabou de me ligar. Volto agora às perguntas.

(05:22:17) sabine righetti: Renato, não acredito que esse acidente seja como Tchernobil porque as áreas já estão isoladas. Mesmo que o núcleo de algum reator derreta, menos pessoas seriam afetadas.

(05:22:25) ladis fala para sabine righetti: Pode-se dizer que os ditos "heróis" que estão trabalhando para evitar o pior aos reatores estão condenados?

(05:23:33) sabine righetti: Ladis, os "heróis" estão usando roupas adequadas (de chumbo) e ficam 24h/dia com um aparelho que mede radiação. E eles estão se alternando. Não acredito que eles estejam condenados mas, sem dúvidas, são heróis por estarem correndo muito riscos.

(05:24:02) MVMA fala para sabine righetti: As usinas afetadas eram de qual importância mundial?

(05:25:48) sabine righetti: MVMA uma usina foi afetada, Fukushima 1, e ela tem 6 reatores, dos quais 3 estavam ligados (operando) quando houve o terremoto. Elas são importantes para gerar energia para o Japão, que tem 36% da sua energia de matriz nuclear (o resto é óleo e carvão).

(05:26:07) Buda fala para sabine righetti: No caso de um acidente nuclear, qual seria a distancia que as pessoas teriam de estar para estar em segurança?

(05:26:20) sabine righetti: Vale lembrar, MVMA, que a usina afetada tinha reatores da década de 1960, ou seja, anteriores ao de Tchernobil!

(05:26:47) sabine righetti: Buda, depende do tipo de acidente. Um acidente grava atingiria todo o Japão e países vizinhos. Mas não chegaria ao Brasil.

(05:26:52) Ana Alice fala para sabine righetti: Sabine, parabéns pela cobertura que vc e todos aí estão fazendo sobre o assunto. Gostaria de saber sobre a nuvem radioativa que segue para a Europa, há chances de chegar até nós? E quais os riscos que ela representa? obrigada.

(05:27:08) sabine righetti: Buda, corrigindo: leia-se "grave" no lugar de "grava".

(05:28:41) sabine righetti: Olá, Ana Alice. Obrigada! Há sinais de uma nuvem radioativa chegando aos EUA. O jornal de amanhã trará informações sobre isso. Estamos apurando a informação de que outra nuvem estaria rumo a Europa. Mas chegar até o Brasil, que está no hemisfério sul, pela atmosfera, é impossível.

(05:28:50) Eng. Alexandre fala para sabine righetti: Boa tarde, em entrevista à rede CNN ontem um Relações Públicas do governo Japonês foi bem evasivo ao ser duramente questionado sobre a real situação da usina nuclear. Esta falta de assertividade é estratégia para não criar pânico ou de fato não se tem real noção do tamanho do problema?

(05:30:06) sabine righetti: Eng. Alexandre, o governo japonês, de fato, não tem real tamanho do problema porque nem os técnicos japoneses que estão em Fukushima conseguem tem noção do problema. Imagine que não dá para chegar perto dos reatores.

(05:30:29) Pedrito fala para sabine righetti: Sabine, O Japão já tem algum plano de evacuação caso os reatores derretam?

(05:31:41) sabine righetti: Pedrito, não estou sabendo de nenhum plano de isolamento do Japão caso os reatores derretam. Mas estão todos de alerta. Certamente, se isso acontecer a população seria imediatamente avisada. Os alertas do Japão funcionam muito bem e o país está acostumado a alertar a população constantemente sobre desastres naturais. Isso salva milhares e milhares de vidas.

(05:31:50) Daniel fala para sabine righetti: a quantidade de agua que foi despejada nos reatores podem ser meios de dissipar a radioatividade?

(05:33:09) sabine righetti: Daniel, as partículas radioativas estão principalmente na atmosfera - e água no solo, por causa da neve. A água certamente deve ter levado parte da radiação para o solo. Mas isso não poderia ser evitado. A água é essencial para conter o superaquecimento.

(05:33:25) Marina fala para sabine righetti: Ouvi dizer que um apagão no Brasil pode causar um desastre nuclear em alguma usina daqui. Tu sabe como isso ocorreria?

(05:34:27) sabine righetti: Marina, no Brasil só temos 3% de energia nuclear - e os reatores são diferentes do Japão. É difícil termos um acidente parecido com o que houve no Japão.

(05:34:35) zizi pergunta para sabine righetti: pque não usaram a robótica, robôs para resfriarem os reatores?

(05:35:13) sabine righetti: zizi, estão usando toda a tecnologia possível. Os técnicos não estão chegando fisicamente perto dos reatores. Eles ficam principalmente em uma sala de comando - blindada por chumbo.

(05:35:15) bonner fala para sabine righetti: claro que ninguem é vidente, mas não era um pouco suicida fazer uma usina nucler em area de terremotos?

(05:36:35) sabine righetti: Bonner, concordo. Mas o Japão não tem muitas alternativas, porque o país é muito pequeno. Vale lembrar que as usinas estão preparadas para terremotos, o problema que causou o acidente foi o tsunami (que fez com que as bombas que deveriam resfriar os reatores falhassem)

(05:36:58) renato fala para sabine righetti: Estamos vendo que o controle dos reatores nucleares esta acima dos controles humanos, a alemanha ja anunciou o desligamento de sete reatores, enquanto que o brasil fala emconstruir no nordeste mais quatro usinas nucleares, vale o risco?

(05:38:43) sabine righetti: Renato, o Brasil tem muitas outras alternativas energéticas, como eólica e solar - que quase não são exploradas. O que temos de fazer, como cidadãos, é exoigir um debate público sobre energia. Podemos, sim, opinar. O momento é de debate sobre formas de energia.

(05:38:46) EngPedroCmp fala para sabine righetti: Sabine e demais boa tarde, a troca de calor é fundamental para manter os elementos radiativos num nível seguro de utilização, esta troca de calor deve ser feita por dois circuitos um fechado e contaminado e outro aberto e sem radiação, no momento todo esforço é para tentar evitar a fusão dos elementos através de um circuito aberto ao meio ambiente, bombeando água do mar por exemplo, te pergunto, Sabine, não seria hora de ajustarmos os projetos de nossa usinas garantindo um nível mais profundo de recursividade, aumentando o número de circuitos? Qual a consequência da água utilizada em circuito aberto? Imagine que a mesma poderá carrear plutônio para o mar ou solo ou subsolo ou para o lençol freático, com uma meia vida de centenas de milhares de anos?

