sexta-feira, 21 de maio de 2010

"Beira-Mar do PR" tinha Ferrari e levava vida de ostentação


A casa do traficante no AlphaVille

Éder de Souza Conde

Suspeito de tráfico Éder de Souza Conde, 35 anos, conhecido como Beira-Mar do Paraná, preso nesta terça-feira na Operação Ressaca da Polícia Federal em Curitiba (PR), levava uma vida de ostentação. Com ele foram apreendidos carros de luxo, entre eles BMW, Porsche e uma Ferrari recém comprada por R$ 250 mil, que não chegou a ir para sua garagem. Ele morava em uma mansão em um dos condomínios mais luxuosos na Região Metropolitana de Curitiba. Também está presa a segunda colocada no concurso Miss Curitiba 2010, Suzimara Steff, que é a namorada de Conde.

Além de Conde e Steff, foram presas outras nove pessoas, entre elas familiares, dois fornecedores em Ponta Porã e duas "mulas" em Guaíra (região oeste do Paraná). Suzimara Steff, segundo Mesquita, conheceu Conde e se deixou envolver pelo modo de vida que o suposto traficante levava, até participar de atos específicos comprovados de tráfico de drogas.

Segundo o delgado Wagner Mesquita, coordenador da operação, o grupo não tinha a menor preocupação em esconder a quantidade de dinheiro que movimentava. Conde era conhecido na noite curitibana. Ele tinha camarotes nas principais casas noturnas da cidade. Pretendia galgar posições no esquema do tráfico, com o objetivo de se tornar um distribuidor de cocaína em Ponta Porã, no Matro Grosso Sul. Atualmente, ele comprava a droga de distribuidores na cidade e trazia cerca de 100 kg de cocaína a cada três meses para o Paraná.

A quadrilha mantinha empresas, entre elas um auto guincho, mas sem qualquer movimentação de atividade. Conde também fornecia dinheiro para a compra de veículos em uma loja de automóveis de Curitiba. Eles estavam em nome de terceiros. "Era uma lavagem de dinheiro descarada", disse Mesquita. Foram apreendidos 40 veículos nesta operação.

Éder de Souza Conde é conhecido na capital paranaense. Ele teria participação no assassinato de um major da Polícia Militar, em 2005, e da suposta traficante Evinha do Pó, em 2002, considerada a chefe do comércio de cocaína em Curitiba. Conde também prestou depoimento na CPI estadual do Narcotráfico e chegou a ser preso na Operação Tentáculos, também da PF.

No último dia 11, a polícia apreendeu 38 kg de cocaína de um carregamento que Conde havia adquirido. O lucro seria de R$ 500 mil mensais. Os bens do traficante foram avaliados pela PF em R$ 10 milhões. Os presos estão sendo ouvidos e depois serão encaminhados para o presídio federal de Catanduvas, no interior do Paraná.

PF prende 60 por suspeita de crimes ambientais em cinco Estados


Ao menos 60 pessoas foram presas por policiais federais em cinco Estados na manhã desta sexta-feira, 21, durante a Operação Jurupari, cujo objetivo é reprimir a extração, transporte e comercialização ilegal de produtos florestais na Amazônia mato-grossense, principalmente os provenientes do interior e entorno de áreas protegidas federais, como Terras Indígenas e Parques Nacionais.

A ação ocorre em diversos municípios de Mato Grosso e nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo. Outras 31 pessoas estão sendo procuradas pelos agentes federais e 91 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos.

Entre os presos na operação, além de madeireiros, proprietários rurais e engenheiro florestais estão o ex-secretário de Estado e Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema), Luiz Henrique Daldegan, o ex-adjunto do órgão, Afrânio Migliari, Silvio Corrêa, chefe de gabinete do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), a esposa do presidente da Assembleia Legislativa (AL), deputado José Riva (PP), Janete Riva. Os mandados de prisão foram determinados pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva.

Segundo a PF, a ação é fruto de cerca de dois anos de investigações que contaram com intenso trabalho de inteligência e pericial realizado pelo órgão. Foram apuradas irregularidades praticadas por servidores, engenheiros e proprietários em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais.

Os engenheiros florestais e servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) eram responsáveis por produzir e aprovar licenciamentos e Planos de Manejo Florestal fraudulentos, necessários à legalização e comércio de madeiras extraídas no interior dessas áreas públicas.

Ainda segundo o órgão, dentre as principais irregularidades constatadas, destacam-se: fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas; disponibilidade de créditos florestais fictícios, e que permitem o desmatamento e retirada ilegal de madeira, de áreas não documentadas, especialmente de terras públicas e áreas protegidas, como terras indígenas, assentamentos do INCRA e unidades de conservação; e transporte, processamento e comercialização destes produtos florestais pelas serrarias e madeireiras, as quais recebem o produto "esquentado" com documentação fraudulenta, abastecendo e incentivando, portando, todo o esquema.

