quinta-feira, 7 de julho de 2011

CARRO VOADOR É LIBERADO PARA USO NOS ESTADOS UNIDOS

Quantos geeks já sonharam em ter um carro voador estacionado na garagem? Pois o sonho parece ganhar asas, literalmente. O TG Daily deu as boas novas: o modelo Transition Roadable da empresa especialista em veículos voadores Terrafugia recebeu concessão da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão responsável pela segurança do trânsito dos Estados Unidos, e está liberado tanto para voar como para utilizar as rodovias americanas legalmente.

O curioso carro feito de policarbonato tem capacidade para duas pessoas, asas retráteis, alcança quase 200 quilômetros por hora e tem tanque com capacidade para 75 litros de combustível.

O custo do veículo está em torno de US$ 200 mil (equivalente a pouco mais de R$ 311 mil). Caso alguém se interesse pela compra, basta acessar o site da empresa (www.terrafugia.com) e reservar seu carro voador.

Chapa defende candidatura própria do PT em Curitiba

Na defesa da candidatura própria em Curitiba

Curitiba, 7 de julho de 2011.

Em fevereiro deste ano, participamos do seminário de planejamento do Partido dos Trabalhadores em Curitiba. Nesse planejamento, tiramos ações que abrangem desde a construção partidária até o processo eleitoral de 2012.
Na ocasião, todas as forças políticas que formam o PT entraram em consenso em defesa da candidatura própria a prefeito de Curitiba, uma ação fundamental para as próximas eleições. Ampliar nossa bancada de vereadores também foi uma prioridade apontada.
Além de ser uma definição tomada no planejamento, acreditamos que o acúmulo que o partido teve no último período, sendo vitorioso nas três últimas disputas eleitorais à presidência, nos coloca o desafio de eleger um prefeito ou prefeita em Curitiba, uma das capitais mais importantes do país.
É inconcebível que, após dois governos conduzidos pelo presidente Lula, garantindo diversos avanços nas políticas públicas em distintos setores e a consequente eleição de Dilma, o PT não apresente uma candidatura própria na capital do Paraná. É importante lembrar ainda que se o PT, o PMDB e demais partidos lançarem candidatos próprios a prefeito, aumenta consideravelmente a possibilidade de haver um segundo turno.
Vale lembrar o desgaste vivenciado pelo PT estadual em 2010, quando da indecisão do então senador Osmar Dias (PDT) a se candidatar ou não ao governo do estado. Nosso partido deixou de construir sua própria candidatura e realizou a convenção absolutamente fragilizado, sem alternativa.
Devemos evitar correr os mesmos riscos. E desta vez – é preciso registrar – sequer existe a alegação de que precisamos construir algum tipo de palanque eleitoral, já que as eleições municipais não são casadas com nenhum outro pleito.
Vale registrar ainda que a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, em reunião realizada no último dia 29 de junho, tratou, entre outros assuntos, das eleições municipais de 2012. Nessa reunião, a Executiva Nacional apontou que o partido não irá repetir a tática de 2010, e que “agora é tudo pelo PT”, conforme trecho a seguir, extraído de matéria publicada no portal nacional do partido na internet:

“[...]Em relação às eleições municipais que serão realizadas no ano que vem, o secretário nacional de Organização, Paulo Frateschi, explicou que haverá mudanças. “Fizemos uma excelente discussão sobre a construção tática para as eleições municipais de 2012, que é uma situação extremamente nova. Não vamos continuar com a tática eleitoral de 2010 e, como diz o presidente Rui Falcão, agora é tudo pelo PT. Atualmente estamos correndo o Brasil para ouvir, principalmente nas capitais onde há mais de 250 mil eleitores e, com isso, possibilidade de 2º turno, ouvir a base e diretórios para ajudar a compor essa tática eleitoral”, destacou Frateschi.[...]”

O PT de Curitiba precisa se colocar como protagonista, como alternativa de governo para a cidade. Deve debater sua estratégia eleitoral para a próxima década e traçar objetivos a curto, médio e longo prazos. Num momento tão especial vivido pelo Brasil, não podemos nos omitir. Se, em momentos mais difíceis, em que fizemos campanhas duras na disputa à presidência e sofremos derrotas eleitorais, tivemos candidatura própria, não há justificativa para abrir mão dela na atual conjuntura. ...

... É preciso dar nitidez ao projeto que temos para a cidade e o momento eleitoral é o mais propício para dar visibilidade a ele. Neste momento precisamos de coesão partidária, fazendo com que todas as correntes internas e figuras públicas assumam as deliberações feitas no planejamento partidário.

Precisamos eleger o prefeito ou prefeita desta cidade e ampliar significativamente nossa bancada de vereadores. Temos a certeza de que a candidatura própria mobilizará nossa militância, que todos e todas estarão empenhados na construção de um projeto para nossa cidade. Um projeto que se articule com o plano nacional, dando passos concretos para a transformação de Curitiba em uma cidade socialmente justa.

Candidatura própria já!

Chapa Democracia pela Base – Construindo o Socialismo

Ricardo Barros: “Chapa da oposição está consolidada”

“Vencemos essa primeira etapa. Vamos focar no 2º turno que são as eleições em si. Montamos uma chapa forte e qualificada”, afirma.