(05:39:20) sabine righetti: Vale lembrar, Renato, que a energia nuclear também tem pontos positivos. Sempre tentamos mostrar os dois lados!

(05:41:34) sabine righetti: EngPedroComp, como disse para o Renato, o momento é de discutirmos as formas energéticas e o modo como a energia nuclear é produzida. Certamente haverá uma mudança no protocolo internacional sobre energia nuclear. Mas, em geral, os resíduos de energia nuclear não têm contato com o mar. Eles estão tendo contato agora devido ao acidente.

(05:41:46) yumi fala para sabine righetti: ola, estou a 230 km da usina de fukushima, se a situaçao agravar, nao conseguirem resfriar os reatores, pode chegar muita radiaçao ate aki?

(05:44:04) sabine righetti: Yumi, você está a uma distância considerável de Fukushima. Por enquanto, a rea de isolamento está bem menor que isso. Certamente as autoridades estão acompanhando o que está acontecendo para avisar a população. Acredito que o único risco das partículas radioativas viajarem mais de 200km seria o derretimento do núcleo dos reatores. Mas não dá para saber a quantidade de partículas radioativas seria significativa.

(05:44:08) juju fala para sabine righetti: a fumaça radiotiva esta prestes a chegar na europa, mas nao ira causar danos. as cidades proximas a usina Fukushima tera danos a saude da paopulaçao?

(05:45:45) sabine righetti: Juju, por enquanto, as cidades próximas a Fukushima (30km) correm riscos. Se a situação não piorar, esse raio não deve aumentar.

(05:45:59) Maurício-SP fala para sabine righetti: A empresa responsável pela usina poderá sofrer punições, já que seus laudos foram FRAUDADOS? Quais seriam estas punições???

(05:46:38) sabine righetti: Maurício-SP, a empresa poderá ter de pagar para as famílias afetadas. Mas não tenho informações sobre laudos fraudados.

(05:46:43) Ponte Preta fala para sabine righetti: Como se comporta a oposição ao governo japonês diante da crise? O governo está sendo acusado de imobilidade?

(05:47:31) sabine righetti: Ponte Preta, por enquanto o governo não está sendo acusado de imobilidade. Será que a oposição vá se aproveitar desse momento de fragilidade nacional para ganhar votos?

(05:47:55) Moraes fala para sabine righetti: pq não é possivel desligar os reatores ou as usinas?

(05:48:57) sabine righetti: Moraes, os reatores estão desligados. Mas, assim como um motor de carro que estava andando precisa da vetoinha, os reatores precisam de um resfriamento que, por causa do tsunami, falhou. Por isso, estão superaquecidos.

(05:49:34) sabine righetti: Além disso, Moares, as reações no núcleo dos reatores seguem acontecendo - mesmo com os mesmos desligados.

(05:49:37) RobertoBelli fala para sabine righetti: Os reatores da usina de fukushima são da segunda geração. Ouvi dizer que os reatores da terceira geração são bem mais seguros, é verdade?

(05:50:35) sabine righetti: RobertoBelli, os reatores de terceira geração podem, sim, ser mais seguros. Mas acredito que nenhum reator no mundo está preparada para ter vários sistemas alternativos de resfriamento em caso de pane, como aconteceu no Japão. Esse é o protocolo que deve mudar para as usinas do futuro.

(05:50:37) B.B fala para sabine righetti: até quantos milisieverts pode chegar na europa com a nuvem radioativa que está se deslocando do japão à europa?

(05:51:08) sabine righetti: B.B é difícil precisar agora, mas certamente seria uma quantidade abaixo de 500, ou seja, não seria nociva.

(05:51:14) FCT fala para sabine righetti: Boa tarde Sabine Righetti e a todos!! Tenho a seguinte dúvida: no caso do pior quadro possível em Fukushima, é possível mensurar o raio em KM2 que será mais afetado (partindo aqui da premissa que os ventos estejam norte-sul)??

(05:52:21) sabine righetti: FCT, é difícil ter essa precisão. Tudo depende de dois fatores: 1. O núcleo do reator derreter e 2. a primeira parece de contenção explodir (e, então, as partículas radioativas iriam para atmofesra).

(05:52:26) angelica fala para sabine righetti: Por que o comunidade científica e a ONU não pressionaram pelo fechamento das usinas diante do alerta de perigo destas em região de constante abalos sismicos feito desde 2008?

(05:52:51) sabine righetti: além disso, FCT, estamos apurando que um acidente com o reator 3 seria pior, já que ele tem plutônio (que é mais radioativo)

(05:53:32) sabine righetti: angelica, as usinas estão preparadas para terremotos. Tanto que não foram abaladas. O problema foi o tsunami, que danificou o sistema de refrigeramento de emergência dos reatores. Isso foi uma surpresa para o mundo todo.

(05:53:43) fff fala para sabine righetti: Boa tarde, existe alguma legislação especifica brasileira que regulamenta a questão da energia nuclear?

(05:54:39) sabine righetti: fff, sem dúvida. Você pode encontrar essas informações na página da CNEN: http://www.cnen.gov.br/

(05:54:48) hasaverus fala para sabine righetti: Em um japão que ainda sente fortes abalos da crise de 2008, juntamente com um terremoto e um tsunami e para completar um vazamento nuclear. Quais as perspectivas para a economia Japonesa?

(05:55:01) sabine righetti: fff, no item "legislação nuclear"

(05:56:01) sabine righetti: hasaverus, as perspectivas certamente não são boas. Parte do paqreu industrial japonês foi destruído. O governo ainda está mensurando isso. Resta saber se a situação nuclear, pelo menos, vai se "acalmar".

(05:56:06) Joao pergunta para sabine righetti: O Brasil planeja criar 50 usinas nucleares... por isso os jornais daqui não estão divulgando a catastrofe do Japão... manipulação?

