sábado, 10 de março de 2012

Avaaz, golpe ou verdade?

AVAAZ: GOLPE OU NÃO??

Algum tempo que procuro informações sobre a AVAAZ. No quem somos, não diz quem são claramente......mas, procurando na internet(bendita seja) descobri muitas coisas....um dos melhores artigos posto aqui para esclarecimento dos interessados.

abraços.

Do Blog Defensor da Natureza

Petições da Avaaz rendem milhões de dólares. As campanhas são sérias ou é golpe na internet?

60043667958978" class="post-body entry-content">AVAAZ é uma ONG de uma única pessoa que já faturou mais de 11 MILHÕES DE DÓLARES em doações feitas por internautas.

Pedidos de doações são disfarçados em textos apelativos de petições que exploram qualquer assunto em destaque na mídia. O dinheiro das doações vai para uma conta no exterior.

As mensagens são enviadas de um computador dos Estados Unidos. Ou seja, a ordem para brasileiros clicarem em alguma coisa vem de fora do País.

IP dos e-mails da Avaaz 69.60.9.158
Resultado da consulta: IP Address: 69.60.9.1 Country: United States

Esta ONG norte-americana surgiu há pouco tempo na internet pedindo doações em suas campanhas (petições) e já está MILIONÁRIA. Pertence a uma única pessoa conforme informações da declaração de imposto de renda apresentada ao fisco do governo dos Estados Unidos (Department of the Treasure - Internal Revenue Service)

Pesquisando na internet verifica-se que o dono da Avaaz tem várias ONGs virtuais e todas usam a mesma tática da Avaaz de pedir dinheiro pela internet enviado petições sobre assuntos com forte repercussão na imprensa. Percebe-se que Avaaz é apenas um nome diferente para as ONGs virtuais MoveOn.org e Res Publica.

Uma de suas ONGs virtuais, Faithful América (FA), criada em 2004, explora o sentimento religioso das pessoas para pedir dinheiro em petições. O nome “Faithful América” pode ser traduzido como América da Fé. Em 2008 mudou de nome para Faith in Public Life (Fé na Vida Pública).

Pelas informações no site da FA, percebe-se claramente que trata-se de uma versão religiosa da Avaaz.orgou da MoveOn.org: a FA é uma comunidade online de milhares de cidadãos motivados pela fé para agir nas questões prementes moral do nosso tempo e mobiliza seus membros, solicitando sua participação nas petições de internet, campanhas de envio de cartas, manifestações, eventos e grupos de pressão.

A Avaaz apareceu no Brasil usando algum artifício para disparar em massa mensagens com as petições e pedido de doações para milhares de contas de e-mails do Brasil. Depois, alguns internautas brasileiros fizeram o resto do serviço para a Avaaz prospectar doadores aqui, reenviando as petições para seus contatos, que por sua vez repassaram para outros e assim por diante.

Em uma de suas primeiras mensagens a Avaaz dizia que tinha o poder até de “persuadir” o Presidente Lula. Imagine se isso fosse verdade. Uma ONG estrangeira, comandada por uma única pessoa, sem registro no Brasil (as doações de brasileiros vão para uma conta no exterior, via cartão de crédito internacional), dispara mensagens em massa de outro país capazes de influenciar até nosso Presidente.

Nos Estados Unidos é obrigatório as ONGs tornarem públicas suas declarações de imposto de renda. No ano passado a AVAAZ Foundation publicou em seu site as declarações de imposto de renda, do período de 01 junho de 2006 até 31 de dezembro de 2009, apresentadas ao fisco do governo dos EUA (Department of the Treasure - Internal Revenue Service), que estão disponíveis nestes links

Declaração Imposto de Renda 01jun2006 a 31mai2007 - anual

Declaração Imposto de Renda 01jun2007 a 31mai2008 - anual

Declaração Imposto de Renda 01jun2008 a 31dez2008 - semestral

Declaração Imposto de Renda 01jan2009 a 31dez2009 - anual



ARRECADAÇÃO de doadores

De acordo com estas declarações de imposto de renda apresentadas ao governo dos EUA a AVAAZ Foundation arrecadou em doações as seguintes quantias