Após interrogatório, os presos serão encaminhados ao sistema prisional e responderão pelos crimes de formação de quadrilha; corrupção ativa/passiva; furto; grilagem de terras; falsidade ideológica; e inserção de dados falsos em sistema de informática, além de diversos crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais.

A pedido da PF, a Justiça Federal em Mato Grosso também decretou o sequestro e indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos, bem como o afastamento preventivo de todos os servidores indiciados.

A medida se fundamentou na prova pericial produzida, que comprova que, além de diversos dos envolvidos possuírem movimentações financeiras incompatíveis com seus rendimentos declarados à Receita Federal, o valor mínimo dos danos ambientais causados pelos investigados, nestes últimos anos, somado, é de aproximadamente R$ 900 milhões.

Os valores destes danos encontram-se devidamente avaliados e descritos, por empresa ou propriedade rural, em quase uma centena de laudos periciais elaborados pelo Setor Técnico-Científico da Polícia Federal em Mato Grosso. De posse desses dados, a Justiça Federal pôde individualizar, para cada um dos investigados, seus ganhos financeiros e prejuízos causados ao meio ambiente, decretando o sequestro e indisponibilidade de seus bens.

OPERAÇÃO

O Jurupari aparece nas lendas tupis e também no folclore de tribos indígenas das mais diversas procedências. É uma entidade enviada pelo Sol para reformar a Terra. É Jurupari quem faz cumprir as leis. Segundo a crença, a Jurupari não se pede perdão, não há súplica que o abrande, ele exige estrita obediência às leis.

Segunda colocada em concurso de miss Curitiba admite envolvimento com traficante

Suzimara Steff, Danielli Stival e Jéssyca Jorge

A segunda colocada no concurso Miss Curitiba 2010, Suzimara Steff, declarou à Polícia Federal (PF) que ajudava e namorava o maior traficante de dorgas do Paraná, Eder de Souza Conde, preso com ela na terça-feira (18).

Imagens feitas pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e liberadas pela PF, mostram a modelo recepcionando o traficante que voltava de uma viagem ao Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, a viagem ocorreu para que ele fechasse uma compra de cocaína. Eder é acusado de vender 400 kg da droga por ano no estado.

O delegado Wagner Mesquita afirmou que a primeira parte do carregamento de cocaína que o traficante comprou foi recebido acompanhado de Suzimara.

O traficante gostava de mostrar sua riqueza, com vários carros importados. EM um veículo, Eder colou um adesivo da PF e se apresentava nas casas noturnas como agente federal.

Para lavar o dinheiro, cujo patrimônio é avaliado em R$ 10 milhões, ele usava uma revenda de carros. Na revenda foram apreendidos 40 automóveis. Além de Eder e Suzimara, outras nove pessoas foram presas.

Eder de Souza é investigado de matar outros traficantes para dominar o mercado de cocaína de Curitiba e do homicído de um major da Polícia Militar (PM).

Osmar afirmou que terá uma posição final sobre a sua candidatura ou não ao governo em no máximo 10 dias


Em entrevista concedida a Band na noite de ontem o Osmar Dias reafirmou o seu distanciamento na coligação com o PT ao mesmo tempo disse que política é uma atividade séria e que nela não a espaço para brincadeiras e provocações e colocou que foi este tipo de prática por parte de alguns dirigentes petistas, no caso o Vargas e o Verri, como os atos responsáveis pelo fim da negociação.

Ele também afirmou que nunca teve um bom relacionamento com o PT e que este partido foi seu adversário em todas as eleições.

Disse que sem ter uma forte estrutura de coligações não sairá candidato ao governo, pois para poder apresentar as suas propostas, que foram debatidas em todo o estado, necessita de tempo na TV, e que o Lula havia assumido com ele este compromisso, mas não cumpriu o combinado.

O Osmar também afirmou que está levando a sério a proposta do PSDB, no caso a vice para o PDT e a o apoio para a sua candidatura ao senado - e que o debate sobre uma provável composição também terá de passar pela discussão do programa de governo.

Criticou o ato de em Minas a Dilma ter se negado a assinar o documento em relação ao respeito a propriedade privada e pelo fim das invasões de terras.

Cientistas dos EUA desenvolveram a primeira célula sintética viva



"Trata-se da criação da primeira célula viva sintética", explicou Craig Venter, co-autor da primeira sequência do genoma humano, revelada em 2000.

"Chamamos-lhe sintética porque a célula deriva, na sua totalidade, de um cromossoma sintético, criado com quatro frascos químicos num sintetizador químico"

Na fotografia, as células, com uns 70 micrómetros de diâmetro, parecem diminutos ovos estrelados com a gema azul. Graças a isso, sabemos que não estamos a olhar para uns microrganismos quaisquer, mas para as bactérias criadas por cientistas no laboratório. Vida artificial, fabricada de raiz num pratinho de vidro, a partir dos seus componentes genéticos elementares.

