sábado, 15 de maio de 2010

Audiência pública em Apucarana reúne propostas do Vale do Ivaí


Uma audiência pública organizada pelo PSDB do Paraná e pelo Instituto Teotônio Vilela, na Câmara Municipal de Apucarana, reuniu, nesta sexta-feira (14) à noite, propostas da região do Vale do Ivaí para o Plano de Governo de Beto Richa, pré-candidato do partido ao Governo do Estado. Durante três dias (12, 13 e 14), Richa percorreu 17 municípios do Ivaí, onde participou de encontros com a população e lideranças políticas.

“O resultado desse trabalho me deixa entusiasmado, ao ver as pessoas interessadas e críticas, conscientes de que são agentes da construção de seu próprio futuro”, afirmou Richa. O prefeito de Apucarana, João Carlos de Oliveira (PMDB), destacou a importância de ouvir as pessoas e o vice-prefeito, Waldemar Garcia (PSDB), entregou a Richa um documento com as propostas da região. “O Vale do Ivaí, tem um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano do Paraná, apesar de suas riquezas naturais e do trabalho de seu povo”, relatou Garcia. “Queremos um Estado que trabalhe junto conosco para mudar essa situação.”

O documento que reuniu propostas da região tem sete diretizes: segurança pública (aumentar o contingente policial), educação para a cidadania, melhoria da malha viária, investimentos e melhoria de serviços na área de saúde, fomento à agroindústria, incentivo à atração de empresas e criação e formalização da Univaí. “O que falta é um governo parceiro, que seja indutor do desenvolvimento social e econômico. Porque ninguém quer esmola. As pessoas querem oportunidades", disse Richa.

Na viagem ao Vale do Ivaí, Richa visitou Bom Sucesso, São Pedro do Ivaí, São João do Ivaí, Lunardelli, Jardim Alegre, Lidianópolis, Cruzmaltina, Faxinal, Mauá da Serra, Marilândia do Sul, Califórnia, Marumbi, Kaloré, Borrazópolis, Novo Itacolomi, Rio Bom e Apucarana.

Campus de Ivaiporã da UEM irá oferecer três cursos de graduação


Nildo José Lübke

O novo campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) em Ivaiporã deve contar com três cursos de graduação a partir do segundo semestre: Educação Física, História e Serviço Social. Atualmente, a Universidade abrange 109 municípios do noroeste do estado e possui campi em Cianorte, Umuarama, Cidade Gaúcha, Goioerê e Diamante do Norte, além do Centro de Pesquisa em Porto Rico e a Fazenda Experimental no distrito de Iguatemi.

Para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nildo José Lübke, a universidade certamente transformará a realidade da região. “O município passará por uma mudança substantiva. Não existe município que tenha recebido um instrumento do Estado como esse e tenha permanecido igual. Quando aplicados de forma correta, esses instrumentos transformam a realidade local, revelando a sua cultura”, afirmou.

O secretário também destacou a importância dos crescentes investimentos realizados no ensino superior paranaense. “Em 2002, o investimento em Ciência, Tecnologia e Ensino Superior era algo em torno de apenas R$ 30 milhões. Só neste ano, investiremos R$1,4 bilhões na área. Esse é um esforço extraordinário que o Governo do Paraná está realizando para elevar a qualidade do ensino superior paranaense”, ressaltou.

Brasil auxilia ofensiva contra o santuário dos cartéis no território paraguaio


Juraci Oliveira da Silva

ZERO HORA

A linha da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, que há anos funcionava como santuário para foragidos da Justiça, desapareceu. Esse é o recado deixado com a captura, na quarta-feira, do traficante gaúcho Juraci Oliveira da Silva, o Jura. Ele foi preso pela polícia paraguaia e expulso a jato, literalmente, para o Rio Grande do Sul. Imobilizado, foi exibido para o público, num claro recado de que as polícias também decidiram pular fronteiras para agir, a exemplo do que faz o crime. Na localização do foragido gaúcho, investigadores paraguaios e brasileiros agiram ombro a ombro.

Em outra época, foragidos como Jura não seriam incomodados pelas autoridades. Prosperaria em seus negócios até se tornar um megatraficante. Ele não foi longe. Mesmo sem ter certeza sobre sua identidade, as autoridades que o prenderam sabiam o mínimo necessário: que era brasileiro e bandido.

