sábado, 12 de março de 2011

Terremoto deixa ao menos 637 mortos e 10.653 desaparecidos no Japão


Segundo autoridades, há 10.653 desaparecidos, sendo 10 mil apenas na cidade portuária de Minamisan Riku, uma das atingidas por um tsunami de grandes proporções. Isso representa mais da metade da população da cidade de 17 mil habitantes. A prefeitura da província de Miyagi busca informações sobre os moradores.

Segundo a agência de notícias Kyodo, há 3,4 mil edifícios destruídos no país por conta de tragédia, que ainda causou 200 incêndios.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, deslocou 50 mil militares, 190 aviões e 15 navios para os trabalhos de resgate nas províncias afetadas. (AFP)

Japão: operador anuncia problemas em novo reator de usina atingida por tremor


O operador de uma usina nuclear atingida pelo terremoto que sacudiu o Japão anunciou este domingo que o sistema de resfriamento de um outro reator não está funcionando e corre o risco de explosão.

"Todas as funções de manutenção dos níveis de refrigeração do reator de número 3 falharam na usina número 1 de Fukushima", afirmou um porta-voz da empresa operadora, Tokyo Electric Power.

"Por volta das 5h30 (de domingo, 17h30 de sábado, hora de Brasília), a injeção de água parou e na parte interna a pressão está subindo levemente", afirmou, acrescentando que a operadora emitiu um relatório de emergência para o governo sobre as condições da usina.

No sábado, o reator de número 1 da mesma usina já tinha sofrido uma série de problemas, de falta de refrigeração e aumento da pressão, que forçaram as autoridades a abrir as válvulas para liberar o excesso de vapor, o que poderia causar uma explosão. (AFP)

Administradora de usinas tem histórico de escândalos no Japão

A empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que está no centro da crise nuclear que ocorre após o terremoto, tem um passado de escândalos e uma trajetória cheia de tropeços. A companhia de eletricidade opera o reator da usina de Fukushima Daiichi, que vazou após a explosão ocorrida durante o terremoto de sexta-feira.

O governo japonês admitiu que houve vazamento de radiação no local. A explosão ocorreu quando a Tepco tentava desesperadamente diminuir a pressão e o calor no núcleo do reator, que tem 40 anos de idade e está situado a apenas 240 quilômetros ao norte de Tóquio.

A Tepco é a maior empresa elétrica do país e, em 2002, seu presidente e os quatro principais executivos foram forçados a renunciar após a divulgação de indícios de adulterações nos alvarás de segurança da usina de Fukushima Daiichi.

A companhia foi acusada de 29 casos de alterações em procedimentos de fiscalização de segurança e reparos nos reatores nucleares da unidade. Na época, a Tepco teve de interromper as operações em cinco dos seis reatores para inspeções de segurança, incluindo os dois danificados pelo terremoto.

Pouco depois houve novas acusações contra a empresa de falsificação de dados. No final de 2006, o governo japonês ordenou que a Tepco revisasse todas as informações de segurança até então, por dúvidas a respeito de registros das temperaturas dos líquidos de refrigeração dos reatores, com diversas evidências de adulterações nos dados que teriam sido feitas entre 1985 e 1988.

Os registros falsificados teriam sido usados nas inspeções rotineiras da usina de Fukushima, que foram realizadas em outubro de 2005. Em 2007, a empresa declarou ainda ter encontrado outras alterações nos dados de segurança dos anos anteriores, embora, desta vez, a Tepco não tenha sido obrigada a fechar nenhuma de suas usinas. (Reuters e Associated Press)

Governo retira 200 mil moradores de regiões próximas a usinas nucleares


Cerca de 200 mil pessoas estão sendo retiradas das regiões próximas às duas usinas nucleares no Japão que foram danificadas pelo terremoto de sexta-feira, que devastou a costa nordeste do país.

A situação mais grave é em Fukushima Daiichi, a 250 quilômetros ao norte de Tóquio, que foi atingida por uma explosão cerca de 20 horas após o tremor.

Apesar de o governo ter afirmado que não há risco de vazamento nuclear, já que o reator principal não foi danificado, autoridades estão retirando os cerca de 170 mil moradores que vivem em um raio de 20 quilômetros da usina.

Segundo a TV japonesa NHK, três pessoas estão sob tratamento médico por terem sido expostas à radiação.

Eles foram escolhidos aleatoriamente entre 90 pessoas para serem testadas. O grupo estava esperando em uma escola, para ser resgatado por um helicóptero. Elas não apresentam sintomas de radiação, segundo fontes médicas.

Na tarde de sábado, um correspondente da BBC foi impedido por um policial de passer por uma Estrada a 60 quilômetros da usina. O policial alegou que era perigoso demais viajar por ali.

Já na usina de Fukushima Daini, cerca de 30 mil pessoas estavam sendo retiradas de um raio de 10 quilômetros da instalação.

Autoridades japoneses classificaram o acidente em Fukushima Daiichi como de nível 4, ou seja, "com consequências locais". Na escala, que vai de 0 a 7, o desastre de Chernobyl, ocorrido na Ucrânica em 1996, foi qualificado como de nível 7.

Desaparecidos

O tremor de 8,9 de magnitude seguido por um tsunami atingiu a costa de Honshu, a cerca de 400 quilômetros a nordeste de Tóquio, na tarde de sexta-feira e ocorreu a uma profundidade de cerca de 24 quilômetros.

As equipes de resgate japonesas começaram a chegar na região mais atingida pelo terremoto na manhã deste sábado e, com isso, a escala real do desastre começa a ser revelada.

O governo teme o terremoto e o tsunami tenham matado bem mais de mil pessoas. Apenas na cidade de Rikuzentakada, que ficou praticamente submersa, cerca de 400 corpos foram encontrados. Já em Minamisanriku, metade da população, cerca de 10 mil pessoas, estão desaparecidas.

Uma autoridade local da cidade de Futuba, na região de Fukushima, afirmou que mais de 90% das casas em três comunidades costeiras foram levadas pelo tsunami.

"Olhando do quarto andar da prefeitura da cidade, não vejo nenhuma casa", teria dito ele segundo a agência de notícias japonesa Kyodo. (BBC)

A SITUAÇÃO DAS RODOVIAS E OS CAMINHOS ALTERNATIVOS PARA SAIR DO LITORAL DO PARANÁ E VIR OU IR PARA SANTA CATARINA

Rodovias continuam totalmente interditadas

A rodovia BR-277 deve ter meia pista liberada a partir do meio-dia deste domingo, segundo previsão da Ecovia. Na noite deste sábado o tráfego já estava parcialmente liberado no sentido Morretes-Curitiba, mas apenas neste sentido. Mesmo com a liberação parcial, a recomendação é para que as pessoas não peguem a estrada em direção a essa região. Só devem ser liberados os veículos e caminhões que já estavam na estrada.

Com a trégua dada pela chuva na tarde deste sábado, as equipes conseguiram fazer a limpeza dos trechos mais complicados para que a rodovia fosse aberta de forma provisória. Ainda existe a possibilidade da rodovia ser fechada caso as condições climáticas voltem a piorar.

As equipes continuam trabalhando nem nos quatro pontos mais críticos na BR 277, nos quilômetros 13, onde o asfalto cedeu, 18 e
24 onde houve queda de ponte e no 26 que está com a cabeceira comprometida.

A cidade de Antonina está totalmente ilhada. Quem está em Matinhos e Pontal do Sul consegue chegar a Paranaguá, mas os alagamentos e quedas de barreiras nas PR 508 e 407 interromperam o tráfego para Curitiba. Entrar em Morrentes também não é possível para quem vem de Curitiba devido a alagamentos próximos ao km 29, entrada da cidade.

A Serra da Graciosa foi liberada, de acordo com a Ecovia, mas com quedas de barreiras constantes, a estrada pode ser fechada novamente.

A BR-376, que liga Curitiba a Santa Catarina, continua interditada e não há previsão para liberação da estrada. Durante, a tarde deste sábado, o tráfego flui em uma faixa em cada pista entre o km 669 e o km 672 por causa de oito pontos com queda de barreira. Equipes da Autopista, concessionária da região, passariam à madrugada trabalhando para a liberação total da rodovia.

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Possíveis desvios

A recomendação da PRF e da Autopista continua sendo usar os caminhos alternativos. Os motoristas que precisam ir de Santa Catarina para o Paraná e estão na BR-101/SC podem sair da rodovia no km 113 (região de Itajaí), acessar a BR-470/SC (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.

Quem estiver em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o km 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470/SC e chegar à BR-101/SC por Itajaí (km 113).
Chove em todo o trecho da BR-376 e ainda não há previsão para a liberação total da rodovia. A concessionária e PRF orienta para que os motoristas evitem utilizar a rodovia, porque ainda há restrição ao tráfego, e sigam por caminhos alternativos.

Na rota alternativa para quem vai ao litoral de Santa Catarina, passando pela Serra Dona Francisca, o congestionamento de 30 quilômetros que começou na tarde de sexta continua. A PRF diz que o tráfego está fluindo com bastante lentidão em função do grande número de veículos. A viagem demora em torno de 12 horas.

Chuvas causam três mortes no litoral. Desabamentos isolam cidades


Foi confirmada pela Defesa Civil do Paraná a terceira morte em razão das chuvas que castigam o Litoral do Paraná. A vítima desta vez foi uma idosa moradora de Floresta, em Morretes, que teve a casa invadida pela água, na sexta-feira (11), e morreu afogada. O prefeito de Morretes, Amilton de Paula, fez um apelo aos governos estadual e federal para que liberem recursos para a reconstrução do município. “Os prejuízos com estrutura de estradas, pontes, escolas e postos de saúde devem ser de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões”, diz o prefeito.

Entre os bairros mais afetados estão, além da comunidade rural de Floresta, Mundo Novo, Saquarema, Sambaqui, Morro Alto e Rio Sagrado. Segundo o prefeito de Morretes, a prioridade no momento é para socorrer as pessoas que ainda estão ilhadas e procurar pelos desaparecidos. “Nossa luta é para atender as necessidades básicas da população e para isso contamos com a solidariedade da população de outras cidades com a doação de cobertores, colchões, cestas básicas, roupas, agasalhos e qualquer tipo de mantimento”, pede Amilton de Paula.

Sobre a expectativa para a reconstrução do município, o prefeito disse que não há um prazo estimado já que Morretes não possui recursos financeiros para arcar sozinho com todo o prejuízo. “Não temos expectativa de reconstrução com recursos próprios porque os estragos foram muito grandes. Desde já faço um apelo ao governador Beto Richa e à presidenta Dilma Rousseff que nos ajudem na reconstrução de nossa cidade”.

A terceira morte no estado e primeira em Morretes ocorreu na comunidade de Floresta na sexta-feira (11), mas só foi confirmada pela Defesa Civil na tarde deste sábado (12). As outras duas mortes ocorreram após um soterramento em Antonina. A vítima de Morretes seria uma idosa, Maria Souza Lopes, que morreu afogada dentro de casa depois que a enxurrada invadiu sua residência. De acordo com a coordenadora da Defesa Civil no município, Elaine do Rocio, a região de Floresta foi destruída. “Não existem mais casas no local, foi tudo destruído”, conta Elaine.

Mortes em Antonina

Duas pessoas morreram soterradas depois que um deslizamento de terra provocou o desabamento de casas em Antonina nesta sexta-feira (11), segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Morretes e Antonina, tenente Taylor Machado. Segundo o último boletim da Defesa Civil Estadual, o número de afetados pela chuva nas cidades do Litoral do Paraná chega a 21.268 pessoas. A chuva danificou 6.588 residências, deixou 8.090 desalojados e 706 desabrigados. Os bombeiros ainda realizam buscas por pessoas que estariam desaparecidas em Morretes.

“Além da chuva de sexta-feira, houve um segundo evento na madrugada de sábado que afetou o município. Casas ficaram com água até o telhado, bombeiros perderam viaturas e muitas casas foram destruídas”, explica Machado. Ele contou que postes de iluminação e casas foram completamente arrastados pela enxurrada.

O Colégio Estadual Rocha Pombo, que fica no Centro de Morretes, chegou a abrigar mais de 600 pessoas, mas pouco mais de 30 continuavam no local às 15h, depois que a chuva parou.

O serviço de telefonia fixa só começou a ser normalizado no município por volta das 14h30, assim como o abastecimento de água e a energia elétrica. Segundo o tenente, o serviço de telefonia celular continuava inoperante até a tarde deste sábado.

Governador garante apoio aos afetados

O governador Beto Richa afirmou, por meio de nota, que o governo estadual não vai medir esforços para fazer o atendimento da população atingida pelas enchentes e deslizamentos em Morretes e Antonina. “Todo governo está mobilizado para enfrentar esta grave situação. Ficaremos na região o tempo que for necessário para restabelecer as condições de vida dos moradores”, garante o governador.

O governador convocou membros do governo para uma reunião de trabalho neste domingo (13). Na pauta do encontro estão as ações para atender as vítimas das chuvas no Litoral. Richa quer estabelecer estratégias para diminuir os problemas enfrentados pelas populações de Morretes e Antonina. O encontro acontece no Palácio das Araucárias, às 11 horas.

Após visitar as áreas atingidas, Richa declarou que o principal objetivo do governo é "prover segurança para as famílias atingidas e promover a recuperação das ligações rodoviárias entre as cidades do litoral e a capital". Para ele, "em regiões com risco de deslizamentos, uma das primeiras ações é rever a ocupação do solo”.


Comunidade fica isolada por 24 horas

Desde o início da manhã, equipes do Corpo de Bombeiros fazem o resgate de moradores da comunidade rural de Floresta, pertencente a Morretes, localizada no km 18 da BR-277. Muitas casas da vila foram levadas pela força da enxurrada e até o Posto de Saúde do local foi destruído. A única forma de chegar à comunidade é de helicóptero. Os moradores estão sendo retirados e levados até a rodovia e depois encaminhados para o Centro de Aprendizagem e Integração (Caic), em Paranaguá, onde recebem alimentos.

Os primeiros bombeiros chegaram ao local, por terra, ainda na sexta-feira, mas com a chuva que atingiu a região na madrugada não conseguiram retornar e permaneceram no local durante toda a noite, junto com os moradores. Os sobreviventes contaram que só não foram levados pela enxurrada porque ficaram juntos, em um criadouro de cabritos, que fica em um ponto isolado das residências de Floresta. Juntos, aproximadamente 60 moradores ficaram esperando socorro só neste ponto da colônia.

Às 18h30, 144 pessoas já haviam sido resgatadas em diferentes pontos de Floresta e outras duas no Morro Inglês. Seis helicópteros – três dos bombeiros, um da Polícia Rodoviária Federal e dois particulares – realizaram as buscas, que serão retomadas na manhã de domingo. Segundo os bombeiros, é difícil precisar quantas pessoas ainda estão no local já que, a cada voo, novas pessoas são localizadas.

A moradora Edileuza Maria dos Santos, de 46 anos, contou que já houve enchentes no local, mas nunca alagamentos e quedas de morro nestas proporções. ”Eu tinha casa às 14h10 e às 14h20 eu não tinha mais”, conta. Segundo a moradora, o local ficou irreconhecível após a chuva.

Uma das primeiras a ser resgatada foi Maria Ermelina Alvez, de 68 anos. Ela estava visitando a filha, que mora na comunidade. Ela contou que choveu durante toda a sexta-feira (12) e houve muitos deslizamentos de terra, que arrastaram árvores. Ivanilde Xavier de Almeida, de 31 anos, que é moradora da localidade, disse que teve de se agarrar a um botijão de gás para não ser levada pela força da água.

A primeira tentativa de resgate aos moradores de Floresta ocorreu por terra, na manhã deste sábado. A reportagem da Gazeta do Povo acompanhou o trabalho dos bombeiros que tentaram chegar ao local por meio de uma trilha pela Estrada Novo Mundo, mas após 600 metros de caminhada tiveram que interromper os trabalhos por conta das fortes chuvas. Um grupo de oito pessoas conseguiu deixar a colônia após caminhar por cerca de duas horas nesta trilha. Roberto João Artei, de 57 anos, deixou a casa a pé ao lado da mulher e dos filhos quando achou que os helicópteros não dariam conta do resgate.

Outras seis pessoas utilizaram um barco para deixar Floresta. Os bombeiros ainda informaram que cinco pessoas não quiseram deixar o local, mas estavam seguras e tinham alimentos e água potável. No Morro do Marco, havia duas pessoas em um ponto bastante elevado da serra que não foram resgatadas porque os bombeiros não conseguiram chegar ao local. Eles garantem que as duas pessoas estão seguras.


Fornecimento de luz e água

Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), cerca de 3 mil domicílios em todo o Litoral estão sem luz desde a tarde desta sexta-feira. Aproximadamente metade está localizada em Morretes, enquanto o restante das casas sem energia são de moradores de regiões de Antonina e Paranaguá. A Copel ainda informou que a unidade de captação de água da Sanepar em Em Morretes o abastecimento de energia deve ser normalizado ainda neste sábado.

A energia foi restabelecida na cidade de Guaraqueçaba às 13h30, depois que aproximadamente mil domicílios ficaram sem luz por 23 horas. Ainda segundo a Copel, existe uma carga de postes e materiais para manutenção da rede elétrica que não conseguem chegar até o local já que todas as rodovias de acessos estão interditadas. A empresa não soube prever quando a situação será normalizada, mas os funcionários da companhia vão continuar trabalhando durante a noite para tentar restabelecer o serviço.

Os deslizamentos em Antonina e em Morretes foram mais fortes, mas a situação em Paranaguá também é calamitosa. A rede de abastecimento foi atingida pelas enxurradas e o município está sem água potável desde sexta-feira. Até que a situação se normalize – o que pode levar dias – a prefeitura está providenciando carros-pipas em caráter emergencial.


Rodovias continuam totalmente interditadas

A rodovia BR-277 deve ter meia pista liberada a partir do meio-dia deste domingo, segundo previsão da Ecovia. Na noite deste sábado o tráfego já estava parcialmente liberado no sentido Morretes-Curitiba, mas apenas neste sentido. Mesmo com a liberação parcial, a recomendação é para que as pessoas não peguem a estrada em direção a essa região. Só devem ser liberados os veículos e caminhões que já estavam na estrada.

Com a trégua dada pela chuva na tarde deste sábado, as equipes conseguiram fazer a limpeza dos trechos mais complicados para que a rodovia fosse aberta de forma provisória. Ainda existe a possibilidade da rodovia ser fechada caso as condições climáticas voltem a piorar.

As equipes continuam trabalhando nem nos quatro pontos mais críticos na BR 277, nos quilômetros 13, onde o asfalto cedeu, 18 e
24 onde houve queda de ponte e no 26 que está com a cabeceira comprometida.