A chapa Nova FIEP liderada por Ricardo Barros está consolidada. Segundo Barros, a chapa, que reúne os sindicatos de oposição a administração de Rocha Loures, recebeu importantes adesões nos últimos dias e está representada por ótimos nomes.

“Estou contente em trabalhar junto com bons amigos. Companheiros que querem e acreditam na renovação da administração da FIEP com o foco na indústria e no fortalecimento dos sindicatos”, disse.

Ricardo Barros classifica a elaboração da chapa como o 1º turno das eleições. “Vencemos essa etapa, agora vamos focar no 2º turno que são as eleições em si. Consolidamos uma chapa de oposição forte e qualificada com representação de diversas regiões e setores da indústria”, acrescenta.

A inscrição das chapas segue até as 18h desta sexta-feira, e as eleições para a FIEP ocorrem no dia 3 de Agosto.

COMPROMISSOS – Nos últimos dias Ricardo Barros telefonou e contatou presidentes de sindicatos e empresários para reforçar o compromisso de focar a sua gestão nas demandas da indústria e no aumento da competitividade do setor. Algo que a Federação, segundo ele, deixou a desejar nos últimos anos.

De acordo com ele o foco vai ser na Indústria. “Vamos trabalhar com qualificação profissional, inovação, excelência na gestão e fortalecimento dos sindicados”, detalha.

Barros reitera também que quer colocar à disposição do setor a experiência adquirida ao longo dos mais de 20 anos de vida pública para buscar soluções às principais dificuldades da indústria paranaense. Entre elas: legislação trabalhista, incentivos fiscais, câmbio, políticas de crédito e de juros e a proteção contra as importações como os problemas mais acentuados enfrentados pelo setor.

“Os problemas que de fato afetam a indústria são de ordem política. Quero usar a minha experiência e o meu trânsito em Brasília e no Paraná para ajudar a indústria do Paraná”, frisa o candidato da chapa Nova Fiep. (Blog do Fábio Campana)

Dilma convida Blairo Maggi para assumir Transportes


O senador Blairo Maggi (PR-MT) está neste momento fazendo consultas ao seu partido para decidir se aceita ou não o convite formulado pela presidente Dilma Rousseff para que ele substitua o colega de bancada Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes. O convite foi feito na quarta-feira, 6, à noite, segundo fontes do PT e do PR. Ele começou a consulta pelo ex-ministro, a quem levou a informação de que, caso ele não aceite o posto, o substituto será o interino Paulo Sérgio Passos.

Segundo as fontes, Dilma não vê outra alternativa na bancada do Senado no PR, uma vez que o senador Clésio Andrade (MG), que também teve o nome cogitado, tem um suplente do PSDB e não pretende deixar a direção da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

A presidente informou ao senador Maggi, segundo esses interlocutores, que não está disposta a aceitar nenhuma indicação da bancada da Câmara porque quer "extirpar" a influência do deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP) sobre a estrutura do ministério dos Transportes, uma vez que seu nome está ligado às denúncias de irregularidades vinculadas à pasta.

Antes de sair para a conversa com a cúpula do PR na Câmara, Maggi foi abordado pelo senador Lindberg Faria (PT-RJ), que o saudou como "ministro" e ponderou da conveniência para o governo de ele, Maggi, aceitar substituir Nascimento. O senador respondeu apenas que "está pensando". (AE)


Ele é quem havia indicado um dos afastados por suspeita de corrupção:

"Principal responsável pela indicação do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, citado nas suspeitas, Maggi defendeu que o técnico não seja exonerado por conta das denúncias, apesar de o governo já ter garantido que, assim que vencerem as férias dele, ele deixará o controle da autarquia.

"Solicitei à Casa Civil que nos 30 dias em que ele está de férias se fizessem todas as investigações necessárias e que, no final das investigações, se algo for comprovado contra o Luiz Antonio Pagot, eu serei o primeiro a pedir para ele seja afastado. Como acredito que isso não tenha acontecido, como tenho conversado com ele e ele virá ao Senado para se explicar, espero que no final das apurações a gente chegue a um veredicto de que nada tenha acontecido sob sua responsabilidade e, portanto, não teriam motivos para fazer a substituição. Ele tem direito nos 30 dias de ser investigado e de ser condenado ou de ser liberado. O Planalto já avisou o quer fazer, e eu estou fazendo minhas considerações", relatou o senador. "Se tirarem as paixões e se tirarem as acusações e virem o que era o Dnit há quatro anos e o que é o Dnit hoje, vamos encontrar uma diferença muito grande", completou ele, defendendo ainda a adoção pelo governo de critérios mais claros sobre reavaliação de custos de obras públicas." (Terra)


Ele foi eleito em uma votação promovida pelo Greenpeace como o campeão do desmatamento:

Blairo Maggi - 10.348 votos (37,21%)

Governador do estado do Mato Grosso, campeão absoluto de desmatamento (48% do total destruído entre 2003-2004).

O Maggi é o autor da célebre frase:

"Esse negócio de floresta não tem o menor futuro".


A famíla Maggi envolvida com trabalho escravo:

A Justiça Federal em Mato Grosso levou onze meses para citar Erai Maggi, considerado o maior produtor de soja do Brasil, pelo crime de trabalho escravo. O "rei da soja" foi denunciado em abril de 2009 pelo Ministério Público Federal (MPF), mas a carta precatória que intimou em Rondonópolis o primo do governo do Mato Grosso e mais quatro acusados, só retornou para a 5ª Vara da Justiça Federal em Cuiabá no dia 29 de março deste ano.

