Estoura crise e o Lula, que sempre gostou de holofotes, sumiu. Em meio a toda estĂ¡ turbulĂªncia ele sĂ³ veio a tona quando a Dilma, o maior alvo, o convocou para uma reuniĂ£o com o Haddad. Assim como rapidamente apareceu em cena, deu um discurso, e voltou a sumir. Ele, sem apontar nenhum rumo de forma mais definida, disse:
“NĂ£o existe problema que nĂ£o tenha soluĂ§Ă£o. A Ăºnica certeza Ă© que o movimento social e as reivindicações nĂ£o sĂ£o coisa de polĂcia, mas sim de mesa de negociaĂ§Ă£o. ... Tenho certeza que dentre os manifestantes, a maioria tem disposiĂ§Ă£o de ajudar a construir uma soluĂ§Ă£o para o transporte urbano.”
Ele, com toda a popularidade que tem, poderia ter sido o interlocutor para que as soluções fossem encontradas, que as negociações acontecessem de uma forma mais rĂ¡pida, com menos desgaste para os de seu partido, mas escafedeu-se.
Quando todos sabemos que com todo os erro e virtudes o governo da Dilma Ă© a continuidade do dele no mĂnimo fica estranho este desaparecimento no momento em que ela mais necessita dele. Quando o cĂ©u estava de brigadeiro, sem nuvens de tempestades, ele estava ao lado em tudo quanto Ă© foto, mas foi sĂ³ o tempo mudar ele foi se abrigar, e nem um guarda chuva deixou para os que estavam debaixo de granizo e raios.
Um dos assuntos polĂªmicos, objeto de forte crĂtica do povo nas ruas, Ă© a priorizaĂ§Ă£o da Copa e nĂ£o dĂ¡ saĂºde e educaĂ§Ă£o, etc., como de outros pontos prioritĂ¡rios na pauta do Social. Embora este reclamo popular nĂ£o seja totalmente correto, pois o governo embora nĂ£o o suficiente e de forma bem planejada e fiscalizada tem investido nestes setores, que historicamente sĂ£o um problema social crĂ´nico, estĂ¡ prioridade em relaĂ§Ă£o a Copa, alegria para os empreiteiros, como outras nĂ£o tĂ£o prioritĂ¡rias para o Social, se deram no governo dele, e a Dilma praticamente sĂ³ herdou.
Na escalaĂ§Ă£o do quadro de ministro da Dilma, sendo a maioria deles foi imposiĂ§Ă£o da aliança que o Lula projetou e organizou (Sarney, etc.), pois foi o principal artĂfice nesta construĂ§Ă£o, jĂ¡ fez a presidenta ter pouco poder de manobra para escolher os componentes de "seus" ministĂ©rios. De cara a escalaĂ§Ă£o feita pelo Lula, Sarney, etc. gerou sĂ©rios dissabores para recĂ©m eleita, pois os escĂ¢ndalos estouraram por todos os lados igual a pipoca na panela. Mas quando a crise estourou tambĂ©m ele , que nunca abe de nada, sumiu e coube a Dilma ter de defenestrar do governo os mais de sete ocupantes de altos cargos, mas que foram substituĂdos por gente indicada pelos mesmos que construĂram a aliança eleitoral, entre eles pelo prĂ³prio Lula.
Quem impĂ´s a Dilma como candidata a presidĂªncia e o Haddad a prefeito de SĂ£o Paulo, como as alianças e a construĂ§Ă£o do rico caixa de campanha, coisa que depois travou o poder de governança dos dos seus apadrinhados foi o Lula. Assim o sumiço dele na hora da crise causada pelos compromisso assumidos fica no mĂnimo aparentando mero oportunismo. Por "coincidĂªncia" O Sarney tambĂ©m sumiu de cena, muito "estranho"!
Dizem que ele, na moita, tambĂ©m aposta no desgaste da Dilma para daqui a pouco, ainda com alta popularidade, sem desgastes, surgir como o "salvador da pĂ¡tria", para que o seu partido se mantenha no poder. Como ele controla o partido ficaria fĂ¡cil a substituiĂ§Ă£o da candidatura.