quarta-feira, 2 de março de 2011

Pela 2ª reunião seguida, Copom sobe juro e fixa Selic em 11,75% ao ano


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, formado pelos diretores e pelo presidente da autoridade monetária, se reuniu nesta quarta-feira (2) e decidiu subir a taxa básica de juros da economia brasileira de 11,25% para 11,75% ao ano.
A decisão, que confirmou a expectativa dos analistas do mercado financeiro, representa a segunda alta consecutiva: em janeiro, quando houve a primeira reunião sob o comando de Alexandre Tombini e do governo Dilma Rousseff, a taxa já havia sido elevada também em 0,50 ponto percentual.
Em 11,75% ao ano, a taxa foi fixada no patamar mais alto desde janeiro de 2009, quando estava em 12,75% ao ano. Trata-se, portanto, do maior valor para a taxa de juros em mais de dois anos.
A expectativa do mercado financeiro é de novos aumentos nos juros ainda em 2011. A previsão é de que a taxa termine 2011 em 12,50% ao ano.
Ao fim do encontro, o BC divulgou a seguinte frase: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,75% ao ano, sem viés".

Campeão dos juros
Com a subida da taxa básica da economia para 11,75% ao ano, o Brasil subiu mais ainda na liderança isolada no ranking mundial de juros reais - que são calculados após o abatimento da inflação prevista para os próximos doze meses. Juros altos tendem a atrair capital para a economia brasileira e a pressionar para baixo o dólar.
De acordo com estudo do economista Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul, em parceria com Thiago Davino, analista de mercado da Weisul Agrícola, a taxa real de juros do Brasil avançou para 5,9% ao ano, quase o triplo do segundo colocado (Austrália, com 2% ao ano).
Novos diretores
Essa foi a primeira reunião do Copom com a presença dos dois novos diretores do Banco Central. Altamir Lopes (Administração) e Sidnei Corrêa (Liquidações e Controle de Operações de Crédito Rural), que tiveram sua nomeação confirmada nesta quarta-feira (2) por meio de publicação no Diário Oficial da União.
Os novos diretores são funcionários de carreira do BC, de modo que o mercado não espera alterações significativas no perfil do Copom com a participação deles.
Entenda para que serve o Copom
O objetivo das mudanças nos juros é manter a inflação sob controle, ou seja, cumprir a meta de inflação para o ano. A decisão do BC sobre os juros é soberana e não precisa de aprovação do presidente da República nem do ministro da Fazenda.

á a meta de inflação é fixada pelo governo. No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram forte crescimento da inflação neste começo de ano. O IPCA de janeiro subiu 0,83%, a maior variação mensal abril de 2005. Ao mesmo tempo, dados preliminares de fevereiro indicam que a pressão inflacionária não diminuiu. O IPCA-15 de fevereiro (de 15 de janeiro a 15 de fevereiro) subiu 0,97%, mais do que o valor registrado em fevereiro de 2010 (+0,94%).
As previsões do mercado financeiro para o IPCA deste ano também não param de subir. Na última semana, os economistas do mercado elevaram a sua estimativa de inflação para todo ano de 2011 para 5,8%. Foi a décima segunda semana consecutiva de aumento na previsão. Para tentar conter as pressões inflacionárias, o BC atua sobre a demanda da economia, ou seja, esfriando o ritmo de consumo.
Preços mais caros
Desde a última reunião do Copom, em meados de janeiro, os preços das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como aço, alimentos e petróleo) continuaram a subir, elevando a possibilidade de repasse para os preços internos. Em seis meses, os preços das "commodities" avançaram mais de 30% e, nos últimos 40 dias, pouco mais de 6%.
"Da mesma forma como se observa em outros países, as altas recentes das commodities, e do petróleo em particular, elevaram os riscos inflacionários. No caso brasileiro, as expectativas de inflação para este ano já se aproximam do limite superior do intervalo da meta [6,5%]", avaliou o economista-chefe do WestLB do Brasil, Roberto Padovani.
O ministro do Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu nesta semana que o preço da gasolina pode subir se o barril de petróleo atingir um patamar entre US$ 110 e US$ 120. Com a crise no mundo árabe, o preço do barril de petróleo tipo "brent", para entrega em abril, foi negociado em cerca de US$ 117 nesta quarta-feira (2). Em Nova York, os contratos futuros para entrega do barril WTI em abril fecharam acima de US$ 100 pela primeira vez desde setembro de 2008.
Para o economista Homero Guizzo, da LCA, a possibilidade de aumento da gasolina neste ano, ainda não considerada nos modelos do Copom até a reunião de janeiro deste ano, é um "risco crescente". "O Brasil se acostumou a ter interferências externas desinflacionárias nos últimos anos. Agora, isso acabou", declarou ele.
'Pé no freio'
O governo também detalhou, nesta semana, o corte anunciado de R$ 50 bilhões no orçamento federal deste ano. "Com esse corte, as despesas, que subiram 9,4% em 2010, em termos reais, vão crescer 3,2% neste ano. Um crescimento menor já basta. O BC deixou bem claro que o plano de voo dele estava condicionado a uma política fiscal [gastos públicos] solidária à política monetária [definição dos juros]", disse Guizzo. Sem o corte dos gastos, disse ele, o BC teria de subir mais os juros em 2011. Ele prevê mais um aumento na taxa Selic em 2011, para 12,25% ao ano em abril.
De acordo com análise do economista da LCA, a inflação do setor de serviços também preocupa. "Está ligada à situação do mercado de trabalho, que ainda está bastante aquecido. Mas as medidas que o BC tomou [aumento de compulsório e dos juros] estão tendo efeito intenso sobre o crédito, que vai acabar se refletindo no mercado de trabalho. Vai desacelerar de verdade e depois os preços dos serviços vão começar a recuar", declarou.(G1)

Derosso e Rossoni tentam aparar as arestas entre tucanos de Curitiba


O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, e o presidente do diretório municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso, conversaram nesta quarta-feira para tentar superar o impasse envolvendo o comando do diretório municipal do partido. Rossoni tenta convencer Derosso a recuar da convocação da convenção municipal marcada para o próximo dia 20.

A realização da convenção é contestada pelo ex-deputado federal Gustavo Fruet e os apoiadores do seu projeto de concorrer à prefeitura de Curitiba no próximo ano. Na avaliação de Gustavo, e também de Rossoni, a eleição de um novo diretório favorece os setores que defendem o apoio do PSDB à candidatura à reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB).

“Nós estamos começando essa conversa. No final, não tenho dúvidas de que chegaremos a um grande entendimento que manterá a unidade do partido”, disse Rossoni. De antemão, o presidente estadual do PSDB disse que espera que os dois lados estejam dispostos a ceder. “Todos terão que abrir mão um pouquinho”, disse o presidente estadual do PSDB, sem revelar os termos do acordo que está propondo.

Rossoni é um defensor da proposta da nomeação de uma comissão provisória no partido para fazer uma composição entre as duas alas. A decisão sobre a transição por meio da comissão provisória já havia sido aprovada na executiva estadual quando Derosso fez publicar o edital de convocação da convenção.

Da conversa desta quarta-feira ficou acertado que Rossoni irá conversar com todos os deputados estaduais e federais do partido para sondar a posição de cada um. Por sua vez, Derosso terá o compromisso de conversar com os vereadores tucanos em Curitiba. “Vamos ouvir a todos para que tenhamos uma solução que engrandeça o partido e concilie os interesses internos”, disse Rossoni.