No andamento processual da carta precatória, a Justiça Federal no estado justifica que a citação tinha sido devolvida em janeiro deste ano sem a citação dos acusados "em virtude da grande quantidade de mandados no final de ano, com retorno após o recesso forense". Erai e seus irmãos Elusmar e Fernando Maggi, o cunhado José Maria Bortoli, e o dono da fazenda Vale do Rio Verde, Caetano Polato, reduziram 41 trabalhadores à condição análoga de escravo, segundo a denúncia do MPF.

Os trabalhadores foram libertados da fazenda localizada no município de Tapurah (MT), ainda em janeiro de 2008, pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). (Congresso em Foco)

Marina deixa o PV e defende que partidos abandonem velhas práticas

A ex-senadora Marina Silva anunciou oficialmente sua saída do PV nesta quinta-feira, 7, em São Paulo. Em sua fala, a ex-senadora e terceira colocada nas eleições presidenciais de 2010, defendeu que os partidos abandonem velhas práticas. Até inventou uma nova palavra para definir seu gesto: não é hora de ser pragmática, é hora de ser “sonhática’”.

O evento “Encontro por uma nova Política”, reuniu, além da ex-presidenciável, os empresários Guilherme Leal, o deputado federal Alfredo Sirkis, o ex-candidato ao Senado por São Paulo Ricardo Young e o ex-presidente do diretório do PV paulista Maurício Brusadin.

Nós últimos meses, o grupo de Marina travou uma guerra interna com os aliados do presidente nacional da sigla, deputado federal José Luiz Penna (PV) , pela democratização interna da sigla.

Embora tenha saído das urnas com 20 milhões de votos e ajudado a eleger 14 deputados federais, poucos (entre eles Alfredo Sirkis) devem acompanhar Marina Silva. O motivo, de acordo com Brusadin, é o calendário eleitoral de 2012 e o fato de terem sido eleitos pelo PV em 2010 e não se sentirem seguros para deixar o partido. (AE)

Maurício Requião perde mais uma vez na justiça

Mais um recurso de Maurício Requião para tentar cancelar a eleição de Ivan Bonilha como novo conselheiro do Tribunal de Contas foi negado pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente do STF, Ministro Cesar Peluzzo, negou ontem o pedido dos advogados de Maurício. Com isso a eleição de Bonilha está mantida. Na última sexta-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, já havia negado um pedido de suspensão da eleição. O advogado de Maurício, Ivan Xavier Viana Filho, explica que o processo ainda precisa ser julgado em definitivo, mas não há uma data para que isso ocorra.

Antes da eleição de Bonilha, duas liminares foram concedidas para suspender a disputa, uma pela 4° Vara da Fazenda Pública de Curitiba e outra pelo Tribunal de Justiça. As duas foram cassadas pelo presidente do TJ, desembargador Miguel Kfouri Neto. O advogado de Maurício Requião contesta as decisões. (Blog da Joice)

Governo admite conceder aposentadoria integral por invalidez

O secretário de Políticas de Previdência do Ministério da Previdência, Leonardo José Rolim Guimarães, admitiu nesta terça-feira, em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família, a possibilidade de o governo vir a apoiar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 270/08, da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), que torna a aposentadoria por invalidez no serviço público integral e com paridade em relação aos servidores da ativa.

Segundo o secretário, a proposta é “meritória e tecnicamente viável”. O apoio do governo, contudo, explicou Guimarães, vai depender de alguns ajustes no texto da PEC, em especial a não retroatividade e a não extensão da mudança às pensões por morte.

Hoje, a aposentadoria por invalidez pelos regimes próprios de previdência do servidor (RPPs) é proporcional ao tempo de contribuição. Já pelo Regime Geral da Previdência Social (do INSS), é integral.

Inclusão na pauta
Para o relator da PEC, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), não faz sentido essa diferença de regra. “As razões que justificam a aposentadoria por invalidez são as mesmas, independente do regime”, argumentou Teixeira.
Ele acrescentou que a aposentadoria por invalidez integral foi retirada do servidor público numa época de acirramento da ofensiva neoliberal. “É uma iniquidade, uma injustiça”, protestou Teixeira.

Por sugestão dos deputados Policarpo (PT-DF) e Benedita da Silva (PT-RJ), os integrantes da Comissão de Seguridade Social vão procurar o presidente Marco Maia, o líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP), e os líderes partidários para pedir que a PEC seja incluída na pauta do Plenário.

A proposta foi aprovada por comissão especial em novembro de 2009, mas até hoje não foi incluída na pauta do Plenário, por falta de acordo entre os líderes partidários. Há mais de 100 requerimentos de deputados pedindo a votação da proposta pelo Plenário.

O deputado Padre João (PT-MG) incluiu a realização de contatos também com os coordenadores das bancadas estaduais, tendo em vista que os governadores são o principal foco de resistência à PEC.

Impacto financeiro

O secretário Guimarães informou que, para a União, o impacto financeiro da PEC seria de R$ 1,1 bilhão anuais, sem o pagamento retroativo. Com ela, o impacto poderia ser bem maior, o que preocupa o governo. “Os deputados devem estar bem conscientes desses valores”, observou o secretário.