(05:57:02) sabine righetti: Joao, estamos, sim, divulgando amplamente a catástrofe no Japão. Na Folha temos, em média, 5 páginas diárias sobre o assunto. E estamos fazendo isso neste chat!

(05:57:29) Aparecida fala para sabine righetti: Quais são as chances de os procedimentos adotados para o controle dos reatores serem efetivos?

(05:58:47) sabine righetti: Aparecida, o governo japonês está fazendo todos os procedimentos possíveis. Mas ainda não sabemos se darão certo para esfriar os reatores.

(05:59:18) daniel fala para sabine righetti: Você acha que após tudo isto teremos uma cidade inabitável por causa do risco de radiação. Se sim, será por quanto tempo?

(06:00:05) sabine righetti: Caros, vou responder uma última pergunta. Quem tiver mais e não conseguiu resposta, pode falar comigo por email no sabine.righetti@grupofolha.com.br ou no twitter, @binerighetti, ok?

(06:01:21) sabine righetti: Daniel, infelizmente Fukushima pode ficar inabitável por muito tempo. O césio-137, um dos elementos radioativos presentes na atmosfera da região, tem meia vida de 30 anos, ou seja, demora 30 anos para perder metade da sua radioatividade. Muita gente pode nunca mais voltar para sua casa.

ONU internacionaliza o conflito aprovando a instalação da zona de exclusão aérea sobre a Líbia. O Brasil se absteve de votar.

A resolução apresentada pela França, Reino Unido e Líbano defendendo a implementação de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia foi aprovada hoje no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) por dez votos a favor, nenhum contra e cinco abstenções, entre elas a Rússia e a China, que detêm poder de veto. O Brasil, que tradicionalmente sempre respeitou a autodeterminação dos povos, se absteve da votação.

A zona de exclusão autoriza o abate de aviões das Forças do governante líbio Muammar Gaddafi, que decolem para atacar tropas opositoras.

O resultado da votação chega em meio a um clima de extrema urgência na comunidade internacional, horas após o regime do ditador Muammar Gaddafi afirmar na TV estatal uma promessa de ataques para "limpar Benghazi, sem piedade", e ofereceu anistia aos que se renderem.

"Limparemos Benghazi, toda Benghazi, dos criminosos e de qualquer um que tente ferir nosso líder e nossa revolução. Não teremos piedade contra colaboradores [dos rebeldes]", diz a mensagem do regime transmitida repetidamente durante a quinta-feira na TV estatal, prometendo ataques contra o bastião da oposição no sábado.

As ameaças chegam após o regime divulgar outro comunicado alertando que ações militares externas podem resultar em danos a alvos civis e militares no Mediterrâneo como parte de um contra-ataque de suas forças.

"Qualquer ação militar externa contra a Líbia deixará todo o tráfego áereo e marítimo no Mar do Mediterrâneo exposto e [instalações] civis e militares se tornarão alvos do contra-ataque da Líbia", disse o comunicado transmitido pela TV estatal e distribuído pela agência oficial de notícias Jana.

'Chegou o grande dia do retorno', diz Aristide antes de embarcar

O ex-presidente do Haiti, o nacionalista Jean-Bertrand Aristide, se disse "muito feliz" por poder retornar ao país de origem. Segundo ele, o "grande dia do retorno", esta quinta-feira, 17, chegou. Pouco depois de fazer o pronunciamento, Aristide embarcou para a nação caribenha,

"O grande dia chegou. O dia de dizer adeus antes de voltar para casa" disse o ex-presidente em no aeroporto de Lanseria, perto de Johannesburgo antes de embarcar. Aristide, que vive no exílio na África do Sul há sete anos, embarcou com sua família.

Aristide havia anunciado que retornaria ao país logo após a volta do ex-ditador Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, em janeiro. A demora proposital na emissão de documentos atrasou o retorno do ex-presidente. Ele, como queriam os seus adversários somente voltará dois dias antes do segundo turno das eleições presidenciais do Haiti. Os EUA são os responsáveis pela pressão para que Aristide atrasasse sua volta, pois os norte americanos queriam que ele voltasse somente depois da votação.

O Haiti realiza as eleições ainda em um cenário de recuperação do terremoto que devastou boa parte do país em janeiro de 2010. A votação foi inicialmente adiada devido ao tremor, e a segunda volta também sofreu alterações de data devido a denúncias de fraudes. Disputam a presidência o cantor popular Michel Martelly e a ex-primeira-dama Mirlande Manigat.

Energia para resfriar usina no Japão é restabelecida

A Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da usina Daiichi, em Fukushima, no Japão, informou nesta quinta-feira, 17, que restabeleceu a conexão do cabo de energia. A eletricidade é essencial para que motores, válvulas e bombas mantenham os reatores em uma temperatura adequada. Além disso, a Tepco planeja seguir lançando água para resfriar seus reatores e evitar novas explosões e vazamentos radioativos.

A situação, porém, ainda não está estabilizada e pode piorar, de acordo com a Agência de Segurança Nuclear francesa (ANS, na sigla em francês). Segundo a agência, as situações mais preocupantes são as dos reatores 3 e 4 da usina. "A piora da situação permanece uma possibilidade em Fukushima", disse o vice-diretor da ANS, Olivier Gupta, durante entrevista à imprensa. "Tudo deve ser feito para levar água à usina", disse ele, lembrando que a Tepco utiliza helicópteros e tanques com água para o resfriamento.

Na cidade de Fukushima, 60 quilômetros a noroeste da usina, a radiação estava em 12,3 microsieverts. O governo japonês ordenou a retirada das pessoas que vivem num raio de 20 quilômetros da usina. O maior risco é para os funcionários que trabalham no resfriamento dos reatores. (AP)

Polícia de Londrina derruba índice de violência fatal

Os números em relação a taxa de criminalidade em Londrina têm diminuído drasticamente. Desde o início deste ano até esta quinta-feira (17), a cidade registrou 12 homicídios. Os dados apresentados indicam que hoje o número é 65% menor que o ocorrido no mesmo período do ano passado, quando em Londrina se apresentava o montante de 34 assassinatos. O principal motivo da queda, como informou o delegado Paulo Henrique Costa foi a mudança nas estratégias da polícia para investigar estes crime. Anteriormente o trabalho era focalizado na captura do que cometeu o crime, em sua maior parte menores e não nos verdadeiros mandantes dos assassinatos.Geralmente estes são chefes de quadrilhas, os que comandam o narcotráfico.

