Um levantamento realizado com 1.217 homossexuais da capital paulista revelou que 70% dos homossexuais relataram jĂ¡ ter sofrido algum tipo de agressĂ£o.
De acordo com o estudo, 62% dos entrevistados disseram ter sofrido agressões verbais, enquanto 15% sofreram agressĂ£o fĂsica e outros 6%, violĂªncia sexual. A pesquisa foi realizada pela Secretaria da SaĂºde do estado de SĂ£o Paulo, em parceria com a Faculdade de CiĂªncias MĂ©dicas da Santa Casa de MisericĂ³rdia de SĂ£o Paulo.
Na pesquisa, os participantes disseram ter recebido ameaças de agressĂ£o fĂsica, chantagem ou extorsĂ£o, alĂ©m de constrangimento no ambiente de trabalho. "NĂ£o existem leis que criminalizem a homossexualidade. No entanto, existem leis estaduais e municipais que proĂbem o preconceito e a discriminaĂ§Ă£o por orientaĂ§Ă£o sexual. É inaceitĂ¡vel que ainda assim os homossexuais continuem relatando tanta violĂªncia", afirma Paulo Roberto Teixeira, da coordenaĂ§Ă£o do programa Estadual DST/Aids.
AlĂ©m disso, 68% dos participantes relataram algum tipo de discriminaĂ§Ă£o, como, por exemplo, maus-tratos por parte de professores e alunos dentro das escolas, relatados por 32% dos entrevistados. O estudo tambĂ©m mostrou que o ambiente familiar Ă© palco de 29% das reclamações de discriminaĂ§Ă£o dos homossexuais, assim como o ambiente religioso (23%) e entre amigos e vizinhos (29%).
A pesquisa, denominada "Sampacentro", foi realizada no centro da cidade de SĂ£o Paulo entre novembro de 2011 e janeiro de 2012, e abordou homens em 92 lugares, entre casas noturnas, saunas, cinemas e na rua. A maior parte dos participantes Ă© jovem, com 30,1% na faixa entre 18 e 24 anos e 38% entre 25 e 34 anos.
Entre os 1.217 participantes, 776 deles concordaram em realizar o teste para para a detecĂ§Ă£o do HIV, dos quais 16% tiveram o resultado positivo para o vĂrus da Aids. "É importante que os jovens homossexuais tenham abordagens novas e originais para engajarem a si mesmos em prĂ¡ticas de sexo seguro. Dessa forma, o exercĂcio da cidadania e a luta contra o preconceito e a discriminaĂ§Ă£o sĂ£o duas questões bĂ¡sicas que devem ser vinculadas ao trabalho de educaĂ§Ă£o em saĂºde sexual e prevenĂ§Ă£o das DST/HIV/Aids", finaliza Teixeira.
A pesquisa "Sampacentro" contou com financiamento do Programa Pesquisa para o SUS, FundaĂ§Ă£o de Amparo Ă Pesquisa do Estado de SĂ£o Paulo (Fapesp), Secretaria da SaĂºde do Estado de SĂ£o Paulo, MinistĂ©rio da SaĂºde e Conselho Nacional de Desenvolvimento CientĂfico e TecnolĂ³gico (CNPq). (CC)
De acordo com o estudo, 62% dos entrevistados disseram ter sofrido agressões verbais, enquanto 15% sofreram agressĂ£o fĂsica e outros 6%, violĂªncia sexual. A pesquisa foi realizada pela Secretaria da SaĂºde do estado de SĂ£o Paulo, em parceria com a Faculdade de CiĂªncias MĂ©dicas da Santa Casa de MisericĂ³rdia de SĂ£o Paulo.
Na pesquisa, os participantes disseram ter recebido ameaças de agressĂ£o fĂsica, chantagem ou extorsĂ£o, alĂ©m de constrangimento no ambiente de trabalho. "NĂ£o existem leis que criminalizem a homossexualidade. No entanto, existem leis estaduais e municipais que proĂbem o preconceito e a discriminaĂ§Ă£o por orientaĂ§Ă£o sexual. É inaceitĂ¡vel que ainda assim os homossexuais continuem relatando tanta violĂªncia", afirma Paulo Roberto Teixeira, da coordenaĂ§Ă£o do programa Estadual DST/Aids.
AlĂ©m disso, 68% dos participantes relataram algum tipo de discriminaĂ§Ă£o, como, por exemplo, maus-tratos por parte de professores e alunos dentro das escolas, relatados por 32% dos entrevistados. O estudo tambĂ©m mostrou que o ambiente familiar Ă© palco de 29% das reclamações de discriminaĂ§Ă£o dos homossexuais, assim como o ambiente religioso (23%) e entre amigos e vizinhos (29%).
A pesquisa, denominada "Sampacentro", foi realizada no centro da cidade de SĂ£o Paulo entre novembro de 2011 e janeiro de 2012, e abordou homens em 92 lugares, entre casas noturnas, saunas, cinemas e na rua. A maior parte dos participantes Ă© jovem, com 30,1% na faixa entre 18 e 24 anos e 38% entre 25 e 34 anos.
Entre os 1.217 participantes, 776 deles concordaram em realizar o teste para para a detecĂ§Ă£o do HIV, dos quais 16% tiveram o resultado positivo para o vĂrus da Aids. "É importante que os jovens homossexuais tenham abordagens novas e originais para engajarem a si mesmos em prĂ¡ticas de sexo seguro. Dessa forma, o exercĂcio da cidadania e a luta contra o preconceito e a discriminaĂ§Ă£o sĂ£o duas questões bĂ¡sicas que devem ser vinculadas ao trabalho de educaĂ§Ă£o em saĂºde sexual e prevenĂ§Ă£o das DST/HIV/Aids", finaliza Teixeira.
A pesquisa "Sampacentro" contou com financiamento do Programa Pesquisa para o SUS, FundaĂ§Ă£o de Amparo Ă Pesquisa do Estado de SĂ£o Paulo (Fapesp), Secretaria da SaĂºde do Estado de SĂ£o Paulo, MinistĂ©rio da SaĂºde e Conselho Nacional de Desenvolvimento CientĂfico e TecnolĂ³gico (CNPq). (CC)