Para os estados e municípios, que na grande maioria operam contas próximas ao teto dos gastos com pessoal, a PEC traz preocupações maiores. O secretário disse que não dispõe de números precisos sobre o impacto para estados e municípios, mas imagina que supere o da União.

Guimarães ponderou também que a PEC pode gerar injustiças, porque o aposentado por invalidez, mesmo com muito pouco tempo de contribuição, pode vir a receber mais do que um aposentado que contribuiu por muitos anos. Para Guimarães, o mais correto e mais justo seria conceder ao servidor inválido algum outro tipo de compensação financeira, dissociada da aposentadoria.

Contrato de seguro

O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Anfip), Jorge César Costa, defendeu a PEC pelo ângulo do conceito da seguridade. “A previdência é um contrato de seguro, foi feita para proteger o trabalhador, não pode desampará-lo quando falta a saúde”, argumentou.

Jorge César Costa disse que os servidores aguardam uma solução do Legislativo. “Com base na preocupação com impactos financeiros não vamos evoluir”, advertiu o líder sindical. E exortou o governo a “corrigir esta dívida com o servidor”.

O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, Josemilton Maurício da Costa, defendeu a permanência do caráter retroativo da PEC. “Quando o servidor comete um erro, tem que devolver o prejuízo aos cofres públicos”, comparou. Para ele, a reforma previdenciária errou ao acabar com a aposentadoria integral por invalidez, e retirar o caráter retroativo da PEC seria “corrigir essa injustiça pela metade”.

A autora da PEC, deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), disse que há na Casa quase unanimidade pela aprovação. “Para mim, é questão de honra votá-la. Não vejo motivo em contrário. Há uma angústia grande entre os servidores injustiçados”, afirmou. Para ela, é inadmissível condicionar a aprovação à análise do impacto financeiro. “O servidor não pode ser sacrificado em razção de um problema do governo”, disse.

A situação de uma servidora, que é professora da Prefeitura de S. Paulo:

Rosemeire disse:

Fico assustada com o que vejo, políticos ganhando além do que deviam, votam os seus salários e o povo não tem voz para barrar, nós funcionários da maquina somos nada, somos obrigados a sustentar uma família com o mínimo.
Veja qdo a inclusão nas escolas aconteceu, mantiveram números de 40 alunos por sala, o professor não tinha um curso para trabalhar com a criança especial, somente fizeram valer a lei, sem respeito a essas crianças e mto menos ao profissional que nunca havia trabalhado com elas, aqui tudo é assim, somente uma máscara para mostrar lá fora que a inclusão existe.
Até hoje um professor por turno pode fazer um curso (isto qdo raramente tem), os demais aprendem nas dificuldades do dia.
Eu mesma em consequência das dificuldades tive acidente de trabalho, doença profissional, esta se agravou em depressão depois da readaptação, novamente o profissional readaptado é punido, a prefeitura de SP tirou o direito dos readaptados de pontuarem nos projetos (JEIF).
Amparo nenhum, um dia recorri ao hospital do servidor público, tinha dores horríveis no braço onde tenho a lesão, fui atendida para tomar o soro entre um morador de rua totalmente bêbado e uma moça da vida que gritava que queria ser paga pelo serviço, tinha sido espancada.
Agora tb nos tiram o direito a aposentadoria integral, direito este que demais profissionais tem, não poderemos trabalhar em mais nada, viveremos de brisa.
Será que se questionam que mtas de nós sustentam uma família?
Que temos que pagar uma assistência médica, mesmo que para isso falte a alimentação devida e não possamos nos dar o direito de ir nem uma vez ao ano em um cinema ou teatro, lazer é luxo, o dinheiro não dá
Faço tratamento para a depressão, mesmo assim pela assistência médica marcam a cada dois meses, qdo vou em avaliação (perícia), desejam o laudo para ontem, se eu tivesse que contar com o agendamento pelo SUS ou hospital do servidor eu conseguiria o que pedem?
Tudo é irreal e sem ver a realidade do servidor que tem um salário de fome, claro, não vivem essa realidade, sendo assim fácil cobrar, colocar regras no mínimo absurdas.
Ex:Pedi para colocarem em meu laudo tb a depressão, enviaram o pedido de um laudo médico, este por mim dado ao pedir essa avaliação, qdo chegou o processo na escola, com ele o pedido de um novo laudo, eu teria que entregar em dois dias, eu havia passado em consulta dias antes e entregue na perícia médica, correria, tive que pagar a consulta, pegar dinheiro emprestado, minha nova consulta está agendada para dia 14 próximo somente.
Se eu tivesse que contar com o posto de saúde ou hospital do servidor, teria conseguido?
Está na hora desses que fazem as regras pensarem, as facilidades que eles têm os pobres peões dessa máquina jamais terão, sendo assim deveriam ter mais respeito, tirar os nossos direitos é fácil (deveriam tirar os deles). Fazer diferença entre os demais aposentados pelo INSS (a lei é a mesma), é absurdo, imoral e tremenda falta de respeito, esquecem que o professor hoje pode estar desvalorizado mas tem voz, nós os menos favorecidos não temos memória curta, esses políticos saberão ao precisarem de votos porque perderam a eleição.
Observação: Juízes, deveriam dar ganho de causa aos processos dos servidores que está para serem julgados, está na hora de fazer valer nossos direitos, ninguém quer adoecer e não tem porque vcs tb fecharem os olhos.
Hoje tudo é culpa do professor, esquecem que a família tem que dar a educação, esse mudar de pensamentos faz com que cada vez mais as famílias joguem as responsabilidades em cima dos profissionais da educação.
Nós ficamos um ano com cada turma, para os pais esses serão para a vida toda, diante disso, das exigências, falta de respeito, salários baixos, falta de assistência, salas lotadas para um só profissional dar conta, estamos adoecendo, qdo cada um de nós começar a processar o estado, prefeitura, talvez consigam ver o que nós fazem, a falta de respeito que somos tratados.
Cada político que é contra o que vc pede, deveria ficar em uma sala de aula uma semana, deveria dar conta para poder julgar, te garanto que em uma semana pensariam duas vezes em negar o que é um direito nosso!
Me vejo lesada, desrespeitada assim como a maioria dos profissionais da educação, em consequência do desrespeito, falta de apoio, sou uma candidata em potencial a ir para a aposentadoria.
Sou culpada de ter sido readaptada, talvez ir logo para a aposentadoria?
Meus traumas, meus medos, pânico, dores, dificuldade em estar no meio de muita gente, tudo foi gerado pelo acidente de trabalho, minha vida mudou, não consigo estar entre as crianças, tenho pavor de me ver trancada entre muros.
Me sinto desrespeitada, desvalorizada, lesada em meus direitos, político algum, lei alguma tem o direito a exigir de outro algo que não está preparado, antes de se fazer valer de autoridade tem que preparar o servidor para tal situação, sou totalmente a favor da inclusão, acho que o lugar da criança é sim entre os demais, mas de forma organizada, menos alunos e preparo do servidor, só isso da um bom processo, é fácil exigir, difícil é fazer o certo, é fácil nos tirar os direitos, se esses políticos o querem fazer, comecem por sí mesmos ou tentem viver com o que um aposentado sem paridade ganha, dai sim julguem o que é certo ou errado.

