terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ricardo e Balbinotti esperam definições

Edmundo Pacheco/O Diário

Tradicionais adversários políticos, os deputados federais Ricardo Barros (PP) e Odílio Balbinotti (PMDB) saem das eleições de 2010 com a situação política indefinida. Balbinotti, deputado da base aliada do governo federal, ainda tem esperanças de conseguir uma vaga na Câmara.

Já Barros, que disputou uma cadeira no Senado na base aliada de Beto Richa (PSDB), espera um convite para ocupar uma secretaria no governo do Estado.

Segundo informações da assessoria de Balbinotti, o deputado passou ontem o dia numa de suas fazendas, descansando. Ele recebeu 84.523 votos - 12.871 em Maringá - em todo o Estado e ficou com a primeira suplência do PMDB.

Apesar da votação bem menor que em 2006, quando recebeu 116.398 votos, Balbinotti acredita que vai conseguir uma cadeira na Câmara e seguirá com a carreira política.

"Vai depender do resultado do segundo turno. Se a Dilma ganhar, alguns do PMDB devem fazer parte do governo e o deputado Odílio fica com uma cadeira", explicou o assessor.

Já Ricardo Barros, que foi candidato ao Senado pela primeira vez, sai da eleição fortalecido, apesar da derrota nas urnas. Ele fez 2.190.539 (20.22% do total de votos válidos para o Senado no Estado) e é um dos campeões de votos da história de Maringá.

Atual presidente estadual do PP e secretário nacional do partido, Ricardo disse que vai continuar na política e também cuidar de seus negócios. "Vou esperar a composição do secretariado do governador Richa e, caso receba um convite para uma secretaria vou fazer parte do governo. Do contrário, volto para a vida privada, vou cuidar das minhas empresas, mas continuo militando na política, como presidente do PP e secretário da executiva nacional. Vou continuar minha missão de servir à comunidade."

Marina desmente PT e nega que aceitou conversa sobre apoio a Dilma



A senadora Marina Silva (PV-AC) divulgou nota para desmentir declaração do presidente do PT, José Eduardo Dutra, de que aceitou se reunir para discutir o apoio a Dilma Rousseff no segundo turno.

Segundo Marina, o presidente do PT ligou para dizer que gostaria de iniciar as conversas sobre o apoio.

No entanto, ela afirma ter agradecido o telefonema e ter dito que irá discutir, nos próximos dias, com o partido e com "parcelas da sociedade civil" sobre o apoio.

A senadora também disse a Dilma Rousseff (PT) e a José Serra (PSDB), em telefonemas, que sua candidatura foi maior que o próprio PV.

"Você sabe que sou uma mulher de processo", afirmou a ex-candidata.

De acordo com a nota, o PV fará uma convenção nacional para decidir a questão.

Nesta terça-feira, Dutra afirmou que Marina Silva já aceitou se reunir com a campanha de Dilma Rousseff para discutir o apoio.

"Ela aceitou sentar para conversar. Agora, vamos esperar o timing dela", afirmou o petista em Brasília.

Segundo o petista, Marina afirmou que ouviria as pessoas mais próxima.

De acordo com Marina, a declaração dele foi um equívoco. A reportagem ligou para Dutra, mas ele não atendeu os telefonemas.

Mais cedo, o presidente do PT disse que telefonou para Marina e a parabenizou pela votação que teve na disputa presidencial. Ela conseguiu 19,33% dos votos válidos (19,6 milhões). Esse patrimônio eleitoral é cobiçado por Dilma e José Serra (PSDB).

Segundo o dirigente petista, o PT vai procurar abordar neste segundo turno a bandeira do desenvolvimento sustentável. Dutra disse que a questão é compatível com o partido.

"No primeiro turno, a população mostrou que tem uma preocupação com isso. Vamos deixar isso mais claro", disse.

As novas estranhezas do caso Celso Daniel

Por Hugo Souza

A principal testemunha do caso fugiu da prisão, a promotora levou “uma fechada” e a ex-mulher do ex-prefeito foi vetada para assumir a Casa Civil.


No final de agosto a promotora Eliana Faleiros Vendramini dirigia em uma via expressa de São Paulo quando, segundo uma nota publicada no jornal O Estado de S.Paulo, um Gol bateu repetidamente na lateral do seu carro blindado até jogá-la para fora da pista, fazendo com que capotasse três vezes e fugindo sem prestar socorro. Cerca de um mês depois, na quinta-feira, dia 23 de setembro, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo divulgou a informação de que Elcyd Oliveira Brito fugira do Centro de Progressão Penitenciária de Pacaembu no dia 4 de agosto. Mas o que um fato tem a ver com outro? A resposta é: o caso Celso Daniel.

No dia 18 de janeiro de 2002 o então prefeito da cidade paulista de Santo André, Celso Daniel, foi sequestrado quando saía de uma churrascaria no bairro dos Jardins, em São Paulo, e encontrado morto dois dias depois, com onze tiros, em Juquitiba, em uma estrada próxima à Rodovia Régis Bittencourt. Eliana é a promotora do caso da morte de Celso Daniel, e Elcyd Brito é suspeito de participação no assassinato e principal testemunha viva do crime, cujos acusados vão a júri popular no próximo dia 18 de novembro. A morte de Celso ganhou contornos políticos quando surgiram denúncias de que em Santo André funcionava um esquema de extorsão de empresas de ônibus para abastecer um suposto caixa dois do PT.

O PT, entretanto, sustenta desde então que o assassinato de Celso Daniel foi um “crime comum” – conclusão do inquérito policial – da mesma forma como a promotora Eliana declarou que o suposto atentado que sofreu em São Paulo foi na verdade “uma fechada”. A diferença é que sete testemunhas do caso Celso Daniel já morreram desde 2002, do garçom que serviu Celso na noite do seu sequestro até o legista que examinou o cadáver do ex-prefeito petista, e seu irmão Bruno Daniel está na França na condição de refugiado devido às ameaças que sofreu por querer aprofundar as investigações.

Celso Daniel na sucessão da Casa Civil

No último dia 16 de setembro a subchefe de Articulação e Monitoramento da presidência da República, Miriam Belchior, chegou a ser confirmada por fontes do palácio do Planalto como a nova ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a Erenice Guerra, que acabara de cair em função das más práticas de seu filho, Israel Guerra, cuja contribuição para a administração petista consistia em “ajudar” empresas privadas a participar de licitações públicas.

O nome de Miriam chegou a ser dado como certo pelos sites de diversos veículos de comunicação. Coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desde que Dilma deixou a Casa Civil, ela teria sido a preferida do presidente Lula para assumir o ministério já quando a candidata petista deixou a pasta, em março, para encabeçar a chapa situacionista nas eleições presidenciais. O governo, entretanto, recuou da nomeação de Míriam na última hora.

Poucas horas depois de ela ter sido dada como certa para chefiar a Casa Civil, o porta-voz da presidência da República, Marcelo Baumbach, anunciou que a vaga seria ocupada interinamente pelo secretário-executivo do ministério, Carlos Eduardo Esteves.

Uma das hipóteses para o veto a Miriam Belchior é a de que o Planalto considerou seu nome sujeito a novos ataques envolvendo o ministério do qual saiu a escolhida de Lula para disputar sua sucessão. O motivo? Miriam é ex-mulher de Celso Daniel, e sua nomeação poderia fazer o episódio emergir do limbo e se transformar em mais um fantasma a assombrar a candidatura de Dilma, ainda mais porque ela, Miriam, chegou a ser apontada como integrante do suposto esquema de Santo André.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, apressou-se para desmentir esta versão, dizendo: “Isso não é problema nenhum. Imagina a que ponto chegamos de levantar o assunto do assassinato. Esse é um assunto fartamente investigado e é um caso encerrado”.

Caro leitor,

Tendo em vista os fatos subsequentes ao assassinato de Celso Daniel, você acha que se tratou de um crime político ou de um crime comum?

Você considera que o PT não se empenha como deveria para pressionar os órgãos competentes no sentido de um melhor esclarecimento do caso?

A sucessão de estranhezas relacionadas ao assassinato do ex-prefeito de Santo André não seria suficiente para investigações mais aprofundadas?

Oposição vai entrar com ação contra Lula por crime eleitoral


A oposição promete ingressar esta semana com representação no Ministério Público Eleitoral contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por crime eleitoral.

O PPS acusa o presidente de ter usado sua residência oficial, o Palácio do Alvorada, para reunir nesta terça-feira aliados do governo que discutiram estratégias para a campanha de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno.

O partido, que anunciou a representação, argumenta que Lula estava em seu horário de expediente para discutir assuntos de campanha.

"É claramente a utilização de recursos dos cofres públicos para fins eleitorais, o que configura um crime eleitoral. Portanto, o PPS vai pedir que o Ministério Público investigue a origem dos recursos, a fonte dos gastos desse claro ato do presidente Lula de desrespeito à legislação eleitoral", disse o deputado Raul Jungmann (PE).

O partido acusa Lula de ter violado a lei eleitoral que proíbe aos agentes públicos realizar ações de campanha em prédios públicos durante o expediente. O PPS também cogita ingressar com ações contra governadores que participaram do encontro, caso as viagens para Brasília tenham sido custeadas pelos cofres públicos.

"Ou seja, o presidente Lula e o PT querem continuar usando a máquina pública a favor da candidatura de Dilma", afirmou Jungmann.

Lula reuniu nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada, governadores e senadores eleitos e ministros para discutir a participação no segundo turno. A campanha de desestabilização da candidatura de Dilma feita por setores das igrejas católicas e evangélicas por ela ser a favor do aborto foi chamada de "fascista" na reunião.

Primeiro turno dá à oposição controle de 55,4% do PIB do Brasil


Governadores aliados de José Serra (PSDB) venceram no primeiro turno em Estados que correspondem a 55,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os aliados de Dilma Rousseff (PT) ficaram com 33,7%, enquanto governos que correspondem a 10,9% serão definidos no segundo turno.

“É surpreendente esse dado”, afirmou Ernesto Lozardo, professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo. “O PT ganhou em poucos Estados, e em Estados menos relevantes economicamente. Isso mostra que o prestígio é mais da pessoa do presidente que do partido.”

Foram determinantes nessa divisão as vitórias do PSDB em São Paulo e Minas Gerais, que respondem, respectivamente, por 33,9% e 9,1% da economia nacional. Os cálculos têm como base a divisão do PIB por Estados de 2007, a última divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os aliados de Serra foram vitoriosos em 7 Estados e os de Dilma, em 11. Em oito Estados e no Distrito Federal o resultado será definido somente no dia 31. Entre os maiores Estados que ficaram nas mãos de aliados da candidata Dilma estão o Rio de Janeiro, com 11,2% do PIB; o Rio Grande do Sul, com 6,7%; e a Bahia, com 4,1%.

Segundo Lozardo, o resultado mostra que a política dos Estados difere muito da política federal. “As situações não estão mais se confundindo”, disse o professor. “Os eleitores estão muito mais conscientes.”

A vitória de Geraldo Alckmin em São Paulo e de Antonio Anastasia em Minas Gerais mostraram a força da oposição em Estados do Sudeste, que têm forte peso econômico. Os aliados de Serra também venceram no Paraná, que tem 6,1% do PIB, e Santa Catarina, com 3,9%.

Os aliados de Dilma mostraram força na Região Norte, ganhando no Acre (0,2% do PIB) e no Amazonas (1,6%), e na Região Nordeste, levando no primeiro turno no Maranhão (1,2%), Ceará (1,9%), Pernambuco (2,3%), Sergipe (0,6%) e Bahia. As duas regiões são bastante beneficiadas pelos programas sociais do governo federal, como o Bolsa-Família.

Mas, segundo Lozardo, essa não é a única explicação para o bom desempenho. Essas regiões têm apresentado um crescimento econômico acima da média do País, o que pode levar a uma avaliação melhor dos candidatos governistas.

“O governo investiu muito em infraestrutura nessas regiões, e também ajudou a organizar melhor a gestão”, explicou o professor.

“Nós da FGV prestamos muita assessoria para governos dessas regiões, que estão muito abertos a novas ideias”, disse Lozardo. De acordo com ele, esses governos estavam mais desorganizados, e receberam incentivos até de organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para melhorarem a gestão pública.

Dilma anuncia Ciro Gomes como coordenador de campanha




Do Uol Eleições

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, participou de uma reunião, nesta terça-feira (5), com três governadores reeleitos -Marcelo Déda (PT), Eduardo Campos (PSB-PE) e Cid Gomes (PSB-CE)- e com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). O deputado, que até o meio do ano cogitava participar das eleições presidenciais, mas por orientação de sua legenda apoiou a candidata petista, foi anunciado como um dos coordenadores de sua campanha do segundo turno.

“Ciro vai participar da nossa coordenação de campanha, e tenho certeza de que ele tem grandes contribuições para nos dar”, disse a presidenciável sobre o parlamentar, a quem ela disse que admira e respeita “muito”.

Mais cedo, após o café da manhã com o presidente, Ciro reforçou o tom de respeito à decisão do partido e a disposição de ajudar a petista a conquistar o segundo turno das eleições presidenciais.

“Sou cabo eleitoral. Estou à disposição 100%. Minha tarefa é garantir a vitória [de Dilma] lá no Ceará, onde ela tirou 66% [dos votos], no primeiro turno”. Para Ciro, a estratégia da campanha deve ser mantida.

Beto Richa anuncia a equipe de transição de governo



Todos os membros passaram pela Prefeitura de Curitiba. Primeira reunião será quinta-feira

O governador eleito Beto Richa (PSDB) já definiu os cinco nomes que vão compor sua equipe de transição. Todos os escolhidos trabalharam ou trabalham ainda na Prefeitura de Curitiba. Uma primeira reunião está marcada para esta quinta-feira (7), e até lá será aguardado outros cinco nomes das pessoas que devem formar a equipe de Orlando Pessuti (PMDB) para a trânsição do governo.

Entre os nomes escolhidos por Beto, está o de Carlos Homero Giacomini, ex-presidente do Instituto Municipal de Administração Pública da Prefeitura de Curitiba; Ivan Bonilha, ex-procurador geral do município; Norberto Ortigara, ex-secretário do abastecimento da capital; Luis Eduardo Sebastiani, secretário de finanças de Curitiba que deve pedir licença do cargo e Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto na prefeitura.

Além destes nomes, nenhum outro cargo par ao próximo governo foi confirmado pela assessoria do novo governador. Apenas o vice-governador Flávio Arns está com a posição definida. Ele deve assumir a pasta da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, o anúncio foi feito por Beto durante a campanha.

O Gustavo Fruet foi o grande prejudicado pela ação criminosa dos Institutos de pesquisas


Gazeta do Povo

Fechadas as urnas, ontem foi dia de vencedores e perdedores nas eleições reclamarem das divergências entre os números das pesquisas e os resultados da votação. Eleito para a Câmara dos Deputa dos pelo PPS, Rubens Bueno disse já está articulando com a bancada federal uma investigação sobre a conduta dos institutos de pesquisa em todo país. “Não podemos tolerar números completamente distorcidos da realidade”, afirmou Bueno, que também pretende levar o assunto à executiva nacional do PPS, com quem se reúne hoje. O deputado Abelardo Lupion (DEM), reeleito à Câmara Federal, prometeu apresentar um projeto de lei para impedir a divulgação de pesquisas eleitorais 15 dias antes do pleito.

Da Assembleia Legislativa também partiram ataques aos institutos de pesquisa. Na retomada dos trabalhos da Casa, depois de 20 dias de recesso branco, o deputado Ademar Traiano (PSDB) subiu à tribuna para reclamar dos resultados apresentados pelos levantamentos realizados por institutos nacionais. “O Ibope acabou tirando uma vaga do Senado, que poderia ser do Gustavo [Fruet]”, disse, em referência à pesquisa Ibope divulgada no último sábado.

A reclamação de Traiano foi acompanhada pelo presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni. O deputado voltou a afirmar que a decisão de contestar na Justiça as pesquisas eleitorais foi do partido e que não se arrependia da medida. A campanha do governador eleito Beto Richa recorreu à Justiça Eleitoral e conseguiu impedir a divulgação de sete levantamentos de intenção de voto durante a campanha eleitoral.

Richa, que já havia criticado as pesquisas eleitorais no domingo, voltou a fazer ataques ontem. Durante coletiva de imprensa, o tucano disse ainda ter sido prejudicado pelas pesquisas nas eleições de 2002 e 2004. “Pergunto para vocês: o que atrapalha a democracia? A nossa atitude, que foi comprovada na prática, ou a divulgação de pesquisas erradas que podem induzir o eleitor ao erro?”.

O principal alvo de críticas dos parlamentares e do próprio Richa foi a última pesquisa Ibope para o governo do estado e ao Senado. O levantamento foi contestado pela campanha tucana e liberado na noite de sexta-feira por uma liminar do ministro Marco Aurelio Mello do Tribunal Superior Eleito ral. Os dados, que foram recolhidos entre 30 de setembro e 2 de outubro, indicavam um empate entre Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT), com 49% dos votos válidos cada um, o que poderia levar a um segundo turno. Richa levou a eleição no primeiro turno com 52,4% dos votos válidos.

Na avaliação da cientista política Luciana Veiga, da Univer sidade Federal do Paraná (UFPR), neste caso o resultado da pesquisa não ficou distante da realidade. “Não me parece que a pesquisa tenha errado tanto para governador. Para mim, a de senador parece um pouco mais problemática”, diz.

Para o Senado, a pesquisa Ibope mostrou Gleisi Hoffmann a frente com 33% das intenções de voto válidos, o ex-governador Roberto Requião (PMDB) em segundo lugar com 31% e Gustavo Fruet (PSDB) com 18%. O resultado nas urnas confirmou a vitória de Gleisi, mas mostrou uma situação muito mais apertada entre Requião e Fruet: 24,8% conta 23,1%, respectivamente. De acordo com Luciana, numa eleição como a deste ano, em que são escolhidos dois senadores, fica mais complicado para os institutos preverem o resultado. Isso porque também é mais complicado para o eleitor fazer a escolha.

Gustavo Fruet (PSDB) diz acreditar que o resultado do Ibope influenciou na sua derrota para o Senado. Na avaliação dele, o porcentual negativo nas pesquisas desmotiva quem está envolvido na campanha, causa perdas de apoios políticos e também influencia no voto de alguns eleitores, que acabam optando pelo candidato que está a frente, com o intuito de “não perder” o voto – o chamado “voto útil”.

O governo Beto Richa e a governabilidade

O Beto terá em sua bancada na ALEP a maioria absoluta dos deputados, pois a sua Coligação elegeu quase que a metade dos deputados e com certeza contará com o apoio maciço da maioria dos deputados do PMDB, como também dos deputados pertencentes a outros partidos menores.

No PMDB o Beto com certeza já conta com o apoio do Alexandre Curi, que anteriormente junto com o Romanelli foram os grandes defensores da tese de que o PMDB deveria se coligar com o PSDB, o que não ocorreu. O Nereu Moura e outros deputados deste partido também já acenam para a possibilidade de fazerem parte da futura bancada de apoio ao governo Beto Richa.

Logo após a divulgação do vitorioso resultado o Beto, que é um estadista, enquanto republicano por convicção acenou para a conciliação:

“Enfrentamos as máquinas do governos do estado e federal. Nos dedicamos de sol a sol e as pessoas acreditaram em nossas propostas e compromissos. Não acreditaram nos boatos, nos ataques e nas ofensas. Felizmente, não guardo mágoa, tenho fé e Deus no coração. Sou da conciliação, do entendimento. Vou retribuir a confiança dos paranaenses com muito trabalho e dedicação”

A bancada do PT na ALEP irá comandar a oposição


O Partido dos Trabalhadores, que no governo passado na ALEP se anulou totalmente enquanto bancada por ser apenas um mero apêndice a garantir a governabilidade do governo Requião/Pessuti, neste novo governo deverá capitanear a bancada da oposição, já que a maior parte dos ex-aliados do PMDB deverão aderir ao governo Beto Richa.

Nesta eleição o PT elegeu seis deputados estaduais e terá a terceira maior bancada na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná. A bancada do PT obteve mais de 340 mil votos, obtendo aproximadamente 5% dos votos válidos desta eleição.

A bancada do PT contará na próxima legislatura com dois novos deputados, o Toninho da Fazenda Rio Grande, com 53.457 votos, e o líder da APP, o Professor Lemos, com 48.081 votos. O Partido dos Trabalhadores reelegeu os deputados Ênio Verri, Luciana Rafagnin, Tadeu Veneri e Péricles de Mello. O atual deputado Elton Welter, que disputou a reeleição, mas foi infeliz em seu intento, ficou na primeira suplência.

A campanha do Serra e a da Dilma no Paraná



O centro político estratégico e físico da campanha do José Serra no Paraná será comandado politicamente por Beto Richa, Flávio Arns, Gustavo Fruet, Hauly, Rubens Bueno, Rossoni,Sciarra, etc. e operacionalmente pelos que foram membros da sua coordenação de campanha na vitoriosa disputa pelo governo do Estado, no caso pelo Denilson Roldo, Miquele Caputo, Norberto Ortigara, Fernando Ghinhone, Campos Hidalgo, Juarez, Fadel, etc . O Alvaro, com a sua atitude desleal ao partido ao priorizar as relações familiares, perdeu espaço e aqui no estado deverá desempenhar um mero papel coadjuvante no segundo turno da disputa pelo governo federal.

A estrutura de campanha deverá já estar em campo a partir de quinta feira.

Na campanha da Dilma o centro político de tudo deverá ser o que foi anteriormente o Comitê Central da Gleise, como também o que foi Comitê Central do Osmar, mas com o segundo hoje tendo uma menor importância, pois na disputa pelo governo a campanha da Gleisi já tinha, por ser uma estrutura econômica e politicamente mais poderosa, ocupado o lugar de centro irradiador no processo da disputa presidencial.

Qual será a composição da equipe de governo do Beto Richa?


"Vou fazer um governo indutor do desenvolvimento e, por isso, minha equipe tem metas a cumprir, vou escolher a dedo os secretários"
Beto Richa

Embora o Beto tenha dito que ainda não tem uma posição formada sobre qual será o novo secretariado do governo a especulação sobre quem irá compor a sua equipe é uma realidade, pois interessa a todos os que se dedicaram a sua campanha. Os nomes que surgem desta discussão de bastidores são os que por muito contribuírem naturalmente mais se destacaram durante a campanha. De certo até o momento é a indicação do vice- governador para a Secretaria da Educação.

Para a Saúde está sendo cogitado o nome de Miquele Caputo, na campanha ex-coordenador para Curitiba e Região Metropolitana foi secretário da Saúde em Curitiba e é homem de confiança tanto do Beto como do atual prefeito Luciano Ducci.
Na Comunicação Social o nome mais representativo a despontar é o do Denilson Roldo, que além de já ter exercido mais de uma vez está função tanto no estado como em Curitiba, foi chefe de gabinete do Beto na Prefeitura e além disto foi um dos principais estrategistas na campanha.
Para a Justiça um forte nome é o deputado federal Gustavo Fruet.
Na Segurança Pública o nome que surge é o do delegado federal e deputado federal eleito com mais de 130.000 votos Fernando Francischini.
Como homem ligado ao setor da Habitação, pois tratou disto enquanto funcionário da Caixa Federal e como dirigente da COHAB-Curitiba desponta o Mounir Chaowiche.
Como foi o coordenador jurídico da campanha e procurador geral do município de Curitiba o nome mais indicativo para assumir a procuradoria Geral do Estado é o do Ivan Bonilha.
Na Agricultura, tanto pela experiência no setor, como por ser o principal assessor do Beto nesta área e por ter sido o coordenador da campanha no interior é natural pensar no Norberto Ortigara.
Para a Fazenda estão sendo cogitados os nomes de Campos Hidalgo e o do Luiz Eduardo Sebastiani, que desde o governo Beto, e ainda em exercício, é o secretário da Fazenda do Município.
Outros nomes que por questão de justiça deverão exercer funções relevantes no governo Beto Richa, entre tantos outros, são Fernanda Richa, José Richa Filho, João Elísio Ferraz, Ricardo Barros, Fábio Luiz Campana, Fernando Ghignone, Paim, Ezequias Moreira, Moacyr Fadel, Juarez Henrich, Marcio, Juracy Barbosa, Rubico Camargo, Moacir Ferrante, Neco, Nani Marcos, coronel Itamar, coronel Iranil, delegado Marcos Miqueloto, o policial federal Nazir Abdalla Chain, Rocha, Jamur, etc..

 
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