17 de Março de 1861 / 17 de Março de 2011 - 150 anos da Unificação da Itália

Viva Giuseppe e Anita Garibaldi!!!

Giuseppe Garibaldi (Nice, 4 de julho de 1807 / Caprera, 2 de junho de 1882) foi um general, guerrilheiro, condottiero e patriota italiano, alcunhado de "herói de dois mundos" devido a sua participação em conflitos na Europa e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, ao lado de Giuseppe Mazzini e do Conde de Cavour, Garibaldi dedicou sua vida à luta contra a tirania. Nasceu em Nizza (hoje Nice, na França), então ocupada pelo Primeiro Império Francês e que retornaria ao reino de Sardenha-Piemonte, com a queda de Napoleão Bonaparte, para ser depois cedida à França por Cavour, pelo tratado de Turim (24 de março de 1860).

De marinheiro a exilado

Garibaldi nasceu em Nice, que na época era parte do departamento francês dos Alpes Marítimos. Isto antes que este departamento fosse devolvido para a Casa de Saboia, governantes do Reino de Sardenha, depois da derrota de Napoleão, nos termos do Congresso de Viena (1815). Após 1860, retornou ao domínio francês.

Filho de Rosa Raimondo e de Domenico Antonio, proprietário da embarcação Santa Reparata de 29 toneladas, Giuseppe Garibaldi passou dez anos de sua vida a bordo de navios mercantes, seguindo os passos do pai, um marinheiro genovês, e com o tempo chegou a obter licença de capitão. Mas seus desejos de aventura não permitiram que seguisse essa carreira.

Em abril de 1833, em Taganrog, na Rússia, enquanto comandava a escuna Clorinda, levando um carregamento de laranjas, conheceu Giovanni Battista Cuneo de Oneglia e entrou em contato com a sociedade secreta Jovem Itália. Seduzido pelas ideias socialistas de Henri Saint-Simon, e da Jovem Itália, fundada por Giuseppe Mazzini. Mazzini era republicano e ardoroso defensor da unidade italiana, que esperava alcançar por meio de um levante popular.

Garibaldi se uniu a sociedade secreta, jurando dedicar sua vida para libertar sua terra natal do jugo austríaco. Em novembro de 1833 encontrou com Mazzini, iniciando um relacionamento que mais tarde se tornaria problemático. Juntou-se à Carbonária e em fevereiro de 1834 tomou parte da insurreição de Gênova, que fracassou. Condenado à morte por uma corte genovesa. Refugiou-se em Marselha e, em 1835, fugiu para a Tunísia, chegando depois ao Rio de Janeiro.

Com 28 anos iniciava seu primeiro exílio.

Brasil

Residiu algum tempo no Rio de Janeiro, onde foi membro da Congrega della Giovine Itália, fundada por Giuseppe Stefano Grondona.[4] Foi também no Rio de Janeiro conheceu a Luigi Rossetti, com quem se juntou à Revolução Farroupilha, depois de receber uma carta de corso.[4] Rossetti e Garibaldi transformaram seu pequeno barco comercial Mazzini em corsário a serviço da República Rio-Grandense.[4] No caminho para o sul, atacaram um navio austríaco, com uma carga de café, e trocaram de navio com seus ocupantes, rebatizando a nova embarcação de Farroupilha.[4] Enquanto Rossetti desembarcou no porto de Maldonado, Garibaldi foi pego pela polícia marítima uruguaia, acabando preso na Argentina.

Ao lado do general Davi Canabarro, Garibaldi tomou o porto de Laguna, em Santa Catarina, onde foi proclamada a República Catarinense (República Juliana). A marinha da jovem República Riograndense estava bloqueada na lagoa dos Patos, pois as forças imperiais dominavam a cidade de Rio Grande, na saída da lagoa para o mar. Para levar as forças republicanas até a cidade de Laguna, Garibaldi levou seus dois barcos através de um trecho de 86 quilômetros de terra, utilizando enormes carretas puxadas por duzentos bois. Um dos barcos naufragou já no Atlântico e, a bordo do outro (o Seival), Garibaldi empreendeu a tomada de Laguna.

Em Laguna, Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida depois como Anita Garibaldi, com quem se casaria e que se tornaria sua companheira de lutas na América do Sul e depois na Itália. Quando, após quase uma década de luta, ficou evidente que a República Rio-grandense estava condenada a desaparecer, o presidente Bento Gonçalves dispensou Garibaldi de suas funções, e ele então mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, com Anita e seu filho Menotti, nascido em Mostardas, no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul.

"Eu vi corpos de tropas mais numerosas, batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que os da bela cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações.

Quantas vezes fui tentado a patentear ao mundo os feitos assombrosos que vi realizar por essa viril e destemida gente, que sustentou, por mais de nove anos contra um poderoso império, a mais encarniçada e gloriosa luta!"
Garibaldi

Uruguai

No Uruguai, em 1842, na Guerra Grande, foi nomeado capitão da frota uruguaia em sua luta contra o governador de Buenos Aires, Juan Manuel de Rosas. No ano seguinte, durante a defesa de Montevidéu, organizou a Legião Italiana, cujos membros foram os primeiros "camisas vermelhas". A Legião foi essencial para evitar a tomada de Montevidéu pelas tropas do presidente uruguaio Manuel Oribe. No Uruguai nasceram os outros filhos do casal: Rosa, Teresa e Ricciotti. Rosa faleceu aos dois anos de idade por asfixia, por causa de uma infecção na garganta.

Retorno à Itália

Garibaldi regressou à Itália em 1848 para lutar na Lombardia contra o exército austríaco e iniciar a luta pela unificação italiana. Sua tentativa de expulsar os austríacos fracassou e teve que refugiar-se primeiro na Suíça e depois em Nice, atualmente na França.

