domingo, 16 de janeiro de 2011

Contra o banditismo no movimento sindical


Do Portal da CUT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai lançar uma campanha nacional contra o banditismo e a violência no movimento sindical brasileiro. O objetivo é o de combater e denunciar a ação de bandidos infiltrados no movimento sindical, exigindo dos órgãos competentes a apuração rigorosa dos fatos, assim como a solução dos crimes contra sindicalistas, com a consequente condenação dos culpados.

Nos últimos anos, segundo levantamento preliminar da CUT, foram assassinados mais de 65 dirigentes sindicais. A maioria dos casos ocorreu nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

No início deste ano, a CUT se reuniu em Brasília com o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardoso, ocasião em que solicitou esclarecimentos sobre os assassinatos e providências que impeçam a continuidade da onda de violência contra sindicalistas no Brasil.

Há o entendimento de que o movimento sindical sério e combativo não pode permitir que uma minoria ou banda podre manche a reputação e a luta do sindicalismo.


Observação:

Será que os sindicatos filiados a CUT estão isentos?

A QUESTÃO DA EXISTÊNCIA DE CRIMES COMETIDOS POR SINDICALISTAS NÃO ENVOLVE SOMENTE ASSASSINATOS, MAS TAMBÉM DESVIOS DE VERBAS DO IMPOSTO SINDICAL E DOS REPASSES DO FAT, ELEIÇÕES FRAUDADAS, ETC.!

Cão fica ao lado de sepultura de sua dona



O cão Leão permaneceu neste sábado ao lado da sepultura número 305, de sua dona, Cristina Maria Cesário Santana, uma das vítimas da tragédia em Teresópolis, região serrana do Rio. Ela foi enterrada no Cemitério Municipal Carlinda Berliniro.

Itamaraty informa acordo para liberar turistas no Chile


AE

O Ministério dos Relações Exteriores informou que já foi feito um acordo com os manifestantes chilenos que bloquearam os acessos à Terra do Fogo para que todos os turistas que estão no região possam passar pelas barricadas e voltar aos seus países. Segundo o Itamaraty, o Consulado brasileiro conseguiu um acordo para que os turistas passem pelos bloqueios. Cerca de 140 turistas brasileiros ficaram retidos na região, por causa de protestos organizados desde quarta-feira (13) pela população local contra o aumento no preço do gás.

Mais de mil turistas de diversas nacionalidades estão na Terra do Fogo. As autoridades chilenas afirmaram que há possibilidade de desabastecimento caso as barricadas não sejam desfeitas. Mais cedo, o brasileiro Guilherme Miqueluteti, que está na localidade de Puerto Natales, havia informado que a Cruz Vermelha Internacional tentava fazer um acordo para retirá-los da região. As informações são da Agência Brasil.



Folha online

O grupo de ao menos cem turistas brasileiros que, há seis dias, está isolado no extremo sul do Chile, por causa de protestos locais, se preparava para deixar a região na noite de sábado.

Um avião militar chileno foi disponibilizado para retirar os brasileiros e outros mil estrangeiros que visitavam os parques nevados próximos ao estreito de Magalhães, a mais de 3.000 km de Santiago.

Os turistas foram impedidos de voltar para casa em razão de piquetes realizados por moradores da região, que bloquearam aeroportos e todas as rodovias após o governo anunciar aumento na conta de gás.

Houve saques, greve geral e desabastecimento. Parte dos turistas recorreu a abrigo da Cruz Vermelha para comer e dormir durante a semana.

Apesar de os protestos continuarem, manifestantes permitiram ontem que o governo retirasse os estrangeiros.

A polícia deverá escoltar os comboios com os turistas que estão de carro, e a Força Aérea chilena levará os demais até os aeroportos próximos do Chile e da Argentina que estão funcionando normalmente.

O primeiro voo tinha decolagem prevista para as 18h20, no horário local, e levaria 115 pessoas de Puerto Natales até Punta Arenas, onde os turistas embarcariam até Santiago.

Outros voos estavam previstos para a noite de ontem e para hoje.