O deputado estadual Mauro Moraes voltou a defender abertamente a chamada da comissão provisória para evitar o risco de o PSDB “perder Fruet, um dos mais importantes nomes do quadro do partido”.

Querendo poupar trabalho para Rossoni, Moraes disse que a bancada tucana na Assembleia é unânime nessa posição, para evitar que uma posição intransigente do partido “seja responsável pela saída de um candidato com grande densidade eleitoral”. Dos 16 votos que compõem a Executiva Estadual, 11 são de parlamentares.

Piloto experiente morre na queda de avião monomotor no Bacacheri


A queda de um avião monomotor logo depois da decolagem, no aeroporto Bacacheri, gerou pânico na vizinhança na manha dessa quarta-feira (2). A aeronave explodiu depois de cair sobre um escritório. O piloto Vitor Ascânio Caldanazo morreu na hora, carbonizado. Três mulheres, um homem e um bebê foram retirados do local e não se feriram.

Funcionários da Aeronáutica informaram que o comandante Caldanazo era um piloto experiente. Ele tentou decolar na pista 18, na direção do Centro de Curitiba, mas, por algum motivo ainda não conhecido, a aeronave (prefixo PT-OIS), modelo Bonanza BE-36, não conseguiu sustentação e caiu em um terreno com duas casas, na Rua Paulo Ildefonso Assumpção, naquele bairro.

Atrás, mora uma família. Na frente, funcionava um escritório de vendas de produtos de higiene. O muro da casa dos fundos faz limite com o fim da pista do aeroporto, alguns metros mais alta. Devido à velocidade, a aeronave passou sobre a residência e caiu com a parte da frente direcionada ao telhado do escritório.

A aposentada Cláudia Prates, que mora do outro lado da rua, imediatamente chamou o Corpo de Bombeiros. "Escutei a primeira explosão, e quando olhei pela janela vi apenas a cauda do avião para fora do telhado. O avião mergulhou na casa. Depois ouvi mais três explosões", relata.

Dentro do escritório, um casal de funcionários viu o bico da aeronave e conseguiu correr para fora antes da explosão. Na casa dos fundos, Sabrina Chagas da Costa conseguiu pegar o filho Luan, de apenas oito meses, e saiu correndo acompanhada da sogra.

"Senti o impacto, vi tudo pegando fogo e saímos correndo, aos gritos", conta a doméstica Maria Onizete Viana de Souza, ainda trêmula e assustada. O pequeno Luan dormia no momento do acidente. Assim como os moradores do terreno invadido pelo monomotor, vizinhos passaram mal devido ao nervosismo e foram atendidos por socorristas do Corpo de Bombeiros. Um homem que inalou fumaça ajudando os moradores foi encaminhado ao Hospital Cajuru, mas passa bem.

Investigação

De acordo com o Capitão Adilar Lima, do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), a pista e as condições climáticas não ofereciam riscos ao voo. "O acidente poderia ter acontecido em qualquer lugar", ressalta. As causas do acidente serão investigados pela Aeronáutica e um laudo preliminar deverá ser divulgado em até 30 dias.

O Aeroporto do Bacacheri permanecerá interditado até que haja a liberação do trecho final da pista.

Falha no motor pode ter sido a causa do acidente, aponta especialista
Valéria Auada Fale com o repórter

O Comando da Aeronáutica, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), já iniciou as investigações sobre a queda do monomotor, ocorrida na manhã dessa quarta-feira (2), no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba. O piloto Vitor Ascânio Caldonazzo morreu carbonizado.

Para Roberto Peterka, perito e especialista em aviação da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, a causa do acidente pode ter sido uma parada de motor. "Normalmente quando o avião cai após a decolagem o problema é com o motor. Pode ser que tenha ocorrido drenagem dos tanques de combustíveis. O combustível pode ter se misturado com água. É a causa mais comum quando a queda acontece na decolagem. Há também inúmeras variáveis como, por exemplo, a quebra de um cabo de comando", analisa Peterka, que tem 30 anos de experiência em investigação e prevenção de acidentes aéreos.

O perito explica que todo avião tem seguro obrigatório - o Seguro Reta, que trata das responsabilidades do proprietário da aeronave. Esse seguro abrange quatro categorias: quem está dentro do avião, quem está fora, bagagens e danos a terceiros. Segundo ele, existe também o Seguro Casco, que não é obrigatório e indeniza os danos do avião e terceiros. Um amigo de Caldonazzo, o também piloto Anderson Silva, acredita que a aeronave tinha seguro.

Arcada

A família de Caldonazzo, que perdeu a vida no acidente, foi ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba na tarde de hoje para reconhecer o corpo. Como o piloto morreu carbonizado, o IML precisou fazer o exame de arcada dentária. Silva está ajudando a família de Caldonazzo e informou que o corpo do piloto será liberado até a noite dessa quarta-feira.

A aeronave prefixo PT-OIS modelo Bonanza BE-36 de Caldonazzo caiu às 9h43 durante decolagem na pista 18 do Aeroporto Bacacheri. O avião atingiu duas casas, na Rua Paulo Ildefonso Assumpção, no bairro Bacacheri. Pará de Minas, em Minas Gerais, era o destino do piloto.

Aeroporto do Bacacheri já foi palco de outros acidentes

Joyce Carvalho

O Aeroporto de Bacacheri, alvo de protestos de moradores pela proximidade com uma área residencial, já foi palco de outros acidentes, mas de menores proporções. O último deles aconteceu em outubro de 2008, quando piloto de um avião de pequeno porte perdeu o controle da aeronave ao pousar. O avião derrapou e parou na pista lateral do aeroporto. Não houve feridos.

Em março de 2005, um monomotor teve uma pane ao decolar. O avião percorreu toda a pista e bateu no muro de uma residência próxima à cabeceira da pista do Aeroporto do Bacacheri. O piloto e dois passageiros sofreram ferimentos leves.

Em junho de 2001, um avião de táxi aéreo bateu contra o muro do aeroporto após fortes ventos ao tentar pousar. O muro separa o aeroporto da Avenida Erasto Gaertner, uma das vias de maior movimento na região. Os três ocupantes do avião - dois tripulantes e um passageiro - tiveram ferimentos, mas sem gravidade. (O Estado do Paraná)

O outro lado de Valmir Marafon: o piloto de corridas campeão ....



O Campeoão da Categoria foi o paranaense Valmir Marafon, com direito a torcida organizada e tudo.

Velocidade na Terra

Pilotos da VSM Racing Team vencem as 100 Milhas de Velocidade na Terra

Agora a galeria de troféus está completa. Após conquistar os títulos de Campeão Metropolitano, Campeão Paranaense e Campeão Brasileiro da Fusca Velocidade no ano de 2008, os irmãos Valmir e Saulo Marafon, que formam a equipe VSM Racing Team, conquistaram no último dia 15 de fevereiro o título de Campeões das 100 Milhas de Velocidade na Terra. Além de vencerem na categoria Fusca Velocidade, Valmir e Saulo foram os campeõs na Classificação Geral da prova, um resultado inesperado, já que competiam com carros bem mais rápidos de outras categorias.