Ao final de 1848, o papa Pio IX, temendo as forças liberais, abandonou Roma, para onde foi Garibaldi junto com um grupo de voluntários. Em fevereiro de 1849 foi eleito deputado republicano na assembleia constituinte da recém-proclamada República Romana. Em abril, enfrentou um exército francês que tentava restabelecer a autoridade papal. Em maio, um exército napolitano juntou-se aos franceses.

Durante o desgoverno Requião/Pessuti o Paraná deixou de usar R$ 199 milhões destinados a construção de escolas técnicas


Nos últimos três anos, o governo do Paraná deixou de investir R$ 199,3 milhões disponibilizados pelo governo federal para a construção de 18 escolas técnicas, ampliação de outras 23 instituições, formação de professores e aquisição de materiais. A não aplicação do dinheiro, que continua disponível nos cofres estaduais, causou dificuldades para a captação de novos recursos federais. Ago­­ra, por exemplo, o Paraná enfrenta resistência para receber R$ 120 milhões, por meio do Ministério da Educação (MEC), para a construção de 37 escolas de educação básica.

O montante que espera para ser aplicado foi liberado em 2008, por meio do programa Brasil Profissio­nalizado. Na época em que o dinheiro foi repassado, a então secretária estadual da Educação, Yvelise Arco-Verde, afirmou que os primeiros cursos seriam usados até 2011, o que não aconteceu.

De acordo com o vice-governador e atual secretário estadual da Educação, Flávio Arns, o MEC cobra mais agilidade do estado. “O MEC questiona o fato de termos uma grande quantidade de recursos federais não aplicados. E este dinheiro estava parado há três anos no Paraná. De 41 obras do Brasil Profissionalizado, apenas sete foram licitadas e nenhuma obra foi iniciada. Não poderiam ter demorado tanto, agora precisamos mostrar agilidade para que o MEC libere os recursos”, afirma. (GP)

BR-277 volta a operar em mão dupla no km 26

A concessionária Ecovia informou que o tráfego a partir do quilômetro 26 foi liberado em mão dupla às 14 horas desta quinta-feira (17). O trecho, onde houve queda de uma ponte, era um dos que registrava mais lentidão na rodovia. Com a liberação, a expectativa é que o fluxo de veículos se normalize, já que não será mais necessário adotar o sistema Pare/Siga. A Ecovia também informou que não havia fila de caminhões, por volta das 15 horas.

BR-376 tem mais uma pista liberada; tráfego continua lento

Mais uma pista foi liberada para o tráfego na BR-376, na manhã desta quinta-feira (17), por volta das 11 horas. A liberação ocorreu no sentido Paraná-Santa Catarina, no quilômetro 673, em Guaratuba. A partir desse trecho os motoristas têm duas pistas para trafegar, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. Apesar da liberação, a rodovia tinha lentidão entre os quilômetros 644 e 654. O trânsito estava ainda mais complicado no sentido contrário. Quem retornava de Santa Catarina encontrava 40 quilômetros de lentidão, por volta das 11h30.

Na BR-277, o trânsito fluía com lentidão nos dois sentidos, principalmente no quilômetro 26, na manhã desta quarta-feira (17). A Ecovia informou que não havia fila de caminhões, por volta das 11h40.

A ferrovia que liga o Porto do Paranaguá ao interior do estado foi parcialmente liberada nesta quinta-feira (17). Um trem saiu de Curitiba e chegou a Morretes. Não há previsão de liberação até Paranaguá.

A situação do litoral do Paraná ainda está complicada e grande parte dos prejuízos estimados diz respeito às casas que foram destruídas ou danificadas por causa da chuva que atingiram a região. Os estragos em Antonina, Morretes, Guaratuba e Paranaguá foram calculados, até o momento, em R$ 87,9 milhões pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, desse montante R$ 68 milhões foram perdas relacionadas às moradias - o que corresponde a 77% do total estimado.

O valor prévio foi divulgado em entrevista coletiva com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, na tarde de quarta-feira (16). Bezerra prometeu a construção de 400 casas na região e disse que recursos devem ser encaminhados para o estado na próxima semana, mas não falou sobre valores. Ele sobrevoou a região atingida na tarde de quarta-feira. Os prefeitos dessas cidades do litoral tinham se reunido com o governador Beto Richa na manhã de quarta-feira para apresentar um relatório preliminar sobre os estragos.

Para evitar a ocorrência de saques, a Polícia Militar reforçou o efetivo em Antonina, nas áreas de riscos. Moradores de dois bairros tiveram de deixar suas casas por causa do risco de desabamento.

As chuvas que desde sexta-feira provocam destruição no litoral do Paraná ainda deixam 581 pessoas em abrigos. Quatro mortes no estado foram registradas desde essa data.

Ferrovia parcialmente liberada

A ferrovia que liga o Porto do Paranaguá ao interior do estado foi parcialmente liberada nesta quinta-feira (17). A América Latina Logística (ALL) - empresa que administra a linha férrea no Paraná – informou que um trem saiu de Curitiba e conseguiu chegar até Morretes, por volta das 10 horas. Foi feita uma viagem de teste e a ALL trabalha para liberar a ferrovia até Paranaguá. Não havia previsão de quando a operação será completamente liberada.

Os trens pararam de operar ao meio-dia sexta-feira por causa da chuva forte que atingiu a região e causou estragos à linha e ao terreno. A ALL informou que teve de fazer a recuperação da parte de sustentação da linha e também ajustes na ferrovia.

Estradas

Mais uma pista foi liberada para o tráfego na BR-376, na manhã desta quinta-feira (17), por volta das 11 horas. A liberação ocorreu no sentido Paraná-Santa Catarina no quilômetro 673, em Guaratuba. A partir desse trecho os motoristas têm duas pistas para trafegar, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. Apesar da liberação, a rodovia tinha lentidão entre os quilômetros 644 e 654.

A rodovia opera no sistema "pare e siga", do quilômetro 663 ao 672, entre Tijucas do Sul e Guaratuba, por causa do quedas de barreiras e afundamento de pista. Houve alteração no tempo que a BR-376 fica liberada para cada sentido. São duas horas de fluxo livre para quem retorna de Santa Catarina para o Paraná, por causa da lentidão na rodovia. Quem trafega no sentido contrário, Paraná-Santa Catarina, encontra fluxo liberado por uma hora.