A cidade de Antonina está totalmente ilhada. Quem está em Matinhos e Pontal do Sul consegue chegar a Paranaguá, mas os alagamentos e quedas de barreiras nas PR 508 e 407 interromperam o tráfego para Curitiba. Entrar em Morrentes também não é possível para quem vem de Curitiba devido a alagamentos próximos ao km 29, entrada da cidade.

A Serra da Graciosa foi liberada, de acordo com a Ecovia, mas com quedas de barreiras constantes, a estrada pode ser fechada novamente.

A BR-376, que liga Curitiba a Santa Catarina, continua interditada e não há previsão para liberação da estrada. Durante, a tarde deste sábado, o tráfego flui em uma faixa em cada pista entre o km 669 e o km 672 por causa de oito pontos com queda de barreira. Equipes da Autopista, concessionária da região, passariam à madrugada trabalhando para a liberação total da rodovia. (GP)

Após catástrofe causada pelas chuvas o DER recupera estradas do litoral e demais do Paraná

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) trabalha desde sexta-feira (11) na liberação das estradas que atendem as comunidades do litoral paranaense. Até às 14h30 deste sábado (12) só Antonina estava isolada com previsão de abertura de passagem até o início da noite. No trecho, quatro barreiras deslizaram e ocorreu um afundamento de pista. Nas rodovias que fazem a ligação entre São João da Graciosa, Porto de Cima, Cacatu, Bairro Alto e Morretes o DER está vistoriando as condições das pistas.

A Estrada da Graciosa continua com condições de tráfego, o mesmo ocorrendo em toda extensão da PR 412 que liga a BR 101 com Guaratuba e segue em direção a Matinhos, Pontal do Paraná e Pontal do Sul, e no acesso a Guaraqueçaba.

No Primeiro Planalto já foi restabelecida a normalidade de tráfego nas rodovias ao norte de Curitiba - Campo Magro (PR 090) e Cerro Azul (PR 092) - que também foram atingidas pelas fortes chuvas de sexta-feira.


A Superintendência Regional Leste do DER recomenda atenção para os motoristas que transitam nas ruas rodovias do litoral e que evitem viajar até o restabelecimento da normalidade nas estradas. Também recomenda buscar informações junto às Polícias Rodoviárias Estadual e Federal antes de viajar.

Fernanda Richa lança campanha de arrecadação para vítimas no Litoral


A Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, o Provopar e a Defesa Civil lançaram nesta sexta-feira (11) campanha de arrecadação de donativos – alimentos, roupas, cobertores, material de limpeza e higiene pessoal – para as vítimas das enchentes causadas pela forte chuva que caiu no litoral paranaense.

“Estamos mobilizando os nossos parceiros e a primeira remessa de donativos já foi enviada às cidades mais atingidas”, disse a secretária da Família, Fernanda Richa. Um caminhão com donativos partiu nesta sexta-feira levando 12 toneladas de alimentos, roupas, cobertores, água mineral, leite e colchões.

“Estamos preparando o envio de novos donativos e a expectativa é que a população paranaense, que sempre se mostrou solidária, atenda o nosso apelo e faça novas doações”, afirmou a secretária.

As doações podem ser entregues em todos os supermercados BIG e Mercadorama de Curitiba. “Estamos arrecadando ainda colchões, que podem ser enviados para o barracão da Defesa Civil, na Vila Guaíra”, disse a presidente do Provopar, Marli Corletto, que colocou uma equipe de plantão para receber doações neste final de semana.

Serviço: Campanha de socorro às vitimas das enchentes no litoral.

Doações de roupas e alimentos: Rede Big e Mercadorama.

Doações de colchões: barracão da Defesa Civil – Rua Sergipe, 1712, Vila Guaíra, Curitiba.

Beto Richa afirma que todo governo está mobilizado para atender a população do litoral


O governador Beto Richa afirmou neste sábado (12) que o Governo do Estado não vai medir esforços para fazer o atendimento da população atingida pelas enchentes e deslizamentos em Morretes e Antonina. “Todo governo está mobilizado para enfrentar esta grave situação. Ficaremos na região o tempo que for necessário para restabelecer as condições de vida dos moradores”, informou o governador.

Richa convocou para este domingo (13) uma reunião com secretários de Estado e presidentes de autarquias e estatais para estabelecer uma estratégia de atendimento às vítimas e recuperação da infraestrutura. Ele já autorizou a prorrogação da Operação Verão, garantindo a permanência de vários equipamentos do governo no Litoral.

Beto Richa esteve nas áreas atingidas e ficou impressionado com os estragos provocados pela força das águas da chuva que cai desde quinta-feira nos dois municípios. “Eventos como os vividos no nosso litoral mostra que vivemos uma nova realidade ambiental que precisa ser melhor compreendida”, afirmou. “Em regiões com risco de deslizamentos, uma das primeiras ações é rever a ocupação do solo”.

Segundo o governador, a primeira medida dos órgãos do governo estadual na área é prover segurança para as famílias atingidas e promover a recuperação das ligações rodoviárias entre as cidades do litoral e a capital. “Temos cerca de 30 mil pessoas afetadas que precisam receber ajuda”, destacou a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa.

Desde sexta-feira já há uma força tarefa do governo atuando no litoral. Ela é formada pela Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, profissionais das secretarias de Saúde, Família e Desenvolvimento, Infraestrutura, Segurança Pública, Cohapar, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Copel, Sanepar e Mineropar.

"Ativismo não é apenas opção", diz brasileiro que defende baleias


A ONG Sea Shepherd realizou, neste verão, uma de suas expedições contra a captura de baleias na Antártida, realizadas principalmente por navios japoneses. Neste ano, pela primeira vez, as atividades de caça aos mamíferos marinhos foram interrompidas antes do fim da temporada.

O paulistano George Guimarães, 37, participou, entre os dias 22 de dezembro de 2010 e 5 de fevereiro de 2011, da última campanha da ONG que transformou caçadores em caça e a considerou a mais bem-sucedida da história --a organização atua nos mares da Antártida desde 2002.

Nutricionista de formação, Guimarães é especialista em dieta vegetariana e é proprietário de dois restaurantes vegetarianos em São Paulo. "Não é só no ativismo. Minhas outras atividades também são uma forma de defender os direitos dos animais", disse ele à Folha.

Seus dois filhos, de 12 e 10 anos, também não consomem carne em nenhuma refeição.

Acompanhe a entrevista:

Folha - Na sua opinião, qual o balanço da campanha deste ano?

George Guimarães - Esta, sem dúvida, foi a campanha mais bem sucedida. Foi a menor cota que os japoneses já caçaram --cerca de 10% do que objetivavam-- e a primeira vez que eles abandonam a temporada no meio, justamente pelas dificuldades impostas pela Sea Shepherd. Isso se deve ao fortalecimento da nossa estrutura e também ao fato de a frota japonesa ter vindo com menos navios do que de costume.

Mas houve algum outro motivo, além da presença da Sea Shepherd, pelo qual eles teriam recuado?

Eles recuaram por causa da nossa presença, mas houve motivos por que não conseguiram resistir tão bem a ela. Eles estavam com uma frota menor, e a Sea Shepherd, com uma melhor.

E o que a Sea Shepherd tinha de diferente para tornar a ação deste ano mais eficaz que as anteriores?

No ano anterior, tivemos uma embarcação semelhante ao Gojira [nome de barco de alta velocidade presente na campanha de 2011], mas ela foi destruída pela frota japonesa logo no início da campanha, então teve pouca eficiência. Desta vez, o Gojira perseverou até o final da campanha. Ele faz toda a diferença, porque ajuda na localização da frota [dos navios japoneses]. Foi o Gojira que cumpriu esse papel.

Você já havia participado dessa campanha?

Eu não tinha nenhuma experiência com a vida marítima. Foi minha primeira campanha da Sea Shepherd. Eu sou ativista há 16 anos, tenho um grupo de defesa de animais aqui no Brasil, mas essa experiência era o que eu estava esperando já há algum tempo. Surgiu a oportunidade, fiquei sabendo e tinha 36 horas para pegar o avião [para ir à Nova Zelândia, de onde saem as embarcações da ONG], mas não podia deixar passar, porque realmente era uma experiência única poder participar dessa forma de ativismo.

O que o motivou?

Entendo que o ativismo não é sequer uma opção. Qualquer indivíduo que participa da sociedade tem a obrigação moral de atuar, de usar tempo e energia, para reverter os erros que a nossa sociedade cometeu no passado. Isso pode se aplicar a várias áreas, como na social ou na ambiental. Eu optei pelos direitos dos animais. O que me motiva é a responsabilidade, mesmo, de reverter a situação que foi criada. Acredito que todo mundo deveria ser ativista, doar um pouco de tempo por alguma causa.
Conheço o trabalho da Sea Shepherd há três anos e meio. Há dois anos me convenci de que queria fazer parte de uma das campanhas. Foi quando me inscrevi. Fui chamado agora.

Como funciona o processo de se candidatar a voluntário?

Eu me voluntariei há dois anos. Quando você faz isso, não é específico para uma campanha. Realmente, a campanha de que eu gostaria de participar era essa, que é a maior campanha deles, mas eu estava aceitando a ideia de, para chegar até essa, teria de participar primeiro de outras campanhas mais "low profile" [menores]. Felizmente fui chamado para a campanha mais bacana. Como é trabalho voluntário, nem sempre eles devem poder dizer "Ah, primeiro faça tal trabalho para ficar mais treinado", apesar de talvez eles preferirem assim.

Você preenche um formulário, diz a sua disponibilidade de tempo --não escrevi uma data específica de disponibilidade, por isso meu cadastro ficou em aberto-- e suas habilidades. Não tenho muitas quando se trata da vida a bordo, talvez por isso não tenha sido chamado logo. Não sou marceneiro, serralheiro ou engenheiro, funções mais delicadas, com menos voluntários. Deve ter mais gente como eu, que está lá para fazer qualquer coisa.

Tendo sido sua primeira experiência a bordo, você passou por algum treinamento ou preparação?

Não, eu recebi a ligação e tive que pegar o voo 36 horas depois. O treinamento era "na raça". Comecei no convés e fui ganhando experiência. Na ponte de comando, foi a mesma coisa. Eu não sabia nada sobre radares, sobre navegação. Tem alguém que te passa o que deve ser feito, e há ajuda de pessoas mais experientes a bordo.

Que tarefas você executava?

No começo, durante o trabalho no convés, trabalhei com as cordas, fazendo lançamentos do barco pequeno e com limpeza. Todos se desempenham na limpeza do navio --lavar a louça, lavar banheiros, limpar os corredores, jogar o lixo fora--, já que não há funcionários em nenhum setor. Já na ponte de comando, eu trabalhava como assistente, monitorando os equipamentos de comunicação, os radares e fazendo o registro de tudo o que acontecia. Acabei ficando na ponte de comando em todas as situações de embate.

Houve algum momento de confronto do qual você participou, ou alguma situação de risco em que se envolveu?

Na maior parte do tempo, eu estava na ponte de comando, um lugar relativamente seguro. Por isso, não me senti ameaçado em nenhum momento, mas a tripulação foi ameaçada em algumas situações. Foram usados, por exemplo, dispositivos acústicos contra o helicóptero, de forma a deixar o piloto desorientado. Já houve, em outras campanhas, uso de armas de fogo contra o capitão do navio da Sea Shepherd. Mas, depois de repercussões negativas de ações deles na mídia, eles não repetem erros de anos anteriores.

O que você destacaria como experiência depois de voltar da campanha?

A importância de ações como essa. Saber que, quando meus filhos --ou melhor, meus netos-- estiverem vivos, essas baleias que não foram mortas pela frota japonesa ainda existirão porque estávamos lá é algo muito gratificante.

Como você responderia a críticas a esse tipo de ação, descrita por algumas pessoas como "ecoterrorismo"?

A Sea Shepherd não usa violência, e sim intervenção física. Nenhuma das ações poderiam causar algum dano a algum ser humano ou animal que esteja a bordo dos navios. O uso da força é bem diferente do uso de violência. A força contra um navio ou uma instituição, sem ferir humanos, não é violência. Isso na verdade é uma confusão de quem está observando, ou uma confusão plantada, mesmo, para que as pessoas passem a observar dessa maneira. O governo japonês, por exemplo, tem feito isso, uma campanha para vender as ações da organização como ecoterrorismo. Na verdade, algumas ações da frota japonesa têm o potencial de ferir a vida humana, e até já chegaram a fazer isso. As ações da Sea Shepherd jamais feriram qualquer pessoa da frota japonesa.

A Sea Shepherd não poderia fazer isso em qualquer situação. Os japoneses estão lá ilegalmente, então ela faz o que os governos deveriam estar fazendo. É claro que se eu resolver intervir fisicamente em um matadouro em São Paulo, vou ser preso. Então, o que a Sea Shepherd faz na Antártida só pode ser feito na Antártida sem maiores consequências [para a organização]. Então, em outros projetos de ativismo, não vou aplicar as mesmas táticas aplicadas lá.

Você pretende embarcar novamente?

Não há nenhum tipo de compromisso, de nenhuma das partes, nesse sentido. O que posso dizer é que estou disponível, mas cuido também de outros projetos a favor dos direitos dos animais.

Anatel notifica Assembleia Legislativa por uso irregular de bloqueador de celular

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), recebeu na última quinta-feira (10) notificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para apresentar defesa em processo administrativo instaurado pela agência reguladora a fim de verificar o uso irregular de equipamento bloqueador de celular.
A Anatel solicita, ainda, a interrupção do funcionamento da estação já que o uso de tal aparelho é vedado em instituições públicas ou privadas conforme Norma de Uso de Bloqueador de Sinais de Radiocomunicações.
“Todos os equipamentos suspeitos que foram encontrados durante a varredura realizada no mês passado foram desativados e encaminhados para perícia do Instituto de Criminalística” informou Rossoni. “A investigação por parte da Anatel é um reforço importante para a apuração dos fatos. E a Assembleia tem o maior interesse em colaborar com o que for preciso”, completou. A notificação foi encaminhada ao Gabinete Militar da Assembleia, que fará os esclarecimentos solicitados pela Anatel.

Varredura

Assim que assumiu a presidência, o deputado Valdir Rossoni determinou a realização de uma varredura nas salas da Presidência, Primeira e Segunda secretarias. O trabalho foi feito pela empresa de segurança Embrasil no dia 5 de fevereiro. O resultado foi a descoberta de equipamentos de gravação de som ambiente e camêras de vídeo. Na sala ao lado do plenário foi encontrado um grampo telefônico clássico.
Posteriormente, Rossoni tomou conhecimento que a Assembleia, na administração anterior, havia comprado bloqueadores de celular. Segundo os técnicos da empresa Embrasil os equipamentos encontrados não são aqueles que foram licitados em 2010.
No dia 15 de fevereiro foi instalada a Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a existência de escutas ilegais na Assembleia.

Projeto da Comissão da Verdade emperra no governo e no Câmara


Enviado há quase um ano pelo governo ao Congresso, o projeto de lei que institui a Comissão Nacional da Verdade, encarregada de aprofundar as investigações dos crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985), não deverá ser votado tão cedo. Além de a comissão especial criada para analisar a proposta não ter começado a funcionar, o projeto enfrenta resistências dentro do Executivo, principalmente da área militar.

"A ideia é chegar a um entendimento, a um acordo, primeiro entre o governo, que precisa afinar sua opinião sobre essa matéria. Depois é preciso fazer um contato entre os líderes e os partidos para tentar construir uma opinião que permita a instalação e votação do projeto", disse o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). "É um absurdo essa situação. O governo federal detém os dados sobre esse período, mas precisa criar uma comissão para pedir esses dados", afirmou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).

Os militares voltaram a criticar a criação da Comissão da Verdade em documento elaborado pelo Exército, em setembro do ano passado. No documento, escreveram que o Brasil "superou muito bem essa etapa de sua história". O Palácio do Planalto pediu explicações ao Ministério da Defesa sobre o documento. No fim de 2010, antes de assumir o governo, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com os comandantes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) para exigir discrição sobre o tema. Essa foi a condição para que permanecessem no cargo.

Encaminhado ao Congresso em maio do ano passado pelo ex-presidente Lula, o projeto prevê que a Comissão da Verdade será integrada por sete pessoas, com prazo de dois anos para concluir o trabalho. O colegiado deverá trazer as recomendações sobre as investigações dos casos de tortura e desaparecimentos ocorridos durante a ditadura militar.

Líbia: Rebeldes controlam complexo petrolífero de Ras Lanuf


As forças leais ao ditador Muamar Kadafi consolidaram ontem o controle sobre a zona residencial do complexo petroquímico de Ras Lanuf, cerca de 700 km a leste de Trípoli. Mas a refinaria e demais instalações continuaram nas mãos dos combatentes rebeldes. Ras Lanuf, 380 km a oeste de Benghazi, a principal cidade controlada pelos rebeldes, tornou-se a linha divisória do conflito há uma semana, quando os rebeldes expulsaram as forças do governo da refinaria.

Mais uma vez reservatórios de petróleo explodiram, segundo os rebeldes atingidos por foguetes disparados pelas "kataeb", as brigadas leais a Kadafi, mas elas negaram que os tivessem bombardeado.

Depois de abandonar a zona residencial, que se tornou uma cidade fantasma no início da semana, quando quase todos os seus 10 mil moradores foram embora, os combatentes rebeldes se reagruparam em torno das instalações industriais, e garantiram que não deixariam as kataeb retomá-las.

As forças do governo atacaram a área com tanques, foguetes e barcos.

Mais uma vez a estrada que liga Benghazi a Ras Lanuf teve intenso movimento de caminhonetes levando peças de artilharia montadas sobre as carrocerias e voluntários com fuzis Kalashnikov dispostos a lutar para impedir a contraofensiva das forças do governo rumo a leste.

Os combatentes aumentaram o controle da identificação nas suas barreiras na estrada, afirmando que havia agentes do governo infiltrados entre eles.

Em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, com 1 milhão de habitantes e situada 1.050 km a leste de Trípoli, balas traçantes e artilharia antiaérea foram disparadas ontem à noite. O repórter do Estado ouviu depois um estrondo, aparentemente um míssil disparado por um avião.

As forças do governo consolidaram ontem também o controle sobre Zawiya, 50 km a oeste de Trípoli, que havia sido tomada pelos rebeldes no início da guerra civil. A única cidade dominada pelos rebeldes na região oeste agora é Misrata, a terceira maior do país, 200 km a leste da capital. A cidade permanecia calma ontem, mas os rebeldes temiam um ataque em breve do governo.

Em meio à evidente vantagem das forças do governo na guerra civil neste momento, a oposição reagiu de forma indignada à afirmação do diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, que previu na quinta-feira que "no longo prazo o regime (de Kadafi) prevalecerá".

"Ele não deve ter estudado história", disse Mustafa Gheriani, porta-voz da oposição. "A história mostra que o povo sempre vence, não os tiranos com suas máquinas (de guerra)."


 
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