Só tenho a agradecer, vc nos deu luz onde só havia escuridão!

Íntegra da proposta:

Vídeo e reportagem que ajudaram a derrubar o ministro: Ministro Nascimento a serviço de um partido - ISTOÉ

Ministro a serviço de um partido

Vídeo obtido por ISTOÉ mostra como o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e o principal dirigente do PR, o deputado Valdemar Costa Neto, engrossam a bancada da sigla no Congresso trocando filiações por milionárias obras públicas

Lúcio Vaz e Sérgio Pardellas

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Assista ao vídeo obtido por ISTOÉ:

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Vídeo obtido por Istoé mostra como o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, usa dinheiro público para atrair deputados ao PR

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ACERTO
Negociação entre Nascimento e Davi foi fechada no gabinete do
ministro, com a presença de Valdemar Costa Neto, que não aparece no vídeo

Diálogo no gabinete do ministro


Na tarde de 24 de junho de 2009, o ministro Alfredo Nascimento recebeu em seu gabinete o deputado Davi Alves da Silva Júnior, então no PDT, para negociar a liberação de obras na rodovia BR- 010. Embora não tenha sido focalizado pelo cinegrafista, o deputado Valdemar Costa Neto também estava no gabinete e participou de toda a conversa.
O diálogo, no gabinete do ministro, mostra Nascimento discutindo a liberação de obras com o deputado Davi Júnior. No primeiro trecho da conversa, o deputado Valdemar Costa Neto conduz a negociação e admite ter feito um acordo prévio com o ministro para a assinatura do projeto. Durante a conversa, Nascimento deixa claro que Davi poderá obter mais recursos do ministério quando deixar o PDT e migrar para o PR.

Ministro Alfredo Nascimento – Já vou logo copiar aqui o pedido dele... Davi Alves da Silva Júnior, BR- 010, construção da travessia urbana...

Deputado Valdemar Costa Neto – ... de Imperatriz.

Deputado Davi Alves da Silva Júnior – Imperatriz, acesso a Davinópolis.

Costa Neto – Já começou o projeto, não é, Davi?

Davi Júnior – Já.

Costa Neto – Já estão contratando, já está na fase final, viu, Alfredo?... Por isso que ele (deputado Davi Júnior) veio aqui te agradecer.

Nascimento – Ah!... É aquele negócio que tu me pediste?

Costa Neto – É, é...

Nascimento – Pra ele? (referindo-se ao deputado Davi Alves)

Costa Neto – É...

Nascimento – Rapaz, tu não tá nem no partido e já tá conseguindo arrancar as coisas daqui, imagina quando estiver no partido! (diz, dirigindo-se ao deputado Davi) (risos).
Na sequência da conversa, o ministro faz uma rápida leitura no texto que libera R$ 1,5 milhão para a obra e demonstra assinar de qualquer jeito o documento indicado por Costa Neto, sem saber do que se trata, nem mesmo em que lugar do Maranhão o projeto será implantado. Quem dispõe de todas as informações é Costa Neto.
Nascimento – ... (lendo o documento) informo que está sendo liberado nesta data limite adicional para movimentação do empenho, no valor de um milhão e meio de reais...

Costa Neto – Um milhão e meio, você que liberou.

Nascimento – (ainda lendo o documento) ... Ação... estudo de viabilidade e projeto de infra-estrutura de transporte, travessia urbana, na divisa das cidades de Divinópolis e Imperatriz.

Davi Júnior – Davinópolis (corrigindo o nome da cidade maranhanse).