A nova bactéria foi feita “a partir de quatro frascos de compostos químicos”, gosta de repetir Craig Venter nas entrevistas que tem concedido à imprensa (sob embargo) nos últimos dias. Com os seus colegas, o conhecido “caça-genes” norte-americano acaba de inaugurar oficialmente a “era da biologia sintética”. Cada um desses quatro “frascos”, entenda-se, contém uma das "letras" do "alfabeto" com que se escreve o ADN – A, T, G, C –, as moléculas de base que compõem esse grande livro da vida genético.

A equipa do J. Craig Venter Institute, EUA, já tinha anunciado várias vezes o que vinha aí. Mas na realidade, a sua saga, que começou há mais de 15 anos e custou 40 milhões de dólares, foi pautada, sobretudo desde 2007, por episódios muito excitantes – e também por obstáculos que fizeram os autores temer o fracasso. “Demorou muito mais tempo do que poderíamos ter imaginado”, salienta Venter.

Mas já está – e o nascimento desta primeira forma de vida artificial ficará registado para a posteridade nas páginas da edição de sexta-feira da revista Science (e na Web, desde hoje). “Esta é a primeira célula sintética jamais fabricada”, afirma Venter, “e dizemos que é sintética porque a célula é totalmente derivada de um cromossoma sintético.”

Peças de lego

Em 2007, a equipa mostrou que era possível transplantar o genoma de bactérias de uma espécie para bactérias de outra espécie semelhante e fazer com que a segunda mudasse de espécie, adquirindo a da primeira – isto é, trocasse a sua própria identidade pela do seu novo ADN. No ano seguinte, conseguiram sintetizar na íntegra o genoma de uma bactéria.

Bastava agora, para criar um ser vivo artificial, combinar as duas coisas. Assim obter-se-ia uma bactéria cujo ADN fora retirado e substituído por um ADN diferente – e desta vez, completamente fabricado pelos cientistas. Esperava-se que esta bactéria se comportasse como um ser vivo natural, usando o ADN sintético como património genético para se reproduzir.

Uma primeira dificuldade técnica foi simplesmente o facto de não existir tecnologia que permita construir moléculas do tamanho do ADN, composto pelo encadeamento de centenas de milhares de pares de bases A, T, G, C. Ora, o ADN da bactéria utilizada nas experiências, Mycoplasma mycoides, contém mais de um milhão de pares de bases.

Os cientistas começaram por comprar a uma empresa especializada os cerca de 1000 bocadinhos, cada um com uns 1000 pares de bases, que constituem esse ADN bacteriano. Recorda Venter: “Foi como ter uma caixa de peças de lego e ter de as montar.”

Introduziram as peças dentro de leveduras (uma máquina natural de desfiar ADN) e obtiveram peças mais extensas; a seguir, introduziram-nas dentro de bactérias Escherischia coli e sintetizaram cadeias ainda maiores – antes de as voltarem a pôr dentro de leveduras. No fim, tinham um genoma inteiro de Mycoplasma mycoides, totalmente fabricado no laboratório.

Contudo, o ADN sintético era um pouco diferente do ADN natural de Mycoplasma mycoides, porque entretanto os cientistas tinham eliminado 14 genes potencialmente patogénicos (para as cabras) e acrescentado várias “marcas de água” – sequências de letras do ADN facilmente reconhecíveis como artificiais: um sítio de Internet, os nomes dos elementos da equipa e várias citações famosas, “para dar um toque mais filósofico à coisa”, frisa Venter.

Um bug microscópico

Mas o mais difícil foi fazer com que o novo ADN funcionasse dentro das células hospedeiras – e de facto, da primeira vez que os cientistas introduziram, esperançados, o genoma sintético nas células da bactéria Mycoplasma capricolum... nada aconteceu. Tal e qual especialistas de software, a equipa andou durante três meses a fazer debugging do código do ADN, explica um artigo jornalístico que acompanha a publicação na Science. Finalmente descobriram, há cerca de um mês, que o que estava a empatar tudo era um erro numa única letra do código! Os ovos estrelados com gema azul começaram a proliferar.

Nem toda a gente concorda em dizer que a nova bactéria é totalmente sintética, uma vez que foi preciso introduzir o ADN artificial dentro de uma célula viva já existente. Mas isso não impede os especialistas ouvidos pela Science de saudarem os resultados. Venter, quanto a ele, não tem dúvidas de que a bactéria seja totalmente sintética: “Após algumas replicações, não resta absolutamente nada de M. capricolum nas novas células”, argumenta. Novas células que produzem unicamente – e da forma mais natural do mundo – proteínas específicas de M. mycoides.

Por enquanto, o processo não é eficiente. Mas as aplicações futuras podem ser coisas como a criação de algas produtoras de petróleo (Venter já tem um “grande contrato” com a Exxon) ou que reduzem “em 99 por cento” o tempo de fabrico das vacinas contra a gripe sazonal (em colaboração com a Novartis).

 
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