Segundo a PRF, o trânsito estava bastante complicado para os condutores que retornam de Santa Catarina. A lentidão era de 40 quilômetros, por volta das 11h30. Tinha início no quilômetro 663, em Tijucas do Sul, e chegava ao quilômetro 25 da BR-101, em Piraberaba (SC), região de Joinville. Para percorrer esse trecho demorava em torno de 8 horas, segundo a estimativa da PRF. O tempo da viagem de Curitiba para Joinville é de aproximadamente 4 horas.

BR-277

Na BR-277, o trânsito fluía com lentidão nos dois sentidos, principalmente no quilômetro 26, na manhã desta quarta-feira (17). A Ecovia informou que não havia fila de caminhões, por volta das 11h40. Os veículos que estavam no acostamento chegaram ao Porto de Paranaguá na madrugada. O percurso entre Curitiba e litoral era feito em 3 horas, em média.

No quilômetro 26, onde restou somente uma das duas pontes, é liberada a passagem de um caminhão de cada vez, segundo a concessionária. Os caminhões foram liberados para descer a Serra do Mar no fim da noite de segunda-feira, por volta das 21 horas. Os veículos seguem para o Porto de Paranaguá, onde é escoada a safra.

A concessionária Ecovia informou que estudava a possibilidade de liberar mais uma pista no quilômetro 26, para que cada sentido pudesse seguir em meia-pista. Foi feito a concretagem e o aterramento da ponte.Técnicos da concessionária e a Polícia Rodoviária Federal estavam no local e avaliavam se não havia riscos com a liberação, por volta das 13 horas. Se não houver problemas, o tráfego nessa pista será feito a partir das 14 horas desta quinta-feira.

No quilômetro 24, onde há o acesso para Morretes pela PR-408, o tráfego foi liberado para veículos leves na noite desta quarta-feira. Durante todo o dia, cerca de 60 soldados do exército trabalhavam na montagem de uma ponte metálica sobre o Rio Sagrado Três. A ponte de cimento que havia no local foi destruída pela chuva dos últimos dias. A ponte provisória deve permanecer no local por cerca de um mês, até a construção de uma definitiva.

A BR-277 está liberada para o trânsito de caminhões, veículos leves, ônibus de passageiros e veículos que transportam donativos. Do quilômetro 12 ao 29, o trânsito estava em meia-pista nesta quarta-feira.

A BR-227 e a PR-410 (Estrada da Graciosa)

são rotas possíveis para deixar o litoral do Paraná. A orientação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é de que somente quem tem extrema necessidade pegue as estradas.

A PR-410 (Estrada da Graciosa) estava parcialmente liberada e os motoristas devem contornar a localidade de São João da Graciosa. A recomendação da PRE é evitar o trecho entre os quilômetros 20 e 30, onde ainda há obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Deve-se contornar esse trecho pelo centro de Morretes e depois voltar para a PR-410. A seguir, os motoristas devem trafegar até a BR-116 e pegar as pistas de retorno para Curitiba.

Possíveis desvios

A recomendação da PRF e da Autopista continua sendo usar os caminhos alternativos, mesmo com a liberação parcial da BR-376. Os motoristas que precisam ir de Santa Catarina para o Paraná e estão na BR-101/SC podem sair da rodovia no quilômetro 113 (região de Itajaí), acessar o quilômetro 184 da BR-470/SC (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.

Os usuários que estão em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o quilômetro 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470/SC e chegar à BR-101/SC por Itajaí (quilômetro 113).

Outra possibilidade para quem pretende seguir para Santa Catarina é pegar um desvio pela BR-116, para depois possa voltar à BR-101 (a partir do quilômetro 27), de acordo com a concessionária Autopista Litoral Sul.

Para seguir do Paraná para Santa Catarina é preciso trafegar pela BR-116 até o quilômetro 4, na região de Mafra. Nesse trecho deve-se acessar a BR-280, depois a Serra Dona Francisca e então voltar para a BR-101, em Pirabeiraba, região de Joinville.

Para sair de Santa Catarina e voltar ao Paraná deve-se fazer o caminho inverso, segundo a concessionária.

Uma possibilidade para chegar a Garuva (SC) é seguir pela BR-277, depois pela PR-407 (Pontal do Paraná) e chegar a PR-412 (Guaratuba). O motorista deve atravessar o ferryboat, continuar na PR-412 e então chegará a Garuva.

Funcionário dos EUA sugere que Japão omite real gravidade de crise

A crise nuclear japonesa se intensificou ontem depois que as autoridades anunciaram a ruptura de outro reator da usina nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, que aparentemente estava liberando vapor radioativo. Um dia depois de representantes do governo terem dito que o vaso de contenção do reator 2 também tinha sido afetado, os danos no reator 3 pioraram as já perigosas condições na usina.

Em Washington, o chefe da agência reguladora de energia nuclear dos EUA, Gregory Jaczko, afirmou acreditar que os níveis de radiação na região de Fukushima são "extremamente altos", sugerindo que o governo japonês tem subestimado a gravidade da situação.

Soldados japoneses começaram hoje (horário local) a despejar água a partir de helicópteros - tática normalmente empregada no combate a incêndios florestais - para tentar resfriar o núcleo do reator 4. A operação tinha sido adiada, pois ela exige que o helicóptero sobrevoe diretamente o vapor que emana da usina e aparentemente os níveis de radiação estavam elevados. As autoridades planejam ainda utilizar canhões d"água, dos tipos usados para conter distúrbios populares, para lançar água.

Num dos vários pronunciamentos rápidos e às vezes confusos sobre a crise, as autoridades insistiram que os danos ao reservatório de contenção do reator 3 - principal motivo de preocupação no início da quarta feira - são pouco graves.

Enquanto colunas de vapor eram vistas emanando do reator nas imagens da cobertura ao vivo da TV, flocos de neve caíam na região de Fukushima, aumentando o drama dos trabalhadores que tentam evitar um desastre atômico. Segundo os especialistas, a neve pode levar a radioatividade da atmosfera para o solo, contaminando-o por décadas.

