sexta-feira, 11 de março de 2011

Autorizações para estrangeiros trabalharem no Brasil crescem 30% em 2010

Balanço da Coordenação Geral de Imigração (CGig), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostra que 56.006 profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil em 2010. Deste total, 53.441 foram autorizações de caráter temporário, com estada no país de até dois anos. Em 2009, foram 42.914 autorizações de trabalho concedidas.

"O aumento do número dessas autorizações, desde 2006, está relacionado aos crescentes investimentos no Brasil, especialmente nos setores industrial, óleo, gás e energia. Isso está caracterizado pela aquisição de equipamentos no exterior e implantação no país de novas empresas de capital estrangeiro. No setor industrial, por exemplo, o aumento representa a expansão do nosso parque industrial, bem como a modernização e a implantação de novas indústrias. A aquisição de equipamentos e tecnologia no exterior demanda a vinda de profissionais especializados na supervisão de montagem e da execução de etapas mais sensíveis no processo de implantação desses equipamentos e para transferência de tecnologia", explicou o Coordenador Geral de Imigração do MTE, Paulo Sérgio de Almeida.

Ainda conforme ele, no ano passado, o setor de óleo e gás (exploração de petróleo e gás na plataforma continental brasileira) foi o principal demandante de autorizações. O setor demandou a vinda do exterior de equipamentos sofisticados como os navios do tipo sonda, plataformas de perfuração, navios para aquisição de dados geofísicos, dentre outros. "Ao ingressarem no país, estes navios e plataformas estrangeiros, com tripulação estrangeira, acabam por incorporar profissionais brasileiros as suas tripulações ao longo do tempo de sua permanência nas águas brasileiras", ressaltou.

Entre os profissionais estrangeiros autorizados a trabalhar temporariamente no país, 15.206 estavam relacionados ao trabalho a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira. Ainda entre as autorizações temporárias concedidas, 12.838 eram para marítimo estrangeiro empregado a bordo de embarcação de turismo estrangeiro que opere em águas brasileiras; 8.470 eram para estrangeiro na condição de artista ou desportista, sem vinculo empregatício; 8.028 para assistência técnica por prazo de 90 dias, sem vínculo empregatício; 4.232 para assistência técnica, cooperação técnica e transferência de tecnologia, sem vínculo empregatício; e 3.521 para especialistas com vínculo empregatício.

"Houve também um grande aumento no número de autorizações para tripulantes estrangeiros que vem a bordo de embarcações de turismo de fora. Este setor teve forte crescimento no Brasil nos últimos anos e, por conta disso, crescimento exponencial no número de vistos concedidos - salto do patamar de algumas centenas para mais de 8.000 vistos/ano em 2008 e 2009, e para perto de 13.000 vistos em 2010. Também, neste caso, há um percentual obrigatório de brasileiros que essas embarcações devem ter a bordo. De todo modo, o setor industrial e da prestação de serviços são os que mais demandam a vinda de profissionais estrangeiros", avaliou Almeida.

Quanto às autorizações permanentes, a maioria foi concedida para administradores, diretores, gerentes e executivos com poderes de gestão e concomitância, num total de 1.218. Investidores pessoa física somaram 848 autorizações em 2010.

Destaques - Das autorizações concedidas em 2010, vale destacar o aumento no número de navios de turismo estrangeiro: foram 4.484 autorizações a mais que em 2009, representando aumento de 54%. Para Almeida, esse dado reflete o aumento no número de navios estrangeiros de turismo na costa brasileira na temporada 2010/2011, e também novos critérios de exigência de vistos para os tripulantes estrangeiros nos portos.

Outro ponto relevante ficou por conta da expansão no número de artistas estrangeiros para shows no Brasil: foram 1.853 autorizações a mais que em 2009, aumento de 28%. Além disso, cresceu o número de profissionais estrangeiros para trabalho a bordo de navios e plataformas estrangeiras em operação no Brasil (exploração e produção de petróleo): foram 1.835 autorizações a mais que em 2009 - aumento de 13,7%.

Também houve evolução no número de profissionais estrangeiros para instalação de máquinas e equipamentos, assistência técnica e transferência de tecnologia: foram mais 2.222 estrangeiros com estada até 90 dias (aumento de 38% sobre 2009). Do total, cerca de 20% referem-se a atividades ligadas à indústria da exploração e produção do petróleo.

O número de profissionais com vínculo de emprego no Brasil, em sua maioria, ligados a atividades gerenciais em empresas de origem estrangeira instaladas no Brasil também cresceu. Foram mais 1.061 estrangeiros (aumento de 43%).

Ranking - Por estado, foi em São Paulo onde houve a maior concentração de autorizações concedidas, passando de 18.285 em 2009 para 25.550 em 2010. O Rio de Janeiro é o segundo da lista, passando de 18.956 para 22.371 solicitações de visto de trabalho. Minas Gerais manteve-se na terceira colocação, com 2.644; Amazonas, 1.164 e, e Paraná, 1.035.
Por pais de origem, os americanos foram os que mais solicitaram autorizações de trabalho: foram 7.550 em 2010, contra 5.590 no ano anterior. Filipinas está na sequencia, com 6.531 em 2010; Reino Unido, 3.809; Índia, 3.237 e, Alemanha, 2.904.