01jun2006 a 31mai2007 – 1,093 MILHÕES DE DÓLARES
01jun2007 a 31mai2008 – 4,398 MILHÕES DE DÓLARES
01jun2008 a 31dez2008 – 1,275 MILHÕES DE DÓLARES
01jan2009 a 31dez2009 - 4,767 MILHÕES DE DÓLARES

TOTAL DO PERÍODO (jun/2006 – dez/2009): 11,534 MILHÕES DE DÓLARES.


DESPESAS – salário do diretor-executivo: R$ 40 mil por mês

O que o dono da avaaz.org faz com os milhões de dólares que arrecada? A atividade de disparar mensagens em massa na internet tem um custo muito baixo.

Observem na declaração de imposto de renda que o diretor-executivo recebeu US $ 126 mil no semestre 01jun2008 a 31dez2008, que dá 21 mil dólares mensais, ou seja, aproximadamente R$ 40.000,00 por mês de salário (o dobro do valor declarado no exercício anterior). A Avaaz declarou que tem apenas 6 funcionários e 20 voluntários.

Declararam também ao fisco do governo norte-americano que no segundo semestre de 2008 pagaram 129 mil dólares para um consultor e que gastaram 2008 a quantia de 2,673 MILHÕES DE DÓLARES com a campanha das mudanças climáticas (não há detalhes como esta quantia foi gasta).

CREDIBILIDADE da AVAAZ - AS PETIÇÕES FUNCIONAM?

A comodidade de alguém exercer a cidadania por você tem um preço. Já se constatou vários equívocos nas petições, como falhas de interpretação de matérias jornalísticas (do congresso nacional, exemplo), comemoração de vitórias que foram terríveis derrotas. Basta ler atentamente os textos que já se percebe algo estranho. O que é motivo para muitas desconfianças.

Petição sobre a Lei da Grilagem da Amazônia

Veja o equívoco da Avaaz na informação em seu site sobre o resultado da votação Medida Provisória (MP) da legalização da grilagem de terras na Amazônia. Ao contrário do que a Avaaz informa, a MP da grilagem virou lei e foi considerada uma das maiores derrotas da história do ambientalismo brasileiro.

Do site da Avaaz
A floresta Amazônica - No ápice de um momento de decisão em junho de 2009, membros da Avaaz no Brasil fizeram mais de 14.000 ligações e enviaram mais de 30.000 mensagens online ao presidente Lula em dois dias. No último momento, a pressão pública reverteu a lei que daria boa parte da floresta Amazônica para a exploração de agronegócios (Junho 2009). Uma grande vitória para o Brasil, e para o planeta, já que a Amazônia consome enormes quantidades de gases estufa que vem aquecendo o planeta.

Como todos sabemos, a MP da grilagem virou lei, isto é, foi aprovada e sancionada. Veja o que imprensa publicou na época

Senado aprova MP da Grilagem

Vira lei medida provisória apelidada de MP da grilagem

Lei que regulariza terras irá beneficiar grileiros, afirma Marina S...

Petição sobre a Lei da Ficha Limpa.

Em seu site a Avaaz comete exageros em sua propaganda internacional. Reinvidica ter sido responsável pela lei da ficha limpa no Brasil. Diz na propaganda que foram suas petições na internet que fizeram surgir um movimento popular no Brasil para propor a lei da ficha limpa.

Do Site da Avaaz
Brazil (730,000 members) we took a civil society movement online and drove an anti-corruption law through congress that is putting large numbers of corrupt politicians out of a job - widely hailed as a political revolution.

Conforme a imprensa tem noticiado, foi o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que fez a proposta e a campanha para coletar mais de 1,6 milhão de assinaturas.