Nascimento – São duas cidades?

Costa Neto – É Davinópolis... “da”...

Davi Júnior – Não, Davinópolis é a entrada, né?... seria a entrada.

Nascimento – São duas cidades?

Davi Júnior – São duas cidades, isso.

Costa Neto – Mas são ligadas?... Não?... não?...é só acesso.

Davi Júnior – É só acesso, é BR e o acesso... tem aquele bairro, que é o conjunto Vitória, onde... acontece mais acidente é ali.

Nascimento – Porque o acesso a gente só pode fazer até cinco quilômetros...

Costa Neto – ... Mas estão fazendo o projeto já... Só pega a parte da BR, não vai entrar na cidade... Isso que você liberou.
No final da conversa, mais uma vez o ministro mostra que não tinha conhecimento sobre a obra que estava aprovando.

Nascimento – É Davi ou Divinópolis?

Davi Júnior – É Davi... Ah, que botaram Divinópolis aqui (olhando para o documento), é Davi... é Davi mesmo.

Nascimento – Porra, você dono da cidade?

Costa Neto – É Davi, por causa do nome dele, por causa do pai dele, o pai dele que fez a cidade, o pai dele era deputado federal, Alfredo.

Nascimento – ... (observando os documentos) Então Davinópolis e Imperatriz... Mas não são as duas, é só uma.

Costa Neto – É só uma.

Davi Júnior – Isso.

Costa Neto – É que pega só acesso...

Nascimento – É travessia urbana de Imperatriz?

Costa Neto – De Imperatriz.

Em Brasília, as paredes não têm ouvidos, mas há muitas câmeras indiscretas e uma delas gravou uma daquelas conversas armadas para ficar em segredo. São diálogos mantidos durante uma reunião registrada em áudio e vídeo em pleno gabinete do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. O vídeo obtido por ISTOÉ revela como o ministro e presidente do Partido Republicano (PR) usa o dinheiro público para cooptar deputados para a sigla e comprova a atuação do deputado Valdemar Costa Neto – réu no processo do Mensalão acusado de receber R$ 11 milhões do publicitário Marcos Valério – no Ministério dos Transportes, agindo como uma espécie de ministro de fato. E com amplo acesso a um cobiçado orçamento de R$ 21,5 bilhões para 2011.

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SONHO
A recuperação da BR-010 (acima) já teve um sobrepreço de R$ 106 milhões e
está longe de se parecer com a maquete apresentada pelo ministro Nascimento (abaixo)

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Participam do encontro o ministro Nascimento, Costa Neto, o deputado Davi Alves da Silva Júnior, na época filiado ao PDT do Maranhão, e um assessor do parlamentar. A reunião é rápida e as imagens se concentram na mesa da sala de reuniões do gabinete do ministro, onde estão sentados Nascimento e Davi Júnior. Na conversa, o ministro custa a entender o pedido formulado pelo parlamentar para obras na rodovia BR-010, no Maranhão, até que pergunta a Costa Neto: “Ah! É aquele negócio que tu me pediste?” Confirmada a transação, o ministro comenta com Davi: “Rapaz, tu não tá nem no partido e já tá conseguindo arrancar as coisas daqui. Imagina quando estiver no partido!”. Na sequência da declaração nada republicana, Nascimento e Costa Neto soltam uma sonora gargalhada. E, mais tarde, Davi Júnior vai de fato parar nas fileiras do PR e é agraciado com mais liberações milionárias pelo ministro.

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FOCO
Luís Antônio Pagot (acima) foi afastado do DNIT junt o com a cúpula do ministério,
mas o senador Álvaro Dias (abaixo) insiste na criação de uma CPI

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O encontro aconteceu na tarde de 24 de junho de 2009. Na conversa, mantida na mesa de reuniões do gabinete do ministro, ficou acertada a liberação para o deputado de R$ 1,5 milhão para o projeto da travessia urbana de Imperatriz, sua base eleitoral. A obra estava orçada em R$ 86 milhões. Na época, o encontro do deputado com o ministro chegou a ser divulgado, mas nenhuma providência foi tomada e a dupla Nascimento e Costa Neto continuou a agir com o apoio dos cofres do Ministério dos Transportes. Hoje, a obra na BR-010 é estimada pelo próprio deputado Davi Júnior em R$ 192 milhões. Obedecendo ao roteiro traçado por Costa Neto e declarado pelo ministro no vídeo, Davi, menos de dois meses depois de sacramentado o negócio, mais precisamente em 19 de agosto daquele ano, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de desfiliação do PDT e, em seguida, subscreveu a ficha de ingresso no PR. Levantamento feito por ISTOÉ mostra que a migração partidária trouxe novos e imediatos benefícios ao deputado, como se a transferência de partido tivesse gerado uma fatura a ser paga. Em setembro daquele ano, Davi Júnior conseguiu a liberação de recursos para outra obra vinculada aos Transportes. Dessa vez, com orçamento de R$ 340 milhões.

