segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A Editora FĂ³rum e os autores Paulo AbrĂ£o, Tarso Genro e Marcelo D. Torelly * convidam para os debates e lançamento dos volumes 01 e 02 da ColeĂ§Ă£o FĂ³rum Justiça e Democracia


A Editora FĂ³rum e os autores Paulo AbrĂ£o, Tarso Genro e Marcelo D. Torelly * convidam para os debates e lançamento dos volumes 01 e 02 da ColeĂ§Ă£o FĂ³rum Justiça e Democracia em diversas cidades brasileiras:

Nos Ăºltimos anos a temĂ¡tica da Justiça de TransiĂ§Ă£o ganhou relevo no cenĂ¡rio nacional. Em seus dois primeiros volumes, a ColeĂ§Ă£o FĂ³rum Justiça e Democracia propõe-se a analisar as evoluções, desafios e perspectivas para a promoĂ§Ă£o de reparaĂ§Ă£o, memĂ³ria, verdade e justiça no Brasil. 

O Volume 01, de autoria de Paulo AbrĂ£o e Tarso Genro, prefaciado pelo ex-Ministro dos Direitos Humanos (2002-2005) Nilmario Miranda e apresentado pelo professor Juarez GuimarĂ£es, da UFMG, reĂºne um conjunto de textos escritos entre 2008 e 2012 que, a um sĂ³ tempo, refletiram sobre o processo em construĂ§Ă£o da justiça transicional brasileira, mas tambĂ©m incidiram em seu aprofundamento, propondo questões e teses amplamente debatidas na agenda democrĂ¡tica nacional. Tal volume Ă© dedicado ao ex-Ministro dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi, importante ator de tal processo. Por sua vez, o Volume 02, escrito por Marcelo D. Torelly, apresentado por Paulo AbrĂ£o e prefaciado pelo politĂ³logo Anthony W. Pereira, do King's College London, procura construir um modelo teĂ³rico que diferencie o momento de contingĂªncia da transiĂ§Ă£o do momento de efetivaĂ§Ă£o da justiça, posteriormente aplicando tal modelo a uma ampla anĂ¡lise do caso brasileiro.

Para dar continuidade e ampliar tais discussões, os autores realizarĂ£o debates de lançamento em diversas cidades brasileiras.

Volume 01
Os direitos da transiĂ§Ă£o e a democracia no Brasil
Estudos sobre Justiça de TransiĂ§Ă£o e Teoria da Democracia
Paulo AbrĂ£o, Tarso Genro

Volume 02
Justiça de TransiĂ§Ă£o e Estado Constitucional de Direito
Perspectiva TeĂ³rico-Comparativa e AnĂ¡lise do Caso Brasileiro
Marcelo D. Torelly

Confira os locais de debates e lançamentos:

Data: 25 de outubro de 2012
HorĂ¡rio: 19h30 Ă s 22h
Debate: Justiça de TransiĂ§Ă£o: direitos humanos, resistĂªncia e reparaĂ§Ă£o
Local: AuditĂ³rio da AssociaĂ§Ă£o dos Professores do ParanĂ¡
Endereço: Avenida Iguaçu, 880 – Rebouças – Curitiba/PR

Data: 27 de outubro de 2012
HorĂ¡rio: 16h
Evento: 58ª Feira do Livro de Porto Alegre
Endereço: Praça da AlfĂ¢ndega S/N – Porto Alegre/RS

Data: 7 de novembro de 2012
HorĂ¡rio: 18h Ă s 20h
Evento: SeminĂ¡rio Internacional "O JudiciĂ¡rio e Justiça de TransiĂ§Ă£o no Brasil"
Local: AuditĂ³rio Corregedoria do TJES
Endereço: Av. JoĂ£o Batista Parra, 320 – VitĂ³ria/ES

Data: 12 de novembro de 2012
HorĂ¡rio: 19h Ă s 21h
Debate: Justiça de TransiĂ§Ă£o no Brasil
Local: AuditĂ³rio do Memorial Darcy Ribeiro ("BeijĂ³dramo")
Endereço: Universidade de BrasĂ­lia – Campus UniversitĂ¡rio Darcy Ribeiro, S/N – Asa Norte – BrasĂ­lia/DF

Data: 14 de novembro de 2012
HorĂ¡rio: 10 Ă s 11h50
Debate: Justiça de TransiĂ§Ă£o no Brasil – desafios e perspectivas
Local: AuditĂ³rio 100-A (PUC-SP – Campus Perdizes)
Endereço: Rua Monte Alegre, 949 – SĂ£o Paulo/SP

Data: 23 de novembro de 2012
HorĂ¡rio: 18h Ă s 20h
Evento: VII SeminĂ¡rio Internacional de Direitos Humanos da UFPB/UNESCO
Local: AuditĂ³rio do Centro de CiĂªncias JurĂ­dicas (CCJ) 
Endereço: Universidade Federal da ParaĂ­ba – Campus 1 – JoĂ£o Pessoa/PA

Data: 3 de dezembro de 2012
HorĂ¡rio: 19h30 Ă s 21h
Debate: A Terceira Fase da Luta pela Anistia
Local: Ordem dos Advogados do Brasil – SeĂ§Ă£o do Estado do Rio de Janeiro
Endereço: Av. Marechal CĂ¢mara, 150 – 4ª andar – Rio de Janeiro/RJ

* Os autores Paulo AbrĂ£o e Marcelo D. Torelly estarĂ£o disponĂ­veis para autografar as obras durante as atividades de lançamento nas diferentes cidades.

O preço de nĂ£o escutar a natureza


Leonardo Boff

O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as trĂªs cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, PetrĂ³polis, TeresĂ³polis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruiĂ§Ă£o de regiões inteiras e um incomensurĂ¡vel sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, prĂ³prias do verĂ£o, a configuraĂ§Ă£o geofĂ­sica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre  imensas rochas lisas que por causa da infiltraĂ§Ă£o das Ă¡guas e o peso da vegetaĂ§Ă£o provocam  frequentemente deslizamentos fatais.

Culpam-se pessoas que ocuparam Ă¡reas de risco, incriminam-se polĂ­ticos corruptos que destribuĂ­ram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder pĂºblico que se mostrou leniente e nĂ£o fez obras de prevenĂ§Ă£o, por nĂ£o serem visĂ­veis e nĂ£o angariarem votos. Nisso tudo hĂ¡ muita verdade. Mas nisso nĂ£o reside a causa principal desta tragĂ©dia avassaladora.

A causa principal deriva do modo como costumamos tratar  a natureza. Ela Ă© generosa para conosco pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nĂ³s, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservaĂ§Ă£o nem lhe damos alguma retribuiĂ§Ă£o. Ao contrario, tratamo-la com violĂªncia, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefĂ­cio. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.

Pior ainda: nĂ³s nĂ£o conhecemos sua natureza e sua histĂ³ria. Somos analfabetos e ignorantes da histĂ³ria que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos. NĂ£o nos preocupamos em conhecer a flora e a fauna, as montanhas, os rios, as paisagens, as pessoas significativas que ai viveram, artistas, poetas, governantes, sĂ¡bios e construtores.

Somos, em grande parte, ainda devedores do espĂ­rito cientĂ­fico moderno que identifica a realidade com seus aspectos  meramente materiais e mecanicistas sem incluir nela, a vida, a consciĂªncia e a comunhĂ£o Ă­ntima com as coisas que os poetas, mĂºsicos e artistas nos evocam em suas magnĂ­ficas obras. O universo e a natureza possuem histĂ³ria. Ela estĂ¡ sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevaĂ§Ă£o das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios. Nossa tarefa Ă© saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originĂ¡rios sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou nĂ£o trombas d’Ă¡gua.  Chico Mendes com quem participei de longas penetrações na floresta amazĂ´nica do Acre sabia interpretar cada ruĂ­do da selva, ler sinais da passagem de onças nas folhas do chĂ£o e, com o ouvido colado ao chĂ£o, sabia a direĂ§Ă£o em que ia a manada de perigosos porcos selvagens. NĂ³s desaprendemos tudo isso. Com o recurso das ciĂªncias lemos a histĂ³ria inscrita nas camadas de cada ser. Mas esse conhecimento nĂ£o entrou nos currĂ­culos escolares nem  se transformou em cultura geral. Antes, virou tĂ©cnica para dominar a natureza e acumular.

No caso das cidades serranas: Ă© natural que haja chuvas torrenciais no verĂ£o. Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas.  Sabemos que jĂ¡ se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais freqĂ¼entes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas nĂ£o escutamos a mensagem que eles nos enviam que Ă©: nĂ£o construir casas nas encostas; nĂ£o morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar. O rio possui dois leitos: um normal, menor, pelo qual fluem as Ă¡guas correntes e outro  maior que dĂ¡ vazĂ£o Ă s grandes Ă¡guas das chuvas torrenciais. Nesta parte nĂ£o se pode construir e  morar.

Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimaĂ§Ă£o da mata atlĂ¢ntica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora Ă© escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser  de cada encosta, de cada vale e de cada rio.

SĂ³ controlamos a natureza na medida em que lhe obedecemos e soubermos escutar suas mensagens e ler seus sinais. Caso contrĂ¡rio  teremos que contar com tragĂ©dias fatais evitĂ¡veis.
 
 

Mais uma semana e a disputa eleitoral chega ao fim. Antes tarde do que nunca, ninguém aguenta mais!!!

Depois de uma campanha modorrenta, piorada no primeiro turno por debates engessados sem confrontos das idĂ©ias, demonizaĂ§Ă£o da imagem de Curitiba, pesquisas que nĂ£o condiziam com a realidade das urnas, onde, caso eleitos, para cumprir as promessas  os candidatos necessitariam de ter dois orçamentos em lugar de um, chegamos ao fim do processo eleitoral em um segundo turno onde os candidatos continuam prometendo tudo e mais um pouco e o verdadeiro debate pouco acontece.

 Acredite quem quiser, a telinha aceita tudo quanto Ă© factĂ³ide midiĂ¡tico produzido pelos marketeiros, que embasados em pesquisas dizem pelos telepronter, lidos sem piscar pelos candidatos, o que o povo quer ouvir. Nos programas de TV tudo fica fĂ¡cil de ser executado, e o orçamento real Ă© apenas um adereço momentaneamente a ser esquecido. Tal qual o enredo de uma novela a "Curitiba ideal" Ă© construĂ­da com se estivĂ©ssemos vivendo em um imenso Projac. Tudo muito tĂ¡tico e pontual, nada estratĂ©gico.

No primeiro turno, onde o bom-mocismo exagerado geralmente nĂ£o passou de uma tremenda enganaĂ§Ă£o, as denĂºncias sem provas, os panfletos apĂ³crifos, o descredenciamento da cidade e sua gestĂ£o deram o tom. Agora  os candidatos vencedores, ambos da oposiĂ§Ă£o, voltam as armas contra si e a guerra suja continua dando o clima, Os "aloprados", "idiotas com iniciativas", Ă© o que nĂ£o falta, e eles poluem as ruas com criminosos panfletos apĂ³crifos e as redes sociais, onde as falsificações, os sofismas e o maniqueĂ­smo barato dĂ£o o tom.

Espero que estes Ăºltimos debates nos canais de televisĂ£o sigam o que ocorreu na Band, onde sem engessamento pela primeira vez ocorreu o estabelecimento do choque das idĂ©ias e com este o afloramento dos contraditĂ³rios. Temos o direito de ter acesso a um mĂ­nimo de verdades, e estas sĂ³ afloram nos embates cara a cara. Sejam bem vindos ao ringue, a luta franca. Que vença o melhor!!!