Largando da quarta posição do grid, Valmir Marafon iniciou uma corrida inteligente, deixando que os concorrentes mais afoitos o ultrapassasem e manteve seu ritmo de corrida, poupando seu equipamento, já que era uma prova de 100 voltas. Antes da metade da prova a estratégia da equipe começou a surtir efeito, quando seus principais concorrentes na categoria Fusca Velocidade foram ficando pelo caminho e Saulo Marafon, que estava pilotando no momento, assumiu a primeira colocação na categoris Fusca Velocidade.

Ocupando a primeira colocação na sua categoria, despontou a oportunidade da liderança na classificação geral. Utilizando-se de uma boa estratégia de box, aproveitando as entradas do carro de segurança, o Fusca 177 assumiu a liderança geral da prova com uma volta de vantagem, diferença que foi administrada até a bandeirada final.

“Foi uma vitória completa. O Marcelo Tatsch, nosso preparador, nos entregou um carro com um ótimo desempenho e que não apresentou problema nenhum durante a prova inteira. Na pista eu e o Saulo conseguimos fazer uma corrida com regularidade, sem erros, mantendo sempre um ritmo rápido e seguro. E para completar nossa equipe de box montou a estratégia correta, realizando paradas muito rápidas e no momento correto. Todos esses pontos foram essenciais para esse título” explica Valmir, que foi resposável pelo turno final da prova.

Já Saulo Marafon fala que “ esse título não é só de nós pilotos. É de todos da equipe, dos nossos mecânicos, dos nossos amigos e familiares que estão sempre presentes, seja auxiliando no box ou nos incentivando no camarote. É de todos que sempre estiveram do nosso lado, que acreditaram e auxiliaram no nosso sucesso.”

Agora a equipe se concentra para o início do Campeonato Paranaense no mês de março, aonde a equipe vai tentar o Bi Campeonato da categoria Fusca Velocidade.

FHC E O PSDB, E NÃO O REQUIÃO, CRIARAM O SALÁRIO MÍNIMO REGIONAL

O governador Roberto Requião(PMDB), que usa da pratica da repetição para através da mentira "construir uma verdade", e se diz "criador e responsável pela implantação do salário mínimo regional", sempre "esqueceu" de dizer que quem criou e implantou o salário mínimo regional em 2003 foi o Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a quem sempre acusou de tudo, menos de que este, em conjunto com o também tucano Marconi Perillo, também foi o responsável pela implantação do Bolsa Família. Requião, como sempre perdido no tempo e no espaço, com 3 anos de atraso, só implantou o salário mínimo regional no Paraná em 2006:


Presidência da República

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI COMPLEMENTAR Nº 103, DE 14 DE JULHO DE 2000.

Autoriza os Estados e o Distrito Federal a instituir o piso salarial a que se refere o inciso V do art. 7o da Constituição Federal, por aplicação do disposto no parágrafo único do seu art. 22.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1o Os Estados e o Distrito Federal ficam autorizados a instituir, mediante lei de iniciativa do Poder Executivo, o piso salarial de que trata o inciso V do art. 7o da Constituição Federal para os empregados que não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho.
§ 1o A autorização de que trata este artigo não poderá ser exercida:

I – no segundo semestre do ano em que se verificar eleição para os cargos de Governador dos Estados e do Distrito Federal e de Deputados Estaduais e Distritais;

II – em relação à remuneração de servidores públicos municipais.
§ 2o O piso salarial a que se refere o caput poderá ser estendido aos empregados domésticos.

Art. 2o Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 14 de julho de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Pedro Malan
Francisco Dornelles
Waldeck Ornelas
Martus Tavares

Publicada no D.O. de 17.7.2000

A ERA DOS HIDROCARBONETOS COMEÇA A DECLINAR

A articulista da Prensa Latina, Katia Monteagudo, destacou, na semana passada, que a era dos hidrocarbonetos começa a declinar, enquanto o mundo segue dependente de petróleo. A preocupação da articulista vem corroborar com diversas entidades de petroleiros brasileiros, também nesse fato

Tal conjuntura reforça mais ainda a importância do Brasil recuperar sua soberania plena no setor petróleo, seja na exploração, extração, produção, bem como do petróleo no subsolo nacional. E mais: retornar firmemente ao setor petroquímico, que agregará mais valor ao país.

A articulista da Prensa Latina destacou, também, que o petróleo abundante e fácil de se extrair não é mais uma norma, e muitos especialistas já alertam sobre o fim da era dos combustíveis fósseis, enquanto locomotiva do planeta.

Hoje, o preço do barril de petróleo já ultrapassa os cem dólares (Brent), e os prognósticos são de alta, diante dos levantes populares no Oriente Médio e Norte da África, onde se bombeia um terço do petróleo mundial. O economista da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, disse que o "ouro negro" barato ficou para trás.

A Prensa Latina destacou, ainda, que não há um consenso a respeito de quando ocorrerá (exatamente) o anunciado e temido pico petrolífero, mas está demonstrado que a produção global está a ponto de chegar a esse pico, para em seguida declinar definitivamente.

Segundo o UK Energy Research Centre, é muito provável que isso ocorra antes de 2030, com risco de acontecer entre 2015 e 2020.

Por seu turno, o Departamento de Engenharia de Petróleo, da Universidade do Kuwait, estima que em 2014 o petróleo alcançará o seu máximo de produção, e os países membros da OPEP alcançarão seu máximo em 2026.

Neste grupo se concentra, hoje, três quartos das reservas mundiais de hidrocarbonetos, que estão se esgotando a um ritmo anual de 2,1%, segundo analistas no Kuwait.

Os estudos sobre o pico de petróleo coincidem sobre o ritmo de alta no preço do barril de petróleo. E para manter uma sociedade industrializada como a atual, segundo cálculos da Universidade de Boston (EUA), é necessário obter um rendimento de cinco barris para cada barril equivalente consumido na extração. Hoje, essa taxa ronda os 10 para um, e seguirá caindo em função da dependência do petróleo. Isso explica a corrida pela exploração em alto mar.

Diante desses e de muitos outros aspectos relativos ao setor petróleo, fica cada vez mais claro que o mundo deve caminhar para o desenvolvimento de energia alternativas (e limpas) nos mais diversos setores da economia, em prol de um mundo que respeite o meio ambiente e o ser humano. O petróleo, hoje, deve ser utilizado de forma inteligente e estratégica, para uma economia sustentável.

O Pré-sal deve ser o "passaporte para o futuro" do Brasil, com soberania plena, economicamente sustentável e justo para com o seu povo. Nesse sentido, a campanha "O Petróleo Tem que Ser Nosso" defende que o país retome o monopólio estatal do petróleo e que a Petrobrás seja 100% pública, como forma de garantir que o Pré-sal e diversas outras áreas potenciais de se encontrar petróleo sejam utilizadas estrategicamente, não como um produto qualquer no mercado mundial.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias

O PDT foi excluído da reunião por não estar 100% afinado com o governo


O presidente em exercício do PDT, Manoel Dias, afirmou nesta quarta-feira (2) que o partido não pretende entrar em confronto com o Planalto por conta da polêmica envolvendo o reajuste do salário mínimo. Nesta quarta, a presidente Dilma Rousseff, realizou uma reunião com líderes dos partidos da base aliada para agradecer a aprovação da proposta do governo de reajuste do salário mínimo para R$ 545 e deixou de fora os pedetistas.
Para Dias, que ocupa o comando da legenda em lugar do presidente licenciado, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a atitude não provocou desconforto nem deve motivar atitudes mais enérgicas em relação ao Planalto.

“Nós não estamos em confronto com o governo. Essa decisão [de não convidar o PDT para a reunião no Planalto], não sei se foi dela [Dilma], mas foi uma atitude do governo que não nos cabe avaliar. A maioria da bancada do PDT votou com o governo na discussão do salário mínimo”, argumentou Dias.

Apesar de dizer que as relações do PDT com o governo permanecem intactas, o presidente do partido deve conversar ainda nesta tarde com o líder da sigla na Câmara, deputado Giovanni Queiroz (PA). “A princípio, não temos nenhuma reunião marcada [para debater a atitude do Planalto em relação ao PDT], mas vou conversar com o líder mais tarde”, disse Dias.

A presidente Dilma Rousseff comandou nesta quarta uma reunião com líderes dos partidos da base aliada na Câmara .

Na reunião desta quarta, o único líder de partido da base ausente da reunião com Dilma, dentre os 15 que dão sustentação ao governo, era o do PDT, Giovanni Queiroz (PA). Segundo o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, o partido não foi convidado para participar da reunião por não estar “100% afinado com o governo”.

Nove deputados do partido do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se aliaram à oposição na votação de emendas que aumentavam o mínimo para R$ 560 e R$ 600. “A reunião de hoje foi uma reunião em que a presidenta convidou os líderes que estão 100% afinados com o governo. [...]. Não foi retaliação porque não trabalhamos com retaliação. O PDT continua no governo”, disse Luiz Sérgio.(G1)

REQUIÃO ISOLADO TANTO NA POLÍTICA NO PARANÁ QUANTO EM BRASÍLIA

Com seu jeito espalhafatoso e prepotente de fazer política, próprio dos que se acreditam os donos da verdade, o senador Requião cada vez mais caminha para o total ostracismo. Nem ao menos dentro do seu partido a nível estadual, que sempre ditatorialmente comandou com mão de ferro, ele não consegue mais impor a sua vontade, como logo também perderá a hegemonia dentro do Diretório do PMDB de Curitiba, já que seu preposto Doático Santos, junto com seu mentor, se encontra isolado. O Diretório Estadual do PMDB somente ainda não interviu em Curitiba para evitar o desgaste que tal ato causa. Dentro do partido o fim do poder do requianismo se dará pelo voto.

Em Brasília o Requião, ex-defensor da Dilma, ataca a todos, sendo que com sua língua ferina desanca desde o governo Federal como ao Congresso Nacional, com deixa claro em seu twitter, onde nem ao menos ao PSOL ele dá trégua:

Mudar Alguma Coisa Para quê Tudo Fique Como esta. Lampeduza.
41 minutos atrás via web

Along comeu o Psol afinou nd votação da "Autoridade" olimpica. Estou isolado sem Momento, nao Todavía Errado.
cerca de 1 hora atrás via web

Nao HÁ nenhuma Diferença Entre uma POSIÇÃO do Dem, PSDB e PT nd Condução da economia.Vide ESCOLHA de Diretores do BC unanime,!
cerca de 1 hora atrás via web

Salário minimo contido, Bolsa Família e Lucros fantasticos parágrafo vadio o capital. Chamam Isto É de total modernização.Domínio do congresso.
cerca de 1 hora atrás via web

O dominio dos Rentistas e da Visão Conservadora da Economia e não absolutos Congresso Nacional, cerca-se uma revista Isto fisiologiae um e pomto final.
cerca de 2 horas atrás via web

A tal "autoridade olímpica" é absurda, mas fui tratorado, apesar da promessa de veto por parte do lider da presidenta da parte mais obscena.
about 23 hours ago via web

O conservadorismo do banco central é apoiado pelos governistas e pela oposiçao. Saquaremas e Luzias a serviço dos banqueiros.
about 24 hours ago via web

CRIME SÓCIO-AMBIENTAL: ANA autoriza uso do Rio Xingu para usina de Belo Monte


A Agência Nacional de Águas (ANA) concedeu à Norte Energia a outorga dos direitos de uso do Rio Xingu para a geração de energia na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, conforme publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU). A Norte Energia é a empresa responsável pela construção da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, em Altamira (PA).

A decisão da ANA não tem relação com o impasse jurídico acerca do projeto. Na sexta-feira passada, a Justiça Federal no Pará determinou a suspensão da licença de instalação parcial que permitia o início das obras do canteiro da usina. Segundo o Ministério Público Federal, a decisão também impede o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de transferir recursos financeiros ao consórcio Norte Energia.

Ontem à noite, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região em Brasília na tentativa de derrubar a liminar concedida na semana passada. A Norte Energia ainda analisa a decisão da Justiça Federal no Pará. O BNDES também ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso.(AE)

Fila de caminhões na BR-277 ultrapassa 30 km


A fila de caminhões estacionados às margens da BR-277, em direção ao Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, alcançou o quilômetro 32 durante a tarde de hoje. Caso a fila chegue ao km 36, a concessionária Ecovia, que gerencia a rodovia, passa a reter os caminhões após o quilômetro 54, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, deixando livre todo o trecho da Serra do Mar, com o objetivo de garantir maior segurança.

De acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a formação de filas desde o fim de semana deve-se às chuvas verificadas na região do porto, ao início de embarque da safra de grãos, à maior procura pelo terminal após a realização de dragagem e ao não agendamento prévio das cargas que devem chegar a Paranaguá. O fluxo de caminhões que entram no pátio de triagem, instalado no km 3 da BR-277, é diretamente relacionado ao clima. Quando chove, as operações nos três berços do corredor de exportação são interrompidas. Hoje, não choveu em Paranaguá.(AE)

Depoimento de delegado reforça suspeitas de grampos na Assembleia

O presidente da CPI do Grampo, deputado Marcelo Rangel (PPS), disse que o depoimento do delegado chefe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Alexandre Macurin, atestou que há indícios fortes de que havia um sistema de escuta clandestina instalado na Assembleia Legislativa.

Na reunião realizada nesta terça-feira, o delegado disse aos deputados que somente os peritos da Polícia Científica podem confirmar a finalidade do equipamento, mas que as análises prévias mostram que alguns dos aparelhos foram instalados de forma camuflada e que outros são similares a um sistema clássico de grampos telefônicos.

A CPI quer agora solicitar o depoimento do perito chefe da equipe da Polícia Científica para saber detalhes do relatório que está preparando sobre a aparelhagem localizada em salas da presidência, 1ª e 2ª secretarias da Assembleia Legislativa.

Os técnicos da empresa privada Embrasil, que realizaram a varredura na qual foram localizados os equipamentos, concluíram que parte do sistema era destinada à escuta ambiental. Mas não determinaram se parte dos aparelhos também poderia ser usado como bloqueadores de grampos.

Como a Mesa Executiva anterior havia autorizado a compra de bloqueadores de escuta telefônica, os deputados da CPI pretendem identificar se os aparelhos são os mesmos descobertos na varredura contratada pela nova Mesa Executiva. Rangel também quer ouvir os representantes da empresa que venderam os equipamentos para a Assembleia Legislativa.

Fonte: Banda B

PMDB de Curitiba escolhe o caminho da transição sem traumas


As mudanças no PMDB de Curitiba vão ocorrer por acordo. A transição negociada foi decidida na noite de segunda-feira, durante a reunião entre os membros da executiva estadual e a porção municipal do PMDB, liderada pelo atual presidente do diretório da capital, Doático Santos.

