sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O governo xenófobo do falcão imperialista Obama exporta guerra, corta investimentos no social e já deportou mais de 1 milhão de imigrantes ilegais


A reforma da lei de imigração foi uma das principais bandeiras de campanha de Barack Obama, que em 2008 acabou conquistando o apoio majoritário do eleitorado de origem latina, mas ele não cumpriu a promessa de campanha e hoje o seu governo persegue mais os imigrantes ilegais do que o seu antecessor. Dois anos e meio depois, o democrata não apenas não conseguiu mudar a legislação, como caminha para superar, em um mandato, o número de imigrantes ilegais deportados por seu antecessor, o republicano George W. Bush, como no exterior ampliou o aparato bélico herdado do antecessor.

A campanha de reeleição do Barack Obama está focada no público latino, eleitorado que na eleição passada fez a diferença, mas por não ter honrado o seu discurso a tarefa de conquistar os votos destes poderá ser difícil, devido as promessas não cumpridas.

Em busca do segundo mandato em 2012, Obama já começou a fazer campanha nos canais de televisão e rádios dos EUA voltados para o público latino. Com a frase 'temos um presidente pronto para lutar', Obama tenta obter o apoio dos hispânicos - grupo com maior crescimento demográfico do país, representando 8,7% dos eleitores dos EUA. Os cientistas políticos observam que ele terá grandes dificuldades para atingir este objetivo, pois há uma sensação de decepção entre os latinos, pois questões que eram apontadas como prioritárias não foram tratadas.


Uma das principais promessas não cumpridas que podem prejudicar a campanha de Obama junto aos hispânicos é a reforma nas leis de imigração do país. Em uma entrevista antes da eleição de 2008, o então candidato Barack Obama prometeu que já no primeiro ano de mandato reformaria a lei de imigração a deixando mais humana no trato em relação aos ilegais, mas o que aconteceu foi o oposto, e isto irrita profundamente os latinos, que se sentem traídos, pois os EUA continuam com aproximadamente12 milhões de pessoas em situação ilegal.

Na próxima campanha Obama, que é um governante fraco e sem atitude, como em outras questões, tal qual o caso de Guantánamo, terá de responder por um número de deportações que, neste ano, vai superar ao número dos mandatos de George W. Bush. O desespero de parte do governo em provar sua boa-fé com os hispânicos neste tema vai para o ralo. Sem ações de força e só com discursos requentados já não cumpridos ele não ganhará de volta a confiança perdida. Por omissão e conivência ele permitiu que aqueles que são contra a imigração e os conservadores em postos de poder definissem o debate no Parlamento.

A promessa feita na eleição passada era uma lei, a DreamAct, que permitiria que 2 milhões de jovens em situação ilegal, a maioria latinos, requeressem a cidadania se completassem pelo menos dois anos de estudos no nível superior com bom rendimento acadêmico ou se servissem nas Forças Armadas. Uma versão da lei, com o apoio do presidente e de democratas do Congresso, foi aprovada na Câmara dos Representantes (deputados federais) em dezembro de 2010, mas não conseguiu os votos necessários no Senado. O Obama, conservador que é , não quis ir adiante com a discussão enfrentando os senadores e se submeteu, tal qual se submeteu ao grande capital durante o aprofundamento da crise, pois tirou recursos da área social para socorrer o grande capital, como também não reduziu significativamente os gastos militares, outro setor que corrói profundamente o erário e acaba com as novas possibilidades de priorização do social, o que tanto ele prometeu que mudaria. Os EUA continua sendo governado pelos "falcões", pelas aves de rapina.

Está tudo fora da ordem. O sistema capitalista neoliberal passa por uma profunda crise estrutural e os donos do poder e do capital não querem abrir mão da atual forma de acumulação de capital cada vez mais concentradora de riquezas ao gerenciarem o mundo, e isto nos leva a barbárie total. Mais uma vez em vez de mudar os rumos objetivando a construção de uma sociedade internacionalmente mais solidária vemos os donos do sistema usarem globalmente o chauvinismo militarista com forma de manutenção de poder sobre o planeta e a xenofobia com ferramenta de unidade nacional. Mais uma vez os países periféricos e seus povos, os que são eternamente expropriados das suas riquezas e militarmente agredidos, estão sendo responsabilizados pelas mazelas geradas pela ganância do império.



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