O Instituto Vladimir Herzog manifestou apoio Ă decisĂ£o da ComissĂ£o Interamericana de Direitos Humanos da OrganizaĂ§Ă£o dos Estados Americanos (OEA) de investigar a morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida no DOI-Codi de SĂ£o Paulo em 1975. A notificaĂ§Ă£o da decisĂ£o foi recebida pela delegaĂ§Ă£o brasileira na OEA, em Washington, e a denĂºncia foi entregue na terça-feira.
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O texto lembra que outros paĂses que sofreram ditaduras jĂ¡ foram objeto de processos semelhantes da comissĂ£o - o prĂ³prio Brasil foi condenado pela Corte pelo desaparecimento de militantes na Guerrilha do Araguaia.
“O caso emblemĂ¡tico do assassinato de Vladimir Herzog, por agentes da ditadura, jĂ¡ foi reconhecido pela Justiça, pela UniĂ£o e no Ă¢mbito da ComissĂ£o Especial sobre Mortos e Desaparecidos PolĂticos da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. No entanto, ainda nĂ£o foi investigado para determinar quais foram esses agentes, quais seus nomes, quais seus cargos”, diz o texto.
“É pela ausĂªncia desses esclarecimentos que a decisĂ£o da CIDH se reveste de importĂ¢ncia ainda maior, na medida em que traz renovado impulso Ă necessidade de imediata nomeaĂ§Ă£o dos integrantes da ComissĂ£o da Verdade e inĂcio de sua atuaĂ§Ă£o.”
A Secretaria de Direitos Humanos, responsĂ¡vel por coordenar a resposta brasileira no caso, recebeu a notificaĂ§Ă£o da OEA na quinta-feira e a enviou para apreciaĂ§Ă£o da Advocacia-Geral da UniĂ£o. (AE)