Por ingenuidade, o MCCE publicou em seu site um link para a site da Avaaz hospedado nos Estados Unidos da petição oportunista que explorou a repercussão na imprensa do projeto de lei da ficha limpa para pedir dinheiro aos brasileiros. Pelo jeito, o MCCE não deve se importar muito com a ficha de seus parceiros. Casa de ferreiro, espeto de pau. Já as ONGs brasileiras que tanto lutam combatendo a corrupção, os crimes ambientais, os licenciamentos ambientais ilegais etc. não merecem destaque na página do MCCE.

Na verdade, a Avaaz disparou a petição da ficha limpa pela primeira vez somente na véspera da votação na câmara (detectou o assunto porque estava bombando na mídia). Quando a lei tinha sido aprovada na Câmara havia 20 dias e já estava havia 3 dias no senado (e voltou a ser destaque na mídia), a Avaaz mandou outra mensagem estranha com o seguinte teor: Vencemos! A lei da ficha limpa foi aprovada, agora deverá ir para o Senado. Nas próximas semanas vamos precisar de vocês novamente para pressionar o Senado. Ou seja, mandou esta mensagem esquisita do resultado da votação na Câmara 20 dias depois do fato ter ocorrido e quando faltava apenas 1 dia para o prazo dos senadores aprovarem (para valer nas eleições de 2010).

É incrível as pessoas acreditarem na seriedade destas petições. Exercer a cidadania, provocar as mudanças no Mundo, exige muito mais esforço do que ficar na frente do computador clicando e repassando e-mails com pedido de doações. Exercer a cidadania não é ajudar a iludir as pessoas espalhando pela internet estas mensagens.

Se arrecadaram milhões de dólares por que não contratam jornalistas especializados? Por que não contratam um sistema de auditoria para atestar a autenticidade destas petições?

No exterior, há também muitas críticas, dúvidas e desconfianças sobre a eficácia das campanhas. Uma pessoa, por exemplo, acusa a Avaaz de ter fornecido seu e-mail para anunciantes (veja abaixo); quando se conferiu a autenticidade de uma petição no Canadá, descobriu-se IPs falsos. O dono da Avaaz alega que alguém entrou no sistema e inseriu aqueles milhares de IPs falsos e entrou na justiça exigindo investigação. Comenta-se na imprensa que devido ao sucesso de arrecadação de MILHÕES DE DÓLARES em doações é provável que muitos golpistas já tenham clonado a Avaaz pelo mundo inteiro e lançam as petições com pedido de doações desviados para uma conta particular.

COMENTÁRIOS – Forum da Austrália e blog da Irlanda

AUSTRÁLIA - Forum, acessado em 05/02/2011
Tradução
18 de dezembro 2010
Titulo da postagem: Avaaz é uma farsa

Recentemente aderi a uma petição da Avaaz, enviada por um amigo.

Hoje recebi um e-mail pedindo dinheiro. Eles dizem que têm 6,5 milhão de membros e que aumenta em 60.000 por semana.

Uma doação muito pequena de $ 3 ou $ 5 por semana a partir de 10.000 Avaazers cobriria todos os custos para manter uma pequena equipe, ajudando a salvar vidas em situações de emergência humanitária, a proteção do meio ambiente e dos animais, combater a corrupção e o crime organizado, trazer a paz e reduzir a pobreza ..

Objetivos ambiciosos: Eu me pergunto o que aconteceria se os 6,5 milhões doassem US $ 3 a US $ 5 por semana.

Que efeito isso teria? Eu entendo que eles mantenham em sigilo as identidades das pessoas que assinam suas petições. Isto quer dizer que é um desperdício de tempo e eles poderiam simplesmente inventar um número qualquer de adesões? Os governos realmente dão importância para números de petição que não se pode ser verificado?

Eu estou querendo saber se isso pode ser um golpe visando atingir os sentimentos das pessoas de querer fazer algo pela humanidade mas na verdade acabam deixando alguém rico.

Texto original
Avaaz is it a scam

Recently I joined a Avaaz petition as a result of having it forwarded to me by a friend.
Today I received an email asking for money. They say they have 6.5 million members and are growing by 60,000 per week.

A very small donation of $3 or $5 per week from 10,000 Avaazers would cover all the core costs of our small team, helping to save lives in humanitarian emergencies, protect the environment and wildlife, fight corruption and organized crime, push for peace and reduce poverty.

Lofty aims. I wonder what could happen if the 6.5 million donate $3 to $5 per week.
What effect have they actually had. I understand they keep confidential the identities of people that sign their petitions. Does this mean it is a waste of time and they could just make up the numbers? Do governments really take notice of petition numbers that they cannot have verified.

I am wondering if this may be a scam targeting peoples feelings of wanting to have an effect in the world but in the end making someone rich.

IRLANDA - Blog, acessado em 05/02/2011

Posted on 2007/06/14 by dahamsta (dahamsta is Adam Beecher, an Internet consultant based in Cork City, Ireland)

Tradução
Titulo da postagem: NÃO ASSINE AS PETIÇÕES DA AVAAZ

Não se dá valor ao seu endereço de e-mail, esta é a verdade. Eu assinei um bom número de petições estimulado pela minha irmã, mas recentemente eu comecei a receber spam no e-mail exclusivo que criei para se inscrever no site da Avaaz. Eu relatei isso para a Avaaz e recebi a garantia de que eles não vendem ou compartilharam a sua lista, mas que já receberam denúncias semelhantes e estão investigando. Perguntei-lhes sobre os resultados da investigação, mas eles não responderam nada. Obviamente, a segurança foi violada.

Texto original
Don’t sign avaaz.org petitions


Not if you value your email address, that is. I’ve signed quite a few of them on prompting from Sista, but recently I’ve started received spam on the unique email address I set up to subscribe. I reported it to Avaaz and received an assurance that they don’t sell or share their list, but that they’ve received reports and are investigating. I asked them to follow up, they didn’t. Obviously their security has been breached.

http://ra-bugio.blogspot.com/2011/02/peticoes-da-avaaz-rendem-milho... (Portal Luis Nassif)

SEGUROS: AGU contesta taxa que rendeu R$ 4 bilhões a seguradoras

Uma taxa sinistra

A legalidade de uma cobrança extra de R$ 100 em apólices de seguro é contestada por parecer da Advocacia-Geral da União

HUDSON CORRÊA E ISABEL CLEMENTE


Reprodução (Foto: Reprodução)

Buscar proteção contra perdas e acidentes é, cada vez mais, uma despesa inevitável (e necessária) no orçamento das famílias e das empresas brasileiras. Por isso, o mercado das empresas seguradoras exibe taxas de crescimento chinês, como poucos ramos da economia. Em 2011, a expansão do mercado segurador foi seis vezes o crescimento do PIB brasileiro. Neste ano, deverá movimentar R$ 250 bilhões. Esse é também um ramo peculiar, com definições que escapam à compreensão das pessoas comuns, como prêmios, carregamentos e sinistros.Talvez, por esse motivo, o brasileiro tenha se acostumado a pagar apólices de seguro sem verificar todos os penduricalhos existentes num contrato ou questionar a legalidade da cobrança de certas taxas.

Um desses penduricalhos é o custo de emissão de apólice, praxe no seguro de veículos. Formalmente, a taxa existe desde 1998, mas era facultativa e limitada a R$ 60. Na prática, ela nem sempre era exigida do consumidor. Em fevereiro de 2010, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda encarregada de fiscalizar e regular o mercado segurador, mudou esse panorama ao elevar o teto para R$ 100. O valor, então, passou a ser cobrado de forma irrestrita por todas as seguradoras, à exceção de alguns segmentos específicos, como o habitacional. Especialistas do ramo estimam que, em dois anos, a arrecadação das empresas com a taxa tenha chegado a R$ 4 bilhões.

ÉPOCA obteve documentos que questionam a legalidade da cobrança e o prazo acelerado (três dias) em que o reajuste da taxa foi aprovado pela Susep. Segundo Guilherme Baldan Cabral dos Santos, procurador da Advocacia-Geral da União (AGU) junto à Susep, a cobrança da taxa é ilegal porque o custo da emissão da apólice já está incluído no prêmio, como é chamado o valor cobrado das seguradoras de seus clientes para assumir um risco. Baldan afirma que a medida lesa o consumidor e foi tomada às pressas sem a devida análise de seus colegas da AGU. O parecer de Baldan está dentro de um processo movido por ele mesmo na Susep para derrubar a cobrança da taxa. Baldan diz que resolveu investigar o caso quando sua família teve de pagar, além do prêmio, mais R$ 100 pela emissão da apólice de seguro de um carro. “Os consumidores, verdadeiros leigos, pagam de boa-fé, sem ter a noção do flagrante ilícito perpetrado pela companhia seguradora, com o nítido aval do órgão oficial federal de fiscalização do mercado segurador”, diz Baldan, no parecer.

Quando o aumento foi autorizado, o então superintendente da Susep era Armando Vergílio dos Santos Júnior, hoje deputado federal pelo PSD de Goiás e corretor de seguros de carreira. Armando Vergílio deixou a Susep no fim de março de 2010 para se candidatar a deputado nas eleições daquele ano e arrecadou R$ 3,9 milhões para sua campanha. Boa parte do dinheiro veio do próprio bolso (R$ 1 milhão), e outra das seguradoras (R$ 600 mil), de acordo com informações prestadas à Justiça Eleitoral. Armando Vergílio é presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), entidade que presidira antes de assumir a Susep, a convite do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2007. Quando autorizou o aumento, Armando Vergílio fez um favor à própria categoria. De cada R$ 100 arrecadados com o custo de emissão de apólices, cerca de R$ 20 são repassados aos corretores de seguros. “Ao nomear um corretor, presidente da categoria, para o cargo de superintendente, o governo Lula colocou uma raposa para tomar conta do galinheiro”, diz o advogado Ernesto Tzirulnik, presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro. Tzirulnik também considera a taxa de R$ 100 ilegal. Ele afirma que, até a decisão assinada por Armando Vergílio, a cobrança do encargo nem sempre ocorria, mas agora se tornou uma grande fonte de renda para as seguradoras.

EM CAUSA PRÓPRIA  O deputado Armando Vergílio, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros, aprovou o reajuste da taxa quando comandou a Susep (Foto: Leo Pinheiro/Valor RJ)

A Fenseg, uma das federações representativas das seguradoras, diz, em nota, que “não é correto afirmar que a cobrança esteja sendo feita sempre pelo limite máximo” e que o custo de emissão de apólice não visa apenas a bancar a papelada do processo, mas “custos de vistoria, boletos bancários, cartões para assistência 24 horas”. Ao justificar a necessidade de reajustar o custo de emissão de apólice, as seguradoras elencam também problemas como a alta do custo postal, dos papéis e das distâncias percorridas para fazer vistorias por todo o país. A explicação ignora que a taxa de corretagem sempre esteve embutida no valor total pago pelo cliente e que, hoje, o mais comum é o cliente receber os boletos bancários do seguro por e-mail, sem nenhum custo de emissão de papel para as empresas.

CONTRADIÇÃO  O documento da Fenseg mostra que o repasse  de 20% da taxa para  os corretores  foi discutido pela Susep, apesar das negativas do deputado Armando Vergílio, ex-superintendente  do órgão  (Foto: Reprodução)

O deputado Armando Vergílio disse a ÉPOCA que a taxa não é ilegal e foi sempre cobrada pelas seguradoras. Sobre as afirmações do procurador Baldan, ele disse que se trata de perseguição política do PTB, seu partido até 2009. Segundo Armando Vergílio, Baldan foi indicado pelos petebistas para a superintendência da Susep em 2011, mas acabou preterido. “Por que ele só denunciou a taxa agora, se ela sempre existiu?”, diz. Armando Vergílio afirmou também que o repasse do percentual de 20% para corretores, descontado da taxa de R$ 100, não foi tratado pela Susep. Um documento obtido por ÉPOCA derruba essa versão. O pedido de reajuste da taxa para R$ 100 partiu da Fenseg, em correspondência enviada a Armando Vergílio no dia 3 de fevereiro de 2010. No ofício, a Fenseg declara que a elevação do valor permitiria o repasse do percentual aos corretores e beneficiaria diretamente a categoria representada por Armando Vergílio.

Segundo a Susep, o processo em que Baldan aponta a ilegalidade da taxa ainda está sob análise. É uma discussão que vale bilhões de reais. (Época)

Moebius se foi ... grande perda para o cartoon

Foto: Getty ImagesAmpliar

Jean Giraud, ou Moebius, recebe prêmio em Paris em 2008

O quadrinista francês Jean Giraud, conhecido como Moebius, pai das histórias em quadrinhos do tenente Blueberry, morreu neste sábado (10) aos 73 anos após um longo período com estado de saúde debilitado, informaram amigos da família.

Autor prolífico, Moebius trabalhou em algumas das revistas mais importantes da França, colaborou com desenhos para o cinema e ganhou fama com o gênero faroeste.

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Criador de um universo muito pessoal, o desenhista francês ajudou na criação dos personagens dos filmes "Alien - O 8º Passageiro", de Ridley Scott; "O Quinto Elemento", de Luc Besson; e "O Segredo do Abismo", de James Cameron, entre outros.

Essa dualidade entre o realismo e a ficção científica intrigou e fascinou admiradores da arte dos quadrinhos, embora alguns a classificassem como esquizofrênica.

Nascido em 8 de maio de 1938 na cidade francesa de Nogent-sur-Marne, no seio de uma família humilde, Jean Henri Gaston Giraud começou a publicar seus primeiros desenhos com apenas 15 anos.

Sua atração pelo faroeste levou-o a criar, em colaboração com Jean-Michel Charlier, a saga "Blueberry", que assinou com o pseudônimo de Gir e lhe deu fama internacional.

Foto: Divulgação

Blueberry, o personagem mais famoso de Moebius

Com o passar dos anos, no final da década de 1960, o cartunista deixou de lado o realismo do faroeste para se consagrar com obras mais fantásticas, em um universo próprio muito relacionado à ficção científica. Foi nesse momento quando adotou o pseudônimo de Moebius, que pegou de um matemático alemão, e começou uma prolífica colaboração com o cinema, que durou vários anos.

Entre o realismo e a imaginação, Moebius teve tempo de desenhar a si mesmo, como mostra a série de livros que publicou sobre sua própria vida chamada "Inside Moebius".

Giraud teve fortes vínculos com o México, onde viveu sua mãe e onde passou diversos períodos de sua vida, o que influenciou sua visão do faroeste e inspirou seu trabalho a partir do ponto de vista dos xamãs e do deserto.

Premiado como melhor artista gráfico da França nos anos 1990, Moebius tinha a insígnia das Artes e das Letras que recebeu do então presidente François Mitterrand em 1985. Muito admirado em seu país, concluiu no ano passado em Paris uma grande exposição consagrada a sua obra.

Em uma entrevista concedida na ocasião, o artista reafirmou que possuía uma "dupla personalidade", pelo menos no plano artístico.

"Tenho dois pólos, dois gestos. Quando estou na pele de Moebius, tento fugir do meu 'eu', desenho em estado de transe", explicou. (EFE e AFP)

A SUA ARTE:








Entrevista: Rui Moreira Lima, major-brigadeiro da Aeronáutica, herói na luta contra o nazifascismo, senta a pua defendendo punição aos torturadores


A Comissão da Verdade aprovada pelo Congresso é uma novidade positiva para esclarecer o passado, mas é fundamental punir quem torturou e matou durante a ditadura militar. Mais: é “burrice” das Forças Armadas defender o contrário, já que a maior parte dos que fazem parte delas hoje não participou das violações de direitos humanos. As opiniões não são de nenhum militante de esquerda ou familiar de morto ou desaparecido político. São de um militar da Força Aérea Brasileira (FAB), detentor da segunda maior patente da Aeronáutica e herói da Segunda Guerra Mundial.

Maranhense radicado no Rio de Janeiro, o Major-Brigadeiro-do-Ar Rui Moreira Lima, 92 anos, participou de 94 missões de guerra na Itália. Ele não gosta de se definir nem como de esquerda nem como de direita, mas como um democrata. Em 1964, foi um dos poucos militares a resistir ao golpe que deu início a 21 anos de ditadura. No dia 31 de março, pegou um avião e foi localizar as tropas que o general Olympio Mourão Filho guiava de Minas Gerais para derrubar o presidente João Goulart, no Rio de Janeiro. Chegou a fazer alguns voos rasantes sobre as tropas de Mourão. Sem autorização para atirar, voltou para a base de Santa Cruz, no Rio. Cassado, passou cerca de quatro meses preso e ficou proibido de voar por mais de 17 anos.

Com a volta da democracia, Moreira Lima retornou à Aeronáutica. No fim dos anos 70, fundou Associação Democrática e Nacionalista de Militares, entidade que luta pelos direitos de cabos cassados durante a ditadura e defende posições que destoam das que são comumente defendidas por seus colegas de Forças Armadas. Como presidente da entidade, protocolou uma petição para que o Supremo Tribunal Federal mudasse a interpretação da Lei da Anistia, de 1979. No documento, ele advoga pela punição de militares que praticaram crimes durante a ditadura. O STF acabou decidindo manter a interpretação que perdoa as violações ocorridas entre 1964 e 1985.

Amigo do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e frequentador dos eventos promovidos pela FAB, Moreira Lima finaliza a tradução para o inglês de seu livro Senta a Pua!, que narra a expedição da Força Expedicionária Brasileira na Itália. Hit them hard! tem previsão de ser lançado ainda neste ano. Época - Como surgiu a ideia de fundar uma associação de militares para a democracia? Rui Moreira Lima – Foi em 1979, quando veio a anistia do Figueiredo (João Figueiredo, presidente entre 1979 e 1985). Eu e outros colegas que foram impedidos de trabalhar queríamos garantir os nossos direitos. Quando o Figueiredo anistiou aqueles torturadores, ele cometeu um erro. Qual a lei que pode ajudar um torturador? No mundo inteiro, por meio de diversas convenções, da OEA, ninguém atura a covardia do torturador. É um bandido, um desgraçado, um covarde.

Época - O senhor defende a punição de quem praticou crimes na ditadura? Lima - Em 1964, me tiraram da Aeronáutica e me proibiram de voar, que era o que eu sabia fazer. Fiquei 17 anos sem poder voar. Fui vender fubá, grão de bico, farinha. O meu retrato estava na base aérea de Santa Cruz (no Rio de Janeiro) para eu ser preso se entrasse lá. Hoje a FAB me estende tapete vermelho, é a minha casa. Mas alguns poucos caras da FAB fizeram isso comigo e eles deveriam pagar por isso.

Época - A Argentina recentemente condenou na Justiça diversos militares por crimes ocorridos durante a ditadura militar do país. O Brasil deveria fazer o mesmo? Lima - Devia. Isso é fazer justiça. O Figueiredo era um comandante, um homem de cavalaria, mas era soldado, não entendia nada disso. Deu anistia para quem torturou. Não pode fazer isso. A Justiça é uma coisa séria.

Época - A maior parte das Forças Armadas se posiciona contra a punição de militares envolvidos em crimes durante a ditadura. Existe algum constrangimento quando o sr. defende esse posicionamento na instituição?

Lima - Não, todos me tratam muito bem, mesmo. O brigadeiro Saito (Juniti Saito, comandante da Aeronáutica) é amigo meu, é uma pessoa dócil, boa. Sou convidado para diversos eventos. Sou membro do Conselho Cultural da Aeronáutica. Considero a Aeronáutica a minha casa. Nem deveria, mas sou tido lá como um sujeito fora de série.

