terça-feira, 3 de julho de 2012

Prefeitura lança programa integrado de combate as drogas e tratamento de dependentes


O prefeito Luciano Ducci (PSB) lançou nesta segunda-feira, 2, a maior mobilização da história de Curitiba no combate às drogas. O Programa Liga do Bem reúne ações dos governos municipal e estadual, os poderes legislativo e judiciário, o setor privado, as forças de segurança, e a sociedade organizada no enfrentamento às drogas e suas consequências em todas as frentes.

“Este é um trabalho feito por muitas mãos. Vamos chamar a população para trabalhar junto com prefeitura", disse Luciano Ducci. A Liga do Bem fortalece ações permanentes como as atividades educativas do programa Adolescente Saudável e os cuidados aos pacientes dos centros de Assistência Psicossocial, o acolhimento feito pelos Centros de Referência da Assistência Social, os projetos da Guarda Municipal e as iniciativas da Secretaria Antidrogas com destaques aos programas Bola Cheia, Papo Legal e Cão Amigo.

Com base no que já é feito, a Liga do Bem vai trabalhar com três grandes eixos: prevenção, cuidado e autoridade, com a participação de todas as secretarias municipais e parceiros. No terceiro eixo, as ações de combate às drogas coordenadas pelas forças de segurança do Município e do Estado em parcerias já existentes, como na implantação das Unidades do Paraná Seguro.




Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 15% da população geral é dependente de algum tipo de droga lícita (como bebida e cigarros. E o álcool, também segundo a OMS, é a terceira causa de morte prematura e incapacidades, atrás apenas das causa ligadas ao aparelho circulatório (1º lugar) e das neoplasias (em 2º).
O consumo do álcool é, inclusive, maior que o do crack – substância extremamente rápida no desencadeamento da dependência e do qual apenas um terço das vítimas conseguem se libertar. Estudos mostram que um terço não consegue abandonar o crack e um terço morre em decorrência do uso da substância.
Pesquisa entre escolares do Ensino Fundamental da rede municipal feita pela Prefeitura em 2009 fez uma constatação preocupante: 66% dos alunos do segmento (até 14 anos) já haviam experimentado algum tipo de droga lícita ou ilícita.
Caps – Curitiba tem, no momento, seis centros de atenção psicossocial (Caps) especializados no atendimento de dependentes químicos. Em 2011 eles atenderam 1.780 dependentes químicos. Os percentuais de pacientes usuários das diferentes substância variam de unidade para unidade.
Até aqui, nossos Caps funcionavam apenas durante o dia, proporcionando duzentas vagas mensais cada um cerca de 1,2 mil no total, simultaneamente por mês. São os Caps Matriz, Portão, Cajuru, Centro Vida, Boa Vista e Bairro Novo, dos quais os quatro primeiros começarão a funcionar em regime 24 horas, com 25 leitos para abrigar pacientes sem vínculo familiar, a partir desse ano. Os dois outros começam a operar 24 horas em 2013 e, em 2015, duas novas unidades serão implantadas.
Dependendo do diagnóstico de cada paciente, o tratamento dura entre 6 meses e 1 ano e, de acordo com a fase terapêutica, pode ser intensivo (de freqüência diária), semi-intensivo (três vezes por semana) ou não-intensivo (3 vezes por mês). O objetivo é a reabilitação e a reinserção social dos pacientes. O tempo de permanência diário pode ser integral ou meio período. Quem precisar permanecer o dia todo, recebe três refeições.
De todos os Caps, seis foram abertos a partir de 2005 e, destes, três são especializados em dependência química. Isso significa que, desde então, foram criadas seiscentas novas vagas mensais em média.
 

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