A direção estadual, incluindo deputados estaduais e federais, e Doático, combinaram que, após a realização de um congresso municipal do partido, ainda este mês, começa a ser discutida a sucessão no comando do diretório da capital.

Doático compareceu à reunião convocada pela direção estadual para opor seus argumentos contra a dissolução do diretório defendida pelo deputado estadual Reinhold Stephanes Junior, com apoio da maioria da bancada. Com um discurso emocional, comparando sua história de antigo militante peemedebista com a do deputado, cuja origem política foi no DEM, Doático pediu tempo para preparar o partido para uma nova direção, conforme relato de participantes da reunião.

Stephanes não quis comentar a decisão do diretório. “Meu compromisso é dar um mês de crédito para o atual presidente. Neste período, não vou me manifestar”, justificou o deputado, que gostaria de substituir Doático na presidência do partido.

O deputado peemedebista está em campanha para atrair o ex-deputado federal Gustavo Fruet de volta ao partido para ser candidato a prefeito de Curitiba. Ideia repelida pelo grupo do senador Roberto Requião, do qual Doático faz parte.

Razão

Um dos deputados estaduais que criticam a atuação de Doático à frente do partido em Curitiba, Nereu Moura aprovou a transição sem traumas. “O Doático fez um discurso emocionado. A gente fica tocado, mas é preciso agir com razão e não com emoção”, disse Moura.

Moura afirmou que a expectativa é que, após a realização do congresso municipal do partido, o atual presidente concorde em deicar a posição. “O Doático sabe que é preciso renovar o partido. Sabe que não é uma questão pessoal. É em favor do partido na maior cidade do estado, onde estamos completamente fragilizados”, disse.

O principal argumento dos deputados está nos resultados eleitorais do PMDB de Curitiba. Em 2008, além de o candidato do partido à prefeitura Carlos Augusto Moreira Junior ter ficado em terceiro lugar, o PMDB elegeu apenas dois vereadores. “Foi uma grande demonstração de fragilidade”, disse Moura.

Fonte: O Estado do Paraná

Dois homens são assassinados dentro de BMW no Guabirotuba, em Curitiba



Ocupando uma BMW, as vítimas chegaram num lavacar, no Guabirotuba, para apanhar uma camioneta. Dois homens chegaram junto e um deles desceu atirando.

Duas pessoas foram assassinadas com vários tiros dentro de um carro na tarde desta terça-feira (1º), no bairro Guabirotuba, em Curitiba. O crime ocorreu por volta das 18h, na Avenida Senador Salgado Filho, próximo a um lava carros.

De acordo com o delegado da Delegacia de Homicídios (DH), Rubens Recalcatti, dois ocupantes de um veículo Celta prata desceram do carro e efetuaram os disparos contra o motorista e o passageiro do automóvel BMW. Valmir Marafon, de 47 anos, e um rapaz inicialmente identificado como José Alessandro Silva, que aparentava 30 anos, morreram na hora.

Os autores dos disparos conseguiram fugir. As investigações iniciais apontam que Marafon e Silva foram até o lava carros para buscar uma caminhonete Toyota Hilux que havia sido deixada horas antes no local. “Quando a BMW encostou os dois (ocupantes do Celta) já desceram atirando. Não é possível precisar quantos tiros cada um levou”, diz Recalcatti.

O delegado também disse que ainda não é possível definir o que motivou o crime. As investigações sobre o caso já foram iniciadas e a polícia realiza buscas para encontrar os suspeitos de cometer o duplo homicídio.(GP)


Executados dentro de lavacar no Guabirotuba
Márcio Barros
Anderson Tozato

Ocupando uma BMW, as vítimas chegaram num lavacar, no Guabirotuba, para apanhar uma camioneta. Dois homens chegaram junto e um deles desceu atirando.
Dois homens foram executados com vários tiros, por volta das 18h30 de ontem, no pátio de uma distribuidora de gás onde também funciona um lavacar, na esquina da Avenida Salgado Filho com a Rua Madre Maria Lúcia, no Guabirotuba.

O primeiro a ser morto foi o rapaz identificado extra-oficialmente como José Alessandro Silva, 30 anos. Ele foi morto no banco do motorista da BMW placa KDH -1649, de São José dos Pinhais. O amigo dele, Valmir Marafon, 47, que estava no banco do passageiro tentou escapar, mas foi atingido logo que desceu do veículo e morreu na hora.

De acordo com o relato de algumas testemunhas, Valmir foi até o local para buscar uma a caminhonete Hilux placa AVM-5673, que havia deixado para lavar. Quando José Alessandro estacionou a BMW, dois homens em um Celta prata entraram por um portão lateral do lavacar.

O passageiro desceu, foi até o lado do motorista e começou a atirar, matando-o. Depois perseguiu Valmir e também o assassinou. Segundo o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios, Valmir já havia sido preso pela Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, em julho de 2007.

Apontado como gerente uma quadrilha que aplicava golpes usando duas lojas como fachada, nos bairros Portão e Boqueirão. Na época ele foi preso pelo delegado Marcus Vinicius Michelotto (atual delegado geral da Polícia Civil) que descobriu que a empresa tinha sido aberta com documentos de dois homens, um que já estava morto e outro que teve os documentos roubados.

Através da empresa, os vigaristas podiam abrir contas com nomes falsos, porque a apresentavam documentos que comprovavam rendimentos e tempo de serviço. Depois não honravam as dívidas e as lojas ficavam com o prejuízo.

“Não sabemos se ele foi executado por conta de desentendimento ou se estava envolvido em alguma prática ilegal. O fato é que os dois foram executados com vários tiros”, relatou o delegado.

Ele disse também que o motorista não tinha documento de identificação e que o nome foi informado por alguns conhecidos. “Precisamos da identificação oficial para saber se os dois tinham motivos para serem executados ou se os matadores queriam apenas e o outro morreu porque estava junto”, completou.(Paraná online)


HISTÓRICO CRIMINAL DE VALMIR MARAFON:

Polícia desmantela quadrilhas que aplicavam golpes com empresas de fachada
Entre os acusados do esquema milionário está um ex-policial civil
03/07/07 às 16:33 | AEN

A Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas da Polícia Civil do Paraná desmantelou, na manhã desta terça-feira (3), duas quadrilhas que utilizavam empresas de fachada para aplicar golpes no comércio de Curitiba. Somados os prejuízos causados ultrapassariam milhões, segundo a polícia, que ainda calcula o montante.

Foram presas 12 pessoas e cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, em Curitiba e Região Metropolitana. Entre os detidos está um ex-policial civil. É procurado, também, um papiloscopista, acusado de liberar carteiras de identidade falsas para integrantes de uma das quadrilhas, mediante propina. Segundo a polícia do total de detidos, 11 tiveram mandados de prisão cumpridos e um foi preso em flagrante.

“Começamos a investigar, em fevereiro deste ano, uma quadrilha especializada na receptação e distribuição de produtos roubados de higiene pessoal, perfumaria e medicamentos. Durante as investigações, chegamos a uma empresa usada como fachada para fazer financiamentos de veículos e empréstimos que não eram pagos”, contou o delegado-chefe da DEDC, Marcus Vinicius Michelotto.