A Tokyo Electric Power Company, operadora do reator, disse que tinha sido capaz de dobrar o número de funcionários que lutam contra a crise - passaram de 50 a 100 -, mas isso foi antes de as nuvens de vapor radioativo começarem a emanar com mais intensidade da usina. Na terça feira, 750 trabalhadores foram retirados do local, deixando uma equipe mínima de funcionários tentando reduzir a temperatura do núcleo atômico. Uma proporção cada vez maior de trabalhadores é composta por soldados, mas não se sabe o número exato deles.

Forças militares americanas no Japão receberam ordens de não chegar a menos de 80 km da usina, e algumas equipes da Força Aérea que poderiam participar de operações de resgate estavam recebendo pílulas de iodeto de potássio para se proteger dos efeitos da radiação.

As operações de resfriamento não foram interrompidas, disse Kazuo Yamanaka, funcionário da Tokyo Electric. O reservatório que pode ter se rompido ontem era visto como a última linha de defesa ainda intacta contra a liberação de material radioativo em larga escala, mas não estava clara a gravidade dos possíveis danos.

Cinco dias após o devastador terremoto seguido de tsunami que arrasou a usina, a possível ruptura se seguiu a uma série de explosões e outros problemas que resultaram na pior crise nuclear mundial desde o acidente de Chernobyl, em 1986.

O japonês Yukiya Amano, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, com sede em Viena, disse que iria ao Japão tão logo fosse possível para acompanhar a situação.

A avaliação do governo da gravidade dos danos no reator 3 pode ter sido uma forma de reduzir as preocupações relativas ao reservatório - que envolve o núcleo -, mas as implicações de um superaquecimento na piscina que contém as barras de combustível no reator 4 mostraram-se potencialmente trágicas.

Há seis reatores na usina, e todos eles têm piscinas onde são armazenadas as barras gastas de combustível no nível superior do edifício que contém o reator. Os reatores 4, 5 e 6 não estavam em funcionamento quando o terremoto seguido de tsunami atingiu o país, e havia preocupação quanto às piscinas dos reatores 5 e 6, que talvez se estenda também aos demais reatores.

Em audiência realizada em Washington na quarta-feira por dois subcomitês da Comissão de Energia e Comércio do Congresso, o secretário de Energia, Steven Chu, disse: "Achamos que pode ter havido um derretimento parcial" na usina. "Recebemos relatos conflitantes sobre o que está realmente acontecendo nos muitos reatores atualmente em situação de risco. Não pretendo especular a respeito do que está ocorrendo."

Ele disse que sua agência tinha enviado 39 pessoas à embaixada dos EUA e aos consulados americanos no Japão, "funcionários dotados de habilidade, experiência e equipamentos necessários para ajudar a avaliar, pesquisar e monitorar a radiação em diferentes regiões".

O departamento também enviou equipamento de detecção capaz de medir os níveis de radiação a partir do ar, disse ele. Na manhã de ontem, horas depois de representantes do governo terem dito que as chamas que começaram na terça-feira tinham sido controladas, a Tokyo Electric admitiu que havia um incêndio no edifício do reator. (REUTERS)

Taiwan e Coreia do Sul detectam radiação em passageiros do Japão

Cerca de 25 passageiros que chegaram a Taiwan a partir do Japão apresentaram índices de exposição à radiação acima do normal, informou nesta quinta-feira, 17, uma autoridade do governo nesta quinta-feira.

Uma autoridade de Taiwan, membro do conselho de energia atômica do governo, disse à Reuters por telefone que 25 passageiros haviam chegado de diversas cidades do Japão e apresentaram índices "levemente acima" do normal.

A autoridade não deu maiores informações. Segundo ele, o governo instalou postos de monitoramento para testar os passageiros que estavam chegando. Outras medidas ainda não estavam previstas.

Em Seul, autoridades disseram que um japonês chegou no aeroporto de Incheon e foi detectado com um índice superior a 1 microsievert em seu chapéu e casaco, nível algumas vezes acima do valor normal, segundo a agência de notícias Yonhap citou.

Acredita-se que ele morava na província de Fukushima, local da usina de energia nuclear que foi danificada pelo terremoto e o tsunami da semana passada.

O índice não representa um risco à saúde pública e autoridades irão liberar os três passageiros, informou a emissora YTN.

A agência de segurança nuclear da Coreia do Sul disse que considera 300 nanosieverts por hora como o limite para o índice normal de radiação na atmosfera. Um microsievert equivale a mil nanosieverts.

Os testes no aeroporto são voluntários, segundo um fotógrafo da Reuters.

Enquanto para o povo o aumento de salário é de fome as verbas recebidas em conselhos estouram teto salarial de ministros



O aumento salarial de 149,5% concedido aos ministros de Estado, desde o dia 1.º de fevereiro, criou uma elite de supersalários na Esplanada dos Ministérios. Por acumular vencimentos com jetons - verba paga por participarem de conselhos de empresas estatais ou públicas - suas remunerações acabam furando o teto salarial do funcionalismo público, hoje fixado em R$ 26.723,13.

É o caso de pelo menos oito ministros de Estado que, além da remuneração pelo teto, engordam seus vencimentos ao terem um assento em conselhos de administração, fiscal ou curador de empresas.

Para tentar pôr um freio na farra dos altos salários, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou projeto de lei que regulamenta o artigo 37 da Constituição. Pelo dispositivo, nenhum servidor público pode ganhar mais que a remuneração de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). "Esse dispositivo tem que ser regulamentado. Não é certo isso: ganhar no teto e ganhar do Conselho e isso não estar limitado", afirma Gleisi.

O projeto não exclui o marido da senadora, ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que ocupa hoje três conselhos de administração de empresas: Itaipu, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. (AE)

MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA LEONEL BRIZOLA


Comunicado

No último dia 19 de fevereiro, realizamos um concorrido e proveitoso seminário, com a participação de pedetistas de diversos municípios do Rio de Janeiro e de outros Estados da federação. Participaram também trabalhistas e socialistas já não mais filiados ao PDT, além de representantes de três outros Partidos.