Um em cada cinco jovens nĂ£o estuda, nem trabalha



Ao mesmo tempo em que atinge nĂ­veis historicamente baixos de desemprego e sofre com a escassez de mĂ£o de obra qualificada em alguns setores, o Brasil “desperdiça” um de cada cinco jovens adultos. Pouco mais de 5,3 milhões de pessoas com idade entre 18 e 25 anos, o equivalente a 19,5% dos brasileiros dessa faixa etĂ¡ria, nĂ£o estĂ£o estudando nem trabalhando e tampouco procurando emprego, segundo dados do Censo 2010. SĂ£o pessoas que mal entraram na idade produtiva e jĂ¡ sĂ£o enquadradas como “nĂ£o economicamente ativas”.
Era de se esperar que, com o crescimento do mercado de trabalho e alguns avanços na educaĂ§Ă£o, o quadro tivesse melhorado desde o censo anterior, de 2000. Mas ocorreu o oposto. O contingente de jovens que nĂ£o estudam nem trabalham atĂ© aumentou: em 2000 eles eram 4,8 milhões, ou 18,2% do total, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE).
“Estamos desperdiçando parte de uma geraĂ§Ă£o, que vai demorar muito a encontrar um lugar ‘virtuoso’ no mercado de trabalho”, diz Adalberto Cardoso, professor do Instituto de Estudos Sociais e PolĂ­ticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Iesp/Uerj). “Mais adiante alguns vĂ£o voltar a estudar e tentar tirar o atraso, mas entĂ£o encontrarĂ£o novas gerações mais escolarizadas e qualificadas, dificultando sua competiĂ§Ă£o.”
A chamada “geraĂ§Ă£o nem-nem” tem crescido na Europa assolada pela crise. Mas por que existem tantas pessoas nessa situaĂ§Ă£o no Brasil? HĂ¡ as que estĂ£o Ă  toa por que querem, acomodadas com alguma fonte segura e nĂ£o muito exigente de sustento – os pais, por exemplo. Mas trata-se de uma minoria. Na maior parte dos casos, diz Cardoso, os brasileiros “nem-nem” sĂ£o pobres e tĂªm baixa escolaridade. E, no caso das mulheres, filhos para cuidar.
“Dois terços desses jovens sĂ£o mulheres, e metade delas tem filho vivo, nem sempre fruto de casamento. Dos homens, uma pequena parte, perto de 10%, tem deficiĂªncia fĂ­sica ou mental grave. Cerca de 70% dessas pessoas vivem em famĂ­lias que estĂ£o entre as 40% mais pobres, e 50% dos homens e 40% das mulheres nĂ£o completaram nem o ensino fundamental”, enumera o pesquisador.
Aprendizado deficiente
Para Priscila Cruz, diretora-executiva da organizaĂ§Ă£o Todos pela EducaĂ§Ă£o, os problemas começam pelo baixo nĂ­vel de aprendizado dos estudantes. Avaliações mostram que, em portuguĂªs e matemĂ¡tica, menos de 35% aprendem o mĂ­nimo esperado. “O jovem nĂ£o aprende, repete de ano, e a repetĂªncia Ă© o primeiro indĂ­cio de que ele pode abandonar a escola. E, depois que abandona, tem dificuldade para se inserir no mercado”, explica.
Visto como distante da realidade dos alunos, o currĂ­culo do ensino bĂ¡sico Ă© outro desestĂ­mulo. HĂ¡ disciplinas em excesso, vĂ¡rias delas abstratas demais para quem mal consegue interpretar um texto, e pouco Ăºteis para quem precisa arrumar logo um emprego. “É preciso oferecer uma opĂ§Ă£o de ensino mĂ©dio profissionalizante, que deixe o jovem apto a algum serviço jĂ¡ aos 18 ou 19 anos. Nem todos podem esperar pela faculdade”, diz Priscila.
Quem deixa a escola e nĂ£o arruma trabalho pode acabar recorrendo a bicos ou algo pior, avalia Amilton Moretto, do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp. “Se nĂ£o criarmos condições para que o jovem tenha a expectativa de conseguir um emprego, uma perspectiva de futuro, corremos o risco de perdĂª-lo para a marginalidade.”
PaĂ­s nĂ£o aproveita “bĂ´nus demogrĂ¡fico”
O Brasil atravessa desde a dĂ©cada de 1960 um perĂ­odo que estudiosos chamam de “bĂ´nus demogrĂ¡fico”, em que a populaĂ§Ă£o com idade entre 15 e 64 anos aumenta em relaĂ§Ă£o Ă  populaĂ§Ă£o total – ou seja, a quantidade de pessoas em idade produtiva cresce mais rĂ¡pido que o nĂºmero de crianças, adolescentes e idosos. Assim, hĂ¡ uma certa abundĂ¢ncia de mĂ£o de obra e, com mais pessoas produzindo, tambĂ©m pode haver mais geraĂ§Ă£o de riqueza.
No entanto, o elevado nĂºmero de jovens desempregados e fora da escola ou da faculdade mostra que o paĂ­s nĂ£o estĂ¡ aproveitando bem esse bĂ´nus. E nĂ£o terĂ¡ muito tempo para isso: com a queda na taxa de natalidade e o envelhecimento da populaĂ§Ă£o, o bĂ´nus demogrĂ¡fico deve acabar por volta de 2020, segundo cĂ¡lculos dos pesquisadores JoĂ£o BasĂ­lio Pereima, Fernando Motta CorrĂªa e Alexandre Porsse, da Universidade Federal do ParanĂ¡ (UFPR).
Por um lado, isso serĂ¡ bom. A oferta de jovens trabalhadores vai diminuir, o que deve elevar os salĂ¡rios e melhorar a distribuiĂ§Ă£o de renda. AliĂ¡s, hĂ¡ quem desconfie que a persistĂªncia de baixas taxas de desemprego e o aumento dos rendimentos em plena estagnaĂ§Ă£o econĂ´mica jĂ¡ seja reflexo de uma estabilizaĂ§Ă£o ou mesmo queda na entrada de novos profissionais.
Por outro lado, se nĂ£o houver um aumento da inovaĂ§Ă£o tecnolĂ³gica e da produtividade, os custos das empresas tendem a aumentar quando o bĂ´nus demogrĂ¡fico acabar – o que pode resultar em coisas como inflaĂ§Ă£o e recessĂ£o. Portanto, sem jovens criativos e bem formados, o crescimento econĂ´mico do paĂ­s estarĂ¡ ameaçado.
PolĂ­ticas
“Se um paĂ­s aproveita seu bĂ´nus demogrĂ¡fico com polĂ­ticas adequadas, pode emergir ao fim do processo com enormes avanços econĂ´micos e sociais”, afirmam os pesquisadores da UFPR, em artigo publicado no mĂªs passado. O problema, dizem, Ă© que o Brasil tem sido relapso: “As polĂ­ticas educacionais nĂ£o estĂ£o dando conta de formar pessoas qualificadas na velocidade e quantidade necessĂ¡rias no nĂ­vel tĂ©cnico. E o quadro Ă© mais grave ainda no nĂ­vel universitĂ¡rio e de pĂ³s-graduaĂ§Ă£o.” (FJ)

 
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