O cumprimento dos mandados para desmantelar as duas quadrilhas começou às 6h. Além dos policiais da DEDC, deram apoio à operação, policiais da Corregedoria da Polícia Civil, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce).

Foram apreendidos cargas com produtos alimentícios, cosméticos e pneus, além de dez veículos, arquivos digitais e computadores. Entre os veículos estão um modelo Honda Fit, uma Saveiro, um Mercedes-Benz Classe A, um Gol, um Meriva, um Corolla, um Cherokee, um Fox, um Corsa e um Citroën Xsara. A polícia suspeita que os veículos podem ter sido frutos dos financiamentos fraudulentos. Segundo o delegado, a as cargas também podem ser produtos de crime.

Eletrodomésticos – A primeira quadrilha investigada, segundo a polícia, seria chefiada por Valmir Marafon que gerenciaria negócios fraudulentos através da empresa Dom Eletro Eletrodomésticos Ltda., com duas lojas em Curitiba, uma no bairro Boqueirão e outra no Portão. De acordo com o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, a empresa teria sido aberta em outubro de 2006 com o nome de uma pessoa falecida e de outra que teve os documentos roubados.

“A partir daí, os integrantes da quadrilha podiam abrir contas com nomes falsos, porque a empresa Dom Eletro comprovaria seus rendimentos e tempo de serviço. Depois, eles não honravam as dívidas e as lojas ficavam com o prejuízo”, explicou o delegado.

Segundo a polícia, a quadrilha comprou três caminhões, uma BMW, um Ford Focus e um Gol em financiamentos que nunca seriam pagos. A quadrilha também teria dado calote de mais de R$ 60 mil em mercadorias que foram compradas, mas não foram pagas além de ter supostamente feito empréstimos em bancos de mais de R$ 60 mil sem que fossem pagos. Segundo Rodrigo Brown, a intenção da quadrilha seria a de fechar a empresa quando os primeiros protestos começassem a aparecer. “A partir daí, eles esvaziariam os galpões e desapareceriam com as mercadorias”. De acordo com as investigações, o papiloscopista da Polícia Civil, Alvascir Veiga de Miranda, forneceria documentos de identidade falsos para a quadrilha em troca de dinheiro.

A polícia constatou também que Valmir Marafon estaria ligado a uma distribuidora de cosméticos e perfumaria no bairro Portão, na Avenida Artur Bernardes, pertencente a Mario Emer, acusado pela polícia de receptar mercadoria roubada. Esta distribuidora negociaria diversos produtos, como tintura de cabelo, sabonete, vitaminas e remédios em valores abaixo do mercado. “Constatamos que o grupo se interessava por todo o tipo de produto, desde que tivesse receptividade imediata no mercado”, contou o delegado.

As investigações apontam também que Marafon teria envolvimento com desvio de cargas e já possui diversos antecedentes criminais no Paraná, Santa Catarina e São Paulo por receptação, estelionato e formação de quadrilha. “Há alguns dias, encontramos, em um anexo da residência do suspeito, 20 pacotes de tecido que teriam sido roubados de uma malharia em maio, além de pneus novos, diversos pacotes de ração e botijões de gás veiculares”, contou o delegado.

Os presos são acusados de formação de quadrilha, receptação e estelionato. Poderão ser condenados a mais de dez anos de reclusão pela Justiça.


Presos:
- Valmir Marafon, 44 - Prisão preventiva. É apontado como chefe da quadrilha, coordenava todas as ações de compra e venda de produtos;
- Mario Emer, 54 - prisão temporária. É proprietário da distribuidora de cosméticos que segundo a polícia revendia produtos furtados e roubados; Também foi encontrado com uma arma e foi autuado por porte ilegal.
- Maria Elizabeth Martins, 47 - prisão temporária. Também ligada à distribuidora de cosméticos;
- Carlito Gomes, 56 – prisão temporária. Acusado de ser dono de um barracão utilizado pela quadrilha para armazenar cargas roubadas;
- Helio Marcio Pereira, 30 - prisão temporária. Trabalhava na loja Dom Eletro do Boqueirão e, segundo a polícia, tinha conhecimento das irregularidades;

Foragidos:
- Jobel Rodrigues Martins - prisão temporária. Trabalhava na loja Dom Eletro do Boqueirão e, segunda a polícia, tinha conhecimento das irregularidades;
- Alvascir Veiga de Miranda - prisão temporária. Papiloscopista da Polícia Civil acusado de falsificar documentos para a quadrilha.
- Cleomar Fidelis – prisão temporária. A polícia encontrou um caminhão no nome de Fidelis. Há fortes indícios de que ele participa de todo o esquema.
- Sulivan César Godoy - prisão temporária. Trabalhava na loja Dom Eletro do Boqueirão e, segundo a polícia, tinha conhecimento das irregularidades;
- Valdemar Paulo Strack - prisão temporária. Também ligado à distribuidora de cosméticos;

Empresa é aberta em nome de pessoa falecida

A segunda quadrilha desmantelada é acusada também de abrir uma empresa em nome de uma pessoa que já faleceu e de outra que teve seus documentos roubados. Durante a operação deflagrada nesta manhã, a polícia cumpriu seis mandados de prisão temporária e mais oito mandados de busca e apreensão. Além dos cumprimentos dos mandados, uma pessoa foi presa em flagrante.

Segundo as investigações, a empresa RM Trade Solutions Telecomunicações Ltda. do Paraná, que fica no Boqueirão, a princípio, foi fundada por Josuel Inácio dos Santos, com os documentos de duas pessoas que não sabiam que seus nomes estavam sendo utilizados. Uma das vítimas é o tio de Santos, falecido em 2006, e a outra é uma mulher que registrou boletim de ocorrência noticiando à polícia ser vítima de fraude.

A polícia também investiga a documentação da empresa Empório Comércio de Produtos Óticos Ltda., que está instalada no mesmo endereço da RM. “A princípio teria sido aberta nos mesmos moldes da RM e agora, com os documentos apreendidos na operação e os depoimentos dos presos, será possível descobrirmos como estas empresas funcionavam”, disse o delegado Marcus Vinicius Michelotto.

Segundo o delegado, Josuel Santos, Alexandre Gonçalves e Otacílio Rojas Martins eram quem movimentavam os negócios das duas empresas. A polícia suspeita que eles as usavam para auxiliar na confirmação de dados cadastrais em propostas de compra de veículos e abertura de créditos bancários e utilizavam documentos falsificados que auxiliavam no repasse de informações erradas.

De acordo com a polícia, as pessoas presas nesta terça-feira envolvidas no esquema poderão ser indiciadas por falsificação de documento público, estelionato e formação de quadrilha.

Presos:
- Josuel Inácio dos Santos, 39 – prisão temporária. É acusado de firmar a empresa RM Trade com sócios que não sabiam que seus nomes estavam sendo utilizados;
- Alexandre Gonçalves, 37 – prisão temporária. Movimentava os negócios das duas empresas, junto com Otacílio;
- Otacílio Rojas Martins, 42 – prisão temporária. Junto com Alexandre, movimentava os negócios das duas empresas;
- Edson Lesko, 37 – prisão temporária. suspeito de montar e repassar fichas cadastrais para o financiamento de veículos, além de falsificar documentos;
- José Carlos da Silva, 35 – prisão temporária. Contador da quadrilha, responsável por alterar dados contratuais das empresas, além de monitorar processos para a abertura de novas empresas;
- Francisco Ioga Almeida Freitas, 57 – preso em flagrante uso de documento falso e falsificação de documento público. Fornecia documentos para a quadrilha.
- Marcelo Nejm Freitas, 43 – prisão temporária. Segundo a polícia, ele é suspeito também de montar empresas de fachada. (Paraná online)

Governo estadual vai contratar 618 servidores para hospitais do interior

O Hospital Regional do Sudoeste, em Francisco Beltrão, e o Hospital Universitário do Oeste do Paraná, em Cascavel, construídos pelo governo passado, devem ganhar 618 novos servidores para melhorar o atendimento. O governo determinou a nomeação de 524 servidores para a unidade de Francisco Beltrão e 94 para o hospital de Cascavel.

As novas contratações vão possibilitar que o Hospital Regional do Sudoeste dobre a capacidade de atendimento e passe a atuar com 612 funcionários efetivos, segundo a Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do estado. Já o Hospital Universitário do Oeste colocará em funcionamento mais sete UTIs e 12 leitos de enfermaria.(AEN)

Em entrevista para a AEN, o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, disse que o hospital de Francisco Beltrão estava em situação precária e muitos funcionários estavam contratados temporariamente. Com as vagas abertas para concursados, os provisórios serão substituídos.

Os 524 novos profissionais foram aprovados nos concursos de edital 114/2009 e 115/2009 e deverão assumir imediatamente. Entre os nomeados pelo governador para o hospital de Francisco Beltrão, 70 são profissionais de nível superior - incluindo 20 médicos -, 181 são técnicos de enfermagem, 48 de nível médio e 225 profissionais de apoio. A estimativa é que sejam colocados em funcionamento 100 leitos de enfermaria, as alas de obstetrícia e ortopedia, que ainda não funcionavam, além de manter 28 UTIs atuando plenamente.

Para o hospital de Cascavel serão nomeados 70 servidores aprovados em concursos públicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e 24 servidores aprovados em concursos da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Entre os 70 servidores do concurso da Sesa, 60 são técnicos de enfermagem aprovados pelo concurso de edital 115/2009 e 10 são enfermeiros aprovados no concurso de edital 195/2006.

Os profissionais nomeados devem acompanhar os editais de chamamento publicados no site www.cops.uel.br para saber a data de apresentação nos hospitais. Em Francisco Beltrão, a apresentação está prevista para os dias 10 e 11 de março, no próprio hospital.

ProUni perde 25% dos bolsistas

Desde 2004, 193 mil estudantes se desligaram do programa. Situação indica necessidade de aperfeiçoamento do modelo de custeio

“Cheguei a passar fome”, diz ex-universitário

O jornalista Flávio Sebastião Freitas, 22 anos, está entre os 13.583 formandos do ProUni no Paraná. Mas ele só não ficou no meio do caminho porque teve muita força de vontade. Natural de Lindianópolis, no Centro-Norte do estado, Flávio conta que a família sempre trabalhou na roça e não tinha condições de ajudá-lo com as despesas. “Fui o primeiro da família a entrar numa faculdade e sabia que não podia desperdiçar essa chance.”

Durante parte da faculdade, Flávio trabalhou em uma empresa, mas a carga de trabalho comprometia seu desempenho na universidade. “Eu morava no Sítio Cercado, trabalhava em São José dos Pinhais e estudava na [Universidade] Positivo, no Campo Comprido.” Ele resolveu então priorizar os estudos e para se manter contava apenas com uma bolsa de estagiário – cerca de R$ 200.

Com esse dinheiro, tinha de pagar aluguel, luz, água, transporte e alimentação. “Cheguei a passar fome.” Em 2010, Flávio se formou e hoje é educomunicador da rede Ciranda. “Vejo que todos os sacrifícios foram válidos. Trabalho no que gosto e tenho uma vida bem melhor do que se tivesse permanecido no interior.”

193.194 bolsas (25% do total) foram encerradas

Um quarto dos estudantes beneficiados com bolsas do Programa Universidade para Todos deixou o ProUni antes da formatura. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), em todo o país, 752 mil bolsas (parciais ou totais) foram concedidas desde que o programa foi criado em 2004. Dessas, 420.548 continuam ativas, ou seja, com estudantes matriculados nas faculdades, e 138.368 já se formaram. As demais 193.194 bolsas (25% do total) foram encerradas.

Os motivos apontados pelo MEC para os desligamentos são diversos. A evasão aparece como a terceira causa mais comum, responsável pelo abandono de 28.063 estudantes do programa. Entretanto, o MEC não considera como evasão casos em que os bolsistas solicitam o desligamento do ProUni (62.964 estudantes), quando ocorre a inexistência da matrícula (19.981) ou há esgotamento do prazo de utilização da bolsa (9.909). Contudo, todas essas situações levam ao desperdício de dinheiro público.

Baixa renda

A maior incidência de desligamentos do ProUni está concentrada na categoria de bolsas parciais, segundo o especialista Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp (sindicato que representa os estabelecimentos privados de ensino de São Paulo). “Ao menos essa foi a realidade verificada nas várias instituições com as quais mantivemos contato. Nessas faculdades na categoria integral, a evasão é baixa. O mesmo não ocorre na parcial, o que prova que esse tipo de subsídio não resolve a situação de alunos com renda muito baixa, como é o caso de quem se qualifica para o ProUni. Em função disso, há universidades que praticamente não oferecem bolsas parciais.”

Esse é o caso da Unisul, instituição de ensino superior de Santa Catarina, que conta com 22 mil estudantes nos cursos presenciais, dos quais 2,7 mil são bolsistas do ProUni. O diretor financeiro da universidade, Adriano Dias Souza, informa que 100% dos beneficiados pelo programa na Unisul recebem bolsas integrais. “Isso, certamente, é fundamental para que a nossa taxa de abandono seja baixa. Mas como o estudante de ProUni tem renda bem baixa, há quem saia por não conseguir arcar com gastos de moradia, transporte e alimentação. Para essas pessoas, quando há alguma dificuldade, são atendidas primeiro as necessidades elementares e educação não está nesta lista.”

Mesmo entre os alunos que trabalham, Capelato lembra que as dificuldades para complementar a mensalidade são grandes, pois eles têm de pagar uma série de outras despesas. “E os que conseguem um rendimento um pouco melhor acabam perdendo a bolsa, já que o ProUni é para jovens procedentes de famílias com renda per capita de até um salário e meio.”

Modelo americano

Capelato defende que, para reduzir a taxa de desligamentos do ProUni, o MEC deveria rever a forma de custeio do ensino superior. O ideal, na visão do especialista, seria seguir o modelo americano, em que, além das bolsas serem integrais, considera-se todos os custos que o aluno terá para estudar, como moradia, transporte, alimentação e material didático. Isso possibilitaria, por exemplo, que estudantes de cidades com poucas opções de ensino superior pudessem buscar alternativas em outros municípios e até estados.

O professor Ocimar Munhoz Alavarse, da Faculdade de Educa­­ção da Universidade de São Paulo (USP), tem opinião semelhante. Ele sabe que o descredenciamento do ProUni está associado a inúmeros fatores, entre eles questões como a escolha errada do curso, ingresso em outra instituição superior e melhoria da condição financeira capaz de fazer com que o aluno saia da condição de bolsista. Na opinião dele, porém, o fator que mais pesa é a falta de condições financeiras para que o estudante se mantenha na faculdade, fator que, no caso específico dos bolsistas do ProUni, tem um peso maior.

“Podemos dizer que o estudante do ProUni é mais sensível às pressões sociais, o que também ocorre com parte dos acadêmicos das universidades públicas. Eles apresentam níveis econômicos mais baixos e por isso só deixar de pagar a mensalidade não é garantia de que ele poderá continuar os estudos. Muitos são arrimos de família ou precisam trabalhar para sobreviver”, comenta. Para que a desistência caia, ele defende a adoção de uma política estudantil que contemple as outras necessidades dos estudantes. “E isso não só para bolsista do ProUni, mas também para quem está em universidade pública e enfrenta os mesmos problemas”.

Taxa de formandos divide opiniões de especialistas

Embora tenha sido criado em 2004, o ProUni começou a oferecer bolsas no primeiro semestre de 2005. A oferta foi aumentando gradativamente até chegar ao número atual, de 123 mil bolsas. Ao todo, 138 mil estudantes conseguiram o diploma no ensino superior com a ajuda do programa. Em relação ao nú­­mero de formandos, o desempenho do ProUni divide opiniões. O professor Rodrigo Ca­­pelato considera que o total de formandos está dentro do esperado. “Temos que considerar que no começo o ProUni ofereceu poucas vagas.”

Já o professor Ocimar Mu­­nhoz Alavarse considera baixa a taxa e defende que o Ministério da Educação faça um levantamento para apurar os motivos para a demora dos estudantes concluírem os cursos. A partir disso, ele diz que o ministério teria condições de definir ações que contribuam para um volume maior de colações de grau. “Estamos falando de dinheiro público e nesse caso toda precaução é válida.” Ele acredita que dificuldades financeiras são a causa mais preponderante no atraso em concluir os cursos. “É bom lembrar que boa parte dos nossos universitários já passou da casa dos 25 anos, estando mais sujeito, portanto, às pressões so­­ciais.”(GP)

Copel tem de abrir 257 agências em 6 meses

Nos próximos seis meses, a Companhia Paranaense de Ener­gia (Copel) terá de abrir 257 postos de atendimento nas cidades parananenses com até 10 mil habitantes para se adequar às medidas de regulamentação impostas pela Agência Nacional de Energia Elé­­trica (Aneel). Parte dessas regras – impostas a todas as distribuidoras de energia elétrica do país para garantir o cumprimento dos direitos dos consumidores – está va­­len­­do desde ontem.

As principais novidades são os prazos mais curtos para ligações de eletricidade, de até dois dias úteis, no caso de residências. No caso de religação (após corte por falta de pagamento, por exemplo), o prazo será menor: 24 horas. Além disso, a Aneel impôs a obrigatoriedade de postos de atendimento à população em todos os municípios onde a empresa presta serviço, além de central telefônica funcionando 24 horas.

Para cumprir as regras, a Copel terá de criar 121 postos de atendimento nos 121 municípios do estado com até 2 mil habitantes e 136 postos nos municípios com população entre 2 mil e 10 mil pessoas – a estatal já está presente nas cidades com mais de 10 mil habitantes. A implantação da nova estrutura vai custar R$ 9,5 milhões, e a manutenção dela vai exigir gastos de R$ 13,7 milhões por ano.

Sem repasse

Apesar disso, o superintendente comercial de distribuição da Co­pel, Carlos Roberto Vriesman, garante que não haverá repasse de custos aos usuários. “A metodologia de cálculo da tarifa já considera que as concessionárias devem prestar esse atendimento, mas, como antes não era obrigatório, cada empresa abria conforme achava mais adequado.”

Segundo o superintendente, algumas das regras já são cumpridas pela empresa, como a existência de uma central de atendimento ao cliente funcionando 24 horas por dia. “No início do ano passado, houve aprovação para 90 contratações, já visando o cumprimento da chamada Lei do SAC. Até 80% das ligações são atendidas em menos de um minuto”, diz.

Concurso

O preenchimento das vagas para os 257 novos postos de atendimento será feito por concurso público, que deve selecionar um funcionário para cada cidade. Ele deverá prestar atendimento de 4 horas diárias. A meta, segundo Vries­man, é que a Copel totalize 410 postos de atendimento presenciais no estado até a data-limite prevista pela Aneel. Os usuários dessas unidades não poderão esperar mais de 45 minutos na fila e todos os serviços deverão estar disponíveis.

Punições

O não cumprimento dos prazos para ligação e religação e a suspensão indevida do fornecimento passam a gerar um crédito para o consumidor, a ser concedido na fatura do mês seguinte ao da ocorrência. Isso poderá ocorrer já na conta de abril, caso os prazos sejam descumpridos durante este mês. O desconto será calculado a partir de uma fórmula e será proporcional ao tempo excedido em relação aos prazos determinados ou à duração do corte de luz. O objetivo é que o consumidor não pague pelo uso da rede elétrica no período em que não teve acesso ao serviço.

As regras também impedem o corte de luz após 90 dias de inadimplência, beneficiando o usuário que esqueceu de pagar uma conta tempos atrás e quitou todas as faturas seguintes. O desligamento somente poderá ser feito após o 15.º dia da inadimplência e no horário comercial, evitando que as residências fiquem sem luz em domingos, feriados ou durante a noite.

O diretor da Aneel Romeu Rufino não acredita que as empresas tenham grande dificuldade para cumprir as normas. Segundo ele, para que não houvesse problemas, o prazo inicial, de 1.º de dezembro de 2010, foi adiado para 1.º de março. Como a legislação exige licitação para compra ou aluguel de imóveis e concurso para a contratação de mão de obra, a agência reguladora escalonou a abertura desses postos até 15 de setembro.


NOVAS REGRAS:

Confira abaixo as novas regras para o setor de energia elétrica. Algumas entraram em vigor ontem, e as demais serão escalonadas até 15 de setembro.

Desde 1º de março

Prazo de ligação de energia:
Consumidor residencial urbano, até dois dias úteis; industrial ou comercial de grande porte, até sete dias.

Prazo de religação:
Consumidor de área urbana, até 24 horas.

Fim de contrato:
Cliente pode encerrar contrato mesmo que não tenha quitado os débitos

Atendimento pelo telefone:
Central telefônica 24 horas por dia, gratuita, recebendo ligações de telefone fixo ou móvel.


A partir de 15 de março

Atendimento pessoal:
Instalação de postos de atendimento presencial em todos os municípios com mais de 10 mil unidades consumidoras, com funcionamento de oito horas diárias.

Tempo máximo de espera nas filas:
45 minutos.

Suspensão de fornecimento:
Por falta de pagamento, a suspensão só poderá ser feita em horário comercial.

Conta atrasada:
Atrasos por mais de 90 dias não poderão causar corte de luz (mas a empresa pode efetuar o corte nestes três meses, a partir do 15º dia de inadimplência).


Até 15 de junho

Atendimento pessoal:
Instalação de postos de atendimento presencial nas cidades entre 2 mil e 10 mil unidades consumidoras, com funcionamento de quatro horas diárias.


Até 15 de setembro

Atendimento pessoal:
Em locais com menos de 2 mil unidades consumidoras, atendimento presencial com funcionamento de quatro horas diárias.(GP)

 
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