Por mais de sete horas, vários oradores ocuparam a tribuna, depois da palestra sobre economia e a crise, proferida pelo companheiro Arnaldo Mourthé. Houve unanimidade na condenação aos rumos que as direções do PDT imprimem ao partido.
Não faltaram adjetivos como “balcão de negócios”, partido de aluguel etc. Mas também houve concordância de todos ao reafirmarmos os princípios programáticos do PDT e das Cartas de Lisboa, de Mendes e de São Paulo, especialmente o nacionalismo, o anti-imperialismo, à defesa dos trabalhadores ativos e aposentados e pela implantação do socialismo em nossa pátria.

Decidimos intensificar contatos com todos os trabalhistas autênticos, tanto os filiados ao PDT, como com os que, desiludidos, retiraram-se do Partido. Bem assim, buscar aproximação com todas as forças de esquerda que permanecem na luta pelas bandeiras que a direção do PDT traiu. Não houve unanimidade quanto à proposta de desfiliação do PDT e realizaremos outras duas reuniões: dia 26 de março e dia 16 de abril.

Nesse sábado, no mesmo local (Rua Andre Cavalcante, 126), a partir das nove horas, voltaremos a discutir o PDT e os rumos que MRLB adotará.

Foi aprovada a Carta aos Trabalhistas, cujo texto vinha sido discutido há dois meses, recebeu emendas e que será divulgada por todos os meios possíveis.

Brasil quer relação de igual para igual com Estados Unidos, diz Patriota

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou hoje (17) que a visita ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no próximo fim de semana deve representar, sobretudo, o estabelecimento de um novo patamar nas relações entre os dois países. Ele disse que o Brasil quer uma relação de igual para igual, sem confrontação.

“O Brasil quer uma relação de igual para igual. As circunstâncias no mundo de hoje favorecem isso”, afirmou o chanceler. “O Brasil se consolidou como democracia”, acrescentou, lembrando que as fontes renováveis no Brasil são 45% da matriz e que os brasileiros estão envolvidos em vários temas de interesse global.

Patriota disse que o governo do Brasil participa de várias frentes de articulação na América Latina, na África, no Oriente Médio e nos países desenvolvidos. “Estamos em articulação com os nossos vizinhos e com o mundo em desenvolvimento, que oferecem frentes múltiplas de cooperação. Queremos multipolaridade da cooperação, não da rivalidade, do protagonismo e da confrontação”, afirmou.

Segundo o chanceler, a expectativa é que Obama sinalize favoravelmente à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ao ingresso do Brasil como membro permanente. Ele reconheceu, no entanto, que apenas a sinalização não resolverá o impasse que há no órgão em decorrência da divergência interna – dos favoráveis e dos contrários à reestruturação do conselho.

“Uma manifestação dos Estados Unidos não vai afetar dramaticamente os acontecimentos, pois envolve entendimentos nas Nações Unidas, a aprovação da maioria de dois terços [dos 15 integrantes do conselho, ou seja, o apoio de dez países] e a ratificação dos cinco membros permanentes. [Mas] um discurso dos Estados Unidos é um dado significativo”, disse Patriota.

O ministro ressaltou que Obama, em 2009, já havia indicado que tinha interesse em conhecer o Brasil. Segundo ele, esta é a nona visita de um presidente norte-americano ao Brasil e ocorre na melhor fase vivida no país.

“Dos nove presidentes americanos que visitaram o Brasil, esta será a ocasião em que um presidente norte-americano encontrará o país em melhores condições econômicas, políticas e com um perfil internacional elevado, uma diplomacia muito ativa, um alcance verdadeiramente global da diplomacia”, afirmou.

Dez tremores de terra atingiram a Região Central do Chile desde a madrugada

O Chile foi atingido desde a madrugada até as 8h14 de hoje (17) por dez tremores de terra, com magnitudes que variaram de 3,8 a 5 graus na escala Richter. A Região Central do país foi a área mais afetada, segundo o Instituto Sismológico da Universidade do Chile.

As áreas mais atingidas foram Coquimbo, Valparaiso, Metropolitana, onde está Santiago, e O’Higgins, além de La Ligua. O Escritório de Emergências do Chile (cuja sigla é Onemi) informou que não há registros de vítimas nem danos mais graves.

O Chile está localizado em uma região onde tremores de terra são frequentes. A população recebe orientações do governo permanentemente e há um sistema de alerta constante para eventuais riscos e ameças. As construções públicas e privadas também são submetidas a ordens específicas na tentativa de impedir incidentes mais graves. (AB)

A euforia exagerada do governo federal e o patronato,que não paga os impostos, em relação aos novos empregos parece mais um conluio entre vigaristas

Não foram ainda corrigidos certos vícios que vem do governo Lula. Um deles é a interferência da euforia exagerada nas estatísticas divulgadas a respeito da criação de novos empregos. Ainda esta semana tomamos conhecimento, por informação oficial, da criação até agora, este ano, de 280.799 postos de trabalho, com certeira assinada. Os números poderão estar certos, mas o reverso da medalha é maliciosamente escamoteado: quantas demissões ocorreram no mesmo período? Não erra quem supuser ao menos 100 mil, dentro da injusta relação praticada entre capital e trabalho. Mas tem pior. Por conta dessa ilusória criação de novos empregos, movimentam-se porta-vozes das elites econômicas para evitar a crítica de que não vem cumprindo suas obrigações, já que os investimentos sociais da iniciativa privada deixam a desejar, fora as exceções de sempre. Virou moda na Fiesp e congêneres defenderem-se dizendo que eles criam empregos e pagam impostos. Vamos com calma: criam mas também suprimem empregos. E se pagam impostos, não é com a facilidade, a abnegação e o patriotismo que afirmam. A classe média e os pequenos empresários não tem outro remédio que apresentar-se ao leão, ou melhor, o leão ronda implacavelmente suas casas e escritórios. Os maiorais, no entanto, contestam, discutem e levam suas obrigações à barra de tribunais administrativos e da Justiça, quando não sonegam. Ganham tempo precioso e salvam recursos monumentais. Basta ir ao site da Receita Federal para se ter notícia de que mais de um trilhão de reais deixou de entrar nos cofres públicos. Apesar disso, são os maus pagadores os primeiros a celebrar as informações decorrentes da exagerada euforia do governo. Uma espécie de conluio entre vigaristas. (Carlos Chagas/Tribuna da Imprensa)

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles