sábado, 12 de junho de 2010

Requião defende candidatura a presidente na convenção do PMDB


O PMDB abriu por volta das 9h10 desde sábado a convenção nacional do partido que deve oficializar a candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), a vice na chapa da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Apesar de a tendência predominante ser a indicação de Temer, uma ala do partido defende candidatura própria à Presidência.

Os 569 membros do partido que têm direito a voto deverão escolher se apoiam o presidente da Câmara como vice de Dilma ou se querem um nome para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disputam a indicação do partido à candidatura própria o ex-governador do Paraná Roberto Requião e Antônio Pedreira, do PMDB do Distrito Federal.

Serão distribuídas duas cédulas a cada votante. Em uma, haverá o nome do deputado Michel Temer para ser indicado a vice na coligação PT-PMDB. Na outra cédula, haverá a opção da candidatura própria, com os nomes de Requião e Pedreira. Ao todo serão 804 votos, porque alguns membros do partido têm direito a mais de um voto.

Requião chegou à convenção por volta de 9h30 e foi convidado a compor a mesa, que é presidida pelo senador Valdir Raupp (RO). O plenário do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, já estava quase totalmente ocupado por autoridades do PMDB e militantes.

Nesta sexta (11), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve comparecer à convenção, como era previsto. Segundo o ministro, como Lula “não poderia comparecer à convenção do PDT”, para a qual também foi convidado, preferiu confirmar presença apenas na convenção nacional do PT, que ocorre neste domingo (13) e oficializará a candidatura da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff à Presidência. A convenção do PDT acontece neste sábado, em São Paulo.

Dissidências

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao discursar a favor de uma candidatura própria do PMDB à Presidência. Segundo Simon, Lula deve evitar a “soberba” e ter em mente que não é o “dono da verdade”. “Eu gosto do presidente Lula. Acho que ele faz uma boa administração. Mas, Lula, cuidado com a soberba. A soberba é má conselheira. Não pense que é o dono da verdade. Dono da verdade ele não é.”

O ex-governador Roberto Requião (PR) chegou à convenção nacional do PMDB neste sábado defendendo sua posição de tentar ser candidato à Presidência da República pelo partido. Fechada com o governo do presidente Lula, a maioria da legenda aprovará na convenção a aliança nacional com o PT formalizando o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), para a vaga de vice na chapa da petista Dilma Rousseff.

" Minha candidatura oferece oxigênio a uma convenção que estava até agora fechada "

- Minha candidatura oferece oxigênio a uma convenção que estava até agora fechada - disse Requião a jornalistas.

- Estou aqui com a intenção democrática para que não se transforme (a convenção) em fraude política - completou.

Na tribuna da Convenção Nacional do PMDB o Requião defendeu os fundamentos que o levaram a inscrever seu nome como candidato à Presidência da República em uma candidatura própria para o partido e destacou a importância do PMDB continuar lutando pela democracia e contra os problemas estruturais que ainda afligem o país.

Em sua intervenção, Requião afirmou que sua candidatura representa o desejo de ampliar os debates sobre o futuro do país dentro da legenda. “Venho para debater idéias que se encontrem com outras idéias. O que me impulsiona é a falta de um projeto concreto para o Brasil. Esta é uma oportunidade para que as escolas de pensamento se rivalizem hoje, afinal esta é a convenção do maior partido do Brasil”, destacou.

Requião fez uma análise dos principais problemas que abalam do desenvolvimento do país hoje. “Precisamos questionar se somos uma nação para os nossos ou um país para os outros. Nossa nação se consolidou com o sangue do nosso povo, devemos sempre nos lembrar disso”, ponderou.

De acordo com o ex-governador, a convenção do partido é um importante momento para que os convencionais exerçam a democracia. “Optamos por trazer à convenção as palavras, as idéias e a fé. A política não se encerra com esta convenção. Não é aqui que se dará a prática política do velho MDB. As militâncias têm o poder de mudar o país. Precisamos enfrentar as lutas que se impõem ao povo”, concluiu.

Outra dissidência dentro do partido está no grupo ligado à candidatura ao Palácio do Planalto de José Serra, que terá seu nome oficializado neste sábado durante a convenção do PSDB em Salvador .

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