sĂ¡bado, 5 de fevereiro de 2011

Portinari: Mistério de ''Guerra e Paz'' intriga experts


CentĂ­metro a centĂ­metro, os gigantescos painĂ©is que compõem Guerra e Paz, de Candido Portinari, voltam a ganhar tons originais. Com pincĂ©is, tubos de ensaio e um microscĂ³pio eletrĂ´nico, restauradores tentam reverter no Rio efeitos da exposiĂ§Ă£o ao sol, desgastes provocados por um pigmento misterioso e atĂ© respingos de coquetĂ©is servidos na sede da ONU, em Nova York, onde a obra ficou por 54 anos.

SerĂ£o necessĂ¡rios quatro meses para a recuperaĂ§Ă£o minuciosa das 28 peças que compõem os murais, de 140 m² cada. No ateliĂª montado no PalĂ¡cio Gustavo Capanema, aberto Ă  visitaĂ§Ă£o atĂ© 20 de maio, o pĂºblico poderĂ¡ ver de perto um trabalho que envolve anĂ¡lises quĂ­micas, soluções tecnolĂ³gicas e tĂ©cnicas aparentemente rudimentares, como o uso de esponjas para limpeza.

Para calcular com precisĂ£o os danos provocados aos painĂ©is desde sua conclusĂ£o, em 1956, os restauradores identificaram atĂ© a posiĂ§Ă£o das janelas do prĂ©dio das Nações Unidas. E descobriram que placas inferiores de Paz sofreram desgaste maior, pois o mural estava voltado para sudoeste e foi bombardeado por anos pela luz do pĂ´r do sol. "O pigmento branco que Portinari usou reagia com facilidade Ă  luz, o que deixou algumas Ă¡reas do painel esbranquiçadas", diz Edson Motta JĂºnior, um dos coordenadores da restauraĂ§Ă£o.

Apenas 5% de Guerra e Paz sofreu com esse fenĂ´meno, mas a equipe vai fotografar cada ponto danificado com um microscĂ³pio digital e aplicar resina para devolver a cor original Ă  obra.

Outra particularidade do material usado por Portinari intriga restauradores. Eles enviaram amostras a laboratĂ³rio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para tentar entender como, apĂ³s cinco dĂ©cadas, algumas tintas nĂ£o estĂ£o completamente secas. A textura viscosa facilitou acĂºmulo de poeira e consequente alteraĂ§Ă£o das cores, que serĂ¡ corrigida com esponjas que absorvem impurezas. "De modo geral, os painĂ©is estĂ£o em Ă³timo estado. Encontramos apenas problemas pontuais, que serĂ£o corrigidos com o menor nĂºmero possĂ­vel de intervenções", afirma o restaurador Claudio ValĂ©rio Teixeira.

A restauraĂ§Ă£o dos imponentes murais exigiu que eles fossem totalmente desmontados. Os painĂ©is sĂ³ voltarĂ£o a ser vistos novamente como uma Ăºnica obra a partir de julho, em SĂ£o Paulo, na primeira exibiĂ§Ă£o mundial de Guerra e Paz apĂ³s sua recuperaĂ§Ă£o. JoĂ£o Candido Portinari, filho do artista, negocia patrocĂ­nio para exposiĂ§Ă£o de dois meses na Oca, no Ibirapuera.

Quando voltar Ă  ONU, em 2013, os painĂ©is de Guerra e Paz estarĂ£o cobertos por um verniz que reduzirĂ¡ desgastes por luz e poluiĂ§Ă£o. Restauradores tambĂ©m recomendarĂ£o uso de pelĂ­culas nas janelas do prĂ©dio.

Filho de Mubarak e cĂºpula do partido governante egĂ­pcio renunciam


A liderança do Partido Nacional DemocrĂ¡tico (PND), legenda governista do Egito, renunciou neste sĂ¡bado, informou a TV estatal egĂ­pcia. Entre os dirigentes que caĂ­ram estĂ£o Gamal Mubarak, filho do presidente Hosni Mubarak, e Safwat el-Sharif, secretĂ¡rio-geral do partido.

Conhecido por manter boas relações com a oposiĂ§Ă£o, Hossam Badrawi assumirĂ¡ o posto de El-Sharif. CrĂ­tico de algumas polĂ­ticas governistas, ele Ă© considerado um membro da ala liberal do PND. De acordo com a TV estatal, houve seis mudanças na alta cĂºpula.

Por anos, Gamal foi apontado como provĂ¡vel sucessor de Mubarak. Fora da liderança do PND, porĂ©m, ele nĂ£o pode mais concorrer Ă  presidĂªncia, segundo a constituiĂ§Ă£o egĂ­pcia. Sua renĂºncia foi vista pelos Estados Unidos como um "passo positivo" e "necessĂ¡rio", disse uma fonte oficial norte-americana Ă  Reuters. "Esperamos ansiosos por passos adicionais", afirmou.

A maioria dos novos designados Ă© jovem, disse um deles, Mohammed Kamal. "É uma boa mudança. Reflete o clima de mudança no paĂ­s", afirmou. O anĂºncio, porĂ©m, nĂ£o foi recebido com entusiasmo pelos manifestantes que se concentravam na Praça Tahrir, no Cairo, segundo a Associated Press.

Neste sĂ¡bado, o presidente se reuniu com o primeiro-ministro e os ministros das Finanças, do PetrĂ³leo e IndĂºstria e do ComĂ©rcio. Os bancos reabrirĂ£o no domingo, mas o ministro das Finanças, Samir Radwan, afirmou que a situaĂ§Ă£o Ă© "muito sĂ©ria". De acordo com a BBC, analistas avaliam que a crise tem custado ao paĂ­s pelo menos US$ 310 milhões por dia.

Deputados petistas brigam pela presidĂªncia da CCJ

A bancada do PT na CĂ¢mara estĂ¡ em pĂ© de guerra. De um lado estĂ£o os aliados do recĂ©m-eleito presidente da Casa, Marco Maia (RS). Do outro, o grupo ligado a CĂ¢ndido Vaccarezza (SP), reconduzido Ă  liderança do governo pela presidente Dilma Rousseff. O principal alvo da disputa Ă© a presidĂªncia da ComissĂ£o de ConstituiĂ§Ă£o e Justiça (CCJ).

EstĂ£o no pĂ¡reo os deputados JoĂ£o Paulo Cunha (SP), apoiado pelo grupo de Vaccarezza, e Ricardo Berzoini (SP), defendido por aliados de Maia. AdversĂ¡rios de JoĂ£o Paulo o acusam de buscar "proteĂ§Ă£o" na presidĂªncia da CCJ. O deputado Ă© rĂ©u do escĂ¢ndalo do mensalĂ£o, que deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) este ano. A CCJ Ă© fundamental para a tramitaĂ§Ă£o de projetos de interesse do JudiciĂ¡rio.

As relações pioraram apĂ³s a escolha de Maia para concorrer Ă  presidĂªncia da CĂ¢mara, expondo a disputa dentro da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual o gaĂºcho e Vaccarezza fazem parte. Membros da bancada definem essa divisĂ£o como "mensaleiros versus nĂ£o mensaleiros". O grupo contrĂ¡rio Ă  indicaĂ§Ă£o de JoĂ£o Paulo alega que a bancada nĂ£o pode "carregar o peso" de ter um rĂ©u do mensalĂ£o comandando a CCJ.

Por sua vez, a turma de Vaccarezza acusa Berzoini e seus aliados de serem "rebeldes", jĂ¡ que nĂ£o conseguiram emplacar ninguĂ©m nos cargos mais importantes do governo. Os petistas de Minas, por exemplo, cobram um lugar para o ex-ministro Patrus Ananias.

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Varredura encontra equipamentos de espionagem na Assembleia

Varredura iniciada na manhĂ£ deste sĂ¡bado (5) feita para identificar possĂ­veis pontos de escuta clandestina na Assembleia Legislativa do Estado do ParanĂ¡, jĂ¡ localizou trĂªs centrais de escutas clandestinas nos gabinetes do presidente Valdir Rossoni (PSDB) e do 1º secretĂ¡rio Plauto MirĂ³ (DEM).

O trabalho foi solicitado pelo presidente em funĂ§Ă£o dos Ăºltimos acontecimentos que envolvem situações irregulares em vĂ¡rias Ă¡reas da Assembleia. Rossoni determinou a varredura para garantir total transparĂªncia e condições de trabalho para a nova mesa diretora e para os deputados. “Temos que ter ampla liberdade e garantias de trabalho. NĂ£o podemos ter o risco de qualquer tipo de intimidaĂ§Ă£o ao nosso trabalho.”

De acordo com o tĂ©cnico em dispositivos eletrĂ´nicos da empresa de segurança Embrasil, AntĂ´nio Carlos Walger, os equipamentos de espionagem encontrados na Casa sĂ£o "incomuns" e de alta tecnologia.

"Durante as buscas nas dependĂªncias da Assembleia, encontramos aparelhos estranhos, como microfones de induĂ§Ă£o para escuta de ambiente. SĂ£o dispositivos bastante sofisticados, de origem israelense, que custam entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, e que foram instalados recentemente escondidos sobre o forro", afirmou Walger. Num dos pontos onde havia uma central de escuta escondida, foram desenhadas trĂªs suĂ¡sticas (adotadas pelo partido nazista).

Fizemos essa varredura por questĂ£o de segurança, seguindo o conselho do chefe do gabinete militar da presidĂªncia, tenente-coronel Arildo Luiz Dias. Doa a quem doer, vamos atĂ© as Ăºltimas consequĂªncias com as investigações para apurar todas as irregularidades cometidas na Assembleia", garantiu Rossoni.

O 1º secretĂ¡rio, deputado Plauto MirĂ³, disse que a Mesa Diretora fez um pacto para dar transparĂªncia total Ă  Casa. "Armaram uma cama de gato para tentar manter os privilĂ©gios que certas pessoas tinham aqui dentro. Mas estamos absolutamente tranquilos e certos do que temos que fazer."

Diante de mais esse episĂ³dio, o presidente Rossoni reafirmou que Ă© preciso urgĂªncia para realizar as mudanças no Poder Legislativo do ParanĂ¡. "AtĂ© o final de fevereiro nĂ³s vamos tomar as medidas necessĂ¡rias para sanear totalmente a Assembleia."

Os equipamentos de escuta clandestina foram apreendidos pelo Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), da PolĂ­cia Civil, e encaminhados para perĂ­cia tĂ©cnica na PolĂ­cia CientĂ­fica. Os policiais dizem ter evidĂªncias de que haja uma central de escutas dentro da AssemblĂ©ia. HĂ¡ a suspeita de que os aparelhos tenham sido colocados recentemente no local, jĂ¡ que a cola que fixa os fios ainda estĂ¡ fresca.

Fonte: Assessoria de imprensa da ALEP

Mata AtlĂ¢ntica tem 80% de sua Ă¡rea em terras privadas



Mais ameaçado dos biomas brasileiros, 80% dos remanescentes da Mata AtlĂ¢ntica estĂ£o concentrados nas mĂ£os de proprietĂ¡rios privados, o que torna a floresta mais suscetĂ­vel a desmatamentos - principalmente se for adiante a proposta de alteraĂ§Ă£o do CĂ³digo Florestal, que tramita no Congresso Nacional.

HĂ¡ no PaĂ­s pelo menos 17 milhões de hectares que descumprem as premissas do atual CĂ³digo Florestal e podem ser recuperados. SĂ£o Ă¡reas de preservaĂ§Ă£o permanente (APPs), como margens de rios e topos de morros, e de reserva legal nas propriedades agrĂ­colas. Caso seja reduzida a Ă¡rea destinada Ă  proteĂ§Ă£o permanente, como prevĂª a proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o PaĂ­s nĂ£o cumprirĂ¡ os compromissos internacionais firmados em outubro na ConvenĂ§Ă£o de Biodiversidade da ONU, realizada em Nagoya, no JapĂ£o.

É o que mostra o estudo ConvenĂ§Ă£o sobre Biodiversidade BiolĂ³gica - Metas 2010 Mata AtlĂ¢ntica, elaborado pela ONG WWF-Brasil e o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata AtlĂ¢ntica e apresentado ontem, em SĂ£o Paulo. “O principal desafio hoje para a recuperaĂ§Ă£o da Mata AtlĂ¢ntica Ă© reverter a proposta de mudança no CĂ³digo Florestal. Se isso ocorrer, como querem entidades ligadas ao agronegĂ³cio, nĂ£o cumpriremos a meta firmada em Nagoya de proteger 17% do bioma atĂ© 2020”, afirma ClĂ¡udio Maretti, superintendente de conservaĂ§Ă£o do WWF-Brasil.

Ele explica que na situaĂ§Ă£o atual o PaĂ­s jĂ¡ nĂ£o cumpriria o acordo, pois o bioma estĂ¡ restrito a 7,9% da cobertura original, num total de 102 mil km². Quando o Brasil foi descoberto, em 1500, a Mata AtlĂ¢ntica cobria 1,3 milhĂ£o de km². O bioma Ă© importante tambĂ©m por abrigar 65% das espĂ©cies ameaçadas de extinĂ§Ă£o no Brasil - muitas sĂ£o endĂªmicas, ou seja, sĂ³ existem ali.

Reservas privadas
Para o WWF-Brasil, uma das maneiras de aumentar a proteĂ§Ă£o do bioma Ă© estimular a criaĂ§Ă£o de unidades de conservaĂ§Ă£o em Ă¡reas privadas. Hoje existem 627 reservas privadas (RPPNs) de Mata AtlĂ¢ntica em todo o PaĂ­s, que protegem 0,1% do bioma. Parques nacionais e estaduais somam apenas 2,3% da Ă¡rea protegida da Mata AtlĂ¢ntica. “Os proprietĂ¡rios privados sĂ£o fundamentais para se resguardar o que resta da floresta. Mas praticamente nĂ£o existe polĂ­tica pĂºblica para incentivar a criaĂ§Ă£o de reservas particulares”, diz Luciana Simões, coordenadora do Programa Mata AtlĂ¢ntica do WWF-Brasil. Ela tambĂ©m defende o uso de ferramentas econĂ´micas para estimular a preservaĂ§Ă£o, como o pagamento a agricultores que preservarem seus remanescentes de floresta.

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Hospital de ClĂ­nicas funciona com apenas metade dos funcionĂ¡rios

Os cerca de 15 mil pacientes que procuram o Hospital de ClĂ­nicas de Curitiba encontraram hoje (03) pela manhĂ£, um atendimento lento e vĂ¡rios protestos. Devido a paralisaĂ§Ă£o iniciada Ă s 7h da manhĂ£, o efetivo de servidores foi reduzido de aproximadamente 700 para apenas 300 funcionĂ¡rios. “ Pode ser que demore, porĂ©m, ninguĂ©m deixarĂ¡ de ser atendido”, garantiu Wilson Messias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da EducaĂ§Ă£o do Terceiro Grau PĂºblico de Curitiba, RMC e Litoral (SINDITEST-PR).

Ainda de acordo com Messias, as Ă¡reas que podem ser mais afetadas pela greve devem ser o laboratĂ³rio e o centro cirĂºrgico, que no momento contam com escala geralmente adotada em finais de semana. “Devem ficar apenas umas cinco pessoas no centro cirĂºrgico, para dias normais isso Ă© muito pouco”, disse o presidente.

Em reuniĂ£o realizada tambĂ©m na manhĂ£ de hoje, no 7º andar da unidade, os funcionĂ¡rios aprovaram o indicativo de greve, que ainda nĂ£o tem previsĂ£o de inĂ­cio. AlĂ©m da paralisaĂ§Ă£o de um dia, os funcionĂ¡rios prometem fazer uma passeata ainda no final da manhĂ£ de hoje atĂ© a Praça Santos Andrade, onde devem se reunir para tentar chamar a atenĂ§Ă£o da populaĂ§Ă£o para a sua causa. Para o dia 16 de fevereiro estĂ¡ prevista uma caravana de alguns dos manifestantes atĂ© BrasĂ­lia, onde se encontrarĂ£o com o Ministro da SaĂºde para tentar colocar um ponto final no imbrĂ³glio.

Reinvidicações

Os servidores cruzaram os braços em protesto Ă  medida provisĂ³ria 520, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, podendo assim privatizar indiretamente todos os 46 hospitais universitĂ¡rios federais do paĂ­s. Para os trabalhadores, esta medida põe em risco o emprego de vĂ¡rios profissionais, alĂ©m de tornar o atendimento do hospital mais precĂ¡rio. “Esta medida aprovada no dia 31 de dezembro faz com que os hospitais universitĂ¡rios federais sejam administrados por uma empresa de carĂ¡ter privado. Com isso corremos o risco de seguir o modelo do hospital de Porto Alegre que tem uma porta para os pacientes particulares e outra para os pĂºblicos. AlĂ©m disso, todas as caracterĂ­sticas do hospital, como pesquisa e desenvolvimento de tratamentos serĂ£o comprometidas”, afirmou Wilson.

Fonte: Banda B

Manobras do RequiĂ£o para tentar abafar o escĂ¢ndalo no Porto de ParanaguĂ¡

Com questões cabeludĂ­ssimas para explicar a respeito da gestĂ£o do irmĂ£o – o Crocodilo Dudu – no comando do Porto de ParanaguĂ¡, o senador RequiĂ£o passou a questionar os custos da dragagem promovida pela atual administraĂ§Ă£o.

É uma manobra bastante primĂ¡ria de tentar tirar o foco da tenebrosa passagem de Eduardo RequiĂ£o pelo Porto jogando suspeiĂ§Ă£o difusa sobre a nova administraĂ§Ă£o.

Esse tipo de estratégia de provocar ruído, costumava dar certo, resta saber se ainda existe alguém disposto a dar crédito para esse tipo de coisa.
Com questões cabeludĂ­ssimas para explicar a respeito da gestĂ£o do irmĂ£o – o Crocodilo Dudu – no comando do Porto de ParanaguĂ¡, o senador RequiĂ£o passou a questionar os custos da dragagem promovida pela atual administraĂ§Ă£o.

É uma manobra bastante primĂ¡ria de tentar tirar o foco da tenebrosa passagem de Eduardo RequiĂ£o pelo Porto jogando suspeiĂ§Ă£o difusa sobre a nova administraĂ§Ă£o.

Esse tipo de estratégia de provocar ruído, costumava dar certo, resta saber se ainda existe alguém disposto a dar crédito para esse tipo de coisa.

Fonte: hHNews

Rubens Bueno apresenta projeto contra manipulaĂ§Ă£o de pesquisas eleitorais

O lĂ­der do PPS na CĂ¢mara, deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), apresentou na quinta-feira Projeto de Lei para evitar abusos cometidos pelos institutos de pesquisa de intenĂ§Ă£o de voto. A proposta tem o objetivo de punir as empresas responsĂ¡veis por erros grosseiros Ă s vĂ©speras da eleiĂ§Ă£o e tambĂ©m pretende dar um basta na promiscuidade entre candidatos e institutos de pesquisa. Pelo projeto, os institutos que, na vĂ©spera das eleições, divulgarem pesquisas eleitorais com resultados completamente divergentes do verificado nas urnas (acima da margem de erro) podem pagar multa de atĂ© R$ 1 milhĂ£o. Atualmente, a lei eleitoral prevĂª multa de 50 mil Ufirs e detenĂ§Ă£o de seis meses a um ano.

O projeto tambĂ©m pretende impedir que institutos de pesquisas, por serem contratados ao mesmo tempo por candidatos, partidos e veĂ­culos de comunicaĂ§Ă£o, manipulem ou fraudem resultados de pesquisas. Ele estabele que “a existĂªncia de vĂ­nculo formal de partido polĂ­tico ou de coligaĂ§Ă£o com a entidade ou a empresa responsĂ¡vel pela divulgaĂ§Ă£o de pesquisa fraudulenta, no perĂ­odo de um ano antes da eleiĂ§Ă£o, pode resultar na cassaĂ§Ă£o do registro ou do diploma” do candidato beneficiĂ¡rio.
“Queremos impedir fraudes e erros crasos que influenciam diretamente o resultado das eleições. Com a multa pesada para os institutos e a possibilidade de cassaĂ§Ă£o de candidatos, as empresas certamente terĂ£o mais cuidado na divulgaĂ§Ă£o de pesquisas. Isso tambĂ©m visa impedir a proliferaĂ§Ă£o das chamadas pesquisas compradas, que beneficiam o candidato que paga mais”, afirma Rubens Bueno.

Segundo o lĂ­der do PPS, os levantamentos na Ăºltima eleiĂ§Ă£o demonstram grandes distorções, que induzem os eleitores e influenciam diretamente nos resultados das eleições. Ele cita como exemplo a diferença de votos entre os candidatos ao Senado no ParanĂ¡ – Gustavo Fruet (PSDB) e Roberto RequiĂ£o (PMDB). No Ibope da vĂ©spera das eleições, Fruet aparecia com 27% das intenções de voto e RequiĂ£o com 47%. O resultado foi bem diferente: RequiĂ£o teve 24,8% dos votos e Fruet 23,1%.

Fonte: PolĂ­tica em debate

Rossoni anuncia corte de R$ 5 milhões em gastos na AL

As principais ações que serĂ£o implantadas a partir de segunda-feira na Assembleia Legislativa serĂ£o discutidas amanhĂ£, a partir das 18h, em reuniĂ£o de trabalho com o presidente Valdir Rossoni (PSDB) e todos os novos diretores da Casa. O encontro servirĂ¡ tambĂ©m para avaliar as medidas adotadas no inĂ­cio desta gestĂ£o.

Uma delas diz respeito Ă  economia que a Casa deverĂ¡ ter com cortes de R$ 5 milhões em gastos, jĂ¡ a partir deste mĂªs. “Apesar da dificuldade que estamos encontrando, visualizamos alguns cortes, principalmente em contratos e na folha de pagamento”, disse Rossoni.

Gerenciamento

O 1.º secretĂ¡rio do Legislativo, deputado Plauto MirĂ³ (DEM), afirmou que todos os levantamentos a respeito da estrutura antiga da Casa estĂ£o sendo feitos gradativamente.

“As informações estĂ£o chegando e nesta reuniĂ£o de domingo poderemos clarear alguns pontos importantes. Acreditamos que com esse novo gerenciamento da Assembleia Legislativa faremos uma grande economia”, destacou.

A decisĂ£o de marcar a reuniĂ£o para amanhĂ£ foi anunciada na tarde de ontem pelo presidente e pelo 1º secretĂ¡rio durante encontro na sala da presidĂªncia do Legislativo.

Fonte: O Estado do ParanĂ¡

AĂ©cio Neves quer indenizaĂ§Ă£o de R$ 500 mil do deputado de Londrina AndrĂ© Vargas

O deputado federal AndrĂ© Vargas (PT), que tambĂ©m Ă© secretĂ¡rio nacional de ComunicaĂ§Ă£o do Partido dos Trabalhadores, estĂ¡ sendo processado pelo senador AĂ©cio Neves (PSDB-MG). De acordo com o portal iG, o mineiro pede uma indenizaĂ§Ă£o de R$ 500 mil por danos morais.

No ano passado, na Ă©poca das eleições, o paranaense disse que AĂ©cio foi o autor de um dossiĂª contra JosĂ© Serra, entĂ£o candidato Ă  presidĂªncia pelo PSDB. No dia 8 de setembro, no Twitter, o petista escreveu: "Quem produziu o dossiĂª foi o AĂ©cio, com sua vontade de disputar a PresidĂªncia. Acredito que hoje ele esteja feliz por nĂ£o passar este vexame".

A reportagem do iG teve acesso ao processo movido pelos advogados de AĂ©cio Neves. A aĂ§Ă£o foi motivada por declarações de Vargas classificadas como "caluniosas". "A ofensa ao autor (AĂ©cio) teve irrestrita divulgaĂ§Ă£o, pois alĂ©m de o rĂ©u ter 4.735 seguidores no Twitter [na Ă©poca], foi noticiada amplamente nos jornais impressos e na Internet".

No processo, segundo o iG, constam trĂªs supostas acusações de AndrĂ© Vargas que atentariam contra a dignidade e a honra de AĂ©cio: crime de divulgaĂ§Ă£o de segredo (ao afirmar que o tucano participou da quebra de sigilo fiscal da filha de Serra), crime de denunciaĂ§Ă£o caluniosa (ao ressaltar que AĂ©cio praticou ilĂ­cito e imputou o ato ao PT) e ato de infidelidade partidĂ¡ria (ao falar que o senador tucano, contrariando deliberações da convenĂ§Ă£o e interesses do PSDB, estĂ¡ prejudicando a imagem de Serra).

O processo tramita na 35ª Vara CĂ­vel de Belo Horizonte e aguarda decisĂ£o de juĂ­za substituta Luzia Divina de Paula Peixoto. O deputado, com residĂªncia em Londrina, deve ser citado nos prĂ³ximos meses.

O deputado federal foi procurado para comentar a aĂ§Ă£o, mas nĂ£o houve resposta.

Fonte: Folha de Londrina

Chega ao fim a greve dos vigilantes no PR

A greve dos vigilantes terminou na noite de ontem, sexta feira. ApĂ³s quatro dias de paralisaĂ§Ă£o estĂ¡ categoria funcional volta ao trabalho neste sĂ¡bado. Os vigilantes aceitaram a proposta patronal de 7% de reajuste no piso salarial, mais o adicional de risco de vida de 12% e o vale refeiĂ§Ă£o de 13 reais. Eles tambĂ©m terĂ£o estabilidade de 60 dias e irĂ£o receber pelos dias parados. O presidente do Sindicato dos Vigilantes JoĂ£o Soares disse que os trabalhadores aprovaram a proposta, mesmo com a negativa da direĂ§Ă£o da greve. A paralisaĂ§Ă£o teve a adesĂ£o de mais de 70% dos vigilantes de todo o ParanĂ¡. Durante a greve a maior parte das agĂªncia bancĂ¡rias ficaram fechadas, pois por lei sĂ£o necessĂ¡rios no mĂ­nimo dois vigilantes por estabelecimento.

Porto de ParanaguĂ¡ conclui primeira etapa da dragagem

O secretĂ¡rio da Infraestrutura e LogĂ­stica, JosĂ© Richa Filho, esteve no Porto de ParanaguĂ¡, na manhĂ£ desta sexta-feira (7), para acompanhar de perto dos trabalhos da dragagem dos berços de atracaĂ§Ă£o. Richa foi atĂ© o cais do porto e monitorou o trabalho da draga holandesa que estĂ¡ fazendo os trabalhos. A primeira etapa da dragagem serĂ¡ finalizada neste sĂ¡bado, com a retirada de 60 mil metros cĂºbicos de sedimentos.

“Estamos trabalhando para que o Porto de ParanaguĂ¡ jĂ¡ possa oferecer melhores condições operacionais jĂ¡ para esta safra. A dragagem dos berços de atracaĂ§Ă£o vai permitir que os navios operem com carga plena, dando mais segurança Ă s operações portuĂ¡rias”, disse o secretĂ¡rio.

ApĂ³s a visita ao cais, JosĂ© Richa Filho participou de uma reuniĂ£o entre a diretoria dos Portos de ParanaguĂ¡ e Antonina e membros da Secretaria de Infraestrutura e LogĂ­stica. De acordo com o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron, o objetivo da reuniĂ£o foi discutir projetos do porto. “NĂ³s estamos seguindo uma diretriz de governo que visa promover a integraĂ§Ă£o e valorizar o diĂ¡logo”, disse.

DRAGAGEM – A dragagem dos berços de atracaĂ§Ă£o entra em sua segunda fase neste sĂ¡bado (8). SerĂ£o dragados os berços 1 ao 9. Com a finalizaĂ§Ă£o da primeira etapa, os cinco berços jĂ¡ dragados voltam a operar normalmente no sĂ¡bado e serĂ£o esvaziados os seis berços relativos Ă  segunda fase dos trabalhos.

A previsĂ£o Ă© que no dia 10 de fevereiro seja iniciada a dragagem dos Ăºltimos trĂªs berços de atracaĂ§Ă£o, que compreendem os berços de navios de contĂªineres e veĂ­culos.

Ao todo, a dragagem dos berços de atracaĂ§Ă£o vai retirar 110 mil metros cĂºbicos de sedimentos. A obra custarĂ¡ R$ 2,5 milhões e serĂ¡ paga com recursos prĂ³prios da Appa.

Governador Beto Richa e ministro da Justiça formalizam parceria para combater o crime

O governador Beto Richa e o ministro da Justiça, JosĂ© Eduardo Cardozo, formalizaram uma parceria para a realizaĂ§Ă£o de ações conjuntas de combate ao crime no ParanĂ¡. O acordo foi feito durante reuniĂ£o no PalĂ¡cio das AraucĂ¡rias, em Curitiba, nesta sexta-feira (4), para discutir formas de integrar as polĂ­ticas pĂºblicas estaduais e federais no combate Ă  violĂªncia, Ă  criminalidade e resolver questões como a superpopulaĂ§Ă£o carcerĂ¡ria.

“Temos um planejamento de ações para combater o crime e a violĂªncia, com foco especial Ă s drogas e a regiĂ£o de fronteira”, disse o governador. “Para nĂ³s, isso Ă© uma prioridade e fico feliz em saber que teremos a mĂ£o estendida do governo federal para enfrentar esse grave problema”, afirmou.

Por determinaĂ§Ă£o do ministro, um grupo de tĂ©cnicos do ministĂ©rio voltarĂ¡ ao ParanĂ¡ na prĂ³xima semana para uma visita Ă  fronteira com Paraguai e Argentina para verificar as dificuldades e criar um plano de combate Ă  criminalidade na regiĂ£o.

Cardozo disse que Ă© uma diretriz de governo o enfrentamento da violĂªncia e o combate do crime organizado. Ele afirmou que Ă© necessĂ¡rio que os governos estaduais e federal desempenhem juntos essa tarefa. “É necessĂ¡rio integrar esforços na questĂ£o da segurança pĂºblica”, reforçou o ministro.

GestĂ£o Integrada - O secretĂ¡rio da Segurança PĂºblico do ParanĂ¡, Reinaldo de Almeida CĂ©sar, apresentou um conjunto de ações e propĂ´s a criaĂ§Ă£o de um Gabinete de GestĂ£o Integrada, com participaĂ§Ă£o dos diversos organismos policiais e de inteligĂªncia, do Estado e da UniĂ£o, para nortear as ações de combate ao crime no ParanĂ¡. “O projeto terĂ¡ apoio do ministĂ©rio”, destacou.

O governador Beto Richa tambĂ©m entregou ao ministro um ofĂ­cio requisitando ao ministro Cardozo e a presidente Dilma Rousseff o reencaminhamento ao Congresso Nacional de um projeto de lei para que o ParanĂ¡ possa receber recursos para a construĂ§Ă£o de unidades prisionais.

AlĂ©m do secretĂ¡rio estadual de Segurança PĂºblica, Reinaldo de Almeida CĂ©sar, e da secretĂ¡ria de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, participaram do encontro a secretĂ¡ria nacional de Segurança PĂºblica, Regina Miki, o diretor do Departamento PenitenciĂ¡rio, Augusto Rossini, do diretor geral da PolĂ­cia Federal, Leandro Coimbra, e do diretor geral da PolĂ­cia RodoviĂ¡ria Federal no ParanĂ¡, HĂ©lio Derenne.

Também estiveram presentes no encontro a senadora Gleisi Hoffmann, os deputados federais Alfredo Kaefer, André Vargas, Doutor Rosinha, Eduardo Sciarra, Fernando Francischini e Zeca Dirceu, e o deputado estadual professor Lemos.

MP-PR propõe aĂ§Ă£o contra empresa de Ă´nibus por poluiĂ§Ă£o ambiental

A Promotoria de Justiça de ProteĂ§Ă£o ao Meio Ambiente de Curitiba apresentou uma aĂ§Ă£o civil pĂºblica contra a empresa Auto ViaĂ§Ă£o MercĂªs (nome fantasia das empresas de Ă´nibus SĂ£o Braz Ltda e Osmar Bertoldi & Cia Ltda) por poluiĂ§Ă£o ambiental. Segundo o MinistĂ©rio PĂºblico do ParanĂ¡ (MP-PR), o problema ocorre no pĂ¡tio da empresa, localizado na Rua Alcides Munhoz, no bairro MercĂªs. No local foram constatadas diversas formas de poluiĂ§Ă£o, como a de solo, dos lenĂ§Ă³is freĂ¡ticos, poluiĂ§Ă£o do ar e a sonora. O responsĂ¡vel pelo caso Ă© o promotor de Justiça SĂ©rgio Luiz Cordoni.

O MP-PR investiga o caso desde 2003 e diz que a empresa nĂ£o cumpriu as adequações propostas desde entĂ£o. Em razĂ£o dos problemas, o Ă³rgĂ£o solicita a suspensĂ£o das atividades atĂ© que a situaĂ§Ă£o seja regularizada. A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e RegiĂ£o Metropolitana (Setransp), que informou que a empresa nĂ£o vai comentar o caso enquanto nĂ£o tiver acesso aos autos do processo.

Irregularidades

Durante a investigaĂ§Ă£o, o MP-PR solicitou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba (SMMA) vistoriasse as empresas de Ă´nibus, entre as quais estava a Auto ViaĂ§Ă£o MercĂªs. Na primeira vistoria, em março de 2003, foi constatado que as caixas para retenĂ§Ă£o de areia e Ă³leo estavam sujas e saturadas e que a Ă¡rea de abastecimento nĂ£o possuĂ­a piso impermeĂ¡vel nem canaletas para escoar os lĂ­quidos derramados atĂ© o sistema de Ă³leo. A empresa recebeu diversas notificações nesta e em vistorias posteriores, mas o problema nĂ£o foi resolvido.

Em junho de 2004, a empresa fez modificações nas caixas separadoras de Ă¡gua e Ă³leo da Ă¡rea de lavagem, mas o sistema permanecia ineficiente e o piso impermeĂ¡vel nĂ£o havia sido construĂ­do. As adequações nĂ£o haviam sido feitas atĂ© setembro de 2005, quando a empresa foi notificada a providenciar a anĂ¡lise da Ă¡gua dos poços de monitoramento e relatĂ³rio conclusivo com o nĂ­vel de extensĂ£o de contaminaĂ§Ă£o do solo e do aquĂ­fero freĂ¡tico, alĂ©m do plano de remediaĂ§Ă£o da Ă¡rea contaminada. A empresa Orlando Bertoldi & Cia Ltda firmou, em março de 2006, um Termo de Compromisso e Ajustamento com a SMMA. Como o termo nĂ£o foi cumprido, foi concedido novo prazo para a empresa regularizar a situaĂ§Ă£o, atĂ© abril de 2008.

Novamente, o termo nĂ£o foi cumprido e um novo termo de ajustamento foi expedido em maio de 2008, com prazo de 180 dias. Nesta Ă©poca, o Corpo de Bombeiros constatou que havia discrepĂ¢ncias entre o projeto e a construĂ§Ă£o do posto de abastecimento de combustĂ­vel. No perĂ­odo, foi requisitado Ă  empresa que enviasse alguns documentos necessĂ¡rios para seu funcionamento. Em julho de 2009, a empresa apresentou, entre outros documentos, o alvarĂ¡ de funcionamento da prefeitura com validade enquanto satisfizer as exigĂªncias da legislaĂ§Ă£o em vigor, laudos de anĂ¡lises das caixas separadoras de Ă¡reas e relatĂ³rio de monitoramento ambiental.

Em dezembro de 2009, o relatĂ³rio da SMMA sobre o termo de ajuste indicava que ainda era necessĂ¡rio dar continuidade Ă s ações de remediaĂ§Ă£o. A empresa solicitou elaboraĂ§Ă£o de novo termo de ajustamento, que tem vigĂªncia atĂ© maio de 2011. A Secretaria Municipal do Urbanismo informou que houve bloqueio da indicaĂ§Ă£o fiscal para impedir a renovaĂ§Ă£o do alvarĂ¡ comercial da empresa.

A SMMA tambĂ©m recebeu reclamações de moradores da regiĂ£o sobre a poluiĂ§Ă£o sonora e atmosfĂ©rica na regiĂ£o. A garagem da empresa se localiza em uma zona residencial. Segundo o MP-PR, a empresa estĂ¡ irregular quanto ao alvarĂ¡ de licença para localizaĂ§Ă£o e descumpre exigĂªncias legais para o uso do solo e localizaĂ§Ă£o.

Fonte: Gazeta do Povo

Começam audiĂªncias judiciais de maior quadrilha de traficantes do ParanĂ¡


Começaram, nesta semana, as audiĂªncias de instruĂ§Ă£o do processo no qual sĂ£o rĂ©s nove pessoas, acusadas de integrar a maior quadrilha de trĂ¡fico de drogas do ParanĂ¡. Dentre os presos estĂ¡ Éder de Souza Conde, de 35 anos, apontado como o cabeça da quadrilha, e a suposta namorada dele, Suzimara Steff, segundo lugar no concurso Miss Curitiba 2010. O grupo foi preso em maio do ano passado durante a OperaĂ§Ă£o Ressaca, deflagrada pela PolĂ­cia Federal (PF). As investigações apontaram que a quadrilha movimentava 100 quilos de drogas a cada trĂªs meses no estado.

As audiĂªncias ocorrem na 9ª Vara Criminal da capital, no bairro Santa CĂ¢ndida. Os nove rĂ©us participam presencialmente de todas as sessões. Sete homens acusados de integrar a quadrilha, que estavam presos na PenitenciĂ¡ria de Catanduvas, foram trazidos a Curitiba para os procedimentos. AtĂ© o fim da sĂ©rie de audiĂªncias, eles permanecem encarcerados na sede da PF. As duas mulheres – entre elas, Suzimara – jĂ¡ estavam presas na capital.

Na segunda-feira (7), os nove rĂ©us devem ser interrogados. Na primeira etapa da audiĂªncia, eles devem responder as perguntas apresentadas pelo MinistĂ©rio PĂºblico. Em seguida, os questionamentos sĂ£o feitos pela defesa e, por fim, pelo juiz.

Nesta semana, foram ouvidas testemunhas de acusaĂ§Ă£o e de defesa. O primeiro a depor foi o delegado da PF, Wagner Mesquista, responsĂ¡vel pelas investigações que terminaram com a prisĂ£o do grupo. Em quatro horas de depoimento, ele deu detalhes sobre as diligĂªncias e detalhou as provas que jĂ¡ foram apresentadas Ă  Justiça. “Foi uma audiĂªncia produtiva, em que demonstramos a consistĂªncia das acusações e das provas, que sĂ£o muito fortes contra todo o grupo”, disse o delegado.

Quadrilha e provas

Conde Ă© considerado pela PF como o “Fernandinho Beira-Mar do ParanĂ¡”. O acusado se notabilizava por morar em mansões, ostentar carros de luxo e frequentar badaladas casas noturnas.

Segundo a PF, a droga que era distribuĂ­da pela quadrilha vinha de Ponta PorĂ£, no Mato Grosso do Sul, trazida ao ParanĂ¡ em carros e Ă´nibus. Cada carregamento do entorpecente adquirido por Conde custava em torno de R$ 250 mil. No ParanĂ¡, a droga era distribuĂ­da a traficantes menores e a usuĂ¡rios. De acordo com a PF, o grupo movimentava 100 quilos de drogas a cada trĂªs meses,com lucro anual estimado em R$ 6 milhões.

As investigações apontaram que o dinheiro levantado com o trĂ¡fico era investido em uma empresa de guincho e uma que financiava compras de veĂ­culos a uma loja de carros. Conde seria sĂ³cio de ambos os empreendimentos.

Duas pessoas que transportavam drogas para Conde chegaram a ser presas pela PF e apontaram-no como proprietĂ¡rio do produto. A polĂ­cia tambĂ©m conseguiu comprovante de compras de entorpecentes e monitoramento de viagens de Conde a Ponta PorĂ£ para negociar pessoalmente a compra dos carregamentos.

A PF localizou ainda uma casa, no bairro Cidade Industrial de Curitiba que funcionava como “quartel-general” da quadrilha. Em paredes ocas da casa, foram encontrados fuzis e 15 tijolos de cocaĂ­na.

Fonte: Gazeta do Povo

Ex-superintendente do Porto deixa a prisĂ£o em Piraquara

O ex-superintendente do Porto de ParanaguĂ¡, Daniel LĂºcio Oliveira de Souza, deixou o Centro de Triagem (CT) II, em Piraquara, na regiĂ£o metropolitana de Curitiba, na inĂ­cio da noite desta sexta-feira (4). Ele estava preso desde o dia 19 de janeiro e foi liberado Ă s 19h30 apĂ³s o pagamento de uma fiança no valor de R$ 200 mil.

Ă€s 15h35 desta sexta-feira, o juiz federal de ParanaguĂ¡ Marcos Josegrei da Silva, aceitou a garantia de R$ 200 mil em dinheiro e decretou a liberdade do ex-superintendente do Porto de ParanaguĂ¡. Ele estava preso hĂ¡ 16 dias, quando foi detido no Rio de Janeiro nas ações da OperaĂ§Ă£o Dallas da PolĂ­cia Federal. Daniel LĂºcio Ă© investigado por formaĂ§Ă£o de quadrilha, fraude em licitaĂ§Ă£o, corrupĂ§Ă£o e desvio de dinheiro pĂºblico. Ele era o Ăºnico dos dez presos durante a operaĂ§Ă£o Dallas que ainda estava detido.

Fonte: Gazeta do Povo

Leia a Ă­ntegra da nota oficial da Secretaria de EducaĂ§Ă£o sobre o Processo de SeleĂ§Ă£o Simplificado (PSS)

Nota oficial – Secretaria de Estado da EducaĂ§Ă£o

A Secretaria de Estado da EducaĂ§Ă£o (Seed) farĂ¡, na segunda-feira, dia 7, um pedido de reconsideraĂ§Ă£o das liminares emitidas pelo Tribunal de Justiça do ParanĂ¡ que suspendem a classificaĂ§Ă£o do Processo de SeleĂ§Ă£o Simplificado (PSS) para os cargos de professor e tĂ©cnico administrativo.

A Secretaria reitera que necessita da contrataĂ§Ă£o imediata de no mĂ­nimo 9.500 professores para iniciar o ano letivo de 2011 na terça-feira, dia 8, sem prejuĂ­zo algum para os estudantes atendidos pela rede estadual de ensino.

A Secretaria ressalta que os editais que regem o PSS foram construĂ­dos pela gestĂ£o anterior do governo do Estado.

A Seed ainda destaca que tomou todas as ações possĂ­veis para realizar contratações de professores antes do inĂ­cio do ano letivo e trabalha para tornar mais estĂ¡vel o quadro de servidores da educaĂ§Ă£o.

A meta da nova gestĂ£o da Secretaria Ă© contratar professores efetivos aprovados no concurso pĂºblico de 2007, com validade atĂ© março de 2012.

Cinza da queima do bagaço de cana substitui areia na fabricaĂ§Ă£o de concreto

A substituiĂ§Ă£o da areia por cinzas da queima do bagaço da cana gerou um concreto 15% mais resistente do que o comum -feito com a mistura de pedra, cimento e areia.

A conclusĂ£o faz parte de uma pesquisa do departamento de engenharia civil da UFSCar (Universidade Federal de SĂ£o Carlos). Segundo o professor responsĂ¡vel pelo estudo, Almir Sales, a mistura pode chegar a 50% do total da areia.

O maior ganho Ă© ambiental, pela conservaĂ§Ă£o dos rios, de onde se extrai a areia, e do solo das usinas.

Sales afirmou que a degradaĂ§Ă£o dos rios com a extraĂ§Ă£o da areia Ă© imensa e que a falta de licenças ambientais para exploraĂ§Ă£o tĂªm deixado o produto mais caro. "Atualmente, atĂ© 120 milhões de toneladas de areia de rio sĂ£o consumidas por ano no Brasil", disse.

JĂ¡ no caso das usinas, as cinzas se acumulam nos pĂ¡tios e podem impermeabilizar o solo, alĂ©m de gerar contaminaĂ§Ă£o ou assoreamento de rios com a chuva.

De acordo com o professor, as usinas produzem cerca de 4 milhões de toneladas de cinzas por ano provenientes da queima do bagaço da cana. Cada tonelada de bagaço, segundo ele, gera cerca de 25 quilos de cinza."O trabalho com a queima do bagaço Ă© fantĂ¡stico na geraĂ§Ă£o de energia, mas e as cinzas que restam? O que fazer com elas? Essa pode ser uma destinaĂ§Ă£o", disse.

PROCESSO
A cinza Ă© processada e peneirada atĂ© ficar idĂªntica a um grĂ£o de areia.

A mistura com cimento gera um concreto "levemente escurecido", diz Sales, e pode ser utilizada para obras de calçadas, guias e sarjetas. "Para a construĂ§Ă£o predial, precisa ter regulamentaĂ§Ă£o da ABNT [AssociaĂ§Ă£o Brasileira de Normas TĂ©cnicas], o que jĂ¡ estĂ¡ sendo tratado", disse o professor.

A pesquisa estĂ¡ em andamento hĂ¡ quatro anos. O financiamento Ă© da Fapesp (FundaĂ§Ă£o de Amparo Ă  Pesquisa do Estado de SĂ£o Paulo.

O bagaço de cana demostrou possuir condiĂ§Ă£o de ser adicionada ao concreto em substituiĂ§Ă£o parcial ao cimento, dessa forma, verifica-se que a cinza do bagaço de cana com adiĂ§Ă£o ao concreto, contribui para o desenvolvimento sustentĂ¡vel, uma vez que reutiliza um recurso ja explorado eleva uma diminuiĂ§Ă£o do consumo de cimento, cuja a produĂ§Ă£o cria serios problemas ambientais.

A regiĂ£o sudeste Ă© o maior centro consumidor de cimento e tambĂ©m o maior produtor de resĂ­duos agricolas e a incorporaĂ§Ă£o dos resĂ­duos ainda nĂ£o tem perspectivas de ser absorvida pela industria cimenteira.

Cerca de 1,5 a 2 milhões de cinzas da queima do bagaço de cana sobram de caldeiras e geradores para produĂ§Ă£o de energia eletrica para abastecimento das proprias usinas. As cinzas do bagaço de cana sĂ£o ricas em sĂ­lica amorfa, diferente da forma cristalina encontrada, por exemplo, na areia. Podendo ser entao utilizadas como pozolanas, a principal propriedade de uma pozolana Ă© a sua capacidade de reagir com o hidrĂ³xido de cĂ¡lcio, um dos produtos de hidrataĂ§Ă£o do cimento formando compostos estĂ¡veis. Portanto, este projeto busca um bloco mais leve, pela adiĂ§Ă£o de cinzas do bagaço de cana, e resistente o suficiente para transporte e manipulaĂ§Ă£o durante o processo construtivo. Obtendo-se assim novos materias para construĂ§Ă£o civil em condições ecologicamente sustentĂ¡veis.

EXTRUSĂƒO

Na Escola de Engenharia de SĂ£o Carlos (EESC) os resĂ­duos da indĂºstria sucro-alcooleira — fibra do bagaço de cana-de-açucar e as cinzas resultantes da queima do bagaço em caldeiras — estĂ£o sendo aproveitados na produĂ§Ă£o de fibrocimento, material de construĂ§Ă£o usado na fabricaĂ§Ă£o de produtos como telhas, caixa d’Ă¡gua e divisĂ³rias. O mĂ©todo consiste em substituir alguns dos componentes que formam o fibrocimento pela fibra do bagaço da cana e pelas cinzas.

Segundo o pesquisador Ronaldo Soares Teixeira, autor do trabalho, a intenĂ§Ă£o foi buscar uma nova forma de aproveitar esses resĂ­duos, normalmente descartados pela indĂºstria sucro-alcooleira. “Eles normalmente sĂ£o subaproveitados.

Parte do bagaço Ă© queimada em caldeiras, tornando-se cinzas; o bagaço atĂ© tem outros empregos, como nas rações para animais, mas a maior parte Ă© descartada”, comenta o pesquisador. Ele estima que, de cada tonelada de cana-de-aĂ§Ăºcar processada, 260 quilos sĂ£o transformados em bagaço.Para criar o fibrocimento, o pesquisador utilizou um processo chamado extrusĂ£o, mĂ©todo alternativo para a produĂ§Ă£o do material cimentĂ­cio. Teixeira explica que a mĂ¡quina, chamada extrusora, contĂ©m uma rosca sem fim dividida em trĂªs cĂ¢maras: mistura, pressĂ£o negativa e compressĂ£o. Na extremidade da rosca, encontra-se a boquilha, que promove a compactaĂ§Ă£o final da mistura e forma a geometria do produto.

O mĂ©todo de extrusĂ£o para criar o fibrocimento Ă© inĂ©dito no Brasil.

"Quando se coloca a mistura dos componentes do fibrocimento na extrusora, a rosca sem fim faz a massa fluir sob pressĂ£o crescente atravĂ©s das cĂ¢maras, forçando-a sair no formato que se desejar, formando o fibrocimento", detalha.

O pesquisador diz que o mĂ©todo foi usado somente para fins acadĂªmicos, sem pensar em sua adequaĂ§Ă£o para as indĂºstrias, num primeiro momento. "A extrusora normalmente Ă© utilizada na indĂºstria de cerĂ¢mica. Na pesquisa, ela foi adaptada para produzir fibrocimento", acrescenta.

 
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