"Eu não tenho raiva deles e não guardo mágoas. O que eu
guardo é o seguinte: eles nunca ganharam tanto dinheiro na vida como ganharam
no meu governo. Nem as emissoras de televisão, que estavam quase todas
quebradas; os jornais, quase todos quebrados quando assumi o governo."
Em 2007 ele afirmou:
"Eu sonho com o dia em que as empresas, bancos e a imprensa possam ganhar uma pouco mais no
Brasil."
Gastos do governo Lula com a mídia:
"Governo federal do PT gastou R$ 16 bilhões em oito anos em publicidade e patrocínios
O governo do PT entrou para a história da publicidade governamental como o maior anunciante do país, com um desembolso de nada menos do que R$ 16 bilhões em anúncios pagos em emissoras de radio, Tvs e jornais, e em ações de patrocínio esportivos e culturais em que a marca do governo Lula esteve em evidência.
A compra de espaços publicitários nos meios de comunicação, nos oito da “Era Lula”, foram aplicados quase R$ 10 bilhões dos cofres públicos em publicidade. Os números são oficiais e integram o balanço realizado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República – Secom Federal.
Os números são astronômicos e representam a maior ofensiva já realizada por um governo no Brasil para autopromoção. Só para se ter uma idéia do que representa este volume de recursos, o governo Lula gastou R$ 1,165 bilhão ao mês, só na compra de espaço publicitário. Estão excluídos destes números despesas como a criação e produção de anúncios, despesas com gráficas, cachês de artistas, produtoras de áudio e vídeo, entre outras.
1,7 bilhão em campanhas. A média diária de investimentos chegou a R$ 4,6 milhões, recorde desde o início da década." (J P)
Altamiro Borges
Ao final da sua viagem à América Central, o presidente Lula tentou novamente justificar o injustificável. Diante das notícias sobre os lucros recordes dos bancos, ele afirmou, candidamente, que "eu sonho com o dia em que as empresas, bancos e a imprensa possam ganhar uma pouco mais no Brasil". Mais uma frase infeliz de um governante que insiste em conciliar interesses antagônicos. Afinal, a atual orgia dos bancos, alicerçada na especulação financeira, na cobrança abusiva de taxas e na brutal exploração dos bancários, é frontalmente contraria aos interesses dos trabalhadores, da nação e do próprio setor produtivo. Na prática, os balanços publicados em agosto atestam que há algo de podre na política macroeconômica do governo.
Festejado pelos banqueiros e justificado pelo presidente Lula, estes balanços representam um afronta à sociedade brasileira, uma autêntica provocação. Como argumenta o sociólogo Léo Lince, "são dados que afirmam o Brasil como verdadeiro paraíso dos banqueiros, onde a extorsão financeira nada de braçada". O pior é que este quadro não se inverteu no governo Lula e, pior, tem se agravado. Tendo como base o primeiro semestre, em 2004 o Itaú teve um lucro de R$ 1,824 bilhões; em 2005, de R$ 2,474 bilhões; em 2006, de R$ 2,958; e, agora, chegou a R$ 4,016 bilhões. A progressão do Bradesco, segundo no ranking, não foi diferente neste período e ambos garantem que vão lucrar ainda mais no próximo semestre.
LULA E O LUCRO RECORDE DOS BANCOS
O Bradesco, primeiro a divulgar o balanço, declarou que seu lucro líquido no primeiro semestre deste ano foi de R$ 4,007 bilhões - um novo recorde histórico, 27,9% a mais do que o obtido no mesmo período do ano passado. Na seqüência, o Itaú superou seu concorrente no pódio dos especuladores, obtendo um lucro líquido declarado no semestre de R$ 4,016 bilhões, resultado 35,8% superior ao obtido em 2006. O Banco do Brasil, que embora seja público e opere de forma similar ao das instituições privadas, ficou em terceiro lugar com R$ 2,477 bilhões, uma estranha queda de 36% no lucro. Os dois bancos privados já concentram o grosso das operações financeiras, num processo de acelerada e perigosa monopolização deste setor.
O motor da sangria financeira
Festejado pelos banqueiros e justificado pelo presidente Lula, estes balanços representam um afronta à sociedade brasileira, uma autêntica provocação. Como argumenta o sociólogo Léo Lince, "são dados que afirmam o Brasil como verdadeiro paraíso dos banqueiros, onde a extorsão financeira nada de braçada". O pior é que este quadro não se inverteu no governo Lula e, pior, tem se agravado. Tendo como base o primeiro semestre, em 2004 o Itaú teve um lucro de R$ 1,824 bilhões; em 2005, de R$ 2,474 bilhões; em 2006, de R$ 2,958; e, agora, chegou a R$ 4,016 bilhões. A progressão do Bradesco, segundo no ranking, não foi diferente neste período e ambos garantem que vão lucrar ainda mais no próximo semestre.