domingo, 9 de setembro de 2012

Morreu o profeta do semiĂ¡rido


Leonardo Boff
Conheci pessoalmente DOM JOSÉ RODRIGES, bispo de Juazeiro do Norte, na Bahia. No exato dia em que recebi a carta do entĂ£o Cardeal Joseph Ratznger convocando-me Ă  InquisiĂ§Ă£o Romana, comecei o retiro que preguei para os padres e leigos daquela diocese. Achei  mais importante animar aquela comunidade perseguida do que atender aos oficiais de Roma.  SĂ³ no fim, depois de uma semana, pude dizer Ă quele povo, minha situaĂ§Ă£o de convocado. Minha situaĂ§Ă£o nĂ£o era nada em comparaĂ§Ă£o com as perseguições que o bispo e muitos agentes de pastoral sofriam vigiados e ameaçados pela repressĂ£o militar.  Hoje, vivemos tempos invernais na Igreja. HĂ¡ um vazio de verdadeiros pastores e de autĂªnticos profetas como Dom JosĂ©.  É nosso dever lembrar os pastores fiĂ©is e os profetas destemidos  que souberam estar sempre do lado dos fracos e perseguidos. Sem temor e sem subterfĂºgios. Era pequeno de porte mas um gigante do espĂ­rito. Vi sua biblioteca, cheia de livros novos que lia para se atualizar na teologia, na pastoral e no trabalho  com o povo. Publico aqui o artigo de um de seus discĂ­pulos e colaboradores ROBERTO MALVEZZI, o GogĂ³. Em nome nosso e de tantos,  ele lhe presta uma justa homenagem. Viver como Dom JosĂ© Ă© digno. Morrer como morreu por amor aos outros Ă© herĂ³ico, obra de um santo e liĂ§Ă£o de um profeta. Que ele lĂ¡ da glĂ³ria,acompanhe a Igreja em crise para que  o povo sofredor tenha ao seu lado  pastores e profetas da tĂªmpera de Dom JosĂ© Rodrigues. 
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D. JosĂ© Rodrigues foi o homem certo, no lugar certo, na hora certa. Quando chegou a Juazeiro para ser bispo, a barragem de Sobradinho estava em construĂ§Ă£o. EntĂ£o, ele assumiu a sorte dos relocados, depois dos pobres em geral e nunca mudou. Chegou em 1975.
Aqui era Ă¡rea de segurança nacional, regime militar, ACM governador, prefeitos nomeados pelo presidente da repĂºblica. NĂ£o havia partidos, nem organizações populares. EntĂ£o, com poucos padres e religiosas, chamou leigos para apoiar os 72 mi relocados. Assim, a diocese foi durante muito tempo o abrigo para cristĂ£os, comunistas, ateus, qualquer um que movido pela justiça assumisse a causa do povo.
Depois enfrentou o perĂ­odo das longas secas. Criou pastorais populares. Fez o opĂ§Ă£o radical pelos pobres e comunidades eclesiais de base. Usava as rĂ¡dios e seu poder de comunicaĂ§Ă£o para defender os oprimidos pelo peso dos coronĂ©is e do regime militar.
Quando um gerente do Banco do Brasil foi seqĂ¼estrado, ele aceitou ser trocado. Ficou sob a mira dos revĂ³lveres por dias, começando sobre a ponte que liga Juazeiro a Petrolina. Depois visitou seus seqĂ¼estradores na cadeia e ainda fez o casamento de um deles.
Abrigou na diocese toda convivĂªncia com o semiĂ¡rido, muito lembrado nesses tempos de estiagem. Por isso, quando a ASA fez um de seus encontros nacionais, quis fazĂª-lo em Juazeiro para homenagear esse profeta do semiĂ¡rido.
Costumava contar que recebeu muitos presentes quando chegou e foi reverenciado pela elite. No terceiro ano ganhou trĂªs camisas. No quinto ano ganhou de presente uma Ăºnica camisa dada por uma prostituta que freqĂ¼entava a escola Senhor do Bonfim, trabalho feito junto Ă s prostitutas da cidade.
Quando foi embora saiu com toda a mudança que trouxe: uma mala que cabia uma muda de roupas – que ele lavava todas as noites para vestir no dia seguinte – e seu livro de oraĂ§Ă£o.
Na celebraĂ§Ă£o de despedida afirmou na catedral: “nunca trai os pobres, nem em Ă©poca de eleiĂ§Ă£o”.
D. JosĂ© faleceu nessa madrugada, dia 9 de Setembro, em GoiĂ¢nia, comunidade redentorista de Trindade, para onde foi depois de 28 anos em Juazeiro.
Seu corpo serĂ¡ transladado para Juazeiro na segunda-feira, onde serĂ¡ enterrado. Aqui, sua memĂ³ria jamais serĂ¡ esquecida por aqueles que com ele conviveram, sobretudo, pelos em situaĂ§Ă£o de pobreza, nos corações dos quais ele reside.

A cĂºpula do PT teme tanto o julgamento do mensalĂ£o, como o crescimento do poder eleitoral do PSB nesta eleiĂ§Ă£o


ApĂ³s as primeiras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), o comando do PT estĂ¡ pessimista quanto ao destino de todos os rĂ©us do partido no julgamento do mensalĂ£o. Na avaliaĂ§Ă£o da cĂºpula do partido, a tendĂªncia Ă© a de que os petistas nĂ£o escapem da condenaĂ§Ă£o. A atmosfera de desĂ¢nimo coincide com a do encontro desta quarta-feira (5) entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva.
Segundo interlocutores, foi com tristeza que os dois comentaram os desdobramentos do julgamento. Ainda de acordo com petistas, Dilma e Lula também fizeram balanço pessimista sobre julgamento.
O PT manifesta ainda preocupaĂ§Ă£o com o impacto do julgamento sobre candidaturas do partido, como Recife e atĂ© mesmo SĂ£o Paulo, frente ao crescimento do PSB.
Na avaliaĂ§Ă£o da cĂºpula petista, o PSB aponta para um crescimento significativo nessas eleições, despontando como força alternativa para as eleições presidenciais de 2014.
Recife Ă© um dos principais alvos de apreensĂ£o. Petistas desaconselham Lula a viajar Ă  cidade, sob pena de ser carimbado com uma derrota para Eduardo Campos em seu Estado natal.
Lula, no entanto, disse a Dilma que viajarĂ¡ Ă  capital pernambucana. A viagem, entretanto, ainda nĂ£o estĂ¡ marcada. (Uol)

Marilena ChauĂ­: ‘classe mĂ©dia paulistana Ă© sinistra’

Entenda tecnicamente a funĂ§Ă£o do vereador:


O governo municipal divide-se em dois poderes independentes entre si, o Executivo (Prefeitura) e o Legislativo (CĂ¢mara de Vereadores), e independentes aos poderes e Ă³rgĂ£os da UniĂ£o e dos Estados.
As funções que competem Ă  atuaĂ§Ă£o municipal estĂ£o previstas na ConstituiĂ§Ă£o Federal de 1988. Um municĂ­pio pode formular suas prĂ³prias leis,  desde que nĂ£o entrem em conflito com as leis de outras esferas, e tĂªm autonomia para editar suas prĂ³prias Leis OrgĂ¢nicas, ou seja, a compilaĂ§Ă£o dos direitos, poderes e prioridades municipais.
O vereador  desempenha como funções tĂ­picas as tarefas de legislar e de exercer o controle externo do Poder Executivo. A funĂ§Ă£o legislativa consiste em elaborar, apreciar, alterar ou revogar as leis de interesse para a vida do municĂ­pio. Essas leis podem ter origem na prĂ³pria CĂ¢mara ou resultar de projetos de iniciativa do Prefeito, ou da prĂ³pria sociedade, atravĂ©s da iniciativa popular.
Existem dois tipos de funções desempenhadas pelo vereador: funĂ§Ă£o tĂ­pica e funĂ§Ă£o atĂ­pica.
A funĂ§Ă£o tĂ­pica consiste em legislar e fiscalizar. A atividade legislativa do vereador permite as seguintes proposições Ă  CĂ¢mara:
Proposta de emenda: o vereador pode criar uma proposta para alterar a lei OrgĂ¢nica do municĂ­pio, mas essa proposta tem uma tramitaĂ§Ă£o diferenciada na CĂ¢mara: Ă© votada em dois turnos e aprovada por dois terços dos vereadores da casa.
Projetos de lei: sĂ£o as proposições que tĂªm por finalidade regular as matĂ©rias no municĂ­pio e que precisam ser sancionadas pelo prefeito. Os vereadores podem apresentar projetos de Leis Complementares, projetos de Leis OrdinĂ¡rias e projetos de Leis Delegadas. Vale ressaltar que quem apresenta um projeto de lei Ă© o dono da iniciativa, porĂ©m, quando a lei Ă© aprovada, passa a ser uma lei da CĂ¢mara.
Projetos de ResoluĂ§Ă£o: sĂ£o atos que tem efeito apenas no interir da CĂ¢mara e nĂ£o necessitam da sanĂ§Ă£o do prefeito para a sua promulgaĂ§Ă£o. Os projetos de resoluĂ§Ă£o tratam de temas como a criaĂ§Ă£o de Comissões Especiais, elaboraĂ§Ă£o do Regimento Interno, destituiĂ§Ă£o da mesa ou de qualquer de seus membros, concessĂ£o de licença a vereadores, etc.
Projetos de decreto legislativo: sĂ£o normas que sĂ³ podem ser definidas pela CĂ¢mara de Vereadores e provocam efeitos externos. Para entrar em vigor nĂ£o tĂªm que passar pela sanĂ§Ă£o do prefeito. Exemplos desse tipo de matĂ©ria sĂ£o a concessĂ£o de tĂ­tulos honorĂ­ficos e a aprovaĂ§Ă£o ou rejeiĂ§Ă£o das contas do municĂ­pio.
Emendas a projetos de lei, de resoluĂ§Ă£o ou de decreto legislativo: sĂ£o posições apresentadas pelo vereador, quando ele deseja alterar a forma ou o conteĂºdo da posiĂ§Ă£o principal: projetos de lei, de resoluĂ§Ă£o ou de decreto legislativo.
IndicaĂ§Ă£o ao executivo e aos vereadores: Ă© uma espĂ©cie de sugestĂ£o por escrito apresentada pelo vereador. AtravĂ©s da indicaĂ§Ă£o, o vereador pode sugerir medidas de interesse pĂºblico aos Poderes competentes ou tambĂ©m  para sugerir a manifestaĂ§Ă£o de uma ou mais comissões sobre determinado assunto, visando Ă  elaboraĂ§Ă£o de projeto sobre matĂ©ria de iniciativa da CĂ¢mara.
Moções: sĂ£o as proposições em que Ă© sugerida a manifestaĂ§Ă£o, apelo, congratulaĂ§Ă£o ou protesto da CĂ¢mara sobre determinado assunto.
Requerimentos: sĂ£o um instrumento muito comum nos trabalhos legislativos. AtravĂ©s deles, o vereador pode solicitar providĂªncias administrativas e relativas ao Regimento Interno, bem como obter informações da Mesa Diretora da CĂ¢mara, do prefeito ou de qualquer outra autoridade do Executivo municipal.
Parecer: Ă© o pronunciamento da ComissĂ£o ou da Assessoria tĂ©cnico-legislativa sobre matĂ©ria sujeita ao seu estudo Normalmente Ă© oferecido por escrito pelo relator da matĂ©ria.
Recurso: Ă© a posiĂ§Ă£o destinada a alterar decisões tomadas por Ă³rgĂ£os da Casa – PresidĂªncia da CĂ¢mara, PresidĂªncias das Comissões, Mesa Diretora e Comissões.
Como funções atĂ­picas, a CĂ¢mara tem competĂªncia administrativa para:
Gerenciamento do prĂ³prio orçamento, patrimĂ´nio e pessoal;
OrganizaĂ§Ă£o dos serviços (composiĂ§Ă£o da Mesa Diretora, organizaĂ§Ă£o e funcionamento das comissões);
E judiciĂ¡ria para:
Processar e julgar o prefeito por crime de responsabilidade;
Julgar os prĂ³prios vereadores, inclusive o Presidente da CĂ¢mara, em caso de irregularidades, desvios Ă©ticos ou falta de decoro parlamentar.

Em depoimento ao Gaeco José Joaquim Ribeiro, atual prefeito de Londrina, diz ....


Barbosa Neto, prefeito cassado de Londrina, Ratinho Junior (PSC), e o atual prefeito JosĂ© Joaquim Ribeiro, eleito vice pelo PSC
No seu depoimento-confissĂ£o de segunda-feira, Ribeiro diz que pegou propina das empresas dos kits escolares para “pagamento de dĂ­vidas de campanha para governador e deputado”. E diz mais: “Lindomar era o tesoureiro do partido e ficou com R$ 50 mil para pagar dĂ­vidas de campanha”.

Em 2010, a administraĂ§Ă£o Barbosa Neto (PDT), da qual Ribeiro e Lindomar eram aliados, apoiou Osmar Dias (PDT) para o governo do Estado. O PSC, ao qual Ribeiro e Lindomar sĂ£o filiados, teve um candidato a deputado federal por aqui: chama-se Ratinho JĂºnior, dono e proprietĂ¡rio da legenda nanica no Estado. (
http://baixo-clero.blogspot.com.br/)

 
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