quarta-feira, 4 de julho de 2012

VAI CORINTHIANS!!!!


A Ă¡rea onde foi construĂ­da BrasĂ­lia tinha sido grilada


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REGISTROS 
A escritura de 1927 da Fazenda Bananal diz que a Ă¡rea foi desmembrada
da Fazenda Torto. Certidões anteriores revelam que o terreno, desapropriado
dĂ©cadas depois para abrigar BrasĂ­lia, nunca fez parte daquela propriedade
Desde que foi inaugurada, em 1960, BrasĂ­lia tem sido alvo constante da aĂ§Ă£o de grileiros de terra. As fraudes em registros imobiliĂ¡rios alimentam interminĂ¡veis disputas judiciais. Foi por conta de uma delas que a empresĂ¡ria Iracema Maria DurĂ£o Moreira passou a pesquisar a complicada questĂ£o fundiĂ¡ria no Distrito Federal em busca de provas que impedissem o Estado de tomar-lhe a propriedade em que vive com a famĂ­lia hĂ¡ uma dĂ©cada. Nessa pesquisa, descobriu documentos que, segundo ela, indicariam a existĂªncia de um esquema criminoso anterior Ă  fundaĂ§Ă£o da capital da RepĂºblica e que colocam em dĂºvida, inclusive, a veracidade do tĂ­tulo das terras onde estĂ£o o PalĂ¡cio do Planalto e a Esplanada dos MinistĂ©rios. Sua polĂªmica tese transformou-se numa denĂºncia protocolada no MinistĂ©rio PĂºblico Federal e no CNJ contra a Terracap e cartĂ³rios de registro de imĂ³veis do DF e das cidades goianas de Planaltina e Formosa. 

O Plano Piloto foi acomodado numa Ă¡rea conhecida como Fazenda Bananal, desapropriada por ato do presidente Juscelino Kubitschek. Com base em registros paroquiais e escrituras, Iracema alega que a Fazenda Bananal foi forjada e todos os atos de compra e venda dessas terras deveriam ser anulados. “A Bananal nĂ£o passa de uma fraude”, alega Iracema. Segundo ela, a escritura dessa propriedade, registrada em 1927, contĂ©m erros grosseiros. EstĂ¡ no documento, por exemplo, que a Fazenda Bananal seria parte desmembrada de outra propriedade, chamada Torto. Uma informaĂ§Ă£o que se desfaz na simples confrontaĂ§Ă£o com o registro paroquial da Fazenda Torto de 1958, com seu memorial descritivo de 1921 e o auto de divisĂ£o de 1923. “EstĂ¡ clara a falsidade ideolĂ³gica presente na escritura. O crime invalida todos os registros subsequentes, inclusive a desapropriaĂ§Ă£o feita pela Terracap para a instalaĂ§Ă£o de BrasĂ­lia”, alega Iracema.
A Bananal, segundo essa documentaĂ§Ă£o, nunca pertenceu aos limites da Fazenda Torto. Foi implantada, na verdade, artificialmente numa Ă¡rea que era de outra fazenda, denominada Araras. Com mais de 120 mil alqueires, a Fazenda Araras abrangia uma Ă¡rea maior que a do atual Distrito Federal e pertencia ao coronel Izidoro Gomes Ferreira e sua mulher, Maria Gomes Ferreira. Izidoro morreu em 1889 e deixou sete filhos. Hoje, o neto do coronel, JoĂ£o Pereira Gomes, com 82 anos, relembra que a morte do pai deflagrou uma disputa entre parentes e pessoas prĂ³ximas Ă  famĂ­lia. Os documentos das terras desapareceram e a Araras passou a ser grilada, com a anuĂªncia de autoridades municipais. 

Antes de decidir denunciar Ă s autoridades, Iracema levou a documentaĂ§Ă£o Ă  anĂ¡lise do procurador aposentado Joaquim Monteiro. Ele endossou os argumentos da denĂºncia, que se estendem a Ă¡reas do antigo JĂ³quei Clube e Ă  cidade de Vicente Pires. “As provas de que ela dispõe sĂ£o irrefutĂ¡veis”, disse Ă  ISTOÉ. O procurador espera que o MinistĂ©rio PĂºblico aceite a denĂºncia, mas nĂ£o acredita na anulaĂ§Ă£o dos registros imobiliĂ¡rios de BrasĂ­lia. (Isto É)

 
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