sábado, 6 de agosto de 2011

Brasil é país que vê imigrantes de forma mais positiva, diz pesquisa

O Brasil é o país que vê os imigrantes de maneira mais positiva, segundo uma pesquisa global que ouviu 17 mil pessoas em 23 países.

Quase metade dos brasileiros (49%) ouvidos pelo instituto de pesquisa Ipsos MORI disse que os imigrantes tornam o país um lugar mais interessante de se viver, enquanto 47% acreditam que a imigração traz benefícios para a economia do Brasil.

Outras nações que veem os imigrantes com bons olhos são Austrália, Índia e Canadá.

Por outro lado, 38% dos brasileiros disseram acreditar que a presença de imigrantes tornou mais difícil conseguir emprego. A questão, no entanto, preocupa muito mais pessoas ouvidas em países como Rússia (75%), África do Sul (64%), Reino Unido (62%) e Argentina (61%).

EXCESSO DE IMIGRANTES

A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre seu grau de satisfação com os níveis de imigração em seus países. Enquanto 41% dos brasileiros ouvidos disseram que há um excesso de imigrantes no país, o número de pessoas insatisfeitas com a presença de estrangeiros foi consideravelmente maior em alguns países europeus, como Rússia (77%), Bélgica (72%), Reino Unido (71%), Itália (67%) e Espanha (67%).

Os japoneses são a nacionalidade mais satisfeita com seu atual nível de imigração, que é historicamente baixo, com apenas 15% dos entrevistados dizendo que há estrangeiros demais no país.

A pressão extra sobre os serviços públicos causada pela imigração gera grande preocupação na Reino Unido, onde 76% dos entrevistados afirmaram que saúde, transporte e educação sofreram um impacto negativo devido à necessidade de atender pessoas de outros países.

Na Espanha, Bélgica e Estados Unidos, foram encontrados índices semelhantes (70%, 68%, 66%), enquanto no Brasil, apenas 37% disseram acreditar que os serviços públicos estão sendo prejudicados.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, realizada pelo IBGE, em 2009 havia 682,085 estrangeiros morando no Brasil.

Os países que fizeram parte da pesquisa foram Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia e Estados Unidos. (BBC)


Mais de 250 mil israelenses vão às ruas contra alto custo de vida

Motivados pelo alto custo de vida no país, mais de 250 mil manifestantes tomaram as ruas de Israel neste sábado, pedindo "justiça social", segundo números oficiais.

A imprensa israelense cita mais de 300 mil pessoas e os organizadores falam em até 500 mil. A manifestação já é considerada uma das maiores da história de Israel, país com apenas 7,5 milhões de habitantes.

O protesto é parte de uma onda de insatisfação que já motivou a montagem um grande acampamento no centro de Tel Aviv, formado por jovens que reclamam do preço dos aluguéis. Outras cidades seguiram o exemplo e as barracas se espalharam pelo país.

Também é visto como um reflexo da chamada Primavera Árabe, o conjunto de manifestações que se espalhou pelo norte da África e o Oriente Médio.

Gritando palavras de ordem como "as pessoas vem antes dos lucros", os manifestantes se queixam do alto custo de vida, sobretudo dos aluguéis e dos alimentos.

Trata-se do terceiro sábado consecutivo de protestos. A maior concentração ocorreu em Tel Aviv, onde houve apresentação de artistas populares em Israel, como Shlomo Artzi e a cantora Rita.

Em Jerusalém, os manifestantes se concentraram em frente à casa do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.

INTERNET

O movimento de insatisfação ganhou força na internet. Há algumas semanas, uma discussão iniciada no Facebook sobre a alta do preço do queijo cottage deflagrou uma onda de protestos contra a diminuição do poder aquisitivo no país.

O queijo cottage é essencial no café da manhã dos israelenses. O protesto majoritariamente online obrigou os comerciantes a abaixarem o preço do queijo, pelo menos temporariamente.

Após o queijo cottage, o preço dos aluguéis se tornou o alvo dos manifestantes. Durante o verão no hemisfério norte, nasceram as "cidades de barracas", acampamentos de manifestantes em diversas partes do país.

Em Tel Aviv, o acampamento fica no meio do canteiro do elegante Boulevard Rothschild.

Os manifestantes citam o crônico problema da baixa oferta de residências no país. Ao contrário de outros países desenvolvidos, a maioria da terra em Israel é nacionalizada.

O governo israelense já parece ligeiramente aturdido com o repentino descontentamento público e o primeiro-ministro teve de adiar, nos últimos dias, uma viagem para a Europa.

O governo também preparou rapidamente um pacote de reformas que inclui a promessa de construção de mais residências para estudantes. (BBC)


China critica EUA pela crise da dívida e exige garantias

A China, principal credora dos Estados Unidos e com 70% de suas reservas em moeda estrangeira em dólares, criticou duramente o governo americano depois que a agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) rebaixou a dívida americana na sexta-feira.

Com US$ 1,16 trilhão em bônus do Tesouro dos EUA e US$ 3,2 trilhões de reservas em moeda estrangeira em dólares, a queda da dívida americana de "AAA" -- a máxima qualificação possível -- para "AA+" gerou um forte mal-estar em Pequim.

A agência oficial chinesa "Xinhua" publicou neste sábado um duro editorial no qual assegura que a decisão da Standard & Poor's é "uma fatura que os EUA devem pagar por sua própria dependência quanto ao endividamento e por suas brigas políticas sem visão de futuro em Washington".

"A China tem todo o direito agora de reivindicar dos Estados Unidos que corrijam os erros estruturais de sua dívida e garantam a segurança dos ativos em dólares da China", afirmou a "Xinhua".

Ao mesmo tempo, a agência estatal reivindicou "supervisão internacional" sobre a moeda americana, e foi além, ao propor como alternativa ao dólar "uma nova moeda de reserva estável e assegurada em nível global" para evitar a dependência mundial da dívida dos EUA.

ALTERNATIVAS

Há alguns dias, Chen Daofu, diretor do Centro de Pesquisas Políticas do Conselho de Estado da China, advertiu da necessidade de buscar alternativas de investimento para as reservas chinesas, e avaliou que mudar a composição destas "é um desafio crucial para os conselheiros políticos em Pequim".

Com relação ao futuro, a "Xinhua" assinalou que se não houver cortes na "gigantesca despesa militar" e nos custos do novo sistema de previdência social universal disposto por Barack Obama, a Standard & Poor's pode diminuir ainda mais a qualificação da dívida americana.

Ainda assim, o economista-chefe do Centro de Informação Estatal da China, Jianping Fan, considerou que o endividamento americano afetará principalmente os mercados financeiros, e, só em segundo plano, o comércio.

O analista prevê uma queda nas exportações do país asiático, porém mais ligada aos problemas da Europa que aos indicadores americanos.

REBAIXAMENTO

A agência de classificação de risco S&P rebaixou a nota da dívida americana para AA+ devido aos riscos políticos e ao peso da dívida americana em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).

A agência decidiu anunciar a decisão na sexta-feira à noite, depois do fechamento do mercado, para dar tempo dos investidores se acalmarem durante o fim de semana.

Mais cedo nesta sexta-feira, já havia rumores de que a nota americana, que era AAA desde 1917, seria rebaixada. A agência também teria segurado a divulgação do "downgrade" porque funcionários do Tesouro americano encontraram erros na análise do S&P sobre a receita do governo e a situação do deficit.

A disputa entre os partidos --Democrata e Republicano-- sobre a política fiscal americana também deixou a agência pessimista sobre a capacidade dos EUA conter o deficit.

A perspectiva da nova classificação é negativa, afirmou a S&P em comunicado, um sinal de que outro rebaixamento da nota é possível nos próximos 12 a 18 meses.

A nota da dívida americana pode ser rebaixada para "AA" caso haja menos redução de gastos do que o previsto, taxas de juros mais elevadas ou aumento da trajetória da dívida maior do que o esperado.

O rating AAA permitia que o país tomasse emprestado recursos a uma taxa de juros mais baixa, pois governo é considerado estável, e seus títulos são tidos como seguros.

Agora, os títulos do Tesouro dos EUA, uma vez vistos como o investimento mais seguro do mundo, estão classificados abaixo de títulos emitidos por países como Reino Unido, Alemanha, França ou Canadá, conforme a "Reuters".

Em tempos de crise, investidores vendem suas ações em mercados emergentes, como o Brasil, e procuram abrigo em títulos seguros. (EFE)


Em Hiroshima, premiê japonês fala contra energia nuclear

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, levou neste sábado sua campanha contra a energia nuclear à cidade de Hiroshima, que 66 anos atrás se tornou a primeira vítima de uma bomba atômica no mundo.

A iniciativa marca uma mudança de curso em um país que até agora havia evitado cuidadosamente relacionar sua indústria nuclear, em rápida expansão e atualmente desacreditada, ao trauma de ter sido o único do mundo atacado com bombas atômicas.

Falando na cerimônia de aniversário para as vítimas da bomba lançada em Hiroshima, Kan repetiu que a pior crise nuclear do mundo nos últimos 25 anos, ocorrida na cidade de Fukushima, depois do terremoto de março, o convenceu de que o Japão deveria pôr fim à sua dependência da energia nuclear.

As autoridades ainda estão tendo de controlar os danos causados na usina nuclear de Fukushima pelo terremoto e o tsunami que ele provocou. A crise desencadeou pedidos generalizados de encerramento da dependência de energia nuclear num país propenso a terremotos.

"Vou refletir sobre o 'mito de segurança' da energia nuclear, investigar cuidadosamente as causas do acidente e as medidas fundamentais para garantir proteção, bem como reduzir a dependência de usinas de energia nuclear e ter como objetivo uma sociedade que não dependa de usinas de energia nuclear", disse Kan.

Em 6 de agosto de 1945, nos últimos dias da 2a Guerra Mundial, um avião dos Estados Unidos despejou a bomba atômica, apelidada de "Little Boy", em Hiroshima, situada no oeste do Japão.

A cifra de mortos foi estimada no fim daquele ano em cerca de 140 mil pessoas, de um total de 350 mil habitantes da cidade na época.

Os EUA lançaram uma segunda bomba atômica contra a cidade de Nagasaki, no sul do país, em 9 de agosto. O Japão se rendeu seis dias depois. (Uol)


Por causa de denúncias de favorecer a seita de Sai Baba Ortolan sai babando do Ministério

Milton Ortolan também não resistiu às denúncias de supostas irregularidades enquanto era secretário de Educação em Americana (127 km de São Paulo), entre o começo de 2009 e março do ano passado, e pediu exoneração do cargo.

Um dos casos mais polêmicos foi o de privilegiar um amigo ao convidar um instituto de ensinamentos indianos para um curso de capacitação de professores da rede municipal de ensino.

O Instituto Sri Sathya Sai de Educação do Brasil tem sede em Ribeirão Preto (a 303 km de São Paulo), berço político do ministro Wagner Rossi (Agricultura), e divulga os ensinamentos do guru indiano Baghavan Sri Sathya Sai Baba, de quem Ortolan é seguidor.

À frente da Secretaria de Educação de Americana, Ortolan também foi suspeito de praticar nepotismo ao contratar a namorada do filho para assumir um cargo na pasta. À época, ele disse que o caso não caracterizava nepostismo porque a funcionária não era casada com seu filho. (Uol)


Comentário:

Onda New Age na Ilha da fantasia

Em Brasília tem muitos dignatários e dignatárias envolvidos com seitas indianas. Tem até gente importante ocupando ministério que viaja até a Índia para ir a encontros na matriz mundial do

Brahma Kumaris, nas montanhas Aravali no Rajastão, para meditar.


Onnnnnnnnnnnnnnnnnn para eles!

Novo ministro da Defesa diz que não quer "reinventar a roda"

O novo ministro da Defesa, o embaixador Celso Amorim, se reuniu neste sábado (6) com os comandantes das Forças Armadas por quase duas horas. Foi o primeiro encontro entre Amorim e os militares após sua escolha para assumir a pasta da Defesa em substituição a Nelson Jobim.

Participaram da reunião os comandantes Enzo Peri (Exército), Juniti Saito (Aeronáutica), Júlio Soares de Moura Neto (Marinha) e José Carlos De Nardi, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas. Na reunião, de acordo com a assessoria de imprensa da Defesa, o ministro ouviu de cada um dos comandantes os assuntos de maior urgência --o orçamento da pasta foi um dos pontos levantados.

Ainda segundo a assessoria, o novo ministro ressaltou a necessidade de conhecer as organizações militares do país e afirmou que não tem a intenção de "reinventar a roda" na condução da pasta. Um dos objetivos do encontro era diminuir a resistência dos militares ao nome do substituto de Jobim, diplomata de carreira.

Nos próximos dias, ele deve ter um encontro individual com cada um dos comandantes para receber informações sobre programas e projetos prioritários de cada uma das pastas.

Pouco antes da reunião, o novo ministro da Defesa se encontrou com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada.

(Uol)


Secretário-executivo da Agricultura pede demissão

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão do cargo. "Informo que apresentei ao ministro, nesta data, meu pedido de demissão, em caráter irrevogável, do cargo de secretário-executivo do Ministério da Agricultura", escreveu Ortolan, em nota divulgada pela página do Ministério da Agricultura na internet.

Ele tomou a decisão após a publicação de reportagem pela revista Veja segundo a qual seria conivente com irregularidades e desvios de recursos no Ministério. "Sinto-me injustiçado e ofendido pelas suspeitas levantadas na reportagem", afirmou. É a segunda vez que funcionários citados como envolvidos em irregularidades pela revista Veja são demitidos no mesmo dia da publicação da notícia. No dia 2 de julho a presidente Dilma Rousseff afastou quatro servidores do setor de transportes, suspeitos de atos ilegais, entre eles, Luiz Antonio Pagot, então diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Ortolan escreveu também que conheceu o lobista Júlio Fróes no processo de contratação da pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) pelo Ministério da Agricultura. Fróes foi apontado pela reportagem da revista Veja como um estranho que teria sala no prédio onde funciona a Pasta e atuaria para liberar verbas e corromper servidores. "(Fróes) Chegou a mim como sendo um representante da PUC-SP", argumentou Ortolan.

O ex-secretário disse ainda desconhecer uma reunião citada pela revista e que teria sido realizada na Assessoria Parlamentar do Ministério, quando teria sido distribuída "propina". "Não participei e nem compactuo com ilegalidades. Tenho 40 anos de serviço público. Jamais fui acusado de conduta irregular." Por fim, ele solicitou que sejam feitas investigações "em todos os níveis considerados necessários" e disse que estaria à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. "Tenho a consciência tranquila e provarei minha inocência", finalizou.

Já o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, negou que tenha algum tipo de envolvimento com Júlio Fróes. Por intermédio de nota, Rossi informou que pedirá que a Controladoria Geral da União (CGU) investigue os contratos apontados pela revista como suspeitos e anunciou que os funcionários citados serão ouvidos em procedimento disciplinar.

A reportagem da revista afirma que Fróes redigiu um documento usado como base para o Ministério contratar sem licitação por R$ 9,1 milhões a Fundação São Paulo, mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A entidade tinha o lobista como representante e após conseguir o contrato ele teria dado pastas com dinheiro a funcionários que o tinham ajudado no processo. A revista diz ainda que Fróes pediu uma "gratificação" de 10% a uma gráfica para que esta conseguisse renovar um contrato com o ministério. O lobista negou as acusações e chegou a agredir o repórter Rodrigo Rangel, da Veja, que registrou boletim de ocorrência em Brasília. (AE)


EUA libertam responsável por abusos em Abu Ghraib

O norte-americano Charles Graner Jr., de 42 anos, condenado a 10 anos de prisão por ter cometido abusos com os prisioneiros de Abu Ghraib, foi libertado neste sábado de uma cadeia militar após cumprir pouco mais de seis anos da pena. Ele permanecerá em liberdade condicional até dezembro de 2014, segundo Rebecca Steed, uma porta-voz do exército dos EUA.

Graner e outros seis integrantes das forças armadas dos EUA foram acusados em 2004 de abusar de detentos na prisão iraquiana de Abu Ghraib. A prova mais forte dos abusos eram fotos dos soldados posando ao lado de prisioneiros nus formando uma pirâmide humana ou amarrados a coleiras. O caso complicou as relações internacionais dos EUA e trouxe à tona um debate sobre se as técnicas de interrogatório aprovadas pelo Pentágono incluíam tortura.

O soldado foi condenado por abusos que incluíam obrigar os prisioneiros a formar pirâmides humanas, bater num dos detentos até que ele desmaiasse e ordenar aos prisioneiros que se masturbassem enquanto os soldados tiravam fotos. Graner afirmou que as ações eram parte de um plano conduzido por autoridades do serviço de inteligência para forçar os prisioneiros a colaborarem nos interrogatórios.

Ele recebeu a maior sentença entre os envolvidos nos abusos e foi o último réu condenado a ser libertado da prisão. Steed disse que as obrigações de Graner com o serviço militar terminam no final de 2014 e que até lá a liberdade condicional pode ser suspensa. (AP)


SmurPTs

Seara Alimentos foi condenada a pagar R$ 14.610.000,00 por dano moral coletivo



(*) Luiz Salvador

A Juíza do Trabalho Zelaide de Souza Philippi da 4ª Vara do Trabalho de Criciúma – SC, julgou procedente a Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho da 12ª Região (SC) , subscrita pelo Procurador Jean Carlo Voltolinido, Processo nº 01839-2007-055-12-00-2, condenando a Seara Alimentos a pagar indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 14.610.000,00, correspondendo a 10% do seu lucro líquido auferido no ano de 2010.

Na instrução processual restaram provados os gravíssimos procedimentos adotados pela empresa em desrespeito à legislação protetora da saúde dos trabalhadores, que eram submetidos a trabalhar em meio ambiente desequilibrado e agressivo, sem o fornecimento dos meios de proteção eficientes a neutralizar os riscos de acidentes e ou dos adoecimentos ocupacionais ocorridos, subnotificando a comunicação dos acidentes e adoecimentos ocupacionais, sendo que para mascarar a ocorrência dos infortúnios laborais, quando não exigia trabalho dos adoecidos, exigia a batida do ponto, ainda que o trabalhador pudesse ser dispensado do trabalho.

Conclui a sentença com base nas provas coletadas que a empresa implantava de ritmo frenético de trabalho, em ambiente hostil e com tarefas repetitivas, altamente propensas ao desenvolvimento de doenças ocupacionais, restando evidenciadas uma verdadeira legião de trabalhadores afastados da demandada, alguns em situação irreversível de incapacidade laboral, sem emissão de CAT, o que comprova a prática das repudiadas subnotificações acidentárias.

Essa questão da prática de mercado de subnotificar os acidentes de trabalho é por demais conhecida, sendo que em razão disso o próprio governo aprovou no Parlamento duas ferramentas úteis ao INSS , o NTEP e o FAP

Pelo NTEP o INSS pode conceder o benefício acidentário (B-51), ainda que o empregador não tenha emitido a CAT – Comunicação de Acidentes de Trabalho, ainda que o empregador tenha dúvida se a ocorrência se caracteriza e ou não como acidente, porque a legitimidade pelo reconhecimento do acidente não é do empregador, mas do próprio INSS.

A obrigação de assegurar meio ambiente de trabalho equilibrado, livre de risco de acidente e ou de acidentes ocupacionais é do empregador, sendo que se a doença e ou a sequela laboral não for considerada como acidentária, o trabalhador tem direito, igualmente, ao recebimento do auxílio-doença, mas o previdenciário (B-31), cujo benefício pago ao segurado, por não ter fonte de custeio próprio, como ocorre com os acidentários (SAT), o recurso sai do caixa geral da previdência, provocando os seguidos anúncios do governo com o “ déficit” na concessão dos benefícios previdenciários (auxílio doença-comum).

Até o momento em que inexistia normatização legal para regular o NTEP e o FAT era prática comum de mercado, não se emitir a CAT, que por lei é obrigatória, mas se encaminhava o trabalhador acidentado e ou lesionado para o INSS, visando a obtenção pelo trabalhador segurado do auxílio doença-comum (B-31). Mas o INSS sabedor dessas repudiadas práticas de mercado passou a incluir os valores gastos com o benefício previdenciário no cálculo do FAP, dificultando, assim, aos não investidores em prevenção e descumpridores das normas de segurança e medicina do trabalho, de se beneficiarem da redução das respectivas alíquotas relativas ao SAT, descontadas em folha de pagamento para o financiamento dos acidentes de trabalho.

Com isso, o mercado reagiu, passando, agora a mascarar os gravames ocupacionais ocorridos, não mais encaminhando seus trabalhadores adoecidos ao INSS para receberem o benefício, ainda que previdenciário (auxílio doença-comum, B-31), mas exigindo trabalho, ainda que doentes e ou quando não, a assinatura do ponto e logo dispensados, mascarando-se, dessa forma as ocorrências danosas à saúde física e mental de seus trabalhadores.

Além da condenação da empresa demanda no pagamento de indenização por dano social, houve também condenação por litigância de má-fé e imposição de diversas obrigações de fazer, com as respectivas cominações, acaso haja incumprimento.

(*) Luiz Salvador é advogado trabalhista e previdenciarista em Curitiba-Pr, Ex-Presidente da ABRAT (www.abrat.adv.br), Presidente da ALAL (www.alal.com.br), Diretor do Depto. de Saúde do Trabalhador da JUTRA (www.jutra.org), assessor jurídico de entidades de trabalhadores, membro integrante, do corpo técnico do Diap, do corpo de jurados do TILS – Tribunal Internacional de Liberdade Sindical (México), da Comissão Nacional de Relações internacionais do CF da OAB Nacional e da Comissão de “juristas” responsável pela elaboração de propostas de aprimoramento e modernização da legislação trabalhista instituídas pelas Portarias-MJ 840, 1.787, 2.522/08 E 3105/09, E-mail: luizsalv@terra.com.br, site: www.defesadotrabalhador.com.br

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LESIONADA PELO RITMO DE TRABALHO, FUNCIONÁRIA “MODELO” É ABANDONADA PELA SEARA/MARFRIG

Olhos rápidos e mão adestrada. Componentes imprescindíveis para uma campeã brasileira da sexagem. Mas Dona Vilma é mais: é bicampeã na arte de separar pintos machos e fêmeas para a indústria avícola. “É preciso olhar pela asa. São diferentes as duas camadinhas. Na fêmea, a de baixo é maior e a de cima é menor. No macho, as duas são iguais”. Mas então, digo, é mais fácil separar os machos. Não, responde ela, sorrindo, “porque há machinhos diferenciados, que têm a asinha de cima maior e a de baixo menor”.
A reportagem é de Leonardo Severo, de Sidrolândia-MS e publicada pelo portal da CUT, 30-05-2011.

Calma, Vilma Fátima Favero, “encostada” aos 42 anos, trabalhava na Seara de Sidrolândia, no interior do Mato Grosso do Sul, como “ajudante agropecuária”. “A gente separa os pintos, põe na caixa, vacina, forma o lote e põe no caminhão”. Cada trabalhador coloca milhares de pintos por hora nas caixas. Cada caixa tem cem aves. “Tinha gente que não agüentava e desmaiava, pois muitas vezes se varava a noite. Começava às duas da tarde e largava por volta da meia noite. Muitas vezes passava do horário, pois eram 130 mil pintos e apenas quatro pessoas para sexar. Se alguém faltava era pior, o trabalho acumulava para ser dividido entre quem se encontrava. O ritmo aumentava ainda mais, insuportável”.

Cultuada como “modelo”

Ela nos mostra as fotos de quando era cultuada como “modelo” e “incentivo” a ser seguido pelos demais trabalhadores do frigorífico da Seara (então pertencente à Cargill, hoje à Marfrig). A gerência e seus capatazes aplaudiam tamanha rapidez e eficiência na sexagem. Além do bicampeonato brasileiro, Vilma Favero também foi vice-campeã, concorrendo com outros 52 incubatórios da Sadia, Perdigão, Avipal e da própria Seara.
Mostra mais fotos: ela própria separando os pintos, no jantar promovido pela empresa Merial, que fornecia as vacinas e os prêmios. O microondas conquistado, os demais colegas da equipe sorrindo. “Foi feita uma reportagem e até saiu na rádio. Deram uma festona. Éramos exemplo”. Não demorou muito tempo e a dor chegou, inclemente. Logo vieram os remédios, os laudos, a incapacidade crônica, permanente. E a negativa da empresa, que não reconhecia que ela trabalhava naquela seção e, consequentemente, a suspensão do convênio médico com a Unimed. As fotografias viraram provas materiais contra a empresa. Pergunto do valor da pilha de remédios. “Às vezes têm no posto da Prefeitura. Quando preciso comprar, passa de R$ 200 e tem remédio que eles não dão. Meu dinheiro desaparece”.
Hoje a dor é insuportável nos dois ombros, comprometendo o braço inteiro. A tendinite e as cinco hérnias de disco completam o quadro dantesco. “Não trabalhei um dia para aSeara. Não foi um dia, foram 14 anos, um mês e dez dias. Agora estou afastada há quatro anos. Nem o dono larga os cachorros como eles me largaram”, desabafa, com os olhos fixos. Numa das mãos mostra novamente a foto, jovem, premiada; na outra a radiografia da coluna em frangalhos. “Cortaram o meu plano médico e dizem que estou devendo oito mil reais para a Unimed”, informou.

Ligações perigosas

No início do problema o médico do INSS, a quem Dona Vilma e um sem número de trabalhadores acusavam de ter vínculo funcional com a Seara – chegou a recusar o afastamento e deu alta. Mesmo com os exames na mão que apontavam tendinite nos dois braços e a coluna com cinco hérnias de disco. “Espécie 31”, diz. A Previdência tem dois códigos de doença profissional: o 91, que garante estabilidade, obrigando a empresa a recolher o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), ao ser reconhecida como doença ocupacional do trabalho; e o 31, que pode ser qualquer doença, como uma pedra na vesícula, não vinculando a enfermidade com a atividade profissional desenvolvida.
A quase totalidade dos casos da Seara em Sidrolândia são 31. “Para a Seara, os trabalhadores são peças de reposição. Não se importam com a qualidade de vida das pessoas, estão sempre sugando, sugando. Assim, antes de emitirem o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), que poderia garantir a estabilidade, eles já demitem”, denuncia a advogada Valdira Ricardo Galo Zeni. Acompanhando há dez anos as práticas da empresa na cidade, Valdira alerta que o grande problema das doenças ocupacionais é que não são visíveis: “eles estragam, dispensam e põem outro no lugar. As mulheres, por exemplo, acabam perdendo o movimento dos membros superiores e sequer conseguem pegar o filho no colo ou mesmo fazer um simples trabalho doméstico”.
Dona Vilma lembra que no seu caso houve um claro desvio de função, pois embora trabalhasse na “sexagem” era contratada como “leitorista”. Assim, a empresa se desobriga com o funcionário, uma vez que alega não ter sido responsável pela enxurrada de enfermidades que provocou em ambiente de trabalho tão hostil. Para completar, a senhora, de 42 anos, já necessitou fazer duas operações na perna. “É que está ficando mais curta pelo problema da coluna”, diz.

Tomografia estampa o caos

Datada de 20 de abril de 2009, sua tomografia computadorizada espiral aponta, entre outras mazelas, “espondiloartrose lombar” - processo degenerativo que atinge as articulações e que causa dores intensas; “saliência discal posterior central L3-L4, L4-L5 e L5-S1, causando compressão do saco dural” – membrana que envolve a medula como se fosse uma luva - ao que se soma ainda uma “discreta escoliose” - condição que envolve curvatura lateral e rotacional complexa e deformidade na espinha.
Foi um processo longo e penoso de abandono e da mais completa falta de assistência. Em 2002 a trabalhadora lembra que amorteceu o dedo. “Não tinha força e a médica da empresa me deu 15 dias. A médica do posto de saúde tinha pedido seis meses devido às complicações, mas a empresa disse que não podia ficar sem mim na formação do lote. Resultado: a dor começou a apertar, principalmente no ombro. Eu já não tinha mais forças para empurrar as caixas para a esteira. Tudo foi amortecendo. Ao mesmo tempo, foi crescendo o medo de ganhar as contas, uma pressão medonha. Faltava gente e depois de sexar, ainda fazia a formação do lote”.
O contato dos funcionários da seção em que Vilma trabalhava com o formol, produto químico utilizado para a desinfecção também foi escondido pela Seara, pois acarretaria em adicional de insalubridade. “Amoitaram tudo e sempre que baixava a fiscalização davam um jeito de não ter ninguém trabalhando. Mentiram para a perita, para mim e para o advogado. A Seara sempre inventava alguma coisa no dia da inspeção. Para cada um de nós dizia uma coisa, para não ser fiscalizada naquele dia. Dá para ver o quanto estão mentindo”.
Seu esposo, que também foi funcionário da Seara, faleceu há dois anos e meio sem que a empresa sequer avisasse os colegas. “Ele trabalhava com carregamento de ovos, um peso enorme, e abriu o intestino. Deu uma hemorragia interna. Antes de morrer, ele havia pedido as contas da Seara, pois quando carregava peso sangrava. A roupa era branca e ficava com muita vergonha. Saiu e não conseguiu nada. Nunca mais ficou bom. Morreu sem assistência”.

Sindicato mobiliza

De acordo com Sérgio Bolzan, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Sidrolândia, a vergonhosa prática daqueles “campeonatos”, remonta um tempo em que ainda não havia a entidade sindical na cidade. “Hoje estamos vigilantes, apurando uma a uma as denúncias que, infelizmente, se multiplicam diante da intensidade do ritmo de trabalho, das longas e extenuantes jornadas, da falta de fiscalização mais ágil e rigorosa por parte do Ministério do Trabalho. Vale lembrar que aMarfrig comprou a Seara da Cargill com recursos públicos, do BNDES, e que deveria ter se comprometido com contrapartidas sociais, como a de investir em saúde e segurança no trabalho. Infelizmente, temos hoje um batalhão de trabalhadores mutilados, que estão afastados, bancados pela Previdência, enquanto a empresa se desobriga, não assumindo suas responsabilidades”, denuncia Bolzan, que também é dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac/CUT).
Conforme Bolzan, a Seara já perdeu a ação no Tribunal Superior do Trabalho em relação à necessidade de estabelecer pausas de 20 minutos a cada uma hora e quarenta de trabalho. A medida visa garantir a recuperação muscular dos funcionários, pondo fim à verdadeira epidemia de doenças que tem provocado. “Após perder no TST, a empresa preferiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) do que aplicar o artigo 253 da Consolidação das Leis do Trabalho”, denuncia o presidente do Sindicato.

Norma regulamentadora

Na avaliação do presidente da Contac/CUT, Siderlei de Oliveira, a aprovação da Norma Regulamentadora (NR) dos Frigoríficos, que vem sendo debatida pela Comissão Técnica Paritária Permanente (CTPP) garantirá melhores condições de saúde e trabalho no Ramo da alimentação, contemplando três aspectos fundamentais: a redução do ritmo de trabalho, a redução do tempo de exposição dos trabalhadores e a mudança ergonômica dos ambientes de trabalho.
O processo movido por Dona Vilma contra a Seara corre na Justiça e se encontra na capital do Estado, Campo Grande. Antes de sair da sua casa, num bairro popular de Sidrolândia, lhe faço um último questionamento. Pergunto o que ela mais deseja. “Justiça”, ela responde, “para que nunca alguém passe pelo que estou passando”.
Segundo Dona Vilma, o reconhecimento da injustiça, com o pagamento da indenização e a tão merecida aposentadoria, será o seu prêmio de consolação. Para o Sindicato e a Contac/CUT, representará mais um passo na caminhada contra as mazelas das indústrias avícolas e rumo à aprovação da NR dos Frigoríficos.

Tropas do governo da Somália abriram fogo contra civis famintos na capital Mogadiscio, matando pelo menos 7 pessoas

De acordo com relatos, a confusão começou quando grupos de pessoas desesperadas por alimentos entraram em choque com os soldados em um local de distribuição de alimentos enviados pelas Nações Unidas.

Testemunhas acusam soldados do governo de começarem o caos ao tentarem roubar rações de comida, enquanto voluntários tentavam manter as tropas fora do maior campo para refugiados famintos na capital somali.

Refugiados começaram a entrar na confusão e os soldados abriram fogo, disseram as testemunhas. "Foi um massacre. Eles atiraram em todo mundo", disse à AP Abdi Awale Nor, que vive no campo. "Os corpos dos mortos foram deixados no local e os feridos sangraram até morrer".

Brigas, saques e mortes

David Orr, porta-voz do programa mundial de alimentação das Nações Unidas, disse que a distribuição de alimentos começou nesta sexta-feira às 6 horas da manhã (horário local, 0h em Brasília), mas rapidamente degenerou em confusão algumas horas depois.

"Tivemos relatos de brigas, saques. Caminhões foram atacados por uma multidão. Existem relatos de mortes", disse Orr. Segundo o porta-voz, não se podia confirmar o número de óbitos.

Outro refugiado, Muse Sheik Ali, disse que os soldados primeiro tentaram roubar alimentos, e que então os refugiados começaram a roubar. "Então os soldados abriram fogo contra os civis e 7 pessoas, incluindo idosos, foram mortas no local. Então os soldados saquearam a comida e as pessoas fugiram".

Dezenas de milhares de somalis famintos fugiram para a capital Mogadiscio, deixando as regiões do sul assoladas pela seca e pela fome. A seca e a fome já mataram perto de 29.000 crianças na Somália nos últimos 90 dias.

Dilma afirmou a militares que ninguém precisa temer mudanças

Dilma pediu aos militares que mantenham a "normalidade institucional", abriu um canal mais direto de relacionamento com eles e disse que seu governo não permitirá revanchismos.

Em mensagem teleguiada para acalmar a caserna, Dilma afirmou que ninguém precisa temer mudanças. Embora não tenha tocado no assunto com todas as letras, todos entenderam na conversa que não haverá revisão da Lei de Anistia, que impede a abertura de processo e punição de agentes de Estado que atuaram na ditadura e praticaram crimes contra os opositores do governo como tortura assassinatos e desaparecimentos. (AE)

Amorim representa o fortalecimento da unidade latino americana, e isto preocupa aos entreguistas!

A nomeação de Celso Amorim irritou aos círculos mais conservadores dentro das Forças Armadas, que saíram a campo dizendo que quando este ocupou o Itamaraty assumiu posições ideológicas, como se estes reacionários não as tivessem.

Filhos diletos da "Guerra Fria", e ainda fiéis seguidores da geopolítica imposta pelos EUA, estes se agitam contra qualquer discurso que venha em defesa do que defende a laitinidade e a aliança entre os países terceiro-mundistas e em fase de desenvolvimento (Bric), já que para estes a "verdade" ainda vem do falido Norte América, com os quais " eternamente deveríamos ficar aliados, e aqui na no Cone Sul sermos a tropa de choque do Império.

Eles, que deveriam cumprir o papel de ser "os guardiões" de nossa soberania ainda seguem a carcomida cantilena do Golbery na defesa do desenvolvimento dependente com forma de atingirmos o "progresso", no caso o deles, os dos "irmãos do norte".

As nossas Forças Armadas forma formatadas após a vinda de D. João, e estas sofreram grande influência dos mercenários prusssianos e dos militares ingleses, sendo que estes aqui se fizeram presentes desde o desembarque da fugitiva corte imperial. Quem fez a escolta de D. João e seus aristocráticos parasitas foi a armada inglesa.

Todas as tentativas dos Movimentos nacionais e populares de rompermos com a dominação estrangeira e impormos a nossa soberania ocorridas no século XIX foram esmagadas por estas tropas mistas dirigidas por estrangeiros, entre eles se destacaram o almirante Taylor e Lorde Cochrane, ambos ingleses. Sob o comando destes foram massacradas as tentativas republicanas da Revolução Pernambucana, Confederação do Equador, Setembrada, Novembrada, Cabanagem,etc..

Para estes que seguem o histórico de defesa da dependência eterna da nossa nação, mas que dentro das Forças Armadas não representam a totalidade, o nome do Celso Amorim os preocupam.

Apavorados com a indicação de um nacionalista correram para pressionar a Dilma e está para acalmar estes militares, que reagiram negativamente à escolha do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa, reuniu ontem pela manhã os comandantes militares. E garantiu aos três chefes das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – e mais ao chefe do Estado-Maior Conjunto, general José Carlos De Nardi, que o novo ministro não vai fazer mudanças nos comandos. Na reunião a presidenta pediu aos comandantes que “mantenham a normalidade institucional”. O almirante Moura Neto é o comandante da Marinha; o chefe da Aeronáutica é o brigadeiro Juniti Saito e o Exército tem como comandante o general Enzo Peri. mais calmos estes comandantes disseram que "estão a serviço do Estado e que não servem a pessoas". O motivo da reunião é que muitos dos oficiais superiores, generais, etc., disseram que "a situação é delicada porque todos conhecem as posições do ex-chanceler durante sua passagem pelo Itamaraty, quando “contrariou princípios e valores” dos militares ao tomar decisões ideológicas.


O que apavora estes "impolutos senhores" é que o Amorim, que não é um capacho dos EUA, comandou a aproximação do Brasil com países como a Venezuela e o Equador, justamente uma preocupação dos militares na Região Amazônica, que se colocam contra estes governos soberanos ao mesmo tempo que não questionam a existência das bases dos EUA na Colômbia, com a qual o reacionário Jobim e o suspeito vice presidente Michel Temer tinha acabado de assinar um acordo que abre a nossas fronteiras para a ação de tropas estrangeiras em nosso território.

Outra questão que os incomoda como subservientes que são aos EUA, é que no Itamaraty o novo ministro também conduziu o estreitamento de relações do Brasil com o Irã, país considerado perigoso pela OTAN, Como também os desagradou a aproximação com Cuba.

Para para alguns altos oficiais a nomeação de Amorim "pode passar a imagem de que o Brasil está alinhando sua estratégia de defesa militar com essas nações".

Segundo o que foi dito por estes em uma reportagem dada sem se identificarem ao jornal o Estado de S. Paulo eles ainda sutilmente ameaçaram: “O governo está apostando na crise. Ninguém sabe como será a reação da tropa caso haja algum problema que Amorim precise usar sua autoridade".

Se estes senhores pró EUA se preocupam é porque a nomeação foi correta!


PELA UNIDADE LATINO AMERICANA!


Quando a vítima se expõe a ponto de ser alvo do crime

Boas políticas públicas de segurança não partem apenas do princípio de que é preciso perseguir o criminoso. Elas tentam também entender as vítimas. Essa linha de ação focada em quem sofreu uma violência surgiu na década de 60, nos Estados Unidos, e ajuda na compreensão dos fatores de risco ligados às ocorrências policiais. Com pesquisas domiciliares, é possível identificar quem está mais exposto à violência e fenômenos que muitas vezes ficam fora das estatísticas oficiais. O pós-doutor em Ciência Política Leandro Piquet Carneiro, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do programa de pesquisa em segurança e criminalidade do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da USP, elenca alguns fatores que nos tornam mais vulneráveis à violência: exposição, proximidade com o agressor, baixa capacidade de proteção, atrativos ante os olhos do agressor e natureza do delito.

A exposição se refere ao tempo que se frequentam locais públicos, estabelecendo contatos e interações sociais. O estilo de vida mostra em que intensidade os demais fatores estão presentes na nossa vida. Assim, determina em que medida nos expomos ao frequentar lugares públicos, qual nossa capacidade de proteção, nossos atrativos e a proximidade com os agressores.

Conforme estudo dos pesquisadores Cláudio Beato, Betânia Totino Peixoto e Mônica Viegas Andrade, essa proximidade diz respeito à frequência dos contatos sociais, o que depende do local de residência, condição socioeconômica, idade e sexo. A capacidade de proteção não está relacionada só ao poder econômico, mas também ao estilo de vida. Quem se resguarda, evitando contato com possíveis agressores, tem menos chances de ser vitimado. Nessa lógica, a pessoa que prefere igrejas a bares corre menos riscos de esbarrar com agressores, assim como quem anda de carro teoricamente tem mais proteção do que quem anda de ônibus.

A pesquisa de vitimização aponta, por exemplo, que pessoas mais velhas têm risco menor de sofrer agressão do que os mais jovens. De 35 a 44 anos, há 63% menos chances de sofrer agressão, e, acima de 45 anos a probabilidade é 79% menor do que entre jovens de 13 a 18 anos de idade. Os mais jovens se expõem por passar mais tempo fora de casa, muitas vezes consumindo álcool na vida noturna. O consumo de álcool, aliás, é um importante indicador de vitimização quando associado à permanência na rua. A bebida torna a pessoa mais vulnerável porque ela tende a ser passiva e desatenta.

Outra conclusão do estudo é que o trabalhador tem probabilidade 42% maior de ser agredido do que quem não trabalha. “Indiví­­duos que trabalham tendem não só a uma maior exposição, porque frequentam mais lugares públicos, como também a estar mais próximos dos agressores, pois circulam por uma maior malha social”, diz a pesquisa. A probabilidade de ser vitimado por agressão é 38% menor para pessoas que circulam mais durante o dia, uma vez que o estilo de vida de quem costuma andar à noite é mais vulnerável à ação de predadores.

Conclusões como essas, por mais simples que pareçam, podem levar a políticas públicas mais eficientes do que a simples repressão ao crime. O jovem, por exemplo, raramente vai a uma delegacia registrar a ocorrência, mas é o que mais se expõe a situações de risco. Não por acaso, programas de prevenção voltados à juventude têm um impacto amplo na segurança.

Dois traumas seguidos

Cilene Moraes, 35 anos, viveu duas experiências traumáticas em países diferentes e, à primeira vista, estaria enquadrada nos padrões comportamentais de vitimização, ou seja, teria uma parcela de responsabilidade. Ela, no entanto, não se sente culpada pelo assalto à mão armada sofrido em Curitiba nem pelo furto de sua bolsa em Buenos Aires. Márcia se diz vítima da marginalização excessiva que campeia as ruas das grandes cidades.

No ano passado Cilene foi com um casal de amigos à capital argentina. No quarto dia da viagem, notou um sujeito a segui-los pela Avenida Corrientes e pela Calle Florida, a Rua das Flores dos portenhos. Num dado momento ele passou rente e, dedo apontado para a bolsa, disse “peligro, peligro”. Cilene não entendeu o recado.

Por instinto, ela costumava pôr a bolsa no colo toda vez que saía para jantar. Numa noite, porém, os amigos recomendaram que relaxasse. Afinal, estavam em Buenos Aires. O que poderia acontecer? Cilene descansou a bolsa no braço da cadeira. Na saída, a surpresa. Foi-se a bolsa, com os documentos, os celulares e as máquinas fotográficas dos três.

“Foi o único momento de distração”, lamenta. Na Embaixada brasileira, foi orientada a registrar o furto na polícia. Na delegacia, os três amigos se depararam com muitos brasileiros na mesma situação. Entre eles, a dançarina de funk Ellen Cardoso, a Mulher Moranguinho, que teve a bolsa furtada numa loja de Buenos Aires. Cilene não conseguiu reaver a bolsa nem antecipar a volta ao Brasil.

Os três dias seguintes foram de raiva e resignação, a maior parte do tempo trancada no hotel. Sem dinheiro (talvez o ladrão nem tenha notado o fundo falso da bolsa recheado de notas), Cilene teve de recorrer a favores de outros brasileiros que conheceu na viagem. O trauma foi para ela ainda pior do que o assalto à mão armada no Boqueirão, em Curitiba, um ano antes.

Cilene voltava à noite do curso de pós-graduação quando foi abordada praticamente no portão de casa. Por ali sempre havia movimentação por causa do carrinho de cachorro-quente, dando certa tranquilidade. Naquela noite, porém, foi abordada quando atravessava a rua, segundos depois de um carro da Polícia Militar passar por eles. Ela sentiu na pele o frio do cano da arma.

Pelos padrões de vitimização, Cilene confiou demais na aparente segurança de Buenos Aires e vacilou ao não redobrar a atenção ao andar à noite em Curitiba. Teria, portanto, sua cota de culpa. Ela refuta. No caso curitibano, chegava à noite em casa e ainda tentou se esquivar ao ver um sujeito suspeito; no caso argentino, nem mesmo a operadora de turismo avisou sobre os riscos de assalto. Para ela, casos assim não acontecem por vacilo da vítima, mas pelo excesso de bandidos nas ruas. (GP)


UFPR decide adiar retorno das aulas para 15 de agosto

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Paraná (Cepe-UFPR) decidiu adiar para o dia 15 de agosto o retorno das aulas na instituição. A decisão ocorreu após reunião realizada na tarde desta sexta-feira (5).

No encontro, representantes da sociedade, alunos, servidores, aposentados e professores votaram pelo adiamento do reinício do ano letivo, por conta da paralisação dos servidores técnico-administrativos, iniciada em junho de 2011.

Segundo a assessoria de comunicação da UFPR, na próxima semana, o reitor da instituição, Zaki Akel Sobrinho, participará de uma reunião dos reitores das universidades federais com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para debater sobre o movimento nacional. (GP)


 
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