Época - E por que a maior parte das Forças Armadas é contra rever a lei da anistia? Lima - Por burrice, corporativismo burro. O mundo inteiro está acabando com isso. Estão mandando os torturadores e matadores para a cadeia. Eu não sou revanchista. Não tem revanche nenhuma. O camarada que não tem nada com isso não tem culpa.

Época - Rever a Lei da Anistia não vai reabrir uma ferida, como dizem os defensores da atual legislação? Lima - Eu espero que abra uma porta. Não é possível esconder a verdade. Tem muitos companheiros do Exército e da Aeronáutica que não estão de acordo com isso. Não dizem por causa do tal do corporativismo. Mas isso cedo ou tarde vai vir à tona.

Época - O que o senhor acha da Comissão da Verdade, recém-aprovada? Lima - Ela tem que estar presente. Mas ela é comissão da Verdade, tem que ser de verdade. Eu estou na expectativa. A Comissão da Verdade é obrigatória. Ela tem que dizer quem fez as coisas. E aí quem fez tem que pagar uma prenda por causa disso. Botar o sujeito na cadeia se for o caso.

Época - Mas a ideia da comissão não é colocar ninguém na cadeia. Lima - Não, a ideia é dizer onde estão os corpos. É um crime não mostrar onde o cara foi enterrado. A verdade tem que ser dita. Ela é feito a rolha, você pode botar ela no fundo do tanque, mas ela salta.

Época - Muitas vezes, quando questionados sobre os militantes que desapareceram durante a ditadura, os militares dizem que os documentos relativos ao período foram destruídos. O senhor acredita nisso? Lima - Tem muita coisa que foi destruída mesmo. Mas só o fato de existir a comissão e de chamar os caras que estão vivos para falar já é um alento para as famílias que perderam parentes.

Época - Mas o senhor acha que a comissão pode obter resultados concretos? Lima - Sim, eles podem saber onde estão as ossadas. Alguma evidência vai se conseguir. E aí acaba com isso. Porque quem fez isso (tortura e assassinato de militantes) não foi o Exército nem a Aeronáutica nem a Marinha. Foram sujeitos que nasceram ruins, mal caráteres, com ódio no coração e inveja.

Época - Esporadicamente, ouvem-se notícias de tortura em quartéis e de violações aos direitos humanos nas Forças Armadas. Na opinião do senhor, isso está ligado ao treinamento que era oferecido aos militares durante a ditadura? Lima - Está ligado sim. Tem um sujeito, Dan Mitrione (americano que ensinou técnicas de tortura a militares brasileiros), que chegou a ter uma rua em Belo Horizonte como o nome dele. Depois mudaram para colocar o nome de um estudante morto. Eu conheço gente, colegas, que foram fazer estudos no Panamá. Sujeito que chegou na polícia do exército e fez tortura. Conhecidos, porque eu não fui amigo desses caras. Mas eles estavam soltos, absolutos, pensando que a revolução (a ditadura militar) ia durar eternamente.

Época - E o senhor acha que essa cultura permanece ainda hoje? Lima - Olha, ninguém foi para a cadeia porque torturou e ninguém morreu por causa disso.

Época - Quais são os principais desafios das Forças Armadas hoje? Lima - Hoje as Forças Armadas estão fazendo o que devem fazer: defender a Amazônia, o mar, o Brasil. Época - O senhor participou da Segunda Guerra Mundial e se recusou a participar do golpe de 1964. Que princípios guiaram sua carreira como militar? Lima – Eu entrei nas Forças Armadas no dia 31 de março de 1939. Nesse dia, recebi uma carta de meu pai, juiz, em que ele dizia: “Sê um patriota verdadeiro e não te esqueças que a força somente deve ser empregada ao serviço do Direito. O povo desarmado merece o respeito das Forças Armadas”. Essa carta norteou toda a minha trajetória. Já me perguntaram se eu era comunista. Eu nunca fui comunista, eu fui brasileiro, fui defender o meu país e continuo defendendo. (Época)

 
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