As cenas que mergulham Nascimento ainda mais no lamaçal da corrupção dos Transportes deixam claro o uso do dinheiro público para angariar correligionários. Mostram ainda que o deputado mensaleiro atua como uma eminência parda, indicando o que o ministro deve assinar para beneficiar seus aliados. É Costa Neto quem alicia o parlamentar, tem autorização para despachar de dentro do gabinete do ministro e orienta, quase determina, para onde vai e quando a verba será liberada. Logo no início do vídeo, Nascimento comenta: “Já vou copiar o pedido. Construção da travessia urbana...” É interrompido por Costa Neto, que não aparece na imagem (a pedido de ISTOÉ, uma perícia confirmou que a voz ouvida ao fundo é de Costa Neto – leia quadro na pág. 41). “...de Imperatriz”, completa, ansioso. Ele avisa, num tom bastante íntimo, que a obra já está sendo contratada. “Está na fase final, viu, Alfredo? Por isso ele (o deputado Davi Júnior) veio aqui te agradecer.” O ministro demonstra que tinha conhecimento prévio do pedido feito pelo chefe do partido ao indagar a Costa Neto se ele se referia “àquele negócio” acertado antes. Diante da confirmação, Nascimento vira-se de volta para o visitante e faz o comentário no qual lembra que o parlamentar vai ser ainda mais bem atendido depois de entrar no partido. No encerramento da conversa informal, diz que Davi Júnior vai receber um comunicado do ministério sobre a liberação.

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PRODÍGIO
Reportagem de ISTOÉ aponta, em 2009, o enriquecimento de Gustavo, filho de
Nascimento. O rapaz é investigado pelo MP do Amazonas


Os interesses de Valdemar e Davi Júnior se cruzaram em 2009, quando os partidos já se preparavam para o embate eleitoral do ano seguinte. Davi, filiado ao PDT, tentava havia dois anos a execução de uma emenda individual de R$ 800 mil para o projeto de uma obra no seu principal reduto eleitoral, a construção da travessia urbana de Imperatriz e Davinópolis. Costa Neto andava atrás de deputados de outros partidos para ampliar a sua bancada até a data-limite para a troca de legenda, no início de outubro. O mensaleiro, ex-presidente e agora secretário-geral do PR, tratou de chamar o deputado trabalhista para o seu ninho. Para atraí-lo, prometeu ajudar na liberação da verba para a obra tão desejada. O orçamento ficaria em torno de R$ 86 milhões. Antes de marcar a audiência no Ministério dos Transportes, adiantou e negociou o pedido com o amigo ministro, Alfredo Nascimento.

Filho do ex-deputado e ex-prefeito de Imperatriz Davi Alves, assassinado em 1998, Davi Júnior deseja seguir o caminho do pai, que deu nome à cidade de Davinópolis. As conquistas do herdeiro político do ex-prefeito são divulgadas com orgulho. Em agosto do ano passado, o seu informativo na internet anunciou: “Tudo pronto para o início das obras de revitalização da BR-010.” O texto explica que se trata da travessia urbana de Imperatriz até Davinópolis. “A obra está orçada em R$ 192 milhões”, informa o boletim, revelando um sobrepreço de R$ 106 milhões em relação ao projeto inicial. Em setembro de 2009, Davi informa que, na reunião em que tratou da travessia urbana de Imperatriz, questionou o ministro sobre o motivo da paralisação do projeto da travessia de Santa Luzia, Buriticupu e Bom Jesus das Selvas pela BR-222. “O ministro convocou o deputado Davi para reunião e confirmou que o projeto seria atualizado imediatamente e licitado pelo DNIT em dois lotes”, diz a nota. Um lote teria início em fevereiro e outro em julho de 2010. O gabinete do deputado informou na última terça-feira 5 que a obra já está em andamento e terá um custo de R$ 340 milhões.

A ação dos dirigentes do PR dentro do Ministério dos Transportes não é inédita e também não se encerra neste episódio. Em março de 2007, reportagem da ISTOÉ revelou um esquema de aliciamento de oito deputados que disseram ter recebido propostas para se filiar ao PR em troca de cargos e obras do Ministério comandado por Alfredo Nascimento. Líderes do PFL, do PSDB e do PPS afirmaram ter ouvido relatos de deputados que foram sondados para se filiar ao partido, por Nascimento ou seus emissários. Quem abordava os deputados era o então líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR). A conversa se iniciava sempre com o argumento de que deputado de Estado pobre não pode ser de oposição porque precisa de recursos federais para as suas regiões ou não se reelege. Aí, era oferecida a possibilidade de indicar cargos e liberar recursos orçamentários nas áreas ligadas ao Ministério dos Transportes. Seis deputados receberam a oferta de ganhar o poder sobre o escritório local do DNIT, órgão responsável pela construção e manutenção das rodovias federais. O deputado Márcio Junqueira (PFL-RR) contou que teve dois encontros com Nascimento. Disse que, nessas conversas, Nascimento lhe prometeu a liberação de emendas de obras rodoviárias. O PR saíra das urnas com 23 deputados em 2006, mas já tinha 38 em março 2007. Agora com maior rigor para o troca-troca partidário, o PR mantém 40 deputados desde as eleições do ano passado.

A lista de denúncias envolvendo o ministro e a sua pasta não para de crescer. O Ministério Público Federal no Amazonas, por exemplo, investiga o suposto enriquecimento ilícito de Gustavo Moraes Pereira, filho do ministro. O rapaz, arquiteto de 27 anos, criou a Forma Construções, com capital social de R$ 60 mil. Dois anos depois, a empresa tem um patrimônio superior a R$ 50 milhões, um crescimento de 86,5 mil por cento. O enriquecimento rápido de Pereira já havia sido denunciado por ISTOÉ em julho de 2009. Então com 25 anos, o jovem declarava um patrimônio de R$ 1,28 milhão, o dobro do que o pai informava possuir à Justiça Eleitoral em 2006. O MP está analisando contratos da empresa do filho do ministro com empresas que prestam serviços ao Ministério dos Transportes. Diante das pressões, Nascimento suspendeu por 30 dias as licitações realizadas pelo DNIT e pela Valec, ligadas ao seu Ministério, e decidiu aceitar a convocação para comparecer ao Congresso e se explicar.