Dentre os países do Mercosul, os argentinos são os que mais solicitam autorizações de trabalho no Brasil. Em 2010, foram 644 concessões para trabalhadores desta naturalidade. Venezuela (562), Chile (383), Bolívia (90), Uruguai (66) e Paraguai (28) completam a lista.

Por gênero, os homens são em maior número entre os estrangeiros que vêm para o país. Do total das autorizações, 50.653 foram concedidas para eles. Em relação a escolaridade, 31.662 estrangeiros que conseguiram autorização tinham superior completo ou habilitação legal equivalente; 21.639 tinham o 2º grau completo ou técnico profissional; 476, mestrado e 202 pós-graduação. Apenas 88 possuíam o 2º grau incompleto e 54 ainda não tinham completado o 1º grau.

Critérios - As autorização de trabalho para profissionais estrangeiros são concedidas com base em Resoluções Normativas do Conselho Nacional de Imigração. Tais resoluções são aprovadas por consenso entre os três blocos que compõem o CNIg: Governo (nove ministérios), Centrais Sindicais (5 principais) e Confederações Empresariais (5 principais). Além disso, o CNIg monitora a evolução dos dados de autorizações concedidas.
A maioria das autorizações concedidas (mais de 90%) são temporárias, isto é, o profissional estrangeiro permanece no Brasil por prazos que vão de alguns dias a no máximo dois anos, executam a tarefa designada, transferem conhecimentos aos trabalhadores brasileiros e depois deixam o país.

"Além de transferir seus conhecimentos aos brasileiros, esses profissionais contribuem para a geração de mão de obra nacional nas novas indústrias e atividades econômicas que ajudam a implementar. Muitos desses profissionais estrangeiros também vêm ao Brasil para compor o quadro inicial de novas empresas estrangeiras recém-instaladas no Brasil. "São, muitas vezes, responsáveis pela implantação do negócio e, depois de algum tempo, retornam a seus países de origem", disse Almeida.

Brasileiros buscam informações em consulado do Japão de Curitiba

O Consulado Geral do Japão em Curitiba registra nesta sexta-feira grande procura de pessoas por informações sobre parentes após o terremoto que devastou regiões do nordeste daquele país e matou ao menos 331 pessoas.

São moradores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, área de jurisdição do consulado de Curitiba. As pessoas relatam que não estão conseguindo contato telefônico ou pela internet com seus familiares no Japão.

O cônsul Motohiro Hoshino disse que as pessoas estão sendo informadas de que o governo japonês já colocou à disposição sites com informações relatando as ações das autoridades para enfrentar os efeitos da catástrofe e ações de socorro às vítimas.

Outra informação que vem sendo repassada para as famílias a partir do consulado é a de que devem entrar em contato com o Itamaraty, órgão da chancelaria brasileira, ou a embaixada do Brasil no Japão para tentar obter mais informações sobre brasileiros que moram em território japonês.

O embaixador brasileiro no Japão, Marcos Galvão, afirmou nesta sexta-feira à Folha.com que ainda não há notícias de vítimas brasileiras. Segundo ele, as províncias mais atingidas foram Miyagi, Iwate e Fukushima, onde o número de brasileiros é cerca de 800. Ouça a entrevista com o embaixador

Terremoto no Japão pode ter deslocado eixo da Terra, diz INGV

O terremoto de 8,9 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o Japão nesta sexta-feira pode ter deslocado em quase 10 centímetros o eixo de rotação da Terra, segundo um estudo preliminar do INGV (Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia) da Itália.

O INGV, que desde 1999 estudou os diversos fenômenos sísmicos registrados na Itália, como o devastador terremoto da região dos Abruzos de 6 de abril de 2009, explica em uma nota que o impacto do terremoto do Japão sobre o eixo da Terra pode ser o segundo maior de que se tem notícia.

"O impacto deste fato sobre o eixo de rotação foi muito maior que o do grande terremoto de Sumatra de 2004 e provavelmente é o segundo maior, atrás apenas do terremoto do Chile de 1960", diz o comunicado.

TREMOR

O forte terremoto de magnitude 8,9, seguido por um tsunami com ondas de até dez metros de altura, atingiu a costa nordeste do país nesta sexta-feira. Trata-se do pior tremor a atingir o país desde que começaram a ser feitos registros, no final do século 19, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

O tremor desta sexta foi seguido por ao menos 19 réplicas, algumas delas de magnitude 6,3. Cidades e vilarejos ao longo dos 2.100 quilômetros da costa leste do país foram afetadas por violentos tremores que atingiram até a capital, Tóquio, localizada a 373 quilômetros de distância do epicentro.

O terremoto ocorreu às 14h46 da hora local (2h46 em Brasília) e teve seu epicentro no Oceano Pacífico, a 130 quilômetros da península de Ojika, e a uma profundidade de 24,4 quilômetros, de acordo com o USGS.


OUTRA OPINIÃO SOBRE A QUESTÃO DOS SISMOS E OS DESLOCAMENTOS DO EIXO DA TERRA:

Geografos alemães discordam do deslocamento do eixo da Terra

Cientistas alemães desmentiram hoje cálculos de um perito da NASA sobre uma deslocação de oito centímetros do eixo terrestre

Cientistas alemães desmentiram hoje cálculos de um perito da NASA sobre uma deslocação de oito centímetros do eixo terrestre, devido ao sismo que abalou o Chile e às movimentações nas placas tectônicas que terá provocado.