O traficante foi alvo de uma bem estruturada rede de informações que vem sendo arquitetada há anos por policiais brasileiros, não só junto a paraguaios, mas com todos os países com os quais o Brasil faz fronteira. Esses agentes já não toleram a ideia de um criminoso atravessar uma rua fronteiriça e abanar do outro lado, debochando e abusando da burocracia que envolve a prisão de quem comete crimes e foge para outro país.

Hoje, Jura integra uma longa lista de bandidos brasileiros que têm sido presos e recambiados ao Brasil, sem maiores trâmites. Tudo resulta de uma política de boa vizinhança entre as autoridades que têm pelo menos 10 anos e cujo marco começou na fronteira com outro país, a Colômbia. Foi lá que, em 21 de abril de 2001, quando o “capo” do Comando Vermelho (CV), Luís Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi preso na selva colombiana, ferido em combate com militares daquele país. Não adiantaram os esforços dos seus advogados: ele foi expulso quatro dias depois para o Brasil, onde permanece até hoje, trancafiado em cela de segurança máxima.

A prisão de Beira-Mar foi um divisor de águas, admite o superintendente da Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul, Ildo Gasparetto.

– Então dá para fazer assim, prender e trazer rápido? Basta que o brasileiro esteja ilegal por lá, sem parentes, sem vínculos...Vamos fazer, pensaram os colegas. Solicitar cada vez mais expulsões – relata Gasparetto.

Pela nova filosofia, maconha no Paraguai é problema do Brasil

E tem sido feito, de forma sistemática. Em 2001, a Secretaria Nacional Anti-Drogas (Senad) paraguaia prendeu, em Capitán Bado (Paraguai), traficante ligado ao Comando Vermelho – facção criminosa do Rio. Como ele portava fuzis e granadas, foi expulso no mesmo dia e entregue à PF. Há poucos meses foi feito o mesmo com Jarvis Pavão, outro brasileiro atravessador das drogas radicado no departamento paraguaio de Amambay – o mesmo onde Jura se escondia. Os dois amargam agora prisões brasileiras.

A ofensiva não para aí. O Brasil, via pressão, conseguiu que o Paraguai, em 2009, destruísse 400 hectares de maconha, droga da qual os paraguaios são os maiores exportadores aos brasileiros. Isso significa 2,3 mil toneladas prontas para consumo que deixaram de ingressar nas ruas brasileiras.

– Se ficássemos no conceito antigo, poderíamos dizer que essa maconha é um problema do Paraguai. Não, ela é problema também do Brasil – relatou o diretor-geral da PF, o delegado gaúcho Luiz Fernando Corrêa, em recente encontro no Rio.

Prisão de traficante gaúcho é fruto de parceria binacional

É um cenário oposto ao que vigorava no passado. Basta lembrar de Luis Newton Galeano, o Juca Galeano, gaúcho que foi apelidado de Rei da Maconha por trazer de avião desde o Paraguai cargas de droga para o Rio Grande do Sul.

Chegou a fugir uma vez da cela da PF em Porto Alegre, mas foi recapturado em 1986 em São Paulo com um caminhão contendo 150 quilos de cocaína misturada a café em pó. Cumpriu parte da pena, fugiu e se refugiou no Paraguai. O Brasil, reiteradas vezes, pediu informações sobre ele, mas o governo do ditador Alfredo Stroessner nunca as deu.

Stroessner foi derrubado, o Paraguai deixou de ser uma ditadura e seus dirigentes estão empenhados em mostrar confiança aos vizinhos e investidores brasileiros, dos quais sua economia depende. E o Brasil, interessado em afastar a ameaça de um cancro de banditismo nas suas fronteiras, tem correspondido. Policiais paraguaios têm acesso agora à tecnologia de espionagem usada pela PF, como rastreadores de telefonia. Agentes paraguaios do Senad fazem cursos nas escolas de polícia brasileiras, tanto estaduais quanto federal.

Operações conjuntas das polícias dos dois países não são mais mero exibicionismo – a prisão de Jura é exemplo disso. E existem ainda compensações econômicas. O governo brasileiro acaba de prometer que financiará uma linha de transmissão da Usina de Itaipu (fronteira) até Assunção. Foram anunciadas obras de saneamento básico, em parceria com o Brasil. A Força Aérea Brasileira repassou aviões militares usados (Tucano) aos colegas paraguaios, a custo quase zero.

O Brasil, em suma, faz no Paraguai o que os Estados Unidos fizeram com o Plano Colômbia (foram US$ 7 bilhões injetados pelos norte-americanos nos países andinos, para combater as drogas). E o que os norte-americanos tentam fazer agora contra os cartéis de drogas no México – ainda sem resultados.

Nação que começa a ganhar certo respeito internacional, o Brasil tem passado um recado aos criminosos: nem mesmo velhos truques do submundo garantirão um refúgio tranquilo.

Quem é Jura

- Condenado até 2027 por tráfico e homicídio, o traficante natural de Fontoura Xavier também responde atualmente a processos por homicídio, em trâmite na 1ª Vara do Júri. Veja parte de seu histórico, que revela como se forjou um dos traficantes mais perigosos do Estado:

1999 - Preso por usar coronhadas para espancar um jovem com quem discutiu

2001 - Indiciado pelo assassinato de um rapaz. Depois, foi indiciado pela morte de um adversário no tráfico, que foi torturado antes de ser executado. A vítima, Cássio Michel Silva da Silva, teve uma orelha e um dedo amputados

2003 - Procurado por dois homicídios, foi preso em flagrante numa caminhonete, vindo de Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai. Estava acompanhado de um dos traficantes mais procurados no Brasil, José Paulo Vieira de Melo, o Paulo Seco, gaúcho ligado ao Comando Vermelho, facção criminosa que atua no Rio de Janeiro

2005 - Indiciado por tráfico de drogas e, no mesmo ano, por esconder em caixas dágua da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) explosivos, cordel, toucas ninja e uma corda (jiboia), material que seria usado em uma fuga

2009 - Transferido para o albergue prisional Pio Buck em 31 de março, ficou apenas 24 dias. Fugiu em 23 de abril. A polícia concluiu que, mesmo foragido, intermediou o assassinato do médico Marco Antônio Becker como favor prestado a outro médico do qual é cliente, Bayard Fischer dos Santos

2010 - Responde a processos na 1ª Vara do Júri por um duplo homicídio (ocorrido em maio de 2006, por desavenças no tráfico) e tentativa de homicídio (a vítima ficou paraplégica) e pelo caso Becker

Não temos mais nada, diz curador do Butantan após incêndio


O curador do Instituto Butantan, Francisco Franco, classificou como uma "perda para humanidade" o incêndio que atingiu um galpão do centro de pesquisa neste sábado e destruiu uma coleção de cerca de 80 mil cobras catalogadas. O local danificado era o prédio das Coleções, onde ficam espécies de répteis, artrópodes e quelônios (tartarugas, cágados e jabutis).

"Foi uma perda total. E isso é uma perda para a humanidade. Desde o começo do Instituto Butantan, o Vital Brasil começou a guardar cobras para serem pesquisadas. E essas cobras que foram sendo acumuladas serviam de fundamento para as pesquisas e o aumento do conhecimento da biodiversidade de serpentes. Essas cobras todas foram perdidas, hoje não temos mais nada", disse o curador.

Segundo Franco, a coleção era a maior de cobras do mundo. "Toda informação que se podia haver sobre biodiversidade, ecologia, biologia e distribuição geográfica a respeito de serpentes estava armazenada no prédio incendiado. Inúmeras pesquisas serão prejudicadas pela perda dos exemplares, já que praticamente todos os trabalhos relacionados a serpentes usavam informações do acervo do Butantan", afirmou.

Incêndio

Conforme nota do instituto, o fogo foi notado por volta de 7h45 deste sábado. Imediatamente, os seguranças do centro acionaram o Corpo de Bombeiros, que chegou em menos de 10 minutos. As informações preliminares prestadas pelos bombeiros dizem que não havia no prédio qualquer problema relacionado às instalações que possa ter originado o incêndio.

"O Butantan irá aguardar as investigações da perícia técnica sobre as causas da ocorrência. Assim que o prédio for liberado pela perícia, o instituto irá iniciar o levantamento sobre a perda da coleção", informa a nota.

O comunicado afirma que o secretário estadual da Saúde, órgão ao qual o instituto é ligado, Luiz Roberto Barradas Barata, esteve pela manhã no Butantan, e conversou com o diretor do instituto, Otávio Mercadante. "Ele solicitou que a instituição elabore imediatamente um projeto para a recuperação do prédio. A Secretaria de Estado da Saúde já se colocou a inteira disposição do Butantan para recuperar o local", informou a assessoria de imprensa do instituto.

Em menos de duas horas, a coleção que começou a ser feita há mais de cem anos pelo cientista Vital Brasil virou cinzas. O clima entre estudantes, pesquisadores e funcionários era de desolação. Alguns corriam para retirar as espécies vivas que estavam no prédio vizinho.

O Instituto Butantan tem 109 anos. Nasceu para combater a peste bubônica e se tornou referência no Brasil em pesquisa científica. Ao todo, 80% dos soros e das vacinas contra venenos distribuídos no Brasil saem de lá. O acervo que se perdeu hoje era o maior do mundo em termos de quantidade.

O curador da coleção, Francisco Franco, faz as contas do prejuízo. “Eram 77 mil cobras cadastradas, mais umas de cinco a sete mil que ainda estavam sendo catalogadas”, afirmou.

Além disso, 450 mil exemplares de aranhas e escorpiões também foram queimados. Cientistas explicam a importância das pesquisas do Butantan. Ao comparar as cobras conservadas com espécies vivas, é possível identificar mudanças no meio ambiente.

“Isto me permite saber como, por exemplo, várias cobras se adaptavam em diferentes ambientes. Isso dá uma série de pistas para a gente entender como foi evolução da vida. A partir do estudo desses animais, eu começo a perceber as ameaças e os riscos de mudanças ambientais e de mudanças na biodiversidade do planeta”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Otávio Mercadante.

“Tudo o que se podia falar sobre biodiversidade, ecologia, biologia, distribuição geográfica, qualquer assunto a respeito de cobras a gente tirava o conhecimento desses vidros, dessas cobras colecionadas. Hoje nós não temos mais nada”, lamentou o curador da coleção, Francisco Franco.

A reação de quem chegava ao local do incêndio era a mesma. Tristeza por ver uma parte da história do Instituto Butantan virar cinza. “Houve uma perda total da coleção, a maior coleção de cobra do mundo e isso é uma perda para a humanidade”, lamenta Francisco Franco, curador do museu.

Durante a semana, o Instituto Butantan vai preparar um projeto de recuperação do prédio, mas a perda científica ainda é algo impossível de imaginar. “Para a ciência é uma perda incalculável. Vários projetos de pesquisa desenvolvidos aí, o meu é um deles, não tem como resumir em palavras. Mesmo que a gente consiga construir com muito esforço outra coleção com 100 mil exemplares, o valor histórico foi embora hoje”, lamentou uma das alunas do mestrado.

Decisão do TSE sobre coligações ameaça candidaturas ao Senado


Legendas não podem lançar chapas diferentes ao governo e ao Senado. Entendimento da Justiça Eleitoral favorece partidos maiores, dizem líderes
G1/Globo.com

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de não admitir que os partidos façam coligações diferentes ao Senado e ao governo estadual ameaça candidaturas nos estados, segundo líderes ouvidos pelo G1.

Na avaliação das legendas, a decisão deixa a eleição mais polarizada em torno de partidos maiores, que dispõem de mais tempo de TV, e, portanto, têm maior influência sobre a definição dos candidatos da aliança.

Na última terça (11), ao responder a consultas feitas pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), o tribunal afirmou que as legendas que se coligarem ao governo do estado só podem lançar dois candidatos ao Senado. Com isso, alianças onde há três nomes ou mais para o cargo terão de optar.

Entre as candidaturas que podem ser prejudicadas está a da vereadora carioca Aspásia Camargo, do PV, que pretendia se lançar ao Senado pelo Rio de Janeiro. No estado, o candidato ao governo será o deputado federal Fernando Gabeira (PV), e a coligação vai contar com PV, DEM, PSDB e PPS. No entanto, já há outros dois nomes lançados ao Senado pelos partidos: o ex-prefeito do Rio César Maia (DEM) e o ex-deputado federal Marcelo Cerqueira (PPS).

O resultado disso seria um engessamento artificial da disputa ao Senado, que tem uma lógica diferente da lógica na disputa para governador, que é estadual, enquanto que a lógica para o Senado é nacional"
Alfredo Sirkis, coordenador nacional do PV

O coordenador nacional do PV Alfredo Sirkis, vereador no Rio, afirmou que o partido vai fazer uma nova consulta ao TSE sobre o tema, questionando mais diretamente se a existência de determinada coligação para governador torna obrigatória a reprodução da coligação para o Senado.

"Se o TSE decidir que sim, que precisa espelhar a mesma coligação, o prejudicado será o eleitor. (...) O resultado disso seria um engessamento artificial da disputa ao Senado, que tem uma lógica diferente da lógica na disputa para governador, que é estadual, enquanto que a lógica para o Senado é nacional", diz.

Sirkis, que coordena a pré-campanha da senadora Marina Silva à Presidência, afirmou que a situação no Rio "é muito complicada", mas que é preciso aguardar um novo posicionamento do TSE. "É extremamente fundamental a candidatura de Aspásia Camargo", afirmou, descartando de imediato, porém, que isso possa influenciar na aliança com os outros partidos.

De acordo com o vereador, a decisão pode prejudicar candidaturas do partido ao Senado no Acre, no Maranhão e no Espírito Santo, já que pode não haver espaço na chapa para candidatos do PV. "No caso do Acre, por exemplo, vamos apoiar o Tião Viana, por uma decisão da Marina. Já existe uma coligação entre PT e PC do B com outros nomes (para o Senado), e não há espaço para o PV. Seria importante ter um candidato ao Senado para a Marina ter palanque, já que o Tião vai apoiar a Dilma (Rousseff, candidata do PT à Presidência)."

São Paulo

Já em São Paulo, a decisão ameaça a candidatura de Soninha Francini (PPS), que pretendia concorrer ao Senado. No estado, o PPS vai apoiar a chapa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que será possivelmente formada por PSDB, DEM, PMDB e PPS. Dois nomes já foram anunciados para o cargo de senador pela chapa: o ex-secretário do governo paulista Aloysio Nunes (PSDB) e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB).

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire (PE), diz que o partido "achou muito confusa" a resposta do TSE e que espera um novo posicionamento para saber se o partido poderá ou não lançar Soninha. "Acho que ainda precisa analisar (se a regra para coligação ao Senado e ao governo estadual deve ser a mesma) porque a eleição de senador é para o Parlamento, não para o Executivo. Cabe discussão." Freire disse, porém, que não há possibilidade de a legenda deixar de integrar a chapa de apoio a Alckmin.

Ainda em São Paulo, a decisão da Justiça Eleitoral levou o PTB a decidir não entrar na coligação que apoia candidatura de Alckmin em razão da candidatura do senador Romeu Tuma à reeleição. O partido vai sair sozinho e apoiar extraoficialmente a chapa liderada pelo tucano. Com isso, porém, vai ter menos tempo de propaganda eleitoral.
Secretário-geral do PC do B, Walter Sorrentino diz que candidatura do partido ao Senado em Minas pode ser prejudicada por aliança com PT, PMDB e PR.

Minas

Em Minas Gerais, o PC do B agora avalia se irá se coligar a PT, PMDB e PR na eleição ao governo do estado e, com isso, abrir mão da candidatura ao Senado, segundo o secretário-geral da legenda, Walter Sorrentino. Na chapa Fernando Pimentel-Hélio Costa, ou vice-versa, uma vaga do Senado deve ser do PR. A outra, do PT ou PMDB. O nome que os comunistas pretendiam lançar ao Senado, José Vieira Filho, ficou sem espaço.

Sorrentino afirma que a decisão sobre coligações é um direito dos partidos. “Posso me coligar ao governo e não me coligar ao Senado”, protesta. Segundo o secretário-geral do PC do B, o “estrago” nas discussões sobre alianças ainda não foi calculado, mas é certo que as eleições ficarão mais polarizadas em torno dos partidos maiores.

A tese é apoiada pelo secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), para quem as eleições majoritárias “são para gente grande” e partidos que têm tempo maior de TV. Ele afirma que a possibilidade de dividir as coligações para lançar mais candidatos ao Senado não estava nos planos do PT em nenhum estado.

Paraná

Apesar disso, o PT vive um impasse semelhante ao reproduzido nas consultas. No Paraná, o partido quer lançar Gleisi Hoffmann ao Senado. Na base, há outros nomes colocados, como o do senador Osmar Dias (PDT) e do ex-governador Roberto Requião (PMDB). Orlando Pessuti, vice de Requião, assumiu o governo e pode se candidatar à reeleição. “Não sabemos se temos dois candidatos ao governo ou se três ao Senado. Alguns setores do PMDB estão decididos a lançar dois candidatos ao Senado. Aí você tem que fazer uma escolha. Isso pode estimular outra composição que fortaleça o Osmar. Ele pode virar candidato ao governo já que tem três candidatos ao Senado”, analisa.

Autor de uma das consultas, o deputado Eduardo Cunha diz que a decisão do TSE é uma “verticalização estadual”. Ele minimiza o fato de a consulta ter sido respondida negativamente e diz que a decisão não atrapalha o PMDB.

Cunha também ressalva que a consulta não serve apenas para o PMDB, mas também para partidos que querem se coligar com o PMDB e não poderão indicar nomes ao Senado por falta de “vaga” na coligação. “O PSC no Rio quer se juntar à coligação com o PMDB, e vai ter que optar: ou lança candidato a senador ou se coliga com a gente."

Arbitrariedades ditatoriais do Barbosa Neto, o "Nero de Londrina"!


Estão destruíndo os nossos espaços de convivência

Como se Londrina não tivesse problemas reais tais quais a falta de segurança, o fluxo caótico do transito, para querer aparecer como o "grande transformador da cidade" o Nero de Londrina na calada da noite manda destruir os quiosques do calçadão, que sempre foram pontos de convivência tradicionais da cidade.

Com está medida autoritária, antidemocrática, já que a população não foi consultada, ele destrói não só com o sagrado ganha pão de muitas famílias, mas também com os nosso pontos históricos de referência. Quem é que nunca usufruiu dos serviços prestados por estes pequenos comerciantes?

Como se fossem agentes da ditadura a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) desmontou o quiosque do "Chopão do Baiano", localizado no Calçadão da Avenida Paraná, em frente ao HSBC. Todos os produtos da lanchonetes estavam dentro do estabelecimento e também foram recolhidos pela CMTU. As mercadorias apreendidas foram encaminhadas por um caminhão à Companhia.

O proprietário, Elquisson Moreira, disse que foi acordado nesta manhã com um telefonema informando que o alarme do quiosque havia disparado e que a CMTU estava desmontando seu pequeno estabelecimento, que vende bebidas, refrigerantes e lanches. "Eu estava dormindo e vim para cá sem saber o que estava acontecendo. Fui surpreendido", disse Elquisson, transtornado.

Nenhum dos agentes da CMTU e nem mesmo a advogada, que se identificou apenas como Cristel, quis dar maiores explicações ao comerciante e a seu advogado. Ela disse: "Ninguém está autorizado a falar". A ceerteza que resta é de que não foi apresentada a ordem judicial para que o estabelcimento fosse aberto sem a presença do proprietário, o que é uma violação da Lei.

Segundo o comerciante, havia uma notificação para que os donos dos quiosques deixassem seus estabelecimentos em 30 dias:

"Recebemos a notificação, mas não sabíamos que iríamos ser surpreendidos com dezenas de agentes, com marretas e maçaricos desmontando tudo. Tudo o que tenho na minha vida está aqui. O que vou fazer agora?".

"Temos uma ação na justiça e não fui notificado de nada. Eles arrombaram meu quiosque".

Para o advogado dos comerciantes, Jackson Romeu, houve abuso de autoridade:

"Isso é um ato que será apreciado pelo Poder Judiciário e caberá ação de indenização por danos morais e materiais. A notificação era para cessação da atividade e não para o arrombamento do quiosque".

Outros donos de quiosques acompanharam pacificamente a ação do agentes e se demonstram preocupados, como disse a Maristela, proprietária a quinze anos do Café da Boca:

"Tenho medo que amanhã isso possa ocorrer comigo. Vendi casa, carro e sítio para comprar o comércio e agora posso ficar sem nada".

 
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