Apesar de ter o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho no ministério, e presidir um partido importante para a sustentação política do governo, Alfredo Nascimento enfrenta ataques cada vez mais fortes da oposição. Na última semana, PSDB, PPS e DEM iniciaram a coleta de assinaturas para instalar uma CPI a fim de investigar as irregularidades no ministério. “Os desmandos ocorrem há muitos anos e continuam nesse governo”, reclama o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Na verdade, Nascimento nunca gozou de confiança cega da presidente Dilma Rousseff. Por isso, conforme apurou ISTOÉ, Dilma mantinha um olheiro e informante dentro da pasta. Trata-se de Hideraldo Luiz Caron, diretor de infraestrutura rodoviária do DNIT, que ela importou do Rio Grande do Sul. Para não levantar suspeitas, Caron se reunia com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, repassando-lhe informações preciosas sobre o andamento dos processos no DNIT, sobretudo em relação aos superfaturamentos e aditivos feitos de forma irregular. Miriam, por sua vez, contava tudo a Dilma. Quando percebeu que a pasta estava envolta em irregularidades praticamente insanáveis, a presidente afastou a cúpula do ministério, entre eles o diretor-geral do DNIT, Luís Antônio Pagot. A preocupação da presidente com os desmandos no Ministério dos Transportes persiste. E, como comprova o vídeo revelado por ISTOÉ, Dilma tem motivos de sobra para querer ver os caciques do PR longe da pasta.

Na última semana, a pergunta mais ouvida em Brasília era: se Dilma sabia das irregularidades nos Transportes, por que ainda mantém Nascimento no comando do órgão? O que se sabe é que o ministro, além de próximo a Lula, sempre foi um aliado estratégico do PT no Amazonas. Nos últimos dias, o PT do Senado fez forte pressão para que Dilma não tirasse Alfredo Nascimento do cargo. Os petistas têm, na verdade, um argumento corporativo. O ministro é senador licenciado e, se perder o emprego, voltará para o Senado, ocupando a vaga de João Pedro, do PT do Amazonas, o que diminuiria a bancada do partido para 13 senadores, e aumentaria a do PR para seis. As pressões do PT, no entanto, deverão ser inócuas. Nos últimos dias, embora tenha divulgado comunicado afirmando que “o governo manifesta sua confiança no ministro” e que ele é o “responsável pela coordenação” da apuração das irregul=aridades ocorridas no ministério, Dilma disse em reuniões com auxiliares bem próximos que, se houvesse novas denúncias contra o ministro, ele não seria poupado. Diante do novo cenário e com a revelação de que dinheiro público vem sendo usado para cooptar parlamentares para o PR, com a tutela do mensaleiro Costa Neto e o aval de Nascimento, a situação do ministro se complica de vez.

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Como o vídeo foi gravado

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No dia 24 de junho de 2009, o deputado Davi Alves Júnior foi até o gabinete de Alfredo Nascimento levado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Levou junto uma equipe de tevê para gravar entrevistas. O ministro e o deputado visitante sentaram na ponta de uma mesa. Uma câmera foi colocada na outra ponta para gravar apenas imagens e não o som. Os dois deveriam conversar e folhear documentos. As entrevistas seriam feitas depois. Costa Neto não poderia aparecer sequer nas imagens, porque não haveria como explicar a presença do principal dirigente do partido numa audiência oficial do ministro. Por descuido ou imprudência, o operador da câmera deixou o áudio ligado, captando assim as conversas reservadas entre o ministro, o deputado visitante e o dirigente do partido. Situação semelhante ocorreu com o então ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero, em 1994. Na época, ele dava uma entrevista à TV Globo e, durante um intervalo, fez inconfidências sobre a política econômica, acreditando que não estava sendo gravado. O vídeo foi divulgado e Rícupero perdeu o cargo de ministro da Fazenda.

Gravação autêntica

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MOLINA
perito confirma que Costa Neto participou do encontro

Na terça-feira 5, o professor Ricardo Molina de Figueiredo concluiu uma perícia realizada a pedido de ISTOÉ no vídeo que registra a reunião do ministro Alfredo Nascimento com os deputados Davi Júnior e Valdemar Costa Neto, em 24 de junho de 2009. Depois de submeter o vídeo a diversos filtros, Molina concluiu que a “gravação não apresenta qualquer indício de manipulação, podendo ser considerada autêntica.” Além do vídeo, a reportagem encaminhou ao perito a gravação de uma entrevista concedida por Costa Neto à TV Câmara. O objetivo era fazer uma comparação de voz para que ficasse comprovado cientificamente que um dos interlocutores, que não aparece na imagem, é mesmo o secretário geral do PR. “A voz questionada é, acima de qualquer dúvida razoável, a voz de Valdemar Costa Neto, de acordo com exaustivos confrontos realizados entre o material questionado e o material padrão”, afirma Molina.

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