terça-feira, 14 de setembro de 2010

PF vai investigar filho de Erenice por tráfico de influência; ministra é poupada


Carol Pires/AE
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, determinou nesta terça-feira, 14, que a Polícia Federal abra inquérito para investigar denúncias de que Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, teria feito lobby, em troca de propina, para beneficiar empresas privadas. A ministra, porém, não é alvo do inquérito. Por ter foro privilegiado, Erenice Guerra só pode ser investigada com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Barreto, a investigação será focada na atuação de Israel, de advogados e de empresas envolvidas no caso.

"O fato narra a atuação de pessoas, não narra diretamente a atuação da ministra em nenhum fato envolvendo esses aspectos. Há também uma necessidade, em caso de ministro de Estado, de autorização prévia do STF. Não competiria ao ministério da Justiça", afirmou Barreto, para explicar: "Ao ministério da Justiça compete avaliar esses fatos narrados com relação a advogados, à participação de empresas na liberação de licenças".

Uma vez que a ministra Erenice Guerra seria a única pessoa envolvida no caso capaz de exercer influência dentro do governo, Barreto foi questionado por um repórter, durante coletiva de imprensa, como poderia haver apuração sobre tráfico de influência sem a ministra figurar entre os investigados. O ministro respondeu: "Essa é a última etapa do processo. Em um primeiro momento você apura o que aconteceu, se houve uma empresa, se houve um escritório de advocacia, se eles atuaram para a atuação de algum tipo de licença. Eles [Polícia Federal] podem avaliar que houve uma situação normal".

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