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Na terça feira, a agência espacial norte-americana (NASA) divulgou uma notícia, com base numa pesquisa do seu investigador Richard Gross, advertindo que uma das consequências da deslocação do eixo seria uma rotação mais rápida da terra de 1,26 micro segundos e a redução dos dias.

Os geógrafos alemães contestaram as referidas alterações geográficas e questionaram o trabalho de Gross.

"As mudanças no eixo da terra devido a um sismo são tão ínfimas, que não se podem medir, e por isso não são comprováveis", disse o professor Rainer Kind, do Centro de Pesquisa Geográfica de Potsdam, um dos mais reputados a nível mundial.

O que a NASA descreveu "só seria possível por influência externa, através da queda de um meteorito, por exemplo, mas nesse caso os estragos seriam tão grandes que, comparativamente, a deslocação do eixo terrestre seria insignificante", alegou.

O cientista alemão lembrou que já houve outros cálculos sobre a deslocação do eixo terrestre através de sismos anteriores, mas até hoje todos são considerados muito discutíveis.

Outro perito na matéria, o professor Karl-Heinz Glassmeier, da Sociedade Alemã de Geofísica, disse mesmo que tinha "deitado as mãos à cabeça", quando ouviu a notícia.

"Parece que a NASA só quis aparecer nas manchetes dos jornais, porque é totalmente impossível provar que tenha havido uma deslocação de oito centímetros do eixo terrestre", garantiu o mesmo especialista.

A influência de um sismo sobre a inclinação do planeta Terra "é extremamente reduzida", sublinhou também Mojib Latif, do Institituo de Ciências Marítimas de Kiel.

"Os principais responsáveis pela inclinação da Terra são os astros que nos rodeiam, sobretudo os planetas maiores e mais pesados, com a força de atracção que exercem e que pode provocar um sismo de dimensões semelhantes ao do Chile", explicou Latif.
Fonte: Lusa

Cohapar tem novo gerente na regional de Apucarana

O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Mounir Chaowiche, apresentou nesta sexta-feira (11) aos prefeitos e lideranças da região o novo gerente regional de Apucarana, Moises José de Andrade. Chaowiche também falou sobre as metas da companhia para os próximos quatro anos.

“A previsão é construir 25 mil casas neste ano”, anunciou o presidente da Cohapar. Ampliar as parcerias com as prefeituras é uma das propostas do novo gerente de Apucarana para atingir as metas propostas.

Sanepar inicia obras de rede de esgoto de mais 13 bairros de Maringá

Sanepar inicia na próxima segunda-feira (14) mais uma etapa das obras de ampliação da rede coletora de esgoto em Maringá. Desta vez, serão os moradores do Jardim Bertioga que irão receber os benefícios dos serviços de esgotamento sanitário. A empresa está investindo R$ 3,8 milhões na implantação de mais de 52 mil metros de tubulações em 13 bairros da cidade. Os recursos são da própria Sanepar e do PAC do Saneamento, com financiamento da Caixa.

Além desta obra, estão sendo concluídos os serviços na Região Sul da cidade, onde foram atendidos oito bairros, entre eles os jardins São Silvestre, Sol Nascente e Cidade Canção. O investimento foi de aproximadamente R$ 3 milhões.

O índice de coleta de esgoto na cidade de Maringá é de 95,47%, um dos maiores do Brasil. Até o final de 2012, com a conclusão das obras em andamento, o município deve alcançar o índice de 98%. Atualmente, 100% do esgoto coletado na cidade é tratado em três Estações de Tratamento Esgoto (ETE), sendo duas na região Norte (ETE Mandacaru e Alvorada) e uma na região Sul (ETE Sul).

Os recursos aplicados pela Sanepar em Maringá colaboram para a redução dos custos do município e do Estado com assistência médica, além de elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A Organização Mundial de Saúde destaca que para cada R$ 1,00 investido em saneamento básico são economizados R$ 5,00 em despesas com tratamento de doenças de origem hídrica.

Bairros atendidos – Além do Jardim Bertioga, as obras em andamento devem contemplar os jardins Aeroporto, Sanenge III, Europa, Céu Azul, Porto Seguro, Del Plata, Madrid, Cidade Canção, Catedral e Gleba Ribeirão Pinguim. O Jardim São Francisco e parte do Jardim Universo também fazem parte deste lote e já receberam a rede coletora de esgoto. Toda a obra deve ser concluída em fevereiro de 2012. O lote também inclui a construção de uma travessia subterrânea no Contorno Sul e a implantação de 2.650 ligações prediais.

Governo Beto Richa envia força-tarefa para atender vítimas das chuvas no litoral

O Governo do Paraná criou uma força-tarefa para atender a população que foi afetada pela forte chuva que caiu no litoral na manhã desta sexta-feira (11). Uma equipe de médicos, bombeiros, geólogos e integrantes da Coordenadoria da Defesa Civil foi enviada aos municípios de Morretes e Antonina para fazer o atendimento emergencial dos moradores da região. O Provopar encaminhou para Morretes um caminhão com 12 toneladas de donativos.

A Defesa Civil informa que os desabrigados da cidade de Morretes foram alojados na Escola Estadual Rocha Pombo e os de Antonina encaminhados pela prefeitura para hotéis da região. A estimativa é que mais de 70 pessoas estão desalojadas. Uma equipe da Mineropar está no município de Antonina para avaliar as encostas e o risco de desmoronamentos de terra.

O coordenador da Defesa Civil, major Antonio Hiller, afirma que as medidas de emergência para preservar a integridade dos moradores estão sendo tomadas. “Estamos trabalhando em conjunto para atender todos os que necessitam de cuidado”, afirmou Hiller. Ele disse que a Secretaria da Saúde enviou profissionais para orientar a população sobre os cuidados básicos para evitar doenças.

Paraná: governo paga mais R$ 3,58 milhões de dívidas deixadas pela administração anterior na saúde


O governo do Paraná liberou esses recursos para pagamento de dívidas contraídas e não honradas na administração anterior para o custeio da área da saúde. Desse total, R$ 2,6 milhões foram destinados a pagamentos devidos ao Sistema de Saúde do Estado (SAS) para oito municípios paranaenses, entre eles Foz do Iguaçu, Londrina e Ponta Grossa. Na área da saúde, este foi o quarto lote de pagamentos atrasados feitos pelo governo Beto Richa. Em 20 de janeiro foram quitados R$ 6 milhões; em 10 de fevereiro, R$ 9 milhões, e, em 18 de fevereiro, foram saldados mais R$ 4,2 milhões.

A BUROCRACIA SINDICAL QUER APARECER BEM NA FOTO: A polêmica abertura das negociações da Dilma com as centrais sindicais

Brasileiros em áreas atingidas no Japão são cerca de 800, diz embaixador

O embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, afirmou nesta sexta-feira à Folha que ainda não há notícias de vítimas brasileiras do terremoto e tsunami que atingiu o país nesta madrugada. Segundo ele, as províncias mais atingidas foram Miyagi, Iwate e Fukushima, onde o número de brasileiros é cerca de 800.

"Temos mantido contato com o Ministério das Relações Exteriores do Japão, a informação é que não há ainda qualquer vítima identificada que não seja de nacionalidade japonesa", diz o embaixador.

Ele alerta que a comunicação está prejudicada. "As famílias no Brasil devem saber disso. Elas provavelmente terão dificuldades em contatar seus parentes aqui".

O embaixador disse ainda que o transporte ferroviário foi muito afetado, e que "aqueles que estavam fora de casa no horário do evento devem ter dificuldades para voltar".

Atualmente, cerca de 254 mil brasileiros vivem no Japão. O contato com a embaixada deve ser feito preferencialmente pelo e-mail comunidade@brasemb.or.jp ou com o Ministério das Relações Exteriores, no telefone 0/xx/61 3411-8804 ou 8803.

O ESPERTO LULA PULOU FORA: Dilma lamenta ausência de Lula em cerimônia com sindicalistas

Cercada de representantes das centrais sindicais, que cobraram posições em relação aos altos juros, muitos impostos e os baixos salários a presidente Dilma Rousseff lamentou a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento que serviu para marcar a regulamentação da presença de trabalhadores dos Conselhos de Administração de estatais.

Portaria desta sexta-feira, 11, regulamenta a lei 12.353, de 28 de dezembro de 2010, assinada por Lula, que permite que os trabalhadores participem dos conselhos das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, num total de 59 instituições.

"A aprovação da 12.353, que foi assinada já no apagar das luzes do governo do presidente Lula e agora nós estamos regulamentando através de portaria, é algo que todos devemos comemorar. E aí eu encerro dizendo: falta ele nessa cerimônia", disse Dilma ao final do discurso, transmitido pela NBR.

Dilma não desmente com dados, mas define como ‘bobagem’ crítica de sindicalista

Durante encontro com sindicalistas, a presidente Dilma Rousseff ouviu reclamações com relação à política econômica do governo, especialmente os cortes no orçamento e o aumento na taxa Selic. Um dos sindicalistas chegou a afirmar que Dilma estava fazendo um governo que atendia mais o mercado do que os sindicatos, segundo relato dos participantes. A presidente reagiu, afirmando que isso era uma "bobagem". "Na época da campanha eles me chamavam de guerrilheira desenvolvimentista. Agora falam que eu sou monetarista. Vejam só como mudam", afirmou, em tom de ironia.

Dilma disse que sua maior preocupação é o desenvolvimento do Nordeste, a redução da pobreza e a melhoria de vida da população de baixa renda. Ela reafirmou que o ex-presidente Lula fez um governo muito bom e que ela terá de avançar em algumas áreas.

Dilma reconheceu a dificuldade da indústria nacional em concorrer com os produtos chineses e que é preciso corrigir o desequilíbrio. "O Brasil é exportador de commodities para a China, mas importa muita bagulheira", afirmou.Ela disse que pretende discutir essa questão, na viagem que fará em abril à China. (AE)

Operação Castelo de Areia: doleiro enviou US$ 20,7 mi para EUA


O doleiro Marco Antônio Cursini, que a Procuradoria da República aponta como personagem-chave para manter de pé a Operação Castelo de Areia, movimentou US$ 20,7 milhões no exterior em conta de titularidade da offshore Goldrate Corporation - com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e controlada por ele. Laudo da Polícia Federal (PF) mostra que o fluxo de recursos, supostamente de empresários e políticos, se deu entre janeiro de 2000 e junho de 2002.

Sob acusação de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação, Cursini foi condenado em 2009 a 3 anos e 3 meses de prisão, convertida em prestação de serviços comunitários impostos pela Justiça Federal em São Paulo, e multa de R$ 2 milhões.

Cursini é o autor da delação premiada que, na avaliação do Ministério Público Federal (MPF), pode ser a peça crucial para impedir o arquivamento da Castelo de Areia - investigação da PF sobre crimes financeiros atribuídos a três executivos da Construtora Camargo Corrêa. Em seu relato, ele confessou serviços que teria prestado para um ex-ministro do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontou nomes de políticos e citou Kurt Paul Pickel, doleiro que, segundo Cursini, fazia câmbio para os dirigentes da empreiteira.

Na próxima terça-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomará julgamento do habeas corpus 159159/SP, por meio do qual a defesa da Camargo Corrêa pretende trancar o processo judicial sob alegação de que os executivos não cometeram crime e que interceptações telefônicas e outras medidas invasivas foram autorizadas pela 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo com base exclusivamente em denúncia anônima. (AE)

ONG ligada ao PC do B terá de ressarcir União

Tribunal de Contas da União (TCU) condenou uma organização não governamental (ONG) ligada ao PC do B a devolver R$ 565 mil aos cofres públicos por desvios de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

"A documentação apresentada encontra-se, em sua maioria, eivada de vícios que a tornam imprópria para fins de prestação de contas de recursos públicos federais", diz relatório de investigação, cujo acórdão foi publicado quarta-feira no Diário Oficial da União.

A entidade punida é a Fundação Vó Ita, com sede na cidade de Arraias, no Tocantins.

O Tribunal de Contas da União incluiu na condenação Antônio Aires da Costa, que era presidente da ONG na época do convênio com o Ministério do Esporte. Ele é filiado ao PC do B, partido do ministro da pasta, Orlando Silva. (AE)

Endividado, Japão vai enfrentar dificuldade na reconstrução

Os mercados asiáticos encerraram em queda. Os números de fevereiro sobre a inflação na China nortearam os investidores nesta sexta-feira. O terremoto no Japão, seguido de tsunami, também pesou nas bolsas da região, aumentando o recuo nos últimos minutos dos pregões.

Na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng baixou 365,11 pontos, ou 1,6%, e encerrou aos 23.249,78 pontos - na semana, o índice teve perda de 0,7%.

Já as Bolsas da China fecharam em baixa, após dados do governo mostrarem que a inflação de fevereiro foi ligeiramente acima das expectativas do mercado. Com isso, aumentaram as preocupações de que Pequim poderá adotas novas medidas de aperto monetário. O índice Xangai Composto caiu 0,8% e terminou aos 2.933,80 pontos - na semana, o índice acumulou queda de 0,3%. O índice Shenzhen Composto perdeu 0,2% e encerrou aos 1.299,69 pontos.

O yuan ficou estável em relação ao dólar. Os dados sobre a inflação chinesa, que reforçam expectativas de valorização da moeda local, acabaram ofuscados pela demanda pela unidade norte-americana, por causa do terremoto no Japão e da crise na zona do euro. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5746 yuans, estável sobre o fechamento de quinta-feira, que foi de 6,5747 yuans. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,5750 yuans, de 6,5713 yuans ontem.

A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou o dia em baixa provocada pelas perdas no mercado americano na quinta-feira e pela debilidade das bolsas asiáticas. Compras de fundos do governo no setor financeiro e de plásticos amenizaram o resultado negativo. O índice Taiwan Weighted recuou 0,87% e fechou aos 8.567,82 pontos.

Em Seul, na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 1,3% e fechou aos 1.995,94 pontos, com os investidores estrangeiros estendendo suas vendas para a quinta sessão consecutiva.

Na Austrália, as preocupações com a instabilidade no Oriente Médio e no Norte da África e a inflação acima do esperado na China levaram o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney para o menor nível dos últimos três meses. O índice perdeu 1,2% e encerrou aos 4.644,8 pontos, a menor pontuação de fechamento desde 1º de dezembro.

Nas Filipinas, a Bolsa de Manila também fechou em baixa. O índice PSE caiu 0,90% e encerrou aos 3.924,35 pontos.

A Bolsa de Cingapura terminou em baixa, uma vez que o apetite por risco - já morno por causa dos crescentes conflitos no Oriente Médio - piorou mais depois que a China anunciou inflação acima da esperada, alimentando temores de uma desaceleração econômica, e seguindo o forte terremoto no Japão. O índice Straits Times cedeu 1,1% e fechou aos 3.043,49 pontos, terceira sessão seguida de perdas em meio ao fraco desempenho nos demais mercados asiáticos. A queda nos mercados dos EUA liderou as baixas, enquanto o recuo nas bolsas europeias também pressionou os negócios à tarde.

O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, perdeu 1,3% e fechou aos 3.542,23 pontos, por conta de preocupações de que o terremoto no Japão possa desacelerar a recuperação da economia global.

O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, caiu 1,2% e fechou aos 1.007,06 pontos, uma vez que os mercados regionais tombaram depois do terremoto no Japão. Depois de o índice finalmente atingir a marca dos 1.000 pontos esta semana, renovadas pressões devem fazer o nível testar patamar abaixo desse ponto na próxima semana, diz um analista.

O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 1,4% e fechou aos 1.495,62 pontos, uma vez que preocupações com os conflitos no Oriente Médio e com a economia da China somaram-se ao impacto do forte terremoto que abalou o Japão à tarde. (Dow Jones)

Chuvas interditam BRs 277 e 376 que ligam Curitiba ao Litoral


A BR-376, em Guaratuba, no Litoral do Paraná, segue com trechos interditados no início da tarde desta sexta-feira (11) por conta de quedas de barreira. A pista está totalmente interditada no quilômetro 668 (sentido Palhoça). Por volta das 15 horas, o bloqueio gerou congestionamento de 25 quilômetros de extensão.

No sentido Curitiba, a BR-376 está interditada entre os quilômetros 672 e 673. O fluxo na região segue em mão dupla na pista sentido Palhoça, com duas faixas que seguem para Santa Catarina e uma no sentido Curitiba, de acordo com informações da concessionária Autopista.

Para quem precisa utilizar a BR-376 e está no sentido sul, a concessionária orienta que o motorista faça o retorno na praça de pedágio de São José dos Pinhais. Quem vem de Santa Catarina deve retornar no Trevo de Garuva.


Por volta das 23h40 de quinta-feira (10), houve quedas no quilômetro 669, sentido Sul, e, por volta das 3 horas, no quilômetro 670, sentido Norte. O tráfego foi restabelecido por volta das 6h30, com os veículos trafegando em mão dupla dos quilômetros 669 ao 672.

BR-277

A chuva também provocou estragos na BR-277, entre Curitiba e o Litoral do estado. Houve deslizamentos nos Kms 13 e 51 da rodovia, segundo a concessionária Ecovia, que administra o trecho. O trecho estava totalmente interditado por volta das 15 horas, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Pouco depois do deslizamento, a cerca de oito quilômetros antes de Paranaguá, a 277 está com um trecho totalmente alagado. O transbordamento de rios na região fez com que o canteiro que divide as pistas ficasse cheio de água. Casas na beira da rodovia estavam com água até o telhado.

Uma ponte localizada no quilômetro 18 está alagada pela água dos rios do local. No quilômetro 28 foi registrada uma queda de barreira por conta da chuva. A recomendação da PRF é que as pessoas não desçam para o litoral do estado enquanto as chuvas não cessarem na região.

Rodovias estaduais

A PR-508 (Alexandra Matinhos) também estava com trecho totalmente interditado entre os quilômetros 1 e 2 por volta das 16 horas. O local está alagado, segundo a Polícia Rodoviária Estadual. Na PR-408, que segue para Morretes, o trecho entre os quilômetros 10 e 15 estão interditados por conta do alagamento.

As quedas de barreiras foram ocasionadas por causa da chuva que cai no Litoral. As equipes da Concessionária trabalham no local na limpeza e liberação das pistas. (GP)

STF determina quebra de sigilo fiscal dos réus do processo do mensalão

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a quebra do sigilo fiscal dos 38 réus do processo do mensalão, suposto esquema de corrupção denunciado em 2005 pelo qual parlamentares receberiam dinheiro em troca de apoio político ao governo.

Segundo a assessoria do STF, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, solicitou à Receita Federal, em fevereiro, cópia da última declaração do imposto de renda dos denunciados.


A informação sobre a quebra de sigilo foi divulgada nesta sexta-feira (11) pelo jornal "Folha de S.Paulo". O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Na petição ao STF, Gurgel afirma que necessita das informações fiscais dos acusados de envolvimento no esquema do mensalão "para que seja estipulada uma multa mais adequada à capacidade financeira dos réus, evitando-se valores irrisórios ou abusivos"

Gurgel pediu ainda acesso aos antecedentes criminais dos réus, solicitação também atendida pelo ministro Joaquim Barbosa.

O suposto esquema do mensalão foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e virou ação penal no Supremo em agosto de 2007. Barbosa já afirmou que pretende levar o caso a julgamento até o final deste ano. Em agosto do ano passado, o STF encerrou a fase de depoimentos.

Entre os réus no caso, estão os ex-ministros Luiz Gushiken, Anderson Adauto, José Dirceu, o empresário Marcos Valério e os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP). (G1)

TRAGÉDIA!!!! 88.000 desaparecidos após terremoto e tsunami no Japão


O número de desaparecidos pelo terremoto e tsunami subseqüente que atingiu o Japão está manhã chega à pelo menos 88 mil, segundo a agência oficial de notícias japonesa, Kyodo.

Mais de 300 pessoas morreram em conseqüência do terremoto e do tsunami que devastou a costa nordeste do Japão, segundo a emissora ABC dos EUA, citando fontes oficiais.
Outra contagem paralela diz que 137 morreram ainda e adiciona mais 539 feridos e 351 desaparecidos, segundo a polícia.

Entre 200 e 300 corpos foram encontrados em uma praia perto de Sendai, a cidade mais próxima do epicentro do terremoto de 8,9 graus, segundo a polícia Prefeitura de Miyagi, foi citado pela agência de notícias Kyodo.

O número de mortos pelo terremoto pode exceder mil, segundo a agência japonesa Kyodo.
Além disso, o Ministério da Defesa informou que na FUKUSIMA, onde uma barragem rompeu e uma usina nuclear foi afetada, 1.800 casas foram destruídas, ainda segundo a Kyodo.

O mais recente relatório oferecido pela NHK, falou de 300 mortos e 500 desaparecidos, enquanto anteriormente Kyodo, citando a polícia japonesa havia 133 mortos. (AP)

Sem comunicação, comunidade japonesa de Londrina vive momentos de angústia

Para os londrinenses que têm parentes nas áreas atingidas pelo terremoto no Japão o momento é de espera e angústia. Segundo o vereador Roberto Kanashiro (PSDB), a região de Sendai, epicentro do terremoto, é uma região onde há muitos brasileiros e, consequentemente, dekasseguis londrinenses.

Kanashiro disse que ainda não conseguiu contato com um irmão, que reside próximo a Tóquio, mas ressaltou que o momento é de manter a tranquilidade. “Em fenômenos como este as autoridades pedem para que as linhas de telefones fiquem desobstruídas para priorizar o atendimento de emergência. O contato neste momento é complicado, por isso é melhor esperar os parentes ligarem”, disse. (JL)

Estatística da violência - Curitiba e Região Metropolitana

Assassinatos em Março de 2011 (até o dia 09)

Total de assassinatos : 38

Vítimas:
Homens: 36
Mulheres: 2

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Cidades mais violentas
Curitiba: 21
Colombo: 4
São José dos Pinhais: 4
Pinhais: 2

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Bairros mais violentos
Cidade Industrial: 4
Cajuru: 3
Guabirotuba: 3
Novo Mundo: 2
Tatuquara: 2
Uberaba: 2


Assassinatos em Fevereiro

Crimes:
Homicídio: 126
Confronto com polícia: 4
Latrocínio: 3

Total: 133
-----------------

Vítimas:
Homens: 129
Mulheres: 4
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Cidades:
Curitiba: 56
Colombo: 18
Araucária: 9
São José dos Pinhais: 9
Pinhais: 8
Piraquara: 7
Almirante Tamandaré: 5
Fazenda Rio Grande: 4
Quatro Barras: 4
Campina Grande do Sul: 3
Lapa: 3
Agudos do Sul: 2
Rio Branco do Sul: 2
Campo Largo: 1
Doutor Ulysses: 1
Itaperuçu: 1
-----------------

Bairros mais violentos:
Uberaba: 8
Cidade Industrial: 6
Sítio Cercado: 5
Boqueirão: 4
Cajuru: 3
Ganchinho: 3
Novo Mundo: 3
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Idades:
0 a 15 anos: 3
16 a 25 anos: 52
26 a 35 anos: 40
36 a 45 anos: 26
46 anos ou mais: 10
Não apurado: 2
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Dias da semana:
Domingo: 26
2ª-feira: 12
3ª-feira: 11
4ª-feira: 13
5ª-feira: 24
6ª-feira: 22
Sábado: 25
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Causas da morte:
Ferimentos por arma de fogo: 111
Agressão Física: 13
Ferimentos por arma branca: 6
Carbonizado: 2
Não apurado: 1

* Pesquisa realizada pelo jornalista Marcelo Vellinho, dos jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná, e do Programa 190. Informações obtidas a partir de relatórios do Instituto Médico Legal e levantamento nas delegacias responsáveis pelos inquéritos. Casos de suicídio foram excluídos.

Terremoto gera receios sobre economia do Japão; BC oferece ajuda

Montadoras de automóveis, fábricas de eletrônicos e refinarias fecharam em grande parte do Japão nesta sexta-feira, após um forte terremoto que abalou o país, produzindo um tsunami, dobrando estradas e deixando milhões de casas e empresas sem energia.

Líderes dos partidos do governo japonês e da oposição querem um orçamento de emergência para ajudar a financiar os esforços humanitários, e o primeiro-ministro Naoto Kan pediu que eles "salvassem o país", segundo a agência de notícias Kyodo.

O banco central do Japão, que luta para impulsionar a economia anêmica, disse que fará o máximo para garantir a estabilidade do mercado financeiro, enquanto jatos da força aérea nacional rumam para a costa nordeste para avaliar os prejuízos do maior terremoto a atingir o país nos últimos 140 anos. O BC anunciou que antecipará a reunião de política monetária para segunda-feira, com decisão no mesmo dia.

O sismo de 8,9 graus de magnitude derrubou as ações japonesas e do resto do mundo, levando o mercado global para o menor patamar em quase seis semanas.

Vários aeroportos, incluindo o Narita, de Tóquio, estavam fechados, e as linhas ferroviárias, paralisadas. Nenhum porto funcionava no país.

A gigante de eletrônicos Sony, uma das maiores exportadoras japonesas, fechou seis fábricas, de acordo com informações da Kyodo.

"Há fábricas de carros e semicondutores no norte do Japão, portanto haverá certo impacto econômico devido aos danos nas fábricas", disse Yasuo Yamamoto, economista sênior do Mizuho Research Institute, em Tóquio.

Ao menos 44 pessoas morreram, segundo a Kyodo, e muitas ficaram feridas com o terremoto, que gerou incêndios da cidade de Sendai, no norte do Japão, até Tóquio. Um tsunami de 10 metros de altura atingiu o porto de Sendai, na província de Miyagi, a cerca de 300 quilômetros de Tóquio, mas não houve notícia de danos.

As áreas em torno de Miyagi possuem importantes zonas manufatureiras e industriais, com muitas fábricas de produtos químicos e eletrônicos. As notícias sobre a região eram incompletas e não ficou claro se algumas fábricas estavam fechadas simplesmente devido à falta de energia ou por destruições causadas pelo terremoto.

Miyagi, a área mais afetada pelo sismo, é responsável por 1,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, de acordo com a Macquarie Research.

"Há duas preocupações básicas relacionadas à economia. A primeira é que o frágil ciclo econômico não está pronto para suportar uma interrupção significativa", disse a Macquarie em comunicado.

"A segunda é que a combinação de uma economia mais fraca com um fardo adicional sobre as finanças públicas colocará pressão de alta sobre os rendimentos pagos nos bônus."

A Toyota Motor disse que interrompeu a produção em uma fábrica de autopeças e em duas montadoras da área de Miyagi, enquanto a Nissan Motor, segunda maior automobilística do Japão, parou as operações em quatro fábricas, de acordo com a mídia local.

O terremoto aconteceu no momento em que a terceira maior economia do mundo mostrava sinais de retomada após uma contração no último trimestre de 2010. O desastre eleva as previsões de que haverá interrupções em negócios essenciais, pelo menos no curto prazo. (REUTERS)

Forte chuva provoca estragos em quatro cidades do Litoral


A forte chuva que caiu na região do Litoral na madrugada desta quinta-feira (10) provocou estragos e deixou vários pontos de alagamento em Morretes, Antonina, Paranaguá e Guaratuba. Mais de 5 mil residências estão sem energia elétrica.

De acordo com a Defesa Civil do estado, só em Morretes e Antonina pelo menos 8 residências foram danificadas, 10 pessoas estão desalojadas e 73 desabrigadas. No total, 840 pessoas foram afetadas pela chuva nessas cidades.

Segundo informações da Copel, 5.278 residências estão sem energia em Morretes, Guaraqueçaba e nos distritos de Rio Sagrado e Marumbi.

A cidade mais afetada pela chuva foi Morretes, onde há registro de alagamentos nas comunidades de Rocio, Marta, Vila Ferroviária, América, Raia Velha, além da região central. De acordo com o Major Edemilson Barros, comandante do Corpo de Bombeiros no Litoral, o período de chuvas coincidiu com a maré alta. Com isso, os rios Nhundiaquara e São João não conseguiram ter a vazão necessária.

Porém, foi o Rio Marumbi que transbordou e atingiu os bairros. "Caso os outros rios tivessem transbordado também, a situação seria bem pior", declarou o prefeito de Morretes, Hamilton de Paula. Segundo ele, a cidade aguarda parecer da defesa civil para saber se a situação decretada no município será de calamidade pública.

A região central, próximo à rodoviária, estava totalmente alagada e carros de pequeno porte não conseguiam atravessar o local. Comerciantes da região, que foram acordados na madrugada, por volta das 4 horas da madrugada, quando a chuva foi bastante intensa, limpavam as lojas e mantinham as mercadorias erguidas.

Sete equipes dos bombeiros trabalham com embarcações para fazer a retirada das pessoas afetadas. A moradora do bairro América de Cima, Maria de Lurdes Alencar, de 84 anos, teve que ser retirada às pressas de casa. Ela precisou enfrentar a água em uma cadeira de rodas após sair do hospital na região central, trazida pela neta Geania, que foi buscá-la em casa ainda de madrugada, quando a casa foi atingida.

Rocio
No bairro mais afetado de Morretes, o Rocio, os moradores saíram das casas com a água na altura do peito durante a madrugada. Na manhã desta sexta-feira(11), por volta das 9h30, moradores voltaram para salvar o que conseguiram. A casa do motorista Edson Sidival Cardoso ficou com água próximo da janela e ele conseguiu salvar poucas roupas e um colchão.

As famílias desabrigadas estão sendo encaminhadas para o Colégio Rocha Pombo, onde serão atendidas pela Defesa Civil. A membro da Desefa Civil de Morretes, Elaine Delay, afirmou que foi realizado em pedido para a defesa civil estadual para o envio de colchões e materiais de higiene. Por enquanto, doações não são necessárias. Cerca de 15 famílias estavam abrigadas no colégio por volta das 11h30. Uma refeição estava sendo preparada aos moradores pelas merendeiras da escola.

De acordo com moradores, enchentes são comuns na cidade, mas há muito tempo não atingia o município em grandes proporções.

Abastecimento

A Sanepar informou que toda a cidade está sem água. Em nota, a empresa informou que o sistema de tratamento foi afetado por danos na rede de energia elétrica. Equipes estão trabalhando para resolver o problema, mas não há previsão para a retomada do abastecimento.


Por volta das 10h30, o acesso ao município pela PR-408 foi restabelecido. Os motoristas que vinham pela BR-277 e tentavam chegar na cidade pela PR-408 não conseguiam passar em razão do grande volume de água do Rio Marumbi, que cobria a pista.

Em Antonina, deslizamentos de terra atingiram casas nos bairros de Caixa d'Água e Laranjeira. Residências também ficaram alagadas no bairro de Itapema. Em Paranaguá, a região mais afetada foi o distrito de Alexandra, onde várias casas foram invadidas pela água. Casas na beira da BR 277, a cerca de oito quilômetros antes de Paranaguá, estavam totalmente cobertas pela água. Era possível enxergar somente parte do telhado.

No bairro Cubatão, em Guaratuba, a chuva também provocou alagamentos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o Rio Cubatão atingiu cerca de 40 centímetros acima do nível do solo e invadiu as casas. Quatro embarcações da corporação estão prestando assistência aos moradores e outras três estão sendo deslocadas. Apesar de ter uma escola à disposição dos desabrigados, as pessoas não querem deixar suas casas.(GP)

 
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