Descaso e abandono por parte do governo do PT/PMDB: 'Cratera na estrada da Ribeira completa um ano'

Paranáonline

Quem transita pela Estrada da Ribeira (BR-476), entre Colombo e Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, encontra uma cratera na altura do quilômetro 107. Há um ano, metade da pista cedeu no local e até agora nada foi consertado. Os moradores da região e motoristas que transportam cargas pesadas pela estrada precisam enfrentar um desvio sem asfalto e cheio de enormes buracos.

“A cratera está fazendo aniversário. O buraco está lá e nada foi feito até hoje. É preciso arrumar isso urgente. O desvio também é cheio de buracos e não dá para passar se chove forte. Já houve dois capotamentos aqui, inclusive com feridos”, comenta Setembrino Fernandes da Silva, morador há cinco anos na região. Ele ainda revela que muitos motoristas têm cortado caminho por estradas vicinais para fugir do desvio.

Apesar da sinalização, alguns veículos chegam em alta velocidade no desvio e são obrigados a reduzir por causa das condições do pavimento. É intenso o tráfego de veículos pesados no trecho. “Está bem difícil passar no desvio. Tem muito buraco mesmo”, conta Ari Ribeiro Junior, motorista que passa com frequência no local levando cargas de madeira. “Já faz tempo que a cratera está aí e está bem perigoso passar”, afirma o motorista Mario Augusto da Silva, que também trafega pela região. A estrada é utilizada para escoar a produção de alimentos e de madeira do Vale do Ribeira, além de ser uma ligação para o interior do estado de São Paulo.

Promessa

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Paraná, responsável pela manutenção da Estrada da Ribeira, informou que vai pavimentar e posteriormente sinalizar o desvio do Km 107. Esta medida, de acordo com o órgão, vai permitir que a passagem seja feita com mais segurança e conforto para os usuários da rodovia.

Assentamentos judaicos podem ser aprovados na próxima semana


Reuters

Um plano para construir 1.400 novas residências para judeus na Cisjordânia pode ser aprovado até a próxima semana pela prefeitura israelense de Jerusalém, disse neste domingo um membro da Câmara dos Vereadores.

Meir Margalit disse à Reuters que a comissão de planejamento de Jerusalém vai decidir, em 24 de janeiro, sobre a construção de habitações em Gilo, um assentamento urbano construído em uma região que Israel anexou após a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

"É outro prego no caixão do processo de paz", afirmou Margalit, um membro do partido esquerdista Meretz, de oposição, sobre o projeto, que certamente causará condenação por parte de palestinos e da comunidade internacional.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, denunciou na semana passada a demolição de um hotel abandonado no leste de Jerusalém para a construção de 20 casas para judeus em um projeto de assentamento. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, respondeu publicamente dizendo que os judeus têm o direito de morar em qualquer região da cidade.

Os palestinos querem que o leste de Jerusalém, incorporado por Israel junto com a Cisjordânia, seja a capital do país que pretendem estabelecer. Os israelenses consideram toda Jerusalém como sua capital, uma reivindicação não reconhecida internacionalmente.

Um comunicado emitido pela prefeitura de Jerusalém informou que ela é obrigada por lei a discutir o plano para a construção das 1.400 habitações, que foi pedido por empresários privados.

A proposta ainda teria que ser aprovada pelo Ministério do Interior israelense, caso passe na Câmara dos Vereadores.

"Não vejo razão para não autorizar o plano", afirmou à Reuters Elisha Peleg, membro da comissão de planejamento de Jerusalém. "É ilegítimo que governos estrangeiros interfiram nos assuntos internos da prefeitura de Jerusalém, e nós rejeitamos isso."

Cerca de 500 mil israelenses vivem atualmente na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, assim como 2,7 milhões de palestinos. Cerca de 40 mil judeus moram em Gilo.

A Corte Internacional disse que os assentamentos que Israel construiu na terra ocupada são ilegais. Os palestinos afirmam que os enclaves podem impedi-los de formar um Estado viável.

Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino, disse que mais assentamentos poderiam representar "mais obstruções" no processo de paz.

Medidas de Obama representam golpe a conservadores, diz Cuba

Reuters

As medidas do presidente norte-americano, Barack Obama, para diminuir as restrições contra Cuba não são uma grande mudança de política, mas marcam uma derrota para aqueles que querem uma linha-dura contra a liderança da ilha, disse o governo cubano em seu site oficial.

Obama emitiu uma ordem executiva na sexta-feira diminuindo as limitações contra viagens e transferências bancárias dos Estados Unidos à nação caribenha, aumentando os esforços para estender a mão à população.

Na primeira reação do governo cubano, o site www.cubadebate.cu disse que a medida indicava que muitas pessoas nos EUA eram a favor de amenizar o embargo comercial e a política de isolamento, impostas há décadas por Washington contra a ilha.

Segundo a declaração, o afrouxamento das restrições era um golpe para a nova chefe da Comissão de Assuntos Estrangeiros da Câmara dos Deputados, a republicana nascida em Cuba, Ileana Ros-Lehtinen.

"A decisão é a primeira derrota de Ros-Lehtinen, que assumiu seu cargo no Congresso prometendo endurecer as políticas contra a ilha", dizia o artigo publicado na noite de sexta-feira.

Número de mortes por inundações e deslizamentos chega a 610 no RJ

EFE

O número de mortos pelas inundações e deslizamentos na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro subiu para 610, segundo o último boletim da Defesa Civil.

De acordo com o último balanço da Defesa Civil, as inundações e principalmente os deslizamentos de terra, que soterraram inúmeros imóveis construídos nas encostas das montanhas, provocaram 274 mortes na cidade de Nova Friburgo, 263 em Teresópolis, 55 em Petrópolis e 18 em Sumidouro.

As autoridades estaduais registram 6.050 desabrigados - aqueles que perderam suas casas - e 7.780 desalojados - os que tiveram de abandonar provisoriamente seus lares devido ao risco de novos deslizamentos.

Os números do que é considerado um dos maiores desastres naturais da história do Brasil podem aumentar ainda mais devido ao fato de ainda haver áreas isoladas às quais as equipes de resgate não chegaram. Além disso, as chuvas não param e os meteorologistas preveem que prosseguirão pelo menos até a próxima quarta-feira.

Nova Friburgo, uma das cidades mais afetadas, foi castigada na tarde deste sábado por um forte temporal do qual não se salvou nem o governador do Rio de Janeiro.

Sérgio Cabral, que havia programado viajar à cidade de helicóptero e teve que ir por terra devido ao mau tempo, disse que seu veículo teve que parar no meio do caminho devido à forte chuva e ao risco de afundamento da estrada, mas acrescentou que nem esse susto lhe permitiu dimensionar a dor da população que perdeu familiares e pertences.

"Não conheço a dimensão exata (da dor das vítimas) porque essas pessoas perderam parentes, casas e tudo o que tinham", acrescentou.

O governador disse que os trabalhos de resgate, conduzidos por cerca de 1.500 bombeiros e aos quais se somaram 506 militares neste sábado, contam com o apoio de 30 aeronaves cedidas por organismos estaduais e federais que estão sendo utilizadas para transportar socorristas e feridos e para resgatar pessoas.

As atividades de socorro se concentram neste sábado em algumas áreas que estavam isoladas e cobertas por toneladas de terra, pedras e lodo, após os deslizamentos da madrugada de quarta-feira passada.

Por conta da tragédia, a presidente Dilma Rousseff declarou três dias de luto nacional, e Cabral decretou sete dias de luto a partir da segunda-feira. EFE

Pessuti quer ficar na mídia


Do Paçoca com Cebola:

Fora do governo desde o dia primeiro, o ex-governador Orlando Pessuti - para quem não se lembra é aquele senhor com uma grande circunferência abdominal que parece uma cópia do Obelix - mantém uma assessoria de comunicação para tentar ser lembrado pela mídia.
Hoje ele distribuiu um comunicado dizendo que participou da posse do novo presidente do Tribunal de Contas do Paraná, Fernando Guimarães.
Beleza! Então tá! Pessuti esteve lá!
Ufa, ainda bem que ele avisou.

Tragédia no Rio: O diário de um sobrevivente


AE

O universitário Emanoel Pavani Torres, de 30 anos, que estava na casa dos pais, em Teresópolis, na madrugada de terça-feira, registrou todos os instantes da catástrofe que atingiu a cidade desde a hora em que foi acordado, no meio da noite, até quando socorreu o caseiro e conseguiu levá-lo para o Rio. A casa dos pais dele está irreconhecível. Piscina, lago e rio viraram um mar de lama. Após deixar o caseiro, Emanoel voltou à serra com alimentos não perecíveis para ajudar no resgate das vítimas. "Tem muita gente, mas muita gente mesmo precisando de socorro em Teresópolis."

"Acordei com um barulho muito forte de temporal e vento nas janelas. Fui até a sala, vi água no chão e olhei para o teto achando que fosse goteira. A semana anterior tinha sido úmida, de chuva intermitente. Mas, agora, o quadro era diferente: do lado de fora da casa, uma árvore caída represou a água e fez seu nível subir até cerca de um metro na porta de vidro que separa a sala da varanda.

Dei a volta pelos fundos, para tentar sair e ver a situação do jardim na frente da casa. O riacho que passa pelo terreno havia transbordado, a rua estava completamente submersa e a piscina e o lago viraram uma coisa só. Então, percebi que estava ilhado.

Já não tinha como chegar até o caseiro, a casa dele fica mais perto da rua. Ele também não conseguiria vir até a casa maior.

Escalei a chaminé da lareira para subir no telhado e de lá chegar até a caixa d"água, numa tentativa de avaliar na escuridão até onde ia o estrago.

Ouvi um forte barulho, percebi que a casa do caseiro estava desmoronando. Já era uma segunda avalanche de terra. A terceira derrubou uma parede da casa maior e empurrou os móveis na direção da piscina. Tive a impressão de que a construção não resistiria.

Sem celular, apenas com uma bermuda e a carteira, esperei lá em cima até o dia amanhecer para saber que rumo tomar.

O carro e a moto estavam perdidos, cobertos por uma montanha de lama. O galinheiro desapareceu, os marrecos, os patos, o cachorro, nunca mais os vi. O terreno da casa, de 3 mil m2, fica em um vale onde vivia uma comunidade muito carente, dizimada com os deslizamentos. Calculo que 90% daquela população morreu ou está desaparecida. Os sucessivos desmoronamentos traziam não só terra, mas pedras gigantescas, troncos, partes das casas, e corpos. Um deles, de uma criança, foi parar no jardim de casa. A essa altura, meu desespero já tinha virado resignação: achei que ia morrer e aceitei isso.

Mais tranquilo, desci da caixa d"água e caminhei pelos montes de terra até o lugar onde passava a estrada. Gritei para ver se fazia contato com algum vizinho. Alcancei uma casa próxima, onde havia 17 pessoas - senhoras, adolescentes e crianças, a maior parte desesperada. As crianças menos. Pareciam excitadas com a "aventura", sem se darem conta da dimensão da catástrofe. Fiquei um pouco com eles, até conseguir retirá-los dali e encaminhá-los a um condomínio grande que não fora atingido. Montamos ali um posto de atendimento informal aos sobreviventes, que apareciam enlameados, em número cada vez maior, e fornecemos água potável.

A partir daí, como a defesa civil demorou um tempo para chegar, passei o resto da manhã e parte da tarde ajudando no resgate das pessoas. Essa foi a parte mais dolorosa. Apesar de ter feito um curso de primeiros socorros, confesso que agi por instinto, sem pensar, simplesmente fazendo o que conseguia, para não fraquejar.

Encontrei o caseiro enlameado até os cabelos e o levei até o condomínio para que pudesse tomar água e comer alguma coisa.

As vítimas eram transportadas em macas feitas de bambu e cobertor para o campo de futebol da região, que funcionou também como heliponto. O helicóptero da Globo eventualmente levava alguém, mas, como era pequeno, não cabia mais de uma pessoa por vez. Era preciso escolher quem embarcaria, no meio daquele campo de agonizantes. Foi muito ruim. Muitos dos que ficavam morriam na nossas mãos. Uma menina grávida mudou de cor aos poucos, foi amolecendo, e morreu. Outra eu carreguei por quase 1 km, até o local mais próximo onde pudessem atendê-la.

Vi muitos corpos inchados, ou aos pedaços, largados na estrada ou escorados em árvores, crianças pedindo socorro aos prantos. Não pensei que fosse viver para ver algo assim.

Lembrei que precisava me alimentar para poder continuar. Estava completamente sem energia, exausto, com os pés cheios de feridas.

Fui até o condomínio para buscar o caseiro e, como precisávamos tomar antitetânica, pegamos carona com uma picape do Corpo de Bombeiros até o hospital. Dali, caminhamos até a rodoviária, que fica perto, e pegamos um ônibus para o Rio. Passei o dia juntando mantimentos não perecíveis para levar aos sobreviventes. Voltarei amanhã para retomar o resgate."

Site para disputar vagas em federais abre hoje



AE

Começam hoje as inscrições para vagas em instituições públicas de ensino superior pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Podem se inscrever candidatos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Ao todo são 83.125 vagas espalhadas pelo País, a maioria em universidades federais.

No ano passado, o sistema estreou com problemas. O site não aguentou o tráfego intenso no primeiro dia e estudantes passaram horas tentando se cadastrar. Alguns demoraram até oito horas para conseguir se inscrever em uma vaga. A situação só começou a se normalizar a partir do segundo dia.

53 famílias recebem lotes em assentamento no Norte Pioneiro


Fábio Calsavara/JL

Depois de quatro anos de espera, 53 famílias de agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) receberão seus lotes no Assentamento Rosa Luxemburgo, na cidade de Congonhinhas, no Norte Pioneiro do Paraná. A entrega estava agendada para sábado (15), às 11h, e contaria com a presença do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Nilton Bezerra Guedes.

A área do assentamento pertencia a um proprietário de gado, e foi desapropriada em 2008. No final do ano passado, a área foi dividida em lotes, respeitando a proporção de 4 hectares para cada família. No total, 900 hectares de terra foram distribuídos entre as famílias, o equivalente a mil campos de futebol.

Solange dos Santos , filha de um dos agricultores que receberá um dos lotes do assentamento, comemora: “São quatro anos de luta, e finalmente teremos direito ao nosso pedaço de chão”. Para ela, o assentamento trará benefícios para todo o município. “Por ser uma cidade basicamente de economia rural, Congonhinhas depende do trabalhador rural. Com esse assentamento, as famílias vão poder trabalhar e ganhar o seu dinheiro, que será investido na cidade. Todo mundo sai ganhando”, disse.

Segundo estimativas do MST, cerca de 20 mil famílias já estão assentadas no estado, mas existem cerca de 5 mil famílias acampadas, ainda aguardando por novas vagas em assentamentos.

IAPAR: Missão de Dalberto é ‘oxigenar’


Aurélio Cardoso/JL

O especialista em administração de pesquisa Florindo Dalberto, 66 anos, assumiu na manhã de sexta-feira a presidência do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) com o desafio de dar suporte aos 22 novos pólos de desenvolvimento tecnológico e pesquisa que o governo Beto Richa (PSDB) pretende implantar a partir deste ano. A ideia é descentralizar as ações já em andamento nas regiões norte, oeste e noroeste do Estado, além da Região Metropolitana de Curitiba.

Dalberto, que é um dos fundadores do Iapar e já presidiu o instituto entre 1997 e 2003, também terá como incumbência ampliar e renovar o quadro de pesquisadores e servidores. A posse do novo presidente contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Norberto Anacleto Ortigara, além de políticos e autoridades da agricultura regional e estadual.

“O Iapar entra numa nova etapa, com novos rumos, dentro do que exige o caderno de ações do governo Beto Richa. São novas perspectivas de ampliação da estrutura e da pesquisa, dando suporte aos novos pólos de desenvolvimento sem esquecer dos já existentes. E a base desse processo será a inovação com sustentabilidade”, salientou Dalberto. Além dele, também foram empossados outros três profissionais de carreira do Iapar: Armando Androcioli Filho, diretor de Pesquisas; Adelar Motter, diretor de Recursos Humanos e Negócios Tecnológicos e Altair Sebastião Dorigo, diretor de Administração e Finanças.

O Iapar deverá ter o quadro ampliado ainda este ano, com a contratação, via concurso público de, no mínimo, 50 servidores. “Assim como o Emater, a Ceasa e a saúde pública no Paraná estão com o quadro de funcionários ligeiramente envelhecido, o Iapar precisa oxigenar, precisa se refundar. O quadro é eficiente, mas é preciso repor e isto será feio ao longo dos próximos quatro anos, começando com a contratação de pelo menos 50 profissionais ainda este ano”, afirmou Norberto Ortigara durante a posse do novo presidente do instituto.

Florindo Dalberto adiantou que o Iapar terá uma nova diretoria de negócios tecnológicos, que terá como principal objetivo organizar e ampliar a interação do instituto, criando uma grande rede de pesquisa e inovação, com apoio ao processo tecnológico da agricultura paranaense como um todo.

Segundo Ortigara, o governo do Estado também irá instalar a Agência de Defesa Agropecuária, que servirá para combater as pragas e atuar no controle e erradicação de doenças como a febre aftosa, a gripe aviária e a praga das frutas. “Só com o problema da febre aftosa, o Paraná perdeu mais de US$ 1 bilhão desde 2005. Precisamos ter maior capacidade de ação e este ano serão contratados mais de 600 profissionais, para proteção, erradicação e controle de pragas e doenças.”

Marco histórico de Rolândia pode vir abaixo

Amanda de Santa/JL

A cidade de Rolândia pode perder em breve um de seus maiores patrimônios. Construído em 1934, por um funcionário da Companhia de Terras Norte do Paraná, Eugênio Victor Larinoff, o Hotel Rolândia corre o risco de vir abaixo. Isso porque os proprietários do imóvel venderam o terreno e a madeira da construção para cinco investidores da região de Londrina. No lugar do prédio histórico, deverão ser construídos dois prédios residenciais.

Um dos herdeiros do Hotel Rolândia, o advogado Pedro Pereira, contou que a propriedade foi vendida há alguns meses, mas não quis informar o nome dos empresários que adquiriram a construção. Ele disse que houve uma proposta de venda para a Prefeitura de Rolândia, mas o município teria alegado que não tinha condições de pagar pelo preço estipulado, cerca de R$ 2 milhões. A madeira teria sido vendida separadamente, para um depósito de madeiras usadas de Rolândia.

Na última quarta-feira (12), a prefeitura anulou um alvará de demolição do hotel, que fica na Avenida Presidente Vargas, 1795, entrada da cidade. O motivo da decisão seria um erro dos servidores na hora de conceder o documento. Segundo a procuradora geral do município, Miryan Siqueira Rosinski Alves, eles não teriam seguido alguns procedimentos específicos estabelecidos a partir de uma alteração na lei que regulamenta a demolição. Isso significa que, se o atual proprietário da madeira entrar com um novo alvará, dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação, o hotel e todo o seu valor histórico poderá desaparecer.

Marco histórico

A historiadora e coordenadora do patrimônio histórico do Museu Municipal de Rolândia, Solange Aparecida Pretti, contou que a cidade tem o hotel como marco histórico, já que a data da sua construção, 26 de junho de 1934, é considerada como o dia da fundação do município. Segundo ela, o hotel teria sido construído para que compradores de terras que visitavam a região tivessem um local para se hospedar.

A construção, feita em peroba rosa, já hospedou artistas como Derci Gonçalves, Tunico e Tinoco, Maysa. Moradores da cidade dizem que até o Ayrton Senna teria frequentado o hotel. Além de abrigar celebridades, o local foi palco de muitos bailes e eventos no início da colonização. Mas, nos últimos anos, o Hotel Rolândia recebia poucos hóspedes, apenas alguns mensalistas viviam lá. Além disso, o lugar não passou por manutenção, fazendo com que sua aparência antiga afastasse novos clientes.

A procuradora geral do município informou que a prefeitura tem interesse em comprar a madeira da construção para preservar o valor histórico do hotel para a cidade. A intenção é transportar parte da estrutura, que seria aberta para visitação pública, para o local onde será construído um museu histórico. A prefeitura solicitou a avaliação de um especialista para calcular o valor real da estrutura do imóvel. “Estamos em negociação com o proprietário da madeira”, disse. A decisão final sobre o destino do hotel deve